A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
VENEZUELA: ''FOI SEM QUERER, QUERENDO..."
Internacional
Tarja vermelha
A máquina de maldades de Hugo Chávez fecha as últimas vozes
remanescentes de oposição; o caudilho só não consegue fazer
chover e venezuelanos ficam no escuro
Duda Teixeira
Leonardo Ramirez/AP |
CALA A BOCA Estudante protesta pelo fechamento do canal RCTV, em Caracas: num país onde, cada vez mais, é proibido dissentir, a lógica autoritária exige que não reste nem fiapo de oposição |
VEJA TAMBÉM |
• Do arquivo: Quebrando a banca (16/12/2009) |
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A destruição da Venezuela é um projeto que tem consumido todas as energias de Hugo Chávez e seu plano de poder nacional-populista. Reconheça-se que, infelizmente, ele tem sido bem-sucedido. A economia foi à lona com nacionalizações e congelamento de preços. O Judiciário foi completamente engolido. Persistentemente minados, todos os organismos de estado seguiram o mesmo rumo. A liberdade de imprensa já é item em extinção. Em 2007, Chávez retirou arbitrariamente do ar o canal mais popular do país, a RCTV, pelo crime de não adesão. A RCTV migrou para a televisão por assinatura para manter uma pequena fresta na couraça do autoritarismo. Mas sua morte estava anunciada e, na semana passada, Chávez calou, por fim, a voz incômoda. Outros cinco canais semelhantes tiveram o mesmo castigo (e três, depois, cederam), sob o patético pretexto de não transmitirem os discursos incansavelmente proferidos por ele, El Supremo. Para quem ignora os mecanismos da lógica totalitária, perseguir canais a cabo, de alcance limitado, soa como capricho tolo, que só serve para esgarçar os fiapos de democracia que ainda pairam em torno do chavismo e provocar inevitáveis protestos – desta vez, houve duas mortes de estudantes universitários, um antichavista e outro pró. Chávez, ao contrário, conhece muito bem como funcionam as coisas no universo dos caudilhos: tem de mostrar que manda em tudo, o tempo todo, que faz brilhar o sol e faz chover.Embora, ultimamente, o assunto chuva seja delicado.
Se a atual estiagem continuar, o setor elétrico da Venezuela caminhará para o colapso total. Os venezuelanos já sofrem com apagões constantes e podem literalmente mergulhar nas trevas. Preocupado em ajudar países camaradas como Bolívia, Cuba e Nicarágua, o governo Chávez não investiu em novas usinas hidrelétricas e termelétricas. Além disso, todas as companhias de eletricidade que caíram sob a praga da gestão chavista tiveram queda na produção por falta de manutenção, corrupção e aumento escandaloso do número de funcionários. As falhas internas do setor elétrico eclodiram com a repetição do fenômeno climático El Niño, que secou as represas. Se não chover até maio, a hidrelétrica de Guri, que responde por 60% da geração nacional, precisará desligar as turbinas. No pior cenário, o país poderá ter eletricidade dia sim, dia não. Tripudiando sobre as dificuldades da população, Chávez propôs o "banho socialista" de três minutos e prometeu contratar cientistas cubanos para bombardear as nuvens e fazer chover nos lagos das hidrelétricas. "Vou lá de avião e, se uma nuvem me atravessar o caminho, eu lanço um raio nela!", bradou com o habitual histrionismo. Até agora, não produziu nem garoa.
Outra nuvem no horizonte do chavismo é a eleição para a Assembleia Nacional, marcada para setembro. Desde 2005, quando a oposição se absteve das eleições legislativas em protesto pelos abusos, os representantes do povo se limitam a aplaudir as loucuras de Chávez. Agora, no entanto, pesquisas mostram que apenas um em cada três venezuelanos pretende votar em um candidato indicado pelo presidente. A máquina assistencialista vai ter de esquentar. Com a desvalorização da moeda nacional, no início do ano, ela ganhou fôlego. Mas a manobra também deve empurrar a inflação para perto dos 40% e diminuir o poder aquisitivo da população em 12% neste ano. "Antes disso, ainda tínhamos a esperança de que um aumento no preço do petróleo ou uma redução nos gastos do governo pudesse resolver a crise", disse a VEJA o economista Asdrubal Oliveros, diretor da consultoria econômica Ecoanalítica, em Caracas. "Agora, não vemos mais como a economia possa se recuperar."
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http://veja.abril.com.br/030210/tarja-vermelha-p-066.shtml
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