29 de abril de 2011
O Globo
Manchete: Após mudança, Vale ajudará governo a salvar Belo Monte
Empresa investirá até US$ 500 milhões no consórcio da maior obra do PAC
Menos de um mês após ceder às pressões do Ministério da Fazenda e trocar seu presidente, a Vale anunciou ontem que entrará na construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A mineradora entra no Consórcio Norte Energia no lugar da Gaia, do frigorífico Bertin, que desistiu por enfrentar dificuldades financeiras. A Vale compra os 9% do negócio e vai reembolsar o Bertin em R$ 5 milhões já gastos. Além disso, injetará no consórcio entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. A mineradora é uma das maiores consumidoras de energia elétrica no país e, com a entrada em Belo Monte, aumentará sua geração própria de energia de 45% do que consome para 63%.
Medida provisória baixada ontem autoriza os Correios a entrarem no projeto do trem bala e em transporte aéreo. (Págs. 1 e 25)
Acusado de vazamento de dossiês presidirá PT
Em desafio à presidente Dilma, e numa articulação comandada pelo deputado cassada José Dirceu, o PT vai eleger hoje o deputado estadual Rui Falcão (SP) como seu presidente - José Eduardo Dutra renunciará por motivo de saúde. Falcão perdeu cargo na campanha eleitoral de Dilma, ano passado, por suspeita de vazar dossiê contra o tucano José Serra. O PT também deve aprovar a volta de Delúbio. (Págs. 1, 3 e 4)
Inundações preocupam Comitê Olímpico
O Comitê Olímpico Internacional (COI) manifestou preocupação com as enchentes no Rio, que será palco dos Jogos Olímpicos de 2016. Por causa do temporal de segunda-feira, duas instalações estratégicas para os Jogos ficaram isoladas: o Maracanã e o Maracanazinho. Consultores do COI presenciaram as chuvas. (Págs. 1 e 16)
Para preço cair, gasolina tem menos álcool
Medida provisória do governo autoriza que a mistura do álcool à gasolina caia dos atuais 20% para 18%. O máximo é 25%. O objetivo é evitar que a gasolina suba na entressafra da cana. A ANP fiscalizará o mercado de etanol. (Págs. 1 e 26)
Sem B.O. não dá mais para sustar cheques
O cliente que quiser sustar ou revogar cheque roubado, furtado, extraviado ou fraudado terá de apresentar registro ou boletim de ocorrência policial ao banco para evitar o saque da conta. A nova regra pode começar a valer hoje. (Págs. 1 e 28)
Menores já são 53,5% das mulheres vítimas de estupro (Págs. 1 e 18)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Correios poderão vender celular e comprar aviões
Medida provisória de Dilma libera empresa para criar seu próprio banco e investir no projeto do trem-bala
Medida provisória autoriza os Correios a montar uma empresa de telefonia celular, comprar frota de aviões para transporte de carga e investir no trem-bala.
A estatal também poderá criar seu próprio banco e se associar a outras empresas financeiras, de serviço de logística e postal eletrônico. (Págs. 1 e Poder A9)
Alckmin defende a fusão de tucanos com DEM e PPS (Págs. 1 e A8)
Foto legenda: Pedreira
Operários escavam rocha desmoronada em busca de 2 colegas soterrados há 17 dias em Santos: para Defesa Civil, a chance de estarem vivos é remota (Págs. 1 e Cotidiano C9)
Receita Federal cobra R$15,5 bi da Petrobras
A Receita Federal cobra da Petrobras R$ 15,5 bilhões em impostos e contribuições. A estatal recorreu.
O valor pode prejudicar os resultados da empresa, que não fez reserva para cobrir esse montante, caso perca a disputa. (Págs. 1 e Mercado B1)
Foto legenda: Moradores de Pratt City, no Alabama (sul dos EUA), caminham pela cidade depois de tornados e fortes tempestades (Pág 1)
Ataque a bomba mata ao menos 14 no Marrocos
Um atentado a bomba deixou ao menos 14 mortos - 11 estrangeiros - e 23 feridos na praça Djemma el Fna, conhecido ponto turístico de Marrakech, relata do Marrocos Alencar Izidoro.
Ninguém assumiu o ataque, o pior no país desde 2003. O governo, que enfrenta protestos, suspeita do grupo Al Qaeda. (Págs. 1 e Mundo A14)
EUA têm quase 300 mortos em 2 dias de tornados
Série de tornados provocou a morte de quase 300 pessoas em seis Estados do sul nos últimos dois dias - a maior parte (194) no Alabama, um dos mais pobres do país. É a pior ocorrência do fenômeno desde 74, quando 315 morreram. (Págs. 1 e Mundo A16)
Ata do BC aponta taxas de juros mais altas e por maior tempo (Págs. 1 e Poder A4)
Governo aprova regra mais rígida para concessão e uso de cheques (Págs. 1 e Mercado B17)
Editoriais
Leia "Xadrez palestino", que avalia implicações do acordo mediado pelo Egito, e "Fronteira desguarnecida", sobre comércio ilegal de armas. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Senador que preside Conselho de Ética assinou atos secretos
João Alberto Souza, ligado a Sarney, foi um dos que firmaram a concessão sigilosa de benefícios no Senado
O novo presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), assinou atos secretos quando era da Mesa Diretora da Casa, entre 2003 e 2007, informa o repórter Leandro Colon. O senador chancelou boletins sigilosos de criação de novos cargos, aumento de salários e concessão de benefícios para servidores e senadores. Em 2009, quando os atos secretos foram revelados pelo Estado, o nome de João Alberto, homem de confiança do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ficou de fora do escândalo porque não era mais senador, mas vice da governadora Roseana Sarney no Maranhão. João Alberto não foi encontrado para comentar. (Págs. 1 e Nacional A4)
Análise: Dora kramer
Conceito de ética. (Págs. 1 e Nacional A8)
BC indica que ciclo de alta do juro será mais longo
A ata da última reunião do Copom indica que o ciclo de alta da taxa básica de juros deverá durar mais do que se previa inicialmente. Essa é a interpretação majoritária dos analistas econômicos após a elevação da Selic em 0,25 ponto, para 12% ao ano. A avaliação é de que o documento devolveu à Selic o protagonismo no combate à inflação e ainda serviu para a BC mandar um recado ao governo: é preciso moderar os subsídios ao crédito. (Págs. 1 e Economia B1)
Volta de Delúbio ao PT constrange parte dos petistas
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, expulso no rastro do escândalo do mensalão, será anistiado pelo partido neste fim de semana. A reabilitação provocou reações negativas no partido. (Págs. 1 e Nacional A9)
Argentina lança rede de supermercados estatais (Págs. 1 e Economia B13)
Pronatec tenta estimular ensino técnico no País (Págs. 1 e Vida A25)
Ministro do STJ manda soltar promotora do DF (Págs. 1 e Nacional A8)
Fernando Gabeira
Irrespirável atmosfera política
O marxismo foi uma religião secular. A ecologia corre o mesmo risco, assim como a democracia ocidental e suas guerras pela liberdade. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Notas & Informações
Surpresa na Ata do Copom
Se a situação piorou desde a reunião anterior, por que a taxa básica subiu apenas 0,25 ponto? (Págs. 1 e A3)
Cidades - Sem pichação
Lei federal libera grafite e veta venda de spray para menor. (Págs. 1 e C5)
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Valor Econômico
Manchete: Governo enfrentará a indexação
Economistas do governo trabalham numa agenda ousada de desindexação da economia, que vai além dos contratos atrelados a índices de preços. Ela deve abranger os investimentos financeiros indexados ao DI (juros médios das operações interbancárias), a caderneta de poupança e o que eles estão chamando de indexação "oculta". Esta se refere a preços que, embora livres, não obedecem aos ciclos econômicos.
O mapa da indexação no país é mais extenso do que se imagina, conforme radiografia já concluída por esse grupo de técnicos. Mesmo no universo de preços livres há algum tipo de correção baseada na inflação passada. No mercado financeiro, prevalecem práticas criadas no tempo da superinflação. As soluções não são simples e dependerão do apoio da sociedade. Não é intenção do governo, porém, retomar o processo de desindexação de forma compulsória, para implementação em curto prazo. "Queremos fazer isso de maneira amigável, criando incentivos e penalizações e obedecendo às regras de mercado", disse uma qualificada fonte oficial. (Págs. 1 e A2)
Aeroportos vão competir entre si
Em vez dos atuais sete órgãos governamentais, que não se comunicam entre si, o comando de cada aeroporto brasileiro passará a ser único, centralizado em uma nova figura a ser criada, a da autoridade aeroportuária. Além disso, os aeroportos, administrados pela Infraero e no futuro por empresas privadas onde houver concessão, vão competir entre si. Esse é um dos pilares do novo modelo desenhado pelo governo para o setor, conforme apurou o Valor.
Antes da regulamentação da autoridade aeroportuária, serão instaladas, no segundo semestre, "salas de situação" nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e Juscelino Kubitschek, em Brasília. Nelas, haverá pelo menos um integrante de cada um dos sete órgãos públicos, além de representantes das empresas aéreas, com a missão de identificar problemas, como a falta de guichês para check-in ou a superlotação de salas de embarque, e solucioná-los imediatamente. Cumbica e JK serão ampliados por meio de concessão à iniciativa privada, mas continuarão administrados pela Infraero. (Págs. 1 e A4)
Gilpérez deve comandar Telefônica
O espanhol Luis Miguel Gilpérez López é o mais cotado para comandar as operações da Telefônica no Brasil, informou ao Valor uma fonte que acompanha o assunto. O executivo será o responsável pela estratégia operacional e comercial da companhia - que formalizou, anteontem, a incorporação da Vivo pela Telesp. Sua escolha seria um passo natural, já que ele foi destacado pela Telefónica de España, em outubro, para cuidar da integração dos negócios da operadora no mercado local e nomeado diretor da regional brasileira do grupo, criada na mesma época, vinculada à Telefónica Latinoamérica.
O presidente do grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, deverá continuar no cargo e terá um papel ainda mais institucional do que tem hoje. Entretanto, não está definida ainda a permanência, no grupo, do principal executivo da Vivo, Roberto Lima, que passaria a responder a Gilpérez. Lima é um dos nomes considerados para assumir o comando da Oi, em substituição a Luiz Eduardo Falco, que vai deixar a presidência da operadora até o fim de junho. (Págs. 1 e B1)
Peugeot eleva investimento no Brasil
O grupo francês PSA Peugeot Citroën vai anunciar um novo programa de investimentos nos próximos meses. O plano divulgado no ano passado, que soma € 700 milhões para ampliar a produção e modernizar produtos no Brasil e na Argentina, será insuficiente para atingir as metas da companhia, segundo Carlos Gomes, presidente da operação na América Latina. Não será o bastante, diz ele, para atender a expectativa da companhia de fazer com que a soma das participações das duas marcas (Peugeot e Citroën) na região suba dos atuais 5,9% para 7,5% até 2015.
A empresa e o mercado estão crescendo acima das expectativas. Para acompanhar o ritmo, a fábrica brasileira, em Porto Real (RJ), terá de funcionar 24 horas por dia, ininterruptamente, durante todo este ano e também em 2012. O primeiro grande passo do processo de ampliação industrial no Brasil será dado em janeiro, quando, por meio de novos equipamentos, mais robôs e outras mudanças na área de manufatura, a fábrica de Porto Real, que completou dez anos, terá a capacidade de produção elevada de 29 para 40 carros por hora. (Págs. 1 e B7)
Previ e Iberdrola negociam ativos na CPFL e Neonergia
O Banco do Brasil e seu fundo de pensão (Previ), a espanhola Iberdrola e a Camargo Corrêa estão perto de fechar a operação que envolve a reestruturação de duas das maiores companhias de eletricidade do país e que têm o fundo como um dos maiores acionistas.
A Elektro, recentemente comprada pela Iberdrola por R$ 4 bilhões, deve mudar de mãos e passar para a CPFL. Entregando a distribuidora, a Iberdrola ficaria com a parte da Previ na Neoenergia. Ainda está em discussão a possibilidade de o fundo de pensão levar alguns ativos da Neoenergia, como as distribuidoras Celpe, Cosern e a participação em Belo Monte. (Págs. 1 e D7)
EUA criticam chineses por 'oferta casada'
O presidente do Export-Import Bank - o banco americano de fomento às exportações -, Fred Hochberg, fez críticas à ação chinesa na promoção de suas exportações para o Brasil. Com interesses concorrentes no petróleo brasileiro, os dois países financiam atividades da Petrobras, mas, para o executivo americano, os chineses não atuam de acordo com as regras seguidas pelas demais grandes economias do mundo. "Quando a China faz projetos na África ou na América Latina, frequentemente oferece financiamentos em troca de contratos de longo prazo no fornecimento de recursos minerais. Essa é a forma que a China opera, enquanto outros países atuam de acordo com a economia de mercado". (Págs. 1 e A15)
Para FMI, Ásia continuará a puxar expansão global (Págs. 1 e A14)
MP reduz mistura de álcool anidro a gasolina para 18% (Págs. 1 e B13)
Suassuna conta histórias, enquanto esconde novo romance (Págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Burger King muda de mãos em SP
A BRPartners anunciou o fechamento de um acordo para comprar o controle da BGK, maior franqueada da rede de lanchonetes Burger King no Brasil, com 63 pontos de venda no Estado de São Paulo. (Págs. 1 e B1)
Aposta em genéricos atrai múltis
Os laboratórios americanos moksha8 e Watson unem-se para atuar no mercado de medicamentos genéricos de marca no Brasil, com foco no tratamento de doenças mentais. (Págs. 1 e B9)
Logística
Para resolver seus problemas de logística, além de obras de infraestrutura o país também terá de organizar a gestão e a operação dos diversos modais de transporte, "Ainda temos muito que avançar no quesito marco regulatório", afirma Dalmo Marchetti, do BNDES. (Págs. 1 e Valor Setorial)
Mecanização no canavial
A mecanização nas lavouras de cana em São Paulo alcançou 55,6% das áreas planas na safra 2010/11. Em 2006/7, o percentual era de 34,2%. A mecanização total deve ser alcançada em 2014, dentro do prazo previsto. (Págs. 1 e B13)
Pequenas e Médias Empresas
O Brasil conta hoje com 69 franquias internacionais operando em cinco continentes, com um total de 700 unidades no exterior, equivalentes a 4,7% das marcas nacionais. “Em três anos, o objetivo é chegar a 80 franquias exportadoras", diz Ricardo Camargo, da ABF. (Págs. 1 e Caderno Especial)
RJ quer 'driblar' limites fiscais
O governo do Rio tenta negociar “isenções" a Lei de Responsabilidade Fiscal para lançar títulos no exterior e obter recursos para investimentos voltados a Copa. (Págs. 1 e C2)
Ideias
Maria Cristina Fernandes
É na política anti-inflacionária que Dilma corre mais risco de tropeçar, justamente onde mais se distancia do legado tucano. (Págs. 1 e A10)
Ideias
Márcio Garcia
As intervenções “esterilizadas" do BC também expandem a demanda agregada, tornando mais difícil o combate à inflação. (Págs. 1 e A17)
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