A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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terça-feira, outubro 26, 2010
ELEIÇÕES 2010 [In:] ... O QUINHÃO (e/ou "A César o que é de César...")
Exceção à regra
26 de outubro de 2010 | 0h 00
De um lado da mesa, Paulo Egydio Martins, governador de São Paulo quando Vladimir Herzog foi morto há 35 anos (completados ontem), nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo. Do outro, Fernando Henrique Cardoso, na época ainda um anteprojeto de político profissional, ativista da luta contra a ditadura e 19 anos depois eleito presidente da República.
Testemunhar essa conversa é uma lição de história passada, presente e futura - sim, fazem previsões -, mas não deixa de dar uma estranha sensação de desperdício.
Afinal, o que fazem esses dois experientes políticos a uma semana da eleição em pleno sábado à tarde jogando calmamente conversa fora (em termos) diante um sorvete com figos e meia dúzia de ouvintes?
Cumprindo o papel que o partido ao qual ambos são filiados, FH como presidente de honra, diga-se, reservou para eles na campanha presidencial de José Serra pelo PSDB: nenhum.
O ex-presidente da República soube da passeata que o partido faria no Rio no dia seguinte, pelos jornais. O ex-governador desde que se filiou jamais foi chamado para dar um palpite sequer.
De FH todos conhecem a biografia e a experiência por oito anos na chefia da Nação, período em que comandou o processo que acabou com a inflação, extinguiu um dos maiores valhacoutos do fisiologismo do País localizado no setor estatal de telecomunicações e pôs o Brasil na rota do mundo.
Sobre o papel de Paulo Egydio naqueles tempos ruinosos da ditadura a nova geração não tem notícia e a velha raramente lhe faz justiça. Por desconhecimento ou má-fé, visto que pertencia à Arena e foi governador nomeado pelo general Ernesto Geisel.
Em resumo, muito resumido: Paulo Egydio era considerado pela linha dura do regime militar como um "traidor da revolução" porque se aliava aos moderados que queriam o quanto antes - na verdade, desde Castelo Branco, antes de Costa e Silva e Emílio Médici - devolver o poder aos civis.
Paulo Egydio presenciou a demissão do general Ednardo D"Ávila Mello, então comandante do II Exército depois da morte do operário Manuel Fiel Filho, assassinado nas masmorras da ditadura três meses depois de Herzog.
A linha dura achava Paulo Egydio um liberal e queria enfraquecê-lo para, assim, atingir Geisel e o projeto de redemocratização "lenta e gradual".
FH aos 79 anos e Egydio aos 82 são quadros qualificados da política, reúnem experiências complementares, até por terem militado em lado opostos, escrevem, rodam mundo, analisam, cotejam, indignam-se, têm na ética uma companheira de todas as horas, sabem o que houve, percebem o que há e anteveem no futuro próximo o que haverá no mundo.
Mas aqui neste Brasil de política e políticos tão desqualificados o que vale é a gritaria de um presidente transgressor e a palavra de dois ou três marqueteiros e seus truques repetitivos e, pela ausência de originalidade e de elaboração mental, embrutecem os espíritos e "emburrecem" as mentes.
Paulo Egydio e FH acham a campanha eleitoral um horror, a oposição feita pelo PSDB um fracasso. Consideram inexorável o avanço do Brasil, mas veem muita crise política pela frente e a necessidade urgente de o partido se aprumar se não quiser acabar.
No caso de perder e até se ganhar.
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Páginas viradas. O senador José Sarney diz que não é candidato a presidente do Senado, seus amigos espalham que, na verdade, é para que todos pensem que realmente é candidato quando, de fato, não é.
Não porque não queira, mas porque não tem a menor condição política de ser.
Diga-se o mesmo de Renan Calheiros, cuja pretensão de voltar ao posto do qual foi corrido por ausência de decoro já é objeto de movimentação de senadores eleitos. Governistas, oposicionistas e pemedebistas.
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