A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************
“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
----
''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
=========valor ...ria...nine
folha gmail df1lkrha
***
terça-feira, dezembro 20, 2011
COREIA DO NORTE [In:] DINASTIA ou
De Jong-il para Jong-un
O Estado de S. Paulo - 20/12/2011 |
Quando Kim Il-sung nasceu, uma estrela brilhante surgiu no céu e um duplo arco-íris abraçou a Terra. Quando morreu, um golpe militar impediria que o herdeiro que ele escolhera, Kim Jong-il, lhe sucedesse. A primeira afirmação foi repetida incontáveis vezes pela agência oficial de notícias da Coreia do Norte, como parte da divinização do "eterno líder" comunista que fundou o país, em 1948. A segunda foi uma estimativa, enunciada como certeza absoluta pelas agências ocidentais de inteligência, a começar da CIA. Uma e outra valem tanto quanto a advertência de que um perigoso vácuo de poder se instalará no paupérrimo país dotado de armas atômicas, agora que o "querido líder" e "líder sem par" Kim Jong-il se foi - embora o seu filho, Kim Jong-un, tenha sido alçado ao seu lugar, como queria o pai.
E o alerta, enfim, vale tanto quanto a expectativa de que o terceiro Kim, o único da dinastia a ter vivido no Ocidente, abra ao mundo o mais recluso e paranoico dos regimes, promova a distensão com a vizinha Coreia do Sul e, de quebra, aceite negociar a cessação do seu programa nuclear em troca da ajuda de que necessita desesperadamente em todos os campos. "Para ser honesto", escreveu no Guardian de Londres o colunista Simon Tisdall, "ninguém sabe ao certo o que poderá acontecer na Coreia do Norte em seguida à morte súbita de Kim Jong-il." (Embora doente há três anos, ele parece ter morrido do coração, numa viagem de trem.) A incerteza se aplica até à China, o único arrimo da surreal monarquia marxista de Pyongyang - que, ainda assim, às vezes não lhe antecipa as suas intenções. A única assertiva que talvez se possa fazer sobre o futuro do país é que muito vai depender da capacidade de Jong-un de provar que os sapatos do pai lhe servem - com ou sem os saltos embutidos que usava para parecer menos baixote. Os seus examinadores serão os inescrutáveis generais da Comissão Militar Central do Partido Comunista e os membros da Comissão de Defesa Nacional, que dirige o programa nuclear. A sua fidelidade ao regime não o desobriga de tê-los como consultores de última instância. O absolutismo norte-coreano se sustenta no pacto de poder entre o equivalente ao imperador, a cúpula do Exército de 1,1 milhão de soldados (o quarto maior do mundo e muito bem aquinhoado, em proporção aos recursos nacionais), a comissão de defesa e os demais hierarcas do partido. Foi dentro dessa teia que se cumpriu a liturgia prescrita pelo fundador da dinastia. Kim Il-sung anunciou Jong-il como seu herdeiro político na abertura do congresso comunista de 1980. Jong-il repetiu o procedimento com o filho caçula Jong-un, em novembro do ano passado, no primeiro evento do gênero em três décadas. (O sucessor natural seria o primogênito Kim Jong-man, não fosse o fato de o pai e a mãe não terem se casado.) Jong-un, um civil de menos de 30 anos - a idade exata é desconhecida -, que estudou na Suíça, recebeu então a patente de general de quatro estrelas e foi nomeado para o comitê central do partido e a vice-presidência da comissão militar. Sua madrinha foi a tia e tutora Kim Kyong-hui, a confidente de Jong-il educada na antiga União Soviética, que controla a indústria leve do país e cujo marido é vice-presidente da comissão de defesa. Uma família real aparentemente coesa, portanto. Com o pouco que a ditadura dá a conhecer de si, não há por que esperar que Jong-un tenha a pretensão de retirar dos militares parcela que seja de sua supremacia política - e o controle das suas seis ou oito bombas atômicas. A ambição do regime equivale a comer o bolo e ficar com ele: manter o status quo interno, incluídas as atividades nucleares, ser tratada como grande potência pelos EUA, Rússia, China, Coreia do Sul e Japão (seus interlocutores nas empacadas "conversações de seis lados") e, ao mesmo tempo, receber de Seul e Washington as doações "humanitárias" de alimentos que o esfaimado país não consegue nem produzir nem comprar. Lembrando o penteado à Elvis do finado Jong-il, dir-se-ia que é muito topete. Mas é de lembrar também que 49 milhões de sul-coreanos estão ao alcance da artilharia de Pyongyang. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário