25 de julho de 2008
O Globo
Ata do tráfico prova imposição de candidato único na Rocinha
Um documento apreendido ontem pela Polícia Civil na casa do chefe do tráfico de drogas na Rocinha, Antônio Bomfim Lopes, o Nem, comprova que o traficante impôs o apoio a um único candidato a vereador na favela. "Todo empenho para o candidato da Rocinha, não aceito derrota!!!", diz Nem, num dos trechos do documento de duas páginas, com itens que seriam discutidos em reunião na favela. Para o delegado Allan Turnowski, que comandou a operação, essa é a prova de que o tráfico transformou a favela num curral eleitoral. Nem não cita o nome do candidato único, mas o presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Luiz Cláudio de Oliveira, o Claudinho da Academia, já disse ter o apoio de "cem líderes" locais, embora negue ligação com o tráfico. Na operação, que mobilizou 200 policiais, houve tiroteio: um bandido morreu e cinco foram presos. Nem fugiu (págs 1 e 3 a 8).
OMC causa bate-boca de ministros
Após o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, dizer que a rodada da OMC "não servirá para nada", o chanceler Celso Amorim rebateu: "Ele deve achar que estou me divertindo" nas negociações. (págs. 1 e 29)
Estado quer desarmar bombeiros
Para combater as milícias, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, quer proibir bombeiros de portar armas fora do serviço. Os militares são investigados por atuar em bandos armados. (págs. 1 e 14)
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Folha de S. Paulo
Marta e Alckmin polarizam disputa
Pesquisa Datafolha em sete capitais mostra que, em São Paulo, a disputa pela prefeitura está polarizada entre Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), líderes em empate técnico. No levantamento feito ontem e anteontem 36%, e o tucano, 32% Marta oscilou dois pontos para baixo em relação à pesquisa anterior, e Alckmin oscilou um ponto para cima. A vantagem da ex-prefeita, que era de sete pontos e superava a margem de erro (três pontos, para mais ou menos), caiu para quatro, o que configura o empate. Segundo ela, ainda é cedo para falar em polarização. Gilberto Kassab (DEM) oscilou negativamente, dois pontos e está com 11% mais que 20 pontos atrás de Marta e Alckmin. A avaliação do prefeito se manteve em relação à pesquisa anterior: para 37%, a gestão é regular; para 35%, ótima ou boa. (págs. 1 e Brasil)
Tarso diz que idéia de sofrer grampo tem de virar costume
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que os brasileiros têm de ser “acostumar” com a idéia de que podem estar sendo grampeados ao falar ao telefone. “Se alguém quiser hoje escutar um telefone nosso, tem meios para isso, dado o grau de sofisticação a que a parafernália eletrônica chegou.” Para Tarso, a discussão sobre o uso de algemas só ganhou força quando elas “começaram a alcançar setores da sociedade”. (págs. 1 e A14)
Delegado acusa chefe na PF de pedir relação de nomes de presos
Em ofícios a Justiça e Ministério Público, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que deixou a chefia da Operação Satiagraha, apontou “obstrução à investigação” e citou Paulo de Tarso Teixeira, seu chefe. Segundo Queiroz Teixeira e Leandro Coimbra, superintendente da PF em SP, exigiram na véspera da ação a lista dos que seriam presos, o que não seria um procedimento de rotina. A PF não quis comentar. (págs. 1 e A12)
Invasão de ferrovia dá multa a líderes de garimpo e MST
A Justiça Federal em Marabá (PA) multou um líder do MST e dois do Movimento dos Trabalhadores e Garimpeiros na Mineração em R$5,2 milhões pela invasão da Estrada de Ferro Carajás, da Vale,.em abril. Decisão judicial previa multa diária de R$3.000 a invasores. Os líderes vão recorrer. (págs. 1 e A14)
Dólar cai para menos de R$1,58 após alta de juro
O dólar recuou 0,28% e fechou a R$1,5795, a menor cotação desde 1999. Analistas atribuem a queda à alta de 0,75 ponto no juro básico anunciada anteontem pelo BC, para 13% ao ano, e prevêem que a moeda dos EUA se desvalorize ainda mais. A Bovespa caiu 3,3% ontem; no mês, as perdas acumuladas já são de 11,66%. A inflação porém, já dá sinais de desaceleração: o IPCA, subiu 0,63% em julho, abaixo do 0,90% registrado em junho, segundo o IBGE. (págs. 1 e B3)
No Rio, Paes sobe e empata em 2º, Crivella lidera
No Rio, Eduardo Paes (PMDB) subiu de 9% para 13% das intenções de voto e está tecnicamente empatado em segundo lugar com Jandira Feghali (PcdoB) que tem 16%. O líder Marcelo Crivella (PRB) oscilou de 26% para 24%. (págs. 1 e A7)
Em Porto Alegre, Fogaça é líder em intenções de voto
O prefeito José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição, lidera as pesquisas em Porto Alegre com 20%, e Manuela D’Avila (PCdoB), com 18% vêm em segundo. (págs. 1 e A8)
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O Estado de S. Paulo
Juiz manda MST pagar R$5,2 milhões à Vale
A Justiça Federal de Marabá condenou três líderes do MST no sul do Pará a pagarem R$5,2 milhões de indenização à mineradora Vale. Eles lideram em abril um grupo de sem-terra que interditou a ferrovia da empresa em Carajás, impedindo o transporte de minério até o Porto de Itaqui, no Maranhão. A ferrovia já tinha sido fechada pelo MST duas vezes, em 2007, e a Vale obtivera liminar proibindo novas interdições. Na ofensiva de abril, os sem-terra arrancaram trilhos, incendiaram dormentes e cortaram cabos de energia e de fibra ótica. O MST afirma que os três dirigentes foram condenados sem ter advogado de defesa e pretende recorrer da sentença. A Vale preferiu não se manifestar. Organizações de defesa dos direitos humanos enviaram comunicado à OEA e à ONU pedindo garantias para os sem-terra. (págs, 1, A4 e A6)
Lei que blinda advogado pode ser vetada, afirma Tarso
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o presidente Lula ainda não decidiu se vai sancionar o projeto de lei aprovado no Congresso que torna escritórios de advocacia invioláveis em inquéritos criminais.”Se for sancionado, é porque chegamos à conclusão lapidar de que não há prejuízo para a investigação, afirmou. (págs. 1 e A8)
Pacote reduz burocracia em pesquisas de biodiversidade
O Ministério do Meio Ambiente anunciou diminuição da burocracia para que pesquisadores tenham acesso a parques racionais. As novas regras devem ser apresentadas dentre de duas semanas a representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – que reclamam estar sendo tratados como “biopiratas”. (págs. 1 e A16)
Índia rejeita concessões aos países ricos na OMC
O Brasil deu ontem sinais de que pode ceder aos países ricos e permitir importação de mais bens industrializados, mas Índia e Argentina relutam em acompanhá-lo. A negociação comercial promovida pela Organização Mundial do Comércio em Genebra prossegue pelo menos até hoje. (págs. 1, B8 e B9)
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Jornal do Brasil
Opressão eleitoral em ata do tráfico
Uma ata de reunião apreendida na casa do traficante Antônio Francisco Barbosa, conhecido com Nem, chefe do crime na Rocinha, exibe a força da opressão eleitoral em curso na favela. Os avisos fazem clara ameaça aos moradores que apoiarem outros candidatos. O documento foi encontrado em megaoperação da Polícia Civil, que deixou dois feridos e um morto. A CPI das Milícias da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) pediu ao TRE o mapa dos currais eleitorais existentes hoje na cidade. (págs. 1, Tema do Dia A2 a A4 e cidade A16)
Juro amplia dívida em R$ 3,22 bilhões
A elevação da taxa básica de juros, de 12,25% para 13%, vai aumentar em R$ 3,22 bilhões a dívida pública interna. Se forem somados os três últimos aumentos nos juros do Banco Central, a dívida cresce mais R$ 7,52 bilhões. (págs. 1 e Economia A17)
Angra e Paraty já temem nova usina
Representantes da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica dizem que a construção da usina nuclear Angra 3 causará desordem em Angra dos Reis e Paraty, decorrente do fluxo de mão-de-obra, estimado em 30 mil pessoas. (págs. 1 e Economia A18)
"O Messias traz más notícias"
Não à licença – Ativistas do Greenpeace usaram foto do presidente do Ibama, Roberto Messias, para protestar contra Angra 3. (págs. 1 e Economia A18)
Justiça pune líderes dos sem-terra
A Justiça Federal do Pará multou três líderes do MST em R$ 5,2 milhões em razão da ocupação da Estrada de Ferro Carajás, em Parauapebas, de propriedade da Vale. (págs. 1 e País A12)
Um país de jovens religiosos
Os jovens brasileiros, entre 18 a 29 anos, estão entre os mais religiosos do mundo, informa estudo realizado em 21 países. O Brasil ficou em terceiro lugar, atrás da Nigéria e da Guatemala. Empatou com Indonésia e Marrocos, de maioria muçulmana. (págs. 1, Vida, Saúde & Ciência A24)
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Correio Braziliense
Tiro na inflação atinge casa própria
Elevação dos juros pelo BC tem como alvo a alta dos preços. Mas trará um efeito colateral: a renda mínima exigida para o financiamento de imóveis vai aumentar e, assim, excluirá compradores do mercado. Preços dos Setor Noroeste devem cair. (págs. 1 e 15)
Pausa no PAC
Suspeita de desvio de dinheiro público paralisa obras do PAC da habitação em 38 cidades do país, a maioria em MG. (págs. 1 e Tema do dia, 2)
É coisa nossa
Brasil vence disputa judicial com Alemanha pelo direito de usar a rapadura como marca nacional. (págs. 1 e 14)
Atendimento em hospitais já caiu 30% desde início da Lei Seca
Redução de pacientes nas unidades de ortopedia e politraumatizados é visível e sobre até leito, comemoram médicos da rede pública. Contran vai manter o rigor da lei na regulamentação. (págs. 1, 25 e 26)
Promotora impõe cotas na campanha
Partido rico ou nanico, pouco importa: no município do Novo Gama, no Entorno, os candidatos serão obrigados a se valer de quantidades iguais de propaganda na campanha pela prefeitura e câmara. (págs. 1 e 6)
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Valor Econômico
Após atingir pico, preço commodities começa a cair
Ganhou força entre os especialistas a partir do início deste mês a avaliação de que os preços das principais commodities industriais e agrícolas já atingiram o pico. Neste segundo semestre, prevêem os analistas, as cotações devem oscilar em nível ainda elevado, mas inferior ao da primeira metade do ano.Especialistas entrevistados pelo Valor lembram que o preço do petróleo caiu mais de 13% desde que atingiu a marca histórica de US$ 145,29 o barril em 3 julho - ontem, fechou a US$ 125,49 em Nova York. Essa queda contraria previsões anteriores de que o preço chegaria a US$ 170 até o fim do verão no hemisfério Norte, em agosto. Contaminadas pelo petróleo, as cotações agrícolas tendem a seguir trilha descendente. A cotação da soja, por exemplo, segue linha quase paralela à do petróleo no ano (ver gráfico). Seu preço bateu recorde no mesmo dia do petróleo e, de lá para cá, baixou 16,7%. O cenário mais provável é de redução de 5% a 10% nas cotações nos próximos meses. Tanto para o petróleo quanto para a soja, a mudança de tendência teria sido provocada por medidas tomadas em diversos países para combater a crise, como a elevação dos juros. Isso deverá limitar o crescimento, aumentar a rentabilidade das aplicações financeiras e atrair de volta investidores que migraram para commodities em busca de segurança. "Juros altos sempre significam redução de preços do petróleo", diz o economista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura. "A perspectiva é de aumento de produção de petróleo e gás e desaceleração da economia mundial", acrescenta o ex-diretor da ANP, David Zylbersztajn, que também prevê preços contidos. Os especialistas alertam, contudo, que a acomodação de preços não se dará sem nervosismo e instabilidades, motivados por decisões dos fundos que não abandonarão de todo as commodities e pela oferta e demanda global.No cenário interno, há perspectiva mais favorável para a inflação no segundo semestre. Em julho, os alimentos ainda representam fonte de pressão, mas a alta perdeu força. No IPCA-15, divulgado ontem, os preços de alimentos e bebidas aumentaram 1,75%. A variação ainda foi elevada, mas bem inferior à de um mês atrás, de 2,3%.(págs. 1 e A14)
Governo dará mais reajustes aos servidores
O governo prepara duas novas medidas provisórias para aumentar os salários de mais de 300 mil funcionários públicos. Uma delas reajustará e reorganizará vencimentos de carreiras típicas de Estado. A outra abrangerá os que ficaram de fora da MP 431, já aprovada na Câmara, e que beneficiou 800.512 servidores civis e 611 mil militares, mais aposentados e pensionistas, ao custo de R$ 32 bilhões até 2012. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar o governo, a despesa de pessoal deverá estar próxima a R$ 200 bilhões. Além de salários maiores, o quadro de pessoal cresceu com 110 mil nova vagas, mais que o dobro do necessário para repor 50 mil servidores que se aposentaram desde 2004. Agora, discute-se a abertura de 400 mil vagas para alunos nas universidades federais, o que levará à contratação de centenas de professores e funcionários administrativos.(págs. 1 e A2)
Supremo decide quem paga contas da Varig
O Supremo Tribunal Federal decide em breve, e de forma definitiva, a quem cabe julgar os processos de ex-trabalhadores da Varig, que pedem na Justiça verbas trabalhistas não pagas pela empresa, comprada pela Gol. Na prática, o que o Supremo vai decidir é se esses processos contra a Varig - e, conseqüentemente, a Gol - devem ser julgados pela Justiça do Trabalho, que normalmente responsabiliza o comprador de uma empresa pelo passivo trabalhista, ou pela vara de falências da Justiça estadual, no caso a 1ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial da Varig, em que é titular o juiz Luiz Roberto Ayoub. Ayoub disse em diversas ocasiões que não há sucessão trabalhista no caso da Varig. Por ter sido criada recentemente, a Gol tinha um número baixo de processos trabalhistas. Mas desde que adquiriu a nova Varig, viu esse número quintuplicar. Além do impacto do aumento do petróleo, a indefinição jurídica em relação às dívidas da antiga Varig tem contribuído para a desvalorização das ações da Gol na Bolsa de Valores. Neste ano, sua cotação caiu 62% e os papéis da concorrente TAM, 21%.(págs. 1 e B1)
Ação para controlar a PF fica para 2009
O Palácio do Planalto deve apoiar, mas não pretende tomar a iniciativa de projeto de lei para aumentar o controle sobre a Polícia Federal. O tema tem consenso entre os partidos, mas dificilmente será votado este ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera a Polícia Federal "fora de controle". Em desabafo recente, teria dito que estava acostumado com a anarquia dos sindicatos, mas atônito com a confusão na PF, que nem parecia do governo, mas uma corporação específica. Das ações que mais o desagradaram estão as que prenderam Duda Mendonça, seu irmão Vavá, além da Satiagraha.(págs. 1 e A8)
Dúvidas sobre os planos da Eletrobrás
Os problemas de caixa da Eletrobrás e seu ambicioso programa de investimentos, que incluem Angra III e Belo Monte, vêm criando dúvidas sobre os planos de internacionalização da companhia. Entre os projetos em análise estão a hidrelétrica de Garabi, no rio Uruguai, quatro hidrelétricas no Peru e a interligação dos sistemas elétricos com a Venezuela. Também se estuda projetos na África, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Equador e China. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, diz que as hidrelétricas no exterior serão financiadas por instituições como o BNDES, BID e o Banco Mundial.(págs. 1 e B8)
Provedores criticam projeto sobre os crimes na internet
As empresas provedoras de acesso à internet decidiram comprar briga com os parlamentares que defendem o Projeto de Lei 89/2003, que pretende definir os novos tipos de crimes praticados por meio da internet. No centro da polêmica estão os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Aloizio Mercadante (PT-SP), que reformularam o projeto que está na Câmara, após ter passado pelo Senado. Os senadores dizem que o projeto de lei trata apenas de "tipificar" os crimes. A associação dos provedores de acesso afirma que a medida "cria regras que não fazem o menor sentido". Para seu presidente, Eduardo Parajo, pequenos provedores do país correm o risco de fechar as portas. Uma das queixas dos provedores diz respeito à exigência de guardar, pelo prazo de três anos, os chamados "logs de acesso", a identificação do instante em que o usuário se conecta e se desconecta da rede.(págs. 1 e B3)
Renda do trabalho cai
O mercado de trabalho já sofre os efeitos do aumento da inflação. Em junho, o rendimento médio real da população ocupada ficou em R$1.216,50, uma queda de 0,3% na comparação com maio. (págs. 1 e A4)
Montadoras investem
A Anfavea, presidida por Jackson Shneider, refaz as contas dos novos investimentos das montadoras e empresas de autopeças, que já superam US$ 20 bilhões até 2011. (págs. 1 e B7)
Reação do Copom
A decisão do Copom de elevar a taxa Selic fez os juros futuros curtos subirem porque o BC tende a ser rigoroso até o fim do ano; e os longos caíram porque, garantida a meta de inflação em 2009, a Selic pode cair. (págs. 1 e C2)
Bolsa em queda
A saída de capital externo da bolsa levou o Ibovespa ontem para baixo dos 58 mil pontos, um importante suporte que vinha sendo observado por técnicos e investidores. (págs. 1 e D2)
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Gazeta Mercantil
Juro alto leva Bovespa para o menor nível desde janeiro
Em sessão marcada por pessimismo externo, resultados corporativos aquém do esperado pelo mercado e nova alta das cotações do petróleo, as principais bolsas internacionais fecharam em baixa. Dow Jones recuou 2,43%, para 11.349 pontos. A Nasdaq, que mede o desempenho das empresas de tecnologia, encerrou o dia a 2.280,11 pontos, queda de 1,97%. O mercado brasileiro replicou o movimento. O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 3,34%, fechando a 57.434 pontos, menor nível desde 23 de janeiro. Com o aumento das taxas básicas de juros, o dólar também operou pressionado. A moeda norte-americana testou nova mínima em mais de nove anos, com baixa de 0,32%, a R$ 1,580. A recente elevação de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), para 13%, e a perspectiva de mais altas pela frente tornam ainda mais atrativas as aplicações indexadas aos indicadores de inflação e ao juro básico. Entre as Letras do Tesouro, as NTNB, atreladas ao IPCA, as NTN-C, atreladas ao IGP-M, e as LFT, atreladas à Selic, são boas opções. (págs. 1 e EDITORIAL – A2, B2 E B3)
Tarso admite blindar advogados
O ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu ontem que está examinando a possibilidade de que a lei que isenta escritórios de advocacia de serem alvos de investigações seja sancionada. “Se for, é porque chegamos à conclusão clara de que não há prejuízo para a investigação criminal e de que não vai se tratar de um privilégio para advogados”, disse Genro. A manutenção das prerrogativas dos advogados foi amplamente defendida pelo presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados (OAB-RJ), Wadih Damous, que criticou falhas cometidas nas investigações, como “interceptações telefônicas abusivas e tratadas como único meio de investigação”, classificando-as como “atentado ao amplo direito de defesa”. (págs. 1 e A8)
Receita perde R$242 milhões com eleição
A propaganda eleitoral gratuita não é tão gratuita como parece. Para restituir eventuais prejuízos das emissoras de rádio e televisão, que serão obrigadas a transmitir, a partir do dia 19 de agosto, as campanhas dos candidatos a vereador, vice-prefeitos e prefeitos, a Receita do Brasil — antiga Receita Federal — vai deixar de arrecadar mais de R$ 242 milhões em Imposto de Renda. O benefício, previsto pela lei eleitoral de 1996, mas só regulamentado em 2005, permite que as emissoras retirem do lucro líquido, para efeito da determinação do lucro real, “valor correspondente a oito décimos do resultado da multiplicação do preço do espaço comercializável pelo tempo que seria efetivamente utilizado pela emissora em programação destinada à publicidade comercial, no período de propaganda eleitoral gratuita”. (págs. 1 e A7)
Tesouro
Dívida atrelada à Selic ainda predomina. (págs. 1 e B2)
Poucas esperanças para Doha
O dia será decisivo para as negociações que pouco avançaram ontem. (págs. 1 e A9)
Vinho chileno pode ficar mais caro e ter cotas
O diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Silvio Porto, disse ontem que o governo brasileiro vai iniciar discussões com o Chile sugerindo revisão para cima no preço do vinho fino chileno no âmbito do acordo bilateral. Outra medida que deve entrar em pauta é o estabelecimento de cotas para importação. Há um bom espaço para revisar algumas cláusulas”, disse. Segundo o executivo, há também disposição para rever o acordo com a Argentina, que fixou piso de US$ 8 por caixa. Para o gerente de marketing da importadora Terroir, Fábio Sanchez, trata-se de um “protecionismo que tanto criticamos”. “O vinho importado tem qualidade superior e com preço mais acessível.” As condições naturais e os volumes do Chile tornam o produto mais competitivo. Na avaliação de Sanchez, seria uma medida pouco produtiva para quem gosta e toma vinho. Para a responsável pela Prima Línea Importadora, Vera Maniaci, “está surgindo um novo grupo de consumidores que vai optar pelo importado mesmo com preço similar ou ainda superior”. (págs. 1 e C1)
Krugman diz que hoje somos todos Keynesianos
A recessão americana provocada pela crise do crédito imobiliário de alto risco será leve e irá durar dois anos. A previsão é do economista Paul Krugman, professor da Universidade Princeton e colunista do jornal The New York Times, reproduzido pela Gazeta Mercantil. Para ele, o Brasil é um emergente diferente da China e Índia: não tem a moeda atrelada ao dólar, tem taxas de juros flutuantes e é grande exportador de commodities, o que o habilita a enfrentar o cenário atual com melhores condições. Na prática, é um país de sorte, pois está do lado das economias que estão ganhando com o cenário de crise internacional. Para Krugman, o banco central norte-americano e o Tesouro agiram corretamente ao socorrer instituições. “Hoje somos todos keynesianos”, brinca ele, comentando que até os economistas mais conservadores apóiam a intervenção. “O Consenso de Washington foi seriamente afetado com esta crise”, defende. (págs. 1 e B2)
Queda dos preços ameaça a soja
Os preços da soja recuaram ontem para US$ 13,73 o bushel em Chicago, o que ameaça a rentabilidade dos agricultores de algumas regiões no Brasil. O lucro só estaria assegurado a partir de US$ 14, dizem analistas. (págs. 1 e C5)
Ford perde nos EUA e ganha aqui
A Ford fechou o segundo trimestre com prejuízo mundial de US$ 8,7 bilhões em meio à crise causada pela alta da gasolina nos EUA. Na América do Sul, puxada pelo Brasil, a empresa lucrou US$ 388 milhões. (págs. 1 e C8).
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