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segunda-feira, junho 15, 2009
ELEIÇÕES 2010: PSOL À SOMBRA DO PT ? (Assombra?)
Do Alto da Torre - Eduardo Brito |
Jornal de Brasília - 15/06/2009 |
O PSOL encara com simpatia a proposta de coligação feita pelo deputado José Antônio Reguffe, indicado candidato a governador pelo PDT. Nem por isso deverá deixar de lançar um nome para o governo. O provável candidato do PSOL, Toninho Andrade (foto), explica que a legenda fixou a política de ter chapas próprias em todas as unidades da Federação. "Todo partido que quer crescer precisa fazer isso, precisa ter candidato próprio, para expor seu programa e sua bandeira. O próprio PT fez isso", lembra. Toninho admite que o PSOL tem como objetivo congregar alianças à esquerda. Isso não inibe, porém, a tese da candidatura própria. Se o PDT ficar mesmo à distância do Governo Federal e do governo do Distrito Federal, aos quais o PSOL faz oposição, uma coligação pode até sair. "Gostaríamos disso, só que com o Reguffe como candidato a vice", avisa Toninho. Prioridade é eleger Maninha distrital O objetivo maior do PSOL, hoje, é eleger deputada distrital a ex-deputada Maninha, seu maior trunfo eleitoral em Brasília. O partido precisa ter deputados como pressupostos para crescer e ocupar espaços. Será uma luta dura, admite Toninho Andrade. Pelos cálculos do PSOL, qualquer partido só elegerá um deputado distrital se conseguir o quociente eleitoral de 50 mil votos. Na eleição passada, quando concorreu a federal, Maninha obteve 56 mil votos. O partido não atingiu o quociente e ela ficou sem mandato. É normal que um candidato a federal tenha mais votos que o candidato a distrital. Mas o nome de Maninha tem amplo reconhecimento e o PSOL não afasta a possibilidade de que, mesmo concorrendo só, consiga atingir desta vez o quociente. Reguffe promete independência O deputado José Antonio Reguffe compareceu ao Encontro Democrático em que o PSOL escolheu seus representantes para o encontro nacional que definirá a estratégia do partido. Falando como candidato do PDT a governador, Reguffe fez um apelo pela unidade, garantindo que o PDT não irá as eleições alinhado com o Governo Federal – ou seja, com o PT, visto como principal adversário do PSOL – nem com o governo da capital. Modelo foi ponto de partida para o PT O modelo no qual o PSOL se inspira, em termos de estratégia eleitoral, é o do PT. Na primeira eleição do partido, em 1982, os petistas lançaram candidatos a governador em todos os estados. Até o atual presidente Lula disputou o governo de São Paulo. Teve pouco mais de um milhão de votos e ficou em quarto lugar, atrás do eleito Franco Montoro, do malufista Reinaldo de Barros e do ex-presidente Jânio Quadros. O partido só veio a pensar em coligações oito anos depois. A maioria dos candidatos petistas a governador teve votação insignificante, mas ajudou a puxar legendas. O PT elegeu, graças a isso, oito deputados federais, cinco deles em São Paulo. Aliás, três seriam expulsos por votar em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Eram Bete Mendes, Airton Soares e José Eudes. Nos States O vice-governador Paulo Octávio surpreendeu até sua equipe. Embarcou no final da tarde de terça-feira para os Estados Unidos com a família. Fica lá ao menos por uma semana. Férias a perigo O recesso da Câmara Legislativa corre risco. O deputado Cláudio Abrantes (foto) resolveu abrir uma campanha contra os 75 dias de férias – somados os recessos de meio e de fim de ano – a que têm direito, atualmente, os distritais. Para Abrantes, esse período é um exagero. "A Câmara Federal já reduziu, nós deveríamos fazer o mesmo", afirma. A Câmara dos Deputados reduziu, em 2006, o recesso do meio do ano, por meio de emenda parlamentar. Pela regra atual, a paralisação inicia-se em 18 de julho, portanto, reduziu para menos da metade. cedoc/RENATO ARAÚJO/26.09.06 |
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