PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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terça-feira, março 31, 2009

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

31 de março de 2009

O Globo

Manchete: Orçamento sofre corte maior e IPI da construção é reduzido

Imposto menor para veículos valerá por mais 3 meses. Cigarro fica mais caro

Por causa da crise global e da queda na arrecadação, o governo ampliou para R$ 25 bilhões, R$ 3,4 bilhões acima do valor anunciado há duas semanas, os cortes de gastos de custeio e investimentos no Orçamento deste ano. As áreas mais atingidas são Turismo e Esporte, mas os gastos do setor social também foram reduzidos. O Bolsa Família, por exemplo, foi preservado, mas a Educação perdeu R$ 1,3 bi. O governo também anunciou um pacote de medidas para ativar a economia: prorrogou por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos e exigirá manutenção de empregos no setor. Além disso, zerou a Cofins para motos e cortou IPI de materiais de construção - de cimento a chuveiros elétricos. Para compensar as desonerações - de R$ 1,5 bilhão - foi elevado o IPI sobre cigarros a partir de 12 de maio. O maço ficará até 25% mais caro. (págs. 1, 3 e 19 a 21)

Obama avisa: Chrysler e GM podem quebrar

General Motors e Chrysler receberam ontem um ultimato do presidente Barack Obama: elas terão que se reestruturar rapidamente ou vão quebrar porque a ajuda federal é limitada. Ontem mesmo a Chrysler fechou acordo preliminar para se associar à Flat e terá 30 dias para concluí-lo. A GM, que desde ontem tem novo diretor-executivo, ganhou, 60 dias para apresentar um novo plano. Rick Wagoner, que saiu da GM no domingo, embolsará US$ 23 milhões. (págs. 1 e 22)

Doações: PF omitiu PT, PTB e PV do relatório

A Polícia Federal omitiu do relatório final da Operação Castelo de Areia três partidos - PT, PTB e PV - citados em conversa entre um diretor da Camargo Corrêa e um representante da Fiesp. A PF alegou que não havia provas de que as doações fossem ilegais. Sete outros partidos foram incluídos no relatório. (págs. 1 e 10)

Funcionário tem 8 parentes no Senado

Lotado no gabinete do senador Gilvam Borges, o advogado Fernando Aquino conseguiu emprego para o pai, a mulher, os irmãos, a mulher de um irmão e os cunhados. Sem deixar o Senado, em 2006 ele atuou na campanha de José Sarney, no Amapá. (págs. 1 e 4)

Caminhões de lixo farão menos barulho

Velho alvo de queixas da população, sobretudo á noite, o barulho ensurdecedor dos caminhões da Comlurb está perto de chegar ao fim. O prefeito Eduardo Paes brincou de dirigir um dos 63 novos caminhões de lixo da Comlurb que serão mais silenciosos tanto no tráfego como na compactação do lixo. Os veículos começam a circular ainda esta semana na Zona Sul, na Tijuca e na área litorânea da Zona Oeste. Os novos veículos terão câmbio automático, injeção eletrônica e compactação hidráulica. (págs. 1 e 14)

Doha: árabes apoiam ditador do Sudão

Indiciado pelo Tribunal Penal Internacional, o presidente do Sudão, Ornar Hassan al-Bashir, ganhou apoio dos líderes dos países árabes em Doha. Mas foi criticado publicamente pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por expulsar 13 ONGs do país. (págs. 1 e 25)

Apac e PEU não impedem demolições

Nem a Área de Proteção do Ambiente Cultural, (Apac) do Leblon, nem o Plano de Estruturação Urbana (PEU) têm conseguido impedir a demolição de pequenos imóveis no bairro. O próximo a ir ao chão é a casa de três andares que está na Apac, mas não é tombada, na esquina da Avenida San Martin com a Rua General Venâncio Flores. Ali funcionava o restaurante Salitre. O imóvel vai dar lugar a um prédio de dez andares. (págs. 1 e 18)

Editorial: Abrir as portas

A pauta da sessão de amanhã do plenário do Supremo Tribunal Federal trata de uma questão ampla e estratégica — a liberdade e o aprimoramento dos meios de comunicação como instrumento essencial numa sociedade aberta — em dois processos. Tramitaram paralelamente uma reclamação contra a Lei de Imprensa, impetrada pelo deputado fluminense Miro Teixeira, do PDT, diretamente no STF, e uma ação de contestação da obrigatoriedade do diploma de faculdade de comunicação para o exercício da profissão de jornalista — esta iniciada na Justiça de São Paulo. Por coincidência, os dois processos entraram juntos em fase final de tramitação na última instância da Justiça.

O fato de o Supremo ter decidido julgar as duas ações no mesmo dia reflete a atenção dos ministros com os limites legais que devem reger não apenas o resultado final do trabalho dos meios de comunicação — a notícia e o comentário divulgados por qualquer tipo de meio —, mas também com as regras seguidas na contratação de profissionais que irão atuar numa atividade-chave como o jornalismo. (pág. 6)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo reduz tributo de carro, moto e construção

Alta de impostos sobre cigarros compensará em parte a perda de receita

o governo federal anunciou novo pacote, que prevê redução de impostos no valor de R$ 1,675 bilhão para estimular a economia e atenuar os efeitos da crise.

As principais medidas dizem respeito ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A diminuição da taxa incidente sobre veículos, instituída em dezembro, foi prorrogada por três meses, e 30 itens básicos de material de construção tiveram as alíquotas cortadas para beneficiar o setor. (págs. 1 e Dinheiro)

Corte de gastos feito por Lula atinge R$ 25 bi; Tarso protesta

O bloqueio de gastos do governo em razão da crise chega a R$ 25,4 bilhões no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. É mais do que os R$ 21,6 bilhões divulgados no início e equivale a cerca de 4% do Orçamento.

O corte, o maior do governo Lula, atingiu áreas consideradas prioritárias, como educação, segurança e defesa. Em nota, o Ministério da Justiça protestou, dizendo que a medida pode "imobilizar" a Polícia Federal. (págs. 1 e A4)

Obama nega socorro e pede novo plano a GM e Chrysler

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que as gigantes automotivas GM e Chrysler fracassaram em apresentar planos de restruturação viáveis e não vão receber, por enquanto, os 21,6 bilhões que requisitaram para evitar sua quebra.

A GM terá mais 60 dias e a Chrysler, mais 30 dias para refazer seus planos. Desde dezembro, a primeira montadora recebeu US$ 13,4 bilhões e a segunda, US$ 4 bilhões do governo. (págs. 1 e B10)

Foto legenda: Crise nas ruas

Manifestação que, segundo a polícia, reuniu cerca de 10 mil pessoas, percorre a rua da Consolação (centro de São Paulo); centrais sindicais promoveram protestos em 19 Estados e no Distrito Federal contra as demissões causadas pela crise econômica. (págs. 1 e B4)

BC prevê crescimento menor e inflação abaixo do centro da meta

Órgão reduz de 3,2% para 1,2% a estimativa de alta do PIB neste ano. Previsão para o IPCA é de 4,1%, abaixo dos 4,5%¨perseguidos pelo governo. (págs. 1 e B6)

Editorial: Lula no Chile

Tão perniciosa quanto o ultramercadismo, que lançou a economia global nesta crise, é a ideologia do "governo forte"

Não é sempre que uma cúpula com chefes de Estado produz um atrito do porte do "Por qué no te callas", desferido pelo rei da Espanha contra o presidente da Venezuela no fim de 2007. No mais das vezes, o clima desses encontros transcorre entre o previsível e o soporífero.

Não fugiu do padrão a reunião entre líderes da chamada "governança progressista" -políticos de centro-esquerda que repaginaram o termo original, Terceira Via-, ocorrida neste fim de semana em Viña del Mar, no Chile. O modo de pregações para convertidos só foi ameaçado por um leve incômodo envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice dos EUA, Joe Biden. (págs. 1 e A2)

Editorial: Congresso Pressionado

O Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, ratificou em decisão liminar a brecha jurídica encontrada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), para destravar a pauta do Congresso Nacional.

Temer utilizou uma manobra interpretativa. Pela regra em vigor desde 2001, as deliberações legislativas ficam bloqueadas se medidas provisórias não forem votadas até 45 dias após seu envio pelo Executivo. Com o abuso de MPs editadas pelo presidente Lula, a agenda do Congresso permanece virtualmente paralisada.
Contra esse bloqueio, Temer anunciou no dia 17 que apenas as sessões ordinárias -que deliberam sobre leis que podem ser objeto de MPs- seriam paralisadas. As sessões extraordinárias, que tratam de emendas constitucionais, por exemplo, não seriam trancadas. A interpretação foi contestada no STF por oposicionistas, que argumentaram não terem sido consultados e temiam não poder mais usar as MPs para barrar votações e pressionar o governo. Ao rejeitar tal mandado de segurança, o STF referendou a conduta de Temer. (pág. 2)

Opinião: Marcos Nobre: Investigação na Camargo Corrêa é o fato político mais importante do ano

Por causa das supostas doações irregulares feitas a candidaturas e partidos, a investigação na construtora Camargo Corrêa poderia dar um empurrão na combalida reforma política.

A investigação é o fato político mais importante do ano. Não é necessário crer em teorias conspiratórias para enxergar suas muitas dimensões e consequências. Só um conchavo político de amplo espectro pode impedir que venham à tona. (págs. 1 e A2)

Opinião: Vinicius Torres Freire: Acordo não deve impedir demissões

O acordo que prevê suspensão de demissões teria "convencido" o governo a prorrogar a redução do IPI. Conversa. As empresas vão ajustar seus negócios, com demissões se necessário.

O imposto sobre fumos não vai cobrir o refresco tributário. Mas não há de onde tirar muito mais dinheiro sem cortar emendas parlamentares e conter gastos extras com servidores. (págs. 1 e B4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Imposto do cigarro compensa parte do pacote de isenções

Preço subirá até 25% para cobrir desoneração a montadoras e construção

O governo anunciou um aumento dos impostos sobre o cigarro, para ajudar a bancar a renúncia fiscal dos incentivos às montadoras de veículos e à construção civil. Com isso, os cigarros vão encarecer até 25%. A medida deverá gerar cerca de R$ 975 milhões, contra perda de R$l,68 bilhão prevista com a desoneração. "É bom para a saúde daqueles que fumam, pois é melhor que sintam no bolso do que no pulmão", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). "A medida desarruma o setor. Os fumantes passarão a consumir produtos do mercado informal", disse Fernando Pinheiro, da Souza Cruz. O pacote prorroga até 30 de junho a redução do IPI para carros e caminhões. O vice-presidente José Alencar, que assinou as medidas, disse que o objetivo é salvar empregos: "O Brasil será um dos únicos que não terão queda do mercado de trabalho neste ano".

O PACOTE DE ESTÍMULO

Caminhões e carros: prorrogação, até 30 de junho, da redução do IPI, que venceria hoje. Desde dezembro, a medida ajudou o setor a manter as vendas em níveis até superiores aos do primeiro trimestre de 2008.

Motocicletas: o governo reduziu a Cofins de 3% para zero. Em troca, o setor se compromete a não demitir por três meses. Fabricantes calculam queda de 3% no preço das motos com até 150 cilindradas, as mais vendidas.

Material de construção: o pacote prevê a redução, por três meses, do IPI para 30 itens. A maioria deles, sobre os quais incide imposto de 4% ou 5%, terá a alíquota cortada para zero, casos do cimento e da tinta.

Cigarros: aumento do PIS, da Cofins e do IPI para os cigarros. Com a medida, as marcas mais baratas deverão ficar 20% mais caras, e as sofisticadas, 25%. (págs. 1, B1, B3 e B4)

Obama rejeita plano das montadoras

Casa Branca quer cortes mais drásticos na GM e fusão da Chrysler com a Fiat

O presidente dos EUA, Barack Obama, rejeitou os planos de reestruturação apresentados por General Motors e Chrysler, que pedem ajuda adicional de US$ 21,6 bilhões. Obama disse que as montadoras não podem depender de "um fluxo interminável de dólares" do contribuinte. Mesmo assim, não afastou totalmente a hipótese de ajudá-las. A GM ganhou prazo de dois meses para refazer seus planos de ajuste, prevendo redução drástica no total de marcas e na rede de concessionárias. Já a Chrysler terá um mês para consumar fusão com a italiana Fiat. A situação das montadoras provocou queda das bolsas pelo mundo. (págs. 1 e B8)

Planalto tem 67 diretores e mais de 100 chefes

O Palácio do Planalto tem 67 diretores e mais de 100 chefes, informam os repórteres Tânia Monteiro e Leonencio Nossa. Só na área de comunicação, o total de diretorias foi de 2, em 2003, para 12 - o dobro da Petrobrás. Na Casa Civil, há 7 diretores. Juntas, as Secretarias de Relações Institucionais e de Assuntos Estratégicos têm 8. No gabinete do presidente Lula, trabalham 13 chefes. (págs. 1 e A4)

Ministros do STF apontam excessos na operação da PF

Ministros do STF ouvidos pelo Estado avaliam que a Operação Castelo de Areia mostra que continuam a ocorrer excessos nesse tipo de investigação da Polícia Federal. Segundo eles, é inadmissível a prisão de suspeitos apenas para ouvi-los. Um e-mail interceptado despertou suspeita da PF. A mensagem mostra doação de R$ 25 mil da Camargo Corrêa ao PT de São Paulo. (págs. 1 e A8 a A10)

Lei da coleta de espécies para estudo está travada

O projeto de lei que regulamenta o acesso aos recursos genéticos da biodiversidade brasileira está parado no governo, após seis meses em consulta pública. Cientistas querem se desvencilhar das amarras da medida provisória que desde 2001 pune a biopirataria. Sem a nova legislação, eles não obtêm licença para estudar as plantas de que precisam. (págs. 1 e A14)

Mais jovens iniciam vício pela cocaína, diz pesquisa

O crack e a cocaína podem ter virado a porta de entrada para crianças e adolescentes se tornarem dependentes. Levantamento nos centros estaduais de atendimento de São Paulo mostra que, em dois anos, o número de menores em tratamento intensivo para esses dois tipos de tóxico passou de 179 em 2006 para 371 em 2008, uma alta de 107%. (págs. 1 e C1)

Paquistão: terror, caos e 12 mortes

Um grupo de atiradores invadiu uma academia policial em Lahore (Paquistão), atirando de modo indiscriminado e mantendo reféns por oito horas. Após intenso combate, a polícia paquistanesa retomou o controle do local e prendeu quatro suspeitos. No total, 12 pessoas morreram, entre as quais três terroristas que se explodiram. No início de março, sete pessoas foram mortas em ataque contra atletas do Sri Lanka em Lahore. (págs. 1 e A11)

Notas e informações: Lição de direito do TRF

Por repetir os mesmos equívocos técnico-jurídicos da Operação Satiagraha - que confundiu simples indícios de corrupção com provas materiais inequívocas, fundamentou denúncias criminais com base em meras suspeições e evidenciou uma ação articulada entre o delegado, o promotor e o juiz de primeira instância responsável pelo caso -, a Operação Castelo de Areia não resistiu ao primeiro recurso interposto pelos indiciados na segunda instância da Justiça Federal. A operação foi desmontada pela desembargadora Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, que aproveitou o recurso impetrado por sete pessoas que haviam sido presas preventivamente, na última quarta-feira, para dar uma exemplar lição de direito à Polícia Federal, ao Ministério Público e, principalmente, ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que autorizou as duas operações.

Em despacho de 67 páginas, a desembargadora afirma expressamente que De Sanctis agiu com base somente em "meras conjecturas" e que foi conivente com "arbitrariedades, caprichos e humilhações gratuitas" a réus que "são primários, possuem famílias constituídas, residência fixa e ocupação lícita", desprezando o princípio constitucional da presunção de inocência. "A decisão se revelou repetitiva, não distinguindo excesso de fundamentação com fundamentação idônea (...) Observo que as palavras mais referidas no despacho revelam meras conjecturas. (págs. 1 e A3)

Opinião: Arnaldo Jabor: Vergonha pode nos trazer sabedoria

Esse milhão de casas vai esbarrar em tudo o que o governo Lula deixou de fazer: simplificação de burocracias, privatizações, concessões públicas urgentes e reformas. (págs. 1 e D8)

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Jornal do Brasil

Manchete: Para fugir do desemprego

Fazenda reduz impostos para construção e carros

Renúncia tributária é condicionada ao emprego

Obama cria incentivos fiscais para as montadoras

Os governos do Brasil e dos EUA anunciaram novas medidas para conter a sangria de empregos. No Brasil, o Ministério da Fazenda divulgou um pacote que deverá resultar na renúncia de R$ 1,5 bilhão: além de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, o plano prevê o mesmo para materiais de construção. A contrapartida é a manutenção dos empregos nas fábricas. Nos EUA, o presidente Barack Obama anunciou incentivos fiscais para as montadoras e induziu a fusão da Chrysler com a Fiat. (págs. 1, Economia A16 a A18)

31 de março, há 54 anos... Golpe de 64 - O dia em que o país mudou de rumo

Políticos, historiadores e personagens do movimento militar iniciado no fim de março de 1964 revisitam o golpe que deixou o Brasil longe da democracia por longos 21 anos. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A5)

Os gastos do SUS com a violência

Um novo detalhamento de cálculos do IBGE e do Ipea aponta: os gastos da saúde pública no Brasil com agressões e acidentes são pelo menos quatro vezes maiores e chegam a R$ 2 bilhões. A pesquisa levou em consideração também o atendimento ambulatorial. (págs. 1 e País A6)

E a Câmera?

Desde 2007, os óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, no calçadão de Copacabana, já foram roubados cinco vezes. Seria um prejuízo de R$ 15 mil para os cofres públicos se o monumento não tivesse sido adotado por uma empresa de fabricação de lentes de grau. No entanto, mesmo com tantos casos de vandalismos, a Prefeitura ainda não decidiu se instala uma câmera para vigiar o poeta de cobre que encanta os turistas. (págs. 1 e Cidade A10)

Editorial: Montadoras em busca de fôlego

Continua agitada e repleta de novidades a novela da vida real que se desenrola há meses nos Estados Unidos, protagonizada pelas montadoras e o governo. Só nos capítulos mais recentes, a General Motors confirmou a demissão de seu diretor-presidente, a Chrysler e a Fiat anunciaram uma aliança global e o presidente Barack Obama enquadrou as gigantes do setor automobilístico, exigindo-lhes celeridade nos planos de reestruturação. Enquanto isso, no Brasil, a equipe econômica reduziu a carga tributária sobre carros, motos e caminhões, para facilitar as vendas. Por diferentes caminhos, os governos tomam as rédeas da situação, na tentativa de evitar o desemprego e salvar do abismo um setor crucial da economia. (pág. 8)

Sociedade Aberta

Caio Navarro de Toledo
Historiador
Após 45, não se fez justiça às vítimas da ditadura. (págs. 1 e A5)

Jarbas Passarinho
Ex-ministro
O Brasil fio salvo de virar uma imensa Cuba. (págs. 1 e A3)

Renato Simões
Deputado estadual (PT-SP)
Neste aniversário, vence o direito à memória ou à mentira? (págs. 1 e A9)

Cláudio Cenz
Empresário
A redução do IPI para a construção traz efeitos imediatos. (págs. 1 e A17)

EUA: reputação está na lama

Paul Kraugman
The New York Times

Os EUA, há dez anos, era o país que sabia cuidar das finanças, todos pensavam. Uma das perdas da crise atual é a reputação da América, com capital que perdemos quando, nós e o mundo, mas precisamos. (págs. 1 e Economia A18)

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Correio Braziliense

Manchete: Lula manda conta da crise para fumantes

Pela manhã, o susto. Pesquisa de opinião do CNT/Sensus mostrou queda de 10 pontos percentuais — 72,5% em janeiro para 62,4% em março — na avaliação positiva do governo. Segundo os analistas, a onda de demissões desde a explosão da crise é a causa da perda de apoio à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Horas depois, a reação. O ministro Guido Mantega anunciou uma série de medidas para estimular a economia e recuperar o mercado de trabalho. O IPI sobre material de construção caiu a zero, assim como a Cofins taxada nas motocicletas. Empresas de papel e celulose, material de escritório e a indústria de brinquedos receberam isenção de Imposto de Renda. Ao todo, estima-se em R$ 700 bilhões os impostos que deixarão de entrar no cofre. A ideia é que ao baratear os produtos, o consumo se aqueça e promova crescimento. Para tapar o buraco do caixa, no entanto, as alíquotas do IPI e Cofins sobre os cigarros subirão a partir de 1º de maio. O próprio governo diz que o preço final do maço vai crescer 25%. (págs. 1, 4, Tema do Dia e 14 a 16)

Enquanto isso, nos EUA: Obama intervém na GM e na Chrysler

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, força a saída do presidente da GM, a união entre a Chrysler e a Fiat e marca data para que as indústrias apresentem um plano de reestruturação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, interveio ontem na indústria automobilística do país. Num único dia, forçou a saída do presidente-executivo da General Motors (GM), Rick Wagoner, determinou que a Chrysler aceite a associação proposta pela Fiat e fixou prazos para que as duas montadoras norte-americanas apresentem um plano factível de restruturação dos negócios. Só assim, o governo voltará a injetar recursos públicos nas companhias. Ao mesmo tempo, o presidente não descartou a simples falência delas. Ao proteger as operações da cobrança dos credores, prometer a injeção de mais dinheiro e tomar decisões administrativas, Obama decretou uma espécie de concordata informal das duas empresas. (págs. 1 e 18)

R$ 1 mil diários por estes microfones

O Senado tem 10 mil funcionários. Parte deles integra a Secretaria Técnica Eletrônica. Mesmo assim, a Casa vai contratar em 14 de abril uma empresa para testar diariamente os microfones usados por Suas Excelências só três vezes por semana no plenário, que às segundas, como ontem, e sextas costuma ficar vazio. Para tanto, pagará R$ 379 mil por ano. O trabalho precisa ser terceirizado, explica a assessoria de imprensa, porque o pessoal próprio anda sobrecarregado. (págs. 1 e 2)

E Fraga despediu a empregada…

Funcionária da Câmara que prestava serviços na casa do atual secretário de Transportes do DF é exonerada

A Câmara anunciou ontem a exoneração da empregada doméstica que era lotada no gabinete do deputado Osório Adriano (DEM-DF), mas prestava serviços na casa do deputado licenciado e atual secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga. A denúncia, feita pelo jornal Folha de S. Paulo, levou o secretário a diversas contradições ao tentar explicar a função exercida por Izolda da Silva. “Ela faz serviços de mandados. Vai ao banco, faz limpeza. São serviços domésticos. Aliás, serviços externos”, disse. Fraga afirmou ainda que a empregada dormia em sua casa porque morava na zona rural. (págs. 1 e 5)

Reforço na segurança

Governador Arruda coloca mais 1,8 mil policiais nas ruas e afirma esperar resultados:“Fiz tudo que a polícia me pediu. Agora exijo uma resposta.” (págs. E 27)

Violência doméstica

Balanço mostra que ainda há resistência à Lei Maria da Penha: apenas 2% dos agressores vão para a cadeia. (págs. 1 e 11)

O córrego da prostituição

Meninas de até 12 anos fazem sexo por R$ 15 na região da Fercal. Exploração ocorre em local chamado Córrego da Sucuri. (págs. 1 e 25)

Visão do Correio :: Distorções na máquina

Firmou-se no imaginário nacional, especialmente ao longo da última década, a ideia de que a máquina pública brasileira é inchada. Agora o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o número de servidores, em relação à população economicamente ativa, é menor do que o de países desenvolvidos e de emergentes. Aqui, a proporção é de 10,7%. Nos Estados Unidos, de 14,8%; na Alemanha, 14,7%; na Argentina, 16,2%; no Paraguai, 13,4%; na Índia, 68,1%. Mais: desde 1995, essa média recuou no Brasil — era de 11,3% naquele ano.

A notícia é boa, mas não torna o Estado menos perdulário. Estão aí, a comprovar a assertiva, os escândalos recentes do Congresso Nacional, com a descoberta de 181 diretores no Senado Federal e 104 na Câmara dos Deputados. (págs. 1 e Opinião 20)

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Valor Econômico

Manchete: Quatro grupos avaliam a compra do Ponto Frio

Vanessa Adachi, Claudia Facchini e Graziella Valenti, de São Paulo

Ao menos quatro grupos estão avaliando a possibilidade de compra da rede Ponto Frio, a segunda maior varejista do setor de eletroeletrônicos do país: Lojas Americanas, Magazine Luiza, Pão de Açúcar e um consórcio formado pela empresa nordestina Insinuante e pela BTG, do ex-banqueiro André Esteves. Além disso, há informações no mercado de que a GP Investimentos e o Wal-Mart também teriam interesse na empresa, que é controlada por Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, e seu filho, Carlos Monteverde.

Entre as empresas interessadas, Lojas Americanas e Pão de Açúcar tenderiam a fazer propostas envolvendo troca de ações. No caso do Magazine Luiza e da Insinuante, as ofertas devem envolver pagamento em dinheiro, uma vez que são empresas de capital fechado e os controladores buscam uma porta de saída. (págs. 1 e D1)

Saem novas isenções de impostos

Vanessa Dezem e Sergio Lamucci
De São Paulo

O governo anunciou, ontem, medidas adicionais que elevam em R$ 1,5 bilhão a renúncia fiscal prevista para este ano: confirmou a extensão por três meses da redução do IPI dos automóveis, eliminou esse imposto para vários materiais de construção e a Cofins das motocicletas e ampliou a lista dos setores considerados prioritários na área da Sudam.

Para compensar a perda de receita, haverá aumento do IPI e do PIS/Cofins sobre cigarros. A tributação maior pode causar alta de até 0,26 ponto percentual na inflação. Mas isso não preocupa os analistas, porque o cenário para a inflação é extremamente benigno. O IGP-M de março teve deflação de 0,74%. (págs. 1, A4 e A10)

Lula mostrará vantagens do etanol ao G-20

Mauro Zanatta
De Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva em sua bagagem para as conversas com dirigentes dos 20 países mais influentes do mundo, amanhã, em Londres, uma pesquisa inédita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostrando como a produção de etanol pode reduzir de forma drástica as emissões de gases causadores do efeito estufa. O levantamento da unidade Embrapa Agrobiologia, de Seropédica (RJ), mostra que, considerando todo o processo de produção da cana-de-açúcar, fabricação do álcool, transporte, distribuição e comercialização, o etanol brasileiro reduz em 73% a emissão total de CO2, do óxido nitroso e do gás metano. Se toda a frota brasileira fosse movida a etanol, haveria economia de 53,3 milhões de toneladas em um ano. (págs. 1 e B16)

GM ruma para recuperação judicial e cisão

Jeffrey McCracken, John D. Stoll e Neil King Jr.
The Wall Street Journal

O principal plano do governo dos Estados Unidos para consertar a General Motors e a Chrysler - salvo alguma surpresa de última hora - é de usar pedidos de recuperação judicial para livrar as montadoras de seus maiores problemas, uma indicação da profundidade com que o governo está mergulhando na indústria automobilística americana.

A medida dividiria, em essência, as empresas em partes "boas" e "ruins". A Casa Branca gostaria que a GM "boa" fosse uma empresa independente. A Chrysler "boa" seria vendida à Fiat. Com a ação dura do governo, as bolsas americanas levaram um tombo e puxaram outros mercados ao redor do mundo. O Dow Jones caiu 3,3% e o Índice Bovespa, 2,99%. (págs. 1 e C4)

Pernambuco dá largada à corrida eleitoral

Carolina Mandi
De Itapetim (PE)

É noite de domingo e poucos moradores de Itapetim, a 414 quilômetros do Recife, estão à frente da TV. Numa praça com pista de corrida, quadras e aparelhos, os moradores acorrem à inauguração da terceira academia de ginástica da cidade. Ao contrário das outras, esta não cobra pelas aulas nem pela consulta com o nutricionista. Batizada de Academia das Cidades, transformou-se na coqueluche da caravana pelo sertão do governador Eduardo Campos (PSB), que deu partida à campanha pela reeleição, numa disputa em que pode vir a enfrentar o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), cujos aliados iniciaram ontem, no Recife, outra caravana, para fiscalizar as obras do PAC. (págs. 1 e Al8)

Brasil agora atrai bancos chineses

Assis Moreira e Janes Rocha
De Genebra e Buenos Aires

O Banco da China, um dos maiores do mundo em capitalização, deve abrir este ano, em São Paulo, sua primeira agência na América do Sul, ao mesmo tempo em que Pequim prepara linhas de financiamento acima de US$ 11 bilhões para o Brasil Estudo do Deutsehe Bank aponta, em meio à crise global, urna segunda onda de investimentos chineses no exterior, puxada por bancos e seguradoras - e o Brasil está na mira. Também o Banco de Desenvolvimento da China, outro peso-pesado estatal, planeja se instalar no país, mas ainda precisará obter autorização para isso.

Em outra iniciativa na região, o Banco Popular da China fez um pré-acordo com o Banco Central da Argentina para realizar um swap de reservas no valor equivalente a US$ 10 bilhões. A operação tem prazo de três anos e o modelo é o mesmo da linha de US$ 30 bilhões oferecida ao Brasil pelo Fed. (págs. 1 e Cl)

Código ambiental de Santa Catarina desrespeita legislação federal

Vanessa Jurgenfeld
De Florianópolis

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina decide hoje a aprovação de um novo código ambiental para o Estado. A proposta, que tem apoio da maior parte dos partidos políticos, prevê entre os seus pontos mais polêmicos a redução da distância da produção no campo em relação às matas ciliares, consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP). (págs. 1 e A10)

Citi ainda liderou ranking de captações no ano passado

Cristiane Perini Lucchesi
De São Paulo

Com atuação forte no ainda movimentado primeiro semestre do ano passado, o Citigroup conseguiu assumir posição de grande destaque no "Ranking Valor de Captações Externas" de 2008. Ficou em primeiro lugar no ranking principal, posição que havia conquistado também em outros anos difíceis do mercado, em 2001 e em 2004. O banco assim tornou-se tricampeão por esse levantamento. (págs. 1 e Captações externas)

Crise carioca

Estudo do Sindicato de Bares e Restaurantes do Município do Rio de Janeiro (SindRio) mostra que em dez anos o número de hotéis, restaurantes e bares na cidade diminuiu 2,4% por causa da violência e do enfraquecimento da economia local. (págs. 1 e A12)

Reflexos da "marolinha"

A avaliação positiva do governo Lula caiu de 72,5% para 62,4% desde janeiro, segundo pesquisa CNT/Sensus. É o pior resultado desde setembro. A avaliação pessoal do presidente também caiu de 84% para 76,2% em março. (págs. 1 e Al3)

Pubs ameaçados

A recessão na Grã-Bretanha ameaça a sobrevivência dos tradicionais pubs britânicos, que hoje baixam as portas às dezenas todas as semanas. Entre as medidas que poderiam socorrer o setor estão uma menor regulação e corte de impostos. (págs. 1 e A15)

Sob medida

Apesar da crise, a produção de ovos de Páscoa deve chegar a 24 mil toneladas neste ano, um crescimento de 4,8% em relação ao ano passado, sendo três mil toneladas por fabricantes artesanais. "O ovo se ajusta ao tamanho do bolso”, diz Getúlio Ursulino, presidente da Abicab. (pág.1)

Colombo revê estratégia

A gaúcha lojas Colombo, uma das maiores varejistas de eletroeletrônicos e móveis do país, reduziu seu plano de expansão para 2009. A intenção agora é abrir dez lojas - duas em São Paulo - com produtos de maior valor. (págs. 1 e B5)

Expansão da Vilebrequin

Com 76 lojas no mundo, a unidade da grife francesa de calções de banho Vilebrequin no Shopping Iguatemi, em São Paulo, foi a campeã de vendas em dezembro. Em maio, inaugura mais duas lojas no país, no Leblon e em Salvador, diz o CEO Thierry Prissert. (págs. 1 e B5)

Negócios "offshore"

A Wilson, Sons e a Magallanes Navegação Brasileira, controlada pelo grupo chileno Ultratug, formaram uma joint venture para atuar no apoio a plataformas de petróleo e gás. A nova empresa nasce com seis embarcações em operação e outras seis em construção. (págs. 1 e B13)

Investimento em álcool

A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool, com três projetos para construção de usinas no Triângulo Mineiro, associou-se ao fundo americano ZBI Ventures, que pagou R$ 47,8 milhões por um terço do negócio. (págs. 1 e Bl6)

Editorial: Há boas chances de avanço na reunião londrina do G-20

A importância da próxima reunião do G-20, que reúne os países que criam 85% da riqueza mundial, pode ser melhor entendida em negativo. O fracasso da tentativa de união para combater a crise mundial colocará o mundo diante de forças recessivas maiores do que quaisquer soluções nacionais poderiam vencer. É por isso que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, coloca como meta para a reunião que marcará sua estreia na arena global a transmissão de uma "forte mensagem de união ao mundo". Os desafios colocados são enormes, uma coordenação internacional que alcance consenso em uma crise de tal profundidade nunca existiu com essa amplitude em tempos de paz, e a maior tempestade econômica global exige uma reação global. O G-20 prova que as instituições de Bretton Woods, como o Fundo Monetário Internacional, ficaram ultrapassadas, e sua capacidade de criar acordos é um fator relevante para que se vença a crise e possa se criar um arranjo multilateral mais justo para o futuro. (pág. Opinião 16)

Ideias

Dominique Strauss-Kahn: mudanças estão em curso no FMI. (págs. 1 e Al7)
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