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segunda-feira, dezembro 28, 2009
BRAS-ILHA. ELEIÇÕES 2010: O VELHO COM CARA DE NOVO NO CURRAL ELEITORAL
Como serão as eleições após a Caixa de Pandora
Chacoalhada eleitoral | |||||||||||||||
Autor(es): Lilian Tahan | |||||||||||||||
Correio Braziliense - 28/12/2009 | |||||||||||||||
Geraldo Magela (PT) Pouco antes de estourarem as denúncias reveladas na Operação Caixa de Pandora, Magela fechou um acordo no PT para ser candidato ao Senado pelo partido. Pelo acerto, o deputado federal deveria desistir das prévias com Agnelo Queiroz para a indicação ao Governo do Distrito Federal em troca de ser a primeira opção da legenda no Senado, com a exigência, inclusive, de que o partido evitasse a concorrência de Cristovam como eventual segundo candidato numa chapa de esquerda. Magela ainda negociou no pacote tornar-se o concorrente à presidência nacional do partido mais bem votado no DF, como de fato ocorreu. Em contrapartida, apoiaria a eleição de Roberto Policarpo para o comando do PT no DF. O que também foi cumprido. Com o novo cenário, que deu chances reais de uma boa performance para o PT em 2010, Magela vai querer rever os papéis dentro da legenda. Ele deve retomar as discussões de uma prévia para a disputa ao Buriti no ano que vem.
Maria de Lourdes Abadia (PSDB) Afastada há três anos do cenário político, desde que perdeu as eleições de 2006, a ex-governadora deve retomar a vida partidária em 2010, com chances de se lançar na disputa ao governo. O nome de Abadia vem sendo tratado como opção do partido para colocar em prática uma estratégia de sobrevivência política que consiste na tentativa de se desvincular do governo Arruda, de quem o PSDB se manteve oficialmente como aliado até o início do escândalo. Adversária de Arruda em 2006, Abadia pode ressurgir como a alternativa tucana mais distante da convivência com o DEM mantida nos últimos anos. Abadia saiu da campanha passada magoada com Roriz, o que pode ser usado mais à frente para reforçar um rompimento com o ex-governador. Esse raciocínio, no entanto, não descarta uma reconciliação com o grupo de Roriz.
José Antônio Reguffe (PDT) O nome do distrital chegou a ser ventilado antes da crise política para disputar o Governo do Distrito Federal. Mas, até o início do escândalo, essa hipótese havia perdido força, porque o próprio indicado não sentia por parte da legenda um comprometimento com a pré-candidatura. Depois do início da Operação Caixa de Pandora, a disposição do partido em lançar candidatura própria é outra. O senador Cristovam Buarque garante que o PDT vai se colocar na disputa para 2010. Ou com candidatura própria, ou numa composição que inclua Reguffe, no mínimo, como vice numa chapa encabeçada por Agnelo Queiroz (PT).
Antônio Carlos de Andrade (PSol) Nas eleições de 2006 para o Palácio do Buriti, Toninho teve 56,8 mil votos atingindo a preferência de apenas 4,3% do eleitorado no Distrito Federal. Com candidatura anunciada para o governo em 2010, ele está confiante de que sua performance pode melhorar nas urnas, alavancada pela crise política iniciada há algumas semanas. Para o indicado do PSol, as opções de esquerda — especialmente a sua, de caráter socialista e radical — devem ser projetadas a patamares mais competitivos porque serão um contraponto ao escândalo que atingiu o atual governo.
Cristovam Buarque (PDT) O nome de Cristovam surge quase como uma reação aos escândalos de corrupção que há um mês desgastam o grupo que está no poder. Apontado como demagogo pelos adversários, mas lembrado como um político carismático e de perfil ético entre aliados e simpatizantes, o nome do ex-governador voltou a circular em conversas políticas, especialmente entre dirigentes nacionais do PDT, como uma opção na disputa ao governo do DF. Mas a indicação, por enquanto, é evitada por Cristovam, que não admite ser candidato no ano que vem e insiste que a alternativa do partido para as próximas eleições é Reguffe.
Rodrigo Rollemberg (PSB) A combinação de duas circunstâncias pode viabilizar a candidatura de Rodrigo Rollemberg ao governo em 2010. Uma delas é a saída de Arruda do contexto eleitoral. A outra, uma eventual confirmação de Ciro Gomes como candidato do PSB à presidência da República. Diante de um panorama favorável, Rollemberg pode repetir a tentativa feita em 2002 de comandar o governo do DF, quando chegou em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Buriti. ------------------ |
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