A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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terça-feira, agosto 17, 2010
ELEIÇÕES 2O1O [In:] QUALQUER COISA DIFERENTE DE ZERO ...
Eleitor terá de garimpar a diferença entre candidatos
Valor Econômico - 17/08/2010 |
Hoje, quando for ao ar o horário eleitoral gratuito dos postulantes a presidente da República, já vão ter contaminado a comunicação entre eleitores e candidatos muito pó de arroz e ensaios de discursos definidos exaustivamente por pesquisas qualitativas, sob medida ao que o brasileiro médio quer ouvir. Ainda assim, os 45 dias de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão que antecedem a véspera das eleições de outubro são um instrumento altamente democrático de campanha. Num país como o Brasil, com alta taxa de pobreza e restrito acesso de grande parte da população à informação, este é o momento em que os candidatos podem expor suas ideias sem mediações. É o período em que reconhecidamente a maior parte da população faz a sua opção pelo voto, valendo-se de uma propaganda que é a maior fonte de informação do eleitor. O tempo é distribuído de forma desigual entre os candidatos: a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) terá disponíveis 10 minutos e 38 segundos nos três dias por semana a que têm direito os candidatos a presidente, na terça, na quinta e no sábado; José Serra (PSDB) ficará com 7 minutos e 18 segundos e Marina Silva (PV) terá apenas rápido 1 minuto e 23 segundos. Isso atende a critérios que contemplam majoritariamente a proporcionalidade das bancadas federais dos partidos coligados ao candidato. As inserções nos dois blocos de 50 minutos que vão ao ar de segunda a sábado nas emissoras de rádio e televisão - em dias alternados para as eleições para presidente e deputados, e para as eleições para governador, senador e deputados estaduais -, mais o direito a mensagens publicitárias de 60 segundos, são gratuitas apenas para os candidatos. As emissoras têm direito a uma dedução em impostos correspondente a 80% do preço da publicidade naqueles horários. Pelos cálculos da Receita Federal, essa dedução pode chegar à cifra de R$ 851 milhões. Se economizam no pagamento de tempo às emissoras, os comitês de campanha, no entanto, gastam muito na produção dos programas. É o mais alto custo de uma campanha presidencial, pela importância que essa propaganda tem na definição do voto. O marketing político reina, absoluto, nesse período. As definições de ordem publicitária, que pretendem vender o candidato como uma mercadoria eleitoral, já estão praticamente tomadas. No caso da candidata governista, Dilma Rousseff, trata-se de associar - sempre e cada vez mais - a sua imagem ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do lado pessoal, torná-la leve nos gestos, falas, maquiagem, penteado e guarda-roupa; tirar dela o estigma de pessoa dura e sem cintura, obrigá-la ao sorriso constante e à serenidade. No caso de José Serra, a manobra é mais complicada do que isso. Em 2002, quando era candidato a suceder Fernando Henrique Cardoso, do seu partido, o eleitorado surfava numa onda de mudanças. Serra deu um nó num discurso que defendia o governo, mas prometia mudar. Não deu certo. Desta vez, Serra enfrenta uma candidata com menos carisma que seu adversário de 2002, que era Luiz Inácio Lula da Silva, mas tem que se contrapor à popularidade do governo, a um alto índice de satisfação da maior parte da população e ao desejo de continuidade. O jingle que abrirá a campanha de Serra mostra o seu impasse. "Quando o Lula sair, é o Serra que eu quero lá", diz o refrão. Isso quer dizer que o candidato tucano entra no horário eleitoral sem comprar briga com Lula, mas disputando com Dilma quem tem capacidade de continuar um governo bem-visto pela população. A candidata Marina Silva, com pouco tempo e pouco partido, vai ter que usar a imaginação para dar o recado. Pelo que tem falado até agora, aposta num eleitorado que cansou da polarização entre o PT e o PSDB, que são a marca da disputa presidencial desde 1994, e em promessas de, na falta de uma legenda forte e partidos coligados que possam dar a ela sustentação parlamentar, governar com o que existe de melhor no PT e no PSDB. A fase mais importante da campanha começa agora. Em vez de criar personagens, todavia, os comitês tornariam mais democrático o período de propaganda gratuita se abrirem espaço para um verdadeiro debate programático. Vai ser ruim decidir entre três candidatos que, a princípio, presos à popularidade de Lula, evitam falar que pensam diferente dele alguma coisa. A diferença faz parte da democracia. Será útil expô-la aos eleitores. |
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