19 de abril de 2011
O GloBO
Manchete: Projeto do governo dificulta controle de obras pelo TCU
Nova regra aumenta exigência para que verbas sejam bloqueadas
O governo inclui na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 um dispositivo que dificulta a fiscalização de obras pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Pela proposta, só devem ser classificadas como “obras com indícios de irregularidades”, e que podem ser paralisadas e terem suas verbas bloqueadas pelo Congresso, aquelas cuja execução tenha sido julgada irregular por pelo menos um ministro do tribunal. Até agora, bastava apenas um relatório técnico do TCU para que obras entrassem nessa lista. O governo preparou também um texto, que deve ser incluído numa medida provisória já em tramitação, com regras mais flexíveis para preparar aeroportos a serem usados na Copa do Mundo e nas olimpíadas. O TCU apresentou ainda um relatório com alerta para atrasos nas obras da Copa, mas evitou o tom alarmista do trabalho do Ipea divulgado semana passada. (Págs. 1, 3 e 25)
Bolsas caem com risco maior dos EUA
Agência põe como ‘negativa’ perspectiva para dívida americana por causa do déficit fiscal
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduziu, pela primeira vez em 70 anos, sua avaliação sobre a dívida americana, passando a perspectiva de “estável” para “negativa” por causa do imenso déficit fiscal de US$ 1,5 trilhão dos EUA. Atualmente, para cada dólar que o governo federal gasta, arrecada menos de US$ 0,60. Com déficit elevado e uma economia combalida, o país vem crescendo seu endividamento. Alguns analistas também entendem que a notícia pressiona democratas e republicanos e chegarem a um entendimento político sobre como cortar o déficit. Em meados da década de 90, duas outras agências de risco, a Moody’s e a Fitch, já tinham acenado com um rebaixamento, retirado logo depois. Com o anúncio da S&P, os mercados caíram em Nova York e em vários países da Europa. Os EUA, no entanto, continuam um país “AAA” para investir. (Págs. 1 e 21)
Foto legenda
De volta às aulas
Um abraço coletivo marca a volta às aulas na Escola Municipal Tasso da Silveira, 11 dias depois de o atirador Wellington Menezes de Oliveira ter matado 12 adolescentes a tiros no colégio de Realengo. Metade dos alunos, porém faltou ontem e 20 pediram transferência. (Págs. 1 e 12)
Mesmo na safra, álcool sobe 15,9% em usinas
Nem o início da safra da cana-de-açúcar neste mês diminuiu o apetite dos usineiros, que subiram 15,9% os preços do álcool anidro, aquele que é misturado à gasolina. A alta ainda vai chegar aos postos nos próximos dias. Antônio de Pádua, diretor da Única, entidade que reúne os produtores, disse que o preço subiu porque a demanda por combustíveis aumentou. (Págs. 1 e 22)
Empresas de Eike perdem R$ 12 bi num dia
Um relatório desfavorável sobre a empresa de energia OGX, de Eike Batista, derrubou ontem as cotações em 17% e levou abaixo outras companhias “Xs”. No dia, o valor dessas empresas caiu R$ 11,9 bilhões. (Págs. 1 e 21)
Rio: cidade de gordinhos
Levantamento do Ministério da Saúde revela que 53% dos cariocas estão acima do peso. O percentual coloca a cidade como a segunda capital do país em número de gordos, perdendo apenas para Rio Branco, no Acre. Sedentarismo é um dos vilões. (Págs. 1 e 28)
Estado tem 73% das armas apreendidas
Pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que 73% das 755 mil armas apreendidas no país estão no Estado do Rio. Elas foram recuperadas de criminosos e pessoas sem autorização. (Págs. 1 e 19)
Razão Social: De olho no aquecimento global
A Holanda se prepara e investe em tecnologia, certa que será um dos primeiros países a sofrer com a elevação dos mares. (Pág. 1)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lula gastou 70% mais em publicidade que FHC
Comparação se baseia no último ano de mandato de cada um, 2010 e 2002
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou 70% mais em publicidade no último ano de mandato do que seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, no final de sua gestão, informa Fernando Rodrigues.
Em 2010, o governo consumiu R$ 1,629 bilhão em publicidade da administração direta (ministérios) e indireta (autarquias, fundações e empresas estatais).
Em 2002, FHC registrou gastos de R$ 956,4 milhões, valor corrigido pelo IGP-M, em cálculo do Planalto. Não é possível a comparação integral das duas gestões porque os dados só passaram a ser divulgados de forma regular em 2000.
As TVs receberam a maior parte do bolo, 64%. Jornais, rádios e revistas e outdoors perderam receita. Internet, cinema e mídia exterior ganharam espaço. (Págs. 1 e A4)
Governo quer usar verba do PAC sem aval do Congresso
O governo quer usar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento sem precisar de autorização do Congresso. No projeto de Lei de diretrizes Orçamentárias de 2012, o programa está no item “despesas inadiáveis”.
Atualmente, o governo só pode pagar sem orçamento as chamadas despesas obrigatórias, como pessoal, benefícios previdenciários e juros da dívida. O Planejamento diz que a medida visa não atrasar as obras do programa. (Págs. 1, Poder e A11)
Foto legenda: Estacionamento lotado em congonhas; motoristas param carros até nas rampas de acesso
Garagem lota e chega a fechar em Congonhas
Cinco anos após ser aberto, o edifício-garagem do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já está saturado.
Motoristas têm enfrentado filas de mais de meia hora no horário de pico (das 7h às 14h), entre terça e quinta, ou acabam parando em local proibido. Estacionamentos vizinhos também lotam.
O aeroporto tem 2.949 vagas – 2.554 delas estão no edifício-garagem, cuja obra custou R$ 50 milhões. A Infraero diz que o local atende à demanda e que há intenção de ampliar a oferta.
Um projeto de ligação mais rápida de metrô ao aeroporto foi engavetado pelo Estado. (Págs. 1, C1 e cotidiano)
Agência cogita rebaixar nota dos EUA, e Bolsa caem
Os EUA receberam projeção “negativa” para a nota de risco da dívida do governo, dada pela agência standard & Poor’s. a noticia derrubou Bolsas pelo mundo.
O anúncio equivale a um alerta de que cresceu o risco de, no futuro, o país não poder pagar a dívida, hoje em US$ 14,2 trilhões. O déficit deve atingir US$ 1,6 trilhão até o fim do ano. (Págs. 1, A12 e Mundo)
Francisco Daudt: Morte de filhos é o ponto máximo na estatística da dor
A morte dos outros nos afeta em diferentes graus, mas a coisa engrossa quando se trata de filhos. Os americanos fizeram uma curva de dor. O ponto máximo é a perda de um filho homem de 20 anos que não procriou.
Para Freud, o fim do luto é a herança calorosa das boas memórias. (Págs. 1, 2 e Equilíbrio)
Sobe consumo excessivo de álcool no país; tabagismo cai
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que o percentual de pessoas que consomem álcool em excesso no país subiu de 16,1% em 2006 para 18% em 2010. Entre as mulheres, a taxa foi de 8,2% para 10,6%.
O tabagismo entre homens caiu de 20,2% para 17,9%, mas ficou estável nas mulheres: 12,7%. (Págs. 1, C12 e Saúde)
Vereadores aliados de Kassab em SP deixam o PSDB
A bancada do PSDB na câmara Municipal de SP perdeu 5 de seus 13 vereadores. A ala dos tucanos dissidentes é mais ligada ao prefeito Gilberto Kassab (de saída do DEM para o PSD).
O presidente da Câmara, José Police Neto, foi um dos que deixaram o partido. Dois vereadores recuaram após negociação com o governador Alckmin. (Págs. 1, A9 e Poder)
Editoriais
Leia “Segurança perceptível”, sobre dados de criminalidade no Estado de São Paulo, e “Desunião européia”, que analisa fissuras recentes no bloco. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Advertência sobre a dívida dos EUA abala mercados
Pela primeira vez, agência de classificação de risco S&P põe títulos americanos em perspectiva negativa
A Agência de classificação de risco Standard & Poor’s fez um duro alerta ontem sobre a dívida dos Estados Unidos. Pela primeira vez desde que começou a analisar os títulos da dívida, há 70 anos, a S&P colocou a nota americana em perspectiva negativa. Os EUA podem perder o status de AAA, o mais alto de sua avaliação, se um plano de redução do déficit orçamentário não for encontrado até 2013. A notícia causou nervosismo nos mercados – em Nova York, o índice Dow Jones caiu 1,14%; em Londres, as ações recuaram 1,9%; no Brasil, o índice Bovespa também caiu 1,9%. O governo americano se apressou em declarar que a S&P estaria subestimando a capacidade da administração de conseguir um acordo sobre seu plano de corte de gastos. (Págs. 1 e B1)
Celso Ming: Dívida sob dúvida
O fantasma da perda de qualidade dos títulos dos EUA paira sobre a poupança mundial. (Págs. 1, e B2)
OGX perde R$ 11 bi
A OGX, petroleira de Eike Batista, perdeu ontem R$ 10,9 bilhões de seu valor de mercado por causa de dúvidas sobre o potencial de suas reservas de petróleo. (Págs. 1 e B14)
Debandada de vereadores amplia crise do PSDB
Sete vereadores de São Paulo anunciaram sua saída do PSDB. Numa atitude que fortalece o prefeito Gilberto Kassab e agrava a crise no grupo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na capital, os tucanos deixaram de ter a maior bancada na Câmara pela primeira vez desde 2001 – cairá de 13 para 5 parlamentares. Os dissidentes se disseram perseguidos por terem apoiado Kassab na eleição de 2008. O PT emergirá com a maior bancada (11). (Págs. 1 e A4)
Oposição encolhe na Câmara
A criação do PSD fará com que a oposição à presidente Dilma Rousseff seja reduzida a menos de cem deputados federais, cenário inédito nos últimos 16 anos no País. (Págs. 1, A6 e Nacional)
Zona leste terá obras para Copa
Projeto Nova radial inclui cinco obras várias e receberá R$ 478,2 milhões dos governos estadual e municipal As obras devem facilitar o acesso ao futuro estádio do Corinthians, em Itaquera. O prazo para a conclusão é junho de 2013, um ano antes da Copa. (Págs. 1, C1 e Cidade)
Alzheimer dividido em três estágios
Depois de 27 anos, diretrizes para diagnóstico de Alzheimer foram revisadas. A doença agora é dividida em estágios, que vão de ausência completa de sintomas à demência. (Págs. 1, A16 e Vida)
Mais brasileiros estão acima do peso
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que quase metade da população está acima do peso. Entre mulheres, o índice de sobrepeso subiu 5,8 pontos porcentuais em 4 anos. (Págs. 1, A17 e Vida)
Venda de casas é permitida em Cuba
O debate sobre a propriedade privada entrou na discussão do 6º Congresso do PC Cubano. A compra e a venda de casas por particulares foi aprovada. (Págs. 1, A15 e internacional)
GM do Brasil terá mulher no comando. (Págs. 1 e B16)
ONU planeja replicar modelo das UPPs. (Págs. 1, C5 e Cidades)
Notas & Informações
Uma LDO perigosa
Maior liberdade para manejar verbas e gastança continua sendo objetivo do governo. (Págs. 1 e A3)
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Valor Econômico
Manchete: Despesas com juros atingem 5,6% do PIB e vão a R$ 230 bi
Os gastos com juros do setor público no primeiro ano do governo Dilma Rousseff podem custar R$ 35 bilhões a mais do que na comparação com 2010, o equivalente a 70% do corte de despesas de R$ 50 bilhões proposto pela equipe econômica para 2011. As despesas podem se aproximar de R$ 230 bilhões, ou 5,6% do PIB, um salto razoável em relação aos R$ 195 bilhões do ano passado, ou 5,3% do PIB. Neste ano, o aumento da Selic e a inflação em alta contribuem para elevar os gastos financeiros do setor público. O custo efetivo da dívida também tem subido pela acumulação de reservas e pelas operações de capitalização do BNDES.
A alta da taxa Selic, que corrige 35% da divida interna em títulos do Tesouro, ajuda a elevar os gastos em 2011, diz o economista Maurício Oreng, do Itaú Unibanco. Em 2011, os juros básicos já subiram 1 ponto percentual, devendo aumentar mais 0,5 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de amanhã, para 12,25% ao ano, segundo a maior parte dos analistas. (Págs. 1, e A3)
BES estuda vender 3,55% do Bradesco
O Banco Espírito Santo (BES), de Portugal, avalia vender sua participação de 3,55% no capital total do Bradesco (7,10% no votante) para fazer caixa e enfrentar sua crescente dificuldade de captação por causa da crise da dívida do governo português. O rebaixamento da nota de crédito de Portugal tem levado os bancos dopais a um aperto de liquidez e tornado essas instituições pouco competitivas em relação aos seus parceiros de outros países de menor risco.
O valor de mercado do Bradesco, ontem, era de aproximadamente R$ 110,5 bilhões, e os 3,55% chegariam a R$ 3,9 bilhões. Não está decidido ainda se a participação iria a mercado ou se o próprio Bradesco poderia comprar parte dela. Procurados, Bradesco e BES não se pronunciaram. (Págs. 1 e D3)
Dívida americana entra na zona de risco
Um pilar do sistema financeiro mundial do pós-guerra tremeu ontem, quando a agencia Standard & Poor’s (S&P) reduziu sua perspectiva para a dívida soberana dos Estados Unidos pela primeira vez. A agência manteve a classificação do crédito dos EUA em “AAA”, ou
“triple A”, mas pela primeira vez desde que começou a classificar a dívida americana, há 70 anos, reduziu sua perspectiva de “estável” para negativa”. Uma perspectiva negativa significa que há 33% de chances de um rebaixamento nos próximos dois anos.
O choque inicial desencadeou uma onda de venda de dólares, ações e títulos do Tesouro, enquanto o preço do ouro subiu mais de US$ 10, para US$ 1.500 a onça. Depois houve recuperação, porque o mercado interpretou que a decisão da S&P pode forçar o governo americano a reduzir o déficit. No mercado europeu, os investidores estão assustados com a possibilidade de uma reestruturação da dívida grega. No Brasil, o Ibovespa teve queda de 1,90% (Págs. 1, C1, C2 e C7)
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Depois de três anos de reestruturação mundial, com corte de 7 mil postos de trabalho, a Unisys está disposta a lutar por uma maior fatia de mercado no Brasil, diz Paulo César Bonucci. (Págs. 1 e B1)
Philips vende o controle de sua unidade de televisores
A Royal Philips Electronics cederá o controle de sua unidade de televisores para uma empresa asiática, somando-se ao grupo de conglomerados europeus, como a siemens, que vem reduzindo a presença no setor de eletrônicos de consumo para lidar com o declínio dos preços. A Philips integrará sua unidade de TVs, cuja produção começou em 1928, a um empreendimento conjunto com a TPV Technology, de Hong Kong, que ficará com participação de 70%.
A Philips era uma das últimas fabricantes de TVs em grande escala na Europa, nicho agora ocupado em grande parte por fabricantes de aparelhos de luxo, como a Loewe, da Alemanha, e a Bang & Olufsen, da Dinamarca. (Págs. 1 e B4)
Arezzo tira peles de lojas após reação
O lançamento da linha Pelemania, de acessórios feitos de pele de raposa e de coelho, provocou uma onda de protestos contra a Arezzo. Desde quinta-feira, consumidores deixaram mais de 70 mensagens na página da Arezzo no Facebook e centenas de citações no Twitter criticando o uso de peles em coletes, estolas e bolsas. A reação de Anderson Birman, presidente da empresa, e sua equipe foi tirar os acessórios das lojas, publicar uma carta de desculpas no site da marca, no Facebook e no Twitter. “Não esperávamos que a pequena presença dessas peles na coleção de inverno gerasse uma reação tão intensa”, admite Birman. “Se não é isso que o consumidor quer, pedimos desculpas. Se a pele sintética é mais desejada, vamos apostar nela. Queremos ver as consumidoras felizes”. (Págs. 1 e B5)
Um ano depois de acidente, BP enfrenta mais uma crise (Págs. 1 e B9)
GM tem nova presidenta no Brasil
A General Motors anunciou ontem a nova presidente da companhia no Brasil. A partir de junho, o cargo será ocupado pela americana Grace Lieblein, que atualmente comanda a montadora no México. (Págs. 1 e B6)
Terceirização ampliada
Decisão do Tribunal Superior do Trabalho em favor da Light reconhece o direito de as concessionárias de serviços públicos de energia e telecomunicações terceirizarem mesmo suas atividades-fim, em contraposição a súmula do tribunal. (Págs. 1 e E1)
Idéias:
Antonio Delfim Netto
Condeno a economia bastarda que se esconde na matemática para passar a idéia de que é “científica”. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Mary Anastásia O’Grady
Controlar os gastos do setor público é importante para o futuro do Brasil, mas pura austeridade não é a única saída. (Págs. 1 e A10)
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