30 de maio de 2012
O Globo
Manchete: A guerra do mensalão - 'Brasil não é a Venezuela, onde Chávez prende juiz’
Ministro Gilmar Mendes diz que pressão sobre o STF é coisa de gângster
Num clima acirrado pela iminência do julgamento do mensalão, o ministro
Gilmar Mendes, do STF, afirmou que existe uma tentativa de controlar e
enfraquecer a Corte.
Ao GLOBO, disse: “O Brasil não é a Venezuela de
Chávez; ele mandou até prender juiz.” Para Gilmar, o objetivo é atingir a
independência do STF: “O intuito, obviamente -, é afetar a própria
instituição, trazê-la para a vala comum.” Repetiu que o ex-presidente
Lula o pressionou a adiar o julgamento e o acusou de centralizar a
divulgação de informações falsas contra ele, numa manobra que associou a
gângsteres. O PT conclamou a militância a defender Lula, que não se
pronunciou. A oposição quer o ex-presidente na CPI. A Procuradoria Geral
mandou para o MP do DF o pedido de investigação sobre Lula. (Págs. 1 e 3
a 9)
Fotolegenda: Não vale o que está dito
Citando
Ismael Silva, Demóstenes Torres argumentou no Conselho de Ética que
“nem tudo o que se diz se faz”. Ele afirmou que não agiu em defesa de
Cachoeira, apesar de diálogos gravados pela PF indicarem o contrário.
(Págs. 1, 10 e 11)
CPI quebra sigilo da Delta em todo o país
Em
manobra apoiada por PT, PSDB e PMDB, a CPI que investiga a relação do
bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários aprovou a
quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da matriz da empreiteira
Delta. Mas abortou a tentativa de convocar os governadores Marconi
Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ). A
quebra do sigilo foi aprovada por 28 votos a um — o único voto contra
foi do ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza, ligado a Lula e
flagrado há duas semanas tranqüilizando Cabral sobre a CPI. A quebra de
sigilo vai de janeiro de 2003 até hoje. A convocação de governadores só
volta à pauta após a CPI analisar se pode ou não investigar chefes do
Executivo. (Págs. 1, 12 a 14)
Elio Gaspari
Lula, Gilmar Mendes e Nelson Jobim produziram um escracho constrangedor para o Judiciário.
Ilmar Franco
Tucanos farão pente-fino nos contratos do governo federal. Petistas, nos de governos tucanos.
Editorial
Julgar logo o mensalão é a melhor resposta à torpe manobra de interferir no Judiciário.
Novo Cade provoca corrida por fusões
A
entrada em vigor do novo Cade; ontem, com regras mais restritivas para
fusões e aquisições de empresas, provocou uma corrida para o fechamento
de negócios no país. Em dois dias foram seladas 17 operações no valor de
R$ 10 bilhões. A Leader, por exemplo, foi comprada pelo banco BTG, e
até a churrascaria Fogo de Chão foi abocanhada por um fundo americano.
(Págs. 1 e 25)
Exigir cheque-caução em hospital já é crime
Desde
ontem, exigir cheque-caução para atendimento emergencial em hospitais é
crime. A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff e prevê
detenção de três meses a um ano e multa. Se o paciente morrer por falta
de atendimento, a prisão pode chegar a três anos. (Págs. 1 e 32)
Investimentos espanhóis no Brasil desabam
Com
o agravamento da crise, os investimentos de empresas da Espanha no
Brasil caíram 84% no primeiro quadrimestre do ano. Os recursos
encolheram de US$ 4,699 bilhões, em igual período de 2011, para US$ 738
milhões. Ontem, o risco-Espanha no mercado atingiu o maior nível desde
1999. (Págs. 1 e 28)
EUA e Europa retaliam Síria; Brasil, não
Os
EUA e vários países ocidentais expulsaram os embaixadores da Síria, em
retaliação coordenada ao massacre de 108 civis por forças do regime de
Bashar al-Assad na noite de sexta-feira para sábado. O Brasil não aderiu
à medida, sob a justificativa de manter aberto um canal de diálogo com
Damasco. (Págs. 1 e 33)
O tesouro arqueológico do Leblon
A
construção de um prédio de seis andares no Leblon foi interrompida em
fevereiro por um motivo inusitado: as escavações trouxeram à tona
achados arqueológicos que podem reescrever a história da ocupação do
bairro. A pedido do Iphan, duas arqueólogas analisam 500 fragmentos de
objetos dos séculos XVIII e XIX encontrados, como pedaços de louças
ferramentas, ossos, azulejos, parte de um muro não residencial e até uma
moeda datada de 1700. (Págs. 1 e 16)
Atlas revela que a destruição da Mata Atlântica diminuiu no Rio. Minas e Bahia são os que mais desmatam (Págs. 1 e Ciência)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Meta de Lula é melar o julgamento, diz Mendes
Para ministro do STF, ex-presidente faz intrigas para adiar decisão do mensalão
O ministro do STF Gilmar Mendes afirmou que Lula fomentou intrigas
contra ele para constranger o tribunal e tentar “melar” o julgamento dos
réus do mensalão, previsto para este ano.
Segundo Mendes, o ex-presidente agiu como “central de divulgação” de
informações sobre sua ligação com o senador Demóstenes Torres e
Carlinhos Cachoeira, acusado de corrupção. (Págs. 1 e Poder A4)
Elio Gaspari
Trinca do escracho produz situação constrangedora para o Judiciário. (Págs. 1 e Poder A8)
CPI quebra sigilos da construtora Delta no país todo (Págs. 1 e Poder A9)
Demóstenes nega lobby e diz que só queria testar Cachoeira
Em
seu primeiro depoimento ao Conselho de Ética do Senado no processo que
pode causar sua cassação, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) negou
ter usado o mandato para fazer lobby para Carlinhos Cachoeira e disse
que informou o “amigo” com antecedência sobre uma operação da PF para
“testar” se ele tinha atividades ilegais. (Págs. 1 e Poder A12)
Fernando Rodrigues
Se a tese do senador vencer, um novo manual do crime estará lançado. (Págs. 1 e Opinião A2)
Fotolegenda: Dia da caça...
Demóstenes Torres, ontem, ao depor no Conselho de Ética do Senado, onde foi ouvido...
...por Renan Calheiros, que nada questionou, e Collor, que só fez perguntas leves ao colega
... e dia caçador
Em 2007, Demóstenes atacava Calheiros por suposta quebra de decoro, e ele se defendia. (Pág. 1)
Governo prevê taxa de juros abaixo de 8% até agosto
Integrantes
do governo Dilma consideram que a piora da crise na Europa cria
condições para que a taxa básica de juros fique abaixo de 8% ao ano até
agosto. Na reunião de hoje do Copom, a equipe prevê que a Selic caia dos
atuais 9% para 8,5% — a mais baixa da história.
Novos dados mostram que a indústria paulista teve em abril o pior resultado para o mês desde 2006. (Págs. 1 e Poder A14)
Valets terão que usar talão oficial a partir de julho
Com
o objetivo de evitar a sonegação e facilitar a fiscalização, a partir
de 1º de julho todos os valets da cidade terão de trabalhar com cupons
padronizados, emitidos da cidade terão de trabalhar com cupons
padronizados, emitidos pela prefeitura. O valet pego sem talões terá
multa de R$ 600 por veículo. O valor do serviço será definido pelos
valets. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Diplomatas sírios são expulsos após massacre
Numa
retaliação à Síria pelo massacre do fim de semana, EUA, França, Reino
Unido e mais sete países decidiram expulsar embaixadores e outros
diplomatas sírios. O Itamaraty disse que o Brasil repudia os ataques,
mas não fará expulsões.
O ataque, um dos mais sangrentos em 14 meses de levante da oposição,
deixou 108 mortos — 49 crianças e 20 mulheres. O presidente da França,
François Hollande, disse que uma intervenção militar no país não deve
ser descartada. (Págs. 1 e Mundo A16)
Editoriais
Leia
“A céu aberto”, sobre falta de saneamento básico, e “Caminho contra
Damasco”, a respeito de reação internacional a massacre na Síria. (Págs.
1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Lula ajuda ‘bandidos’ que querem ‘melar’ mensalão, diz Gilmar
Ministro do STF se considera alvo de boatos que, segundo ele, o petista espalha
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse que o
ex-presidente Lula está dando vazão a boatos criados para abafar o
julgamento do mensalão. Gilmar acusou “gângsteres”, “bandidos” e
“chantagistas” de tentar “melar” o processo ao disseminar informações
segundo as quais ele teria recebido favores do contraventor Carlinhos
Cachoeira. As declarações foram dadas um dia depois de Lula se dizer
“indignado” com a acusação de Gilmar de que ele o teria pressionado a
adiar o julgamento do mensalão. Em entrevista ao repórter Fausto Macedo,
o ministro acusou Paulo Lacerda, ex-diretor da Polícia Federal, de
divulgar as “fantasias” a seu respeito. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)
Gilmar Mendes
Ministro do Supremo
“Minha surpresa foi saber que o próprio Lula estava se incumbindo de
divulgar essa fantasia de que Cachoeira pagou minhas despesas. Ele está
muito mal assessorado”
CPI quebra sigilo da Delta e adia convocação de governadores
A
CPI do Cachoeira aprovou ontem a quebra do sigilo bancário, fiscal e
telefônico da empresa Delta Construções em todo o País, desde 1° de
fevereiro de 2002, o que inclui o período do governo Lula. PT, PMDB e
PSDB fizeram acordo para adiar a votação da convocação dos governadores
de Goiás, Marconi Perillo; do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; e do
Rio, Sérgio Cabral. (Págs. 1 e Nacional A8)
Demóstenes se complica
Ao
Conselho de Ética, o senador admitiu que Carlinhos Cachoeira pagava as
contas do aparelho Nextel pelo qual conversavam. (Págs. 1 e Nacional A9)
PMs da Rota matam seis e são presos em flagrante
Pela
primeira vez na história, três policiais da Rota foram presos em
flagrante sob a acusação de homicídio. Eles teriam executado um homem
detido após tiroteio na zona leste. No confronto, segundo a Rota, outras
5 pessoas morreram, 3 foram presas e 5 fugiram. Todos seriam do PCC,
portavam armas e foram flagrados pelos PMs, que souberam da ação na
véspera. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)
Marcelo Godoy
A relação dos governos com a Rota sempre foi pendular: estimular ou conter a ação da unidade. (Págs. 1 e Cidades C3)
Países expulsam diplomatas sírios
Na
mais dura advertência contra Bashar Assad, embaixadores sírios foram
expulsos de França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, EUA, Canadá e
Austrália. (Págs. 1 e Internacional A14)
Cade alerta quem apressou negócio
Com
novas regras de avaliação de fusões e aquisições, empresas se
apressaram e fecharam pelo menos 15 negócios em 2 dias. O Cade, porém,
diz que fará análise rigorosa. (Págs. 1 e Economia B1)
Ameaça cinza
Indústria impede País de cumprir metas de redução de emissões. (Págs. 1 e Planeta Rio+20)
Celso Ming
Mais embaixo
Hoje, o Copom deverá anunciar o mais baixo nível dos juros básicos da
história do Banco Central, criado em dezembro de 1964. (Págs. 1 e
Economia B2)
Notas & Informações
Os vetos e a MP da presidente
Com o Código Florestal, Dilma Rousseff conseguiu desagradar a ruralistas e ambientalistas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Carola, mas nada santo
Em
depoimento, Demóstenes confessou que até a conta do telefone Nextel que
ganhou de Cachoeira foi paga pelo bicheiro. Mas, acredite, alegou
desconhecer as atividades criminosas do contraventor. Por três vezes,
evocou o sambista Ismael Silva — "Nem tudo que se diz se faz" —,
tentando desqualificar as tramoias flagradas em escutas pela PF. E até
apelou para a fé: "Sou carola". Nada disso comoveu a Comissão de Ética
do Senado, que deve recomendar sua cassação. A esperança do senador é a
votação secreta no plenário. Na CPI, um avanço: foi aprovada a quebra do
sigilo da Delta no país. (Págs. 1, 22 e 33)
Gilmar acusa Lula de espalhar boatos
O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo, acusou gângsteres de divulgar
informações falsas contra ele — como a de que teria viajado à Alemanha
por conta de Cachoeira — para atingir o tribunal e tentar melar o
julgamento do mensalão. “As notícias que me chegaram era de que ele
(Lula) era a central de divulgação disso”, afirmou. E apresentou recibos
para provar que a viagem foi paga pelo STF. “Para esclarecer tudo isso,
bastava um telefonema para a embaixada. Não precisava se fazer essa
rede de intriga.” (Págs. 1 e 4)
A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos, que ficam plantando essas informações”
“Claro que isso é uma armação. Mas não é para me atingir. Era para atingir o tribunal, criar um clima de corrupção geral”
“O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção”
“Tentaram fazer isso com o (procurador-geral da República, Roberto) Gurgel e estão tentando fazer isso agora"
Esquema de Brunelli pode chegar a R$ 3,6 mi
Há
suspeitas de que os desvios de verbas públicas para uma associação
ligada à família do ex-distrital começaram em 2005, o que dobraria o
valor do rombo inicialmente calculado — R$ 1,7 milhão. Júnior Brunelli
ficará preso por pelo menos mais cinco dias. (Págs. 1, 21 e 22)
Onda de negócios para fugir do Cade
A
compra e a fusão entre empresas tiveram nos últimos dias R$ 10,5
bilhões em transações no país. Tudo para escapar da nova legislação de
defesa da concorrência. Até uma rede de churrascarias foi vendida a
estrangeiros. (Págs. 1 e 9)
Hospitais: Prisão para quem exigir garantias
Lei sancionada pelo governo torna crime cobrar cheque-caução antes do atendimento nas emergências. (Págs. 1 e 8)
Férias: Julho com praia e preços mais baixos
Viajar
no inverno para o litoral tem suas vantagens: hotéis, passeios e
restaurantes ficam mais baratos. (Págs. 1 e Turismo, Capa)
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Valor Econômico
Manchete: SuperCade apressa onda de aquisições de R$ 10 bi
O
mercado brasileiro acompanhou uma enxurrada de operações de fusões e
aquisições nos últimos dois dias. Foi quase uma compra de empresa a cada
três horas entre segunda e terça-feira, com 19 negócios fechados por
empresas de diversos setores e que somaram mais de R$ 10 bilhões. O
ritmo frenético coincide com a entrada em vigor da lei que cria o
“SuperCade” e que determina que as operações sejam submetidas à
aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Pelas próximas duas semanas, o período de transição para a nova lei da
concorrência, mais negócios serão divulgados, apontam dois escritórios
de advocacia que finalizaram 11 contratos nos últimos 5 dias. Mesmo nos
casos em que as negociações não estavam tão avançadas optou-se por
firmar pré-contratos e seguir o ritual até então vigente. (Págs. 1, B1,
B4, B5 e B6)
Mercedes faz ‘dispensas’ por 5 meses
A
Mercedes-Benz vai suspender por até cinco meses o contrato de trabalho
de 1,5 mil funcionários na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC
paulista. A montadora usa o mecanismo pela primeira vez em sua história
de mais de 50 anos no país. O anúncio vem no rastro de uma série de
medidas e acordos trabalhistas feitos por fabricantes de veículos
pesados para ajustar a produção à queda das vendas. Segundo o Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC, a Scania fez acordo para suspender a produção
por 20 dias. Na Ford, que usa o banco de horas para adequar sua
atividade, foram feitas 21 de um total de 40 paradas previstas para até
dezembro. Em Curitiba, a Volvo interromperá por seis dias a produção de
caminhões. (Págs. 1 e B7)
Santander rejeita vender a operação brasileira
O
presidente do Santander Brasil, o espanhol Marcial Portela Alvarez, é
taxativo ao dizer que a unidade não está à venda. “Não existe qualquer
negociação para a venda do banco, e a matriz não quer vender”, afirmou
ontem ao Valor, em referência a especulações recentes sobre negociações
para venda do controle ou parte do banco no país.
Portela, que chegou ontem de Madri, após reuniões com Emilio Botín,
presidente do conselho do banco, descartou também a venda de uma
participação minoritária relevante. A única intenção da matriz é vender
uma pequena fatia de 1,5% a pouco mais de 2% para atender às exigências
da BM&F Bovespa de que o banco atinja um “free float” mínimo de 25%.
O mais provável é que seja uma colocação privada, e não oferta pública.
“O grupo não precisa de capital”. (Págs. 1 e C16)
Ouro traz ganhos ilusórios
O
brasileiro que apostou em ouro em janeiro garantiu, até segunda-feira,
rentabilidade de 5,68%. Nada mal quando se compara com a queda de 2,72%
do índice Bovespa. Ou com a variação de 3,88% do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI), o juro que serve de referencial para as aplicações
mais conservadoras. O retomo do ouro só está próximo ao do dólar, de
6,1% no acumulado do ano. E não se trata de coincidência.
O que ao investidor parece brilho do ouro é, na realidade, em grande
parte emprestado do dólar, diz Alexandre Espírito Santo, do Ibmee-RJ. É
preciso olhar para a cotação internacional determinada na Bolsa
Mercantil de Nova York Nesse caso, a valorização até a última
segunda-feira foi só de 2,78%. (Págs. 1, D1 e D2)
Desaceleração da China já afeta CBMM
A
maior produtora de nióbio do mundo, a Companhia Brasileira de
Metalurgia e Mineração (CBMM), vai rever suas previsões de vendas neste
ano por causa da desaceleração na China, seu maior cliente. Mesmo assim,
mantém o cronograma de investimentos de R$ 1 bilhão para a expansão da
capacidade de produção, disse ao Valor o diretor- geral da companhia,
Tadeu Carneiro.
O que pode ajudar a empresa a ampliar as exportações, principalmente
para os chineses, é o fato de, no ano passado, um grupo de empresas
chinesas do setor siderúrgico ter comprado 15% da CBMM, que pertence à
família Moreira Salles - acionista do Itaú-Unibanco. Outros 15% foram
comprados, também em 2011, por japoneses e coreanos. (Págs. 1 e B8)
UE prepara disputa comercial inédita contra chineses na OMC
Em
fevereiro, as duas autoridades mais graduadas da União Européia
chegaram a Pequim para pedir um favor caro a seus anfitriões: dezenas de
bilhões de euros para ajudar a apagar as chamas da crise da dívida no
continente europeu. Enquanto isso, em Bruxelas, burocratas tramavam algo
completamente diferente — reuniam evidências para uma disputa comercial
sem precedentes que, dizem observadores, pode provocar uma escalada
dramática nas tensões com a China.
A UE se baseia em alegações de que o governo chinês subsidiou
ilegalmente suas companhias de equipamentos de telecomunicações, como
Huawei e ZTE, que estão crescendo em ritmo acelerado, ajudando-as a
abocanhar negócios de concorrentes como Nokia e Alcatel. Se for em
frente, será a primeira vez que a UE abre uma investigação comercial por
iniciativa própria, e não a pedido de uma companhia europeia. (Págs. 1 e
A10)
Investidor vê dívida do Brasil como aposta segura
Investidores
estão se posicionando firmemente em títulos de dívida brasileiros,
apesar de desprezarem outros emergentes. Desde março, aplicaram US$ 18
milhões em fundos que pos suem principalmente débitos emitidos por
companhias e agências governamentais brasileiras, de acordo com a firma
de dados financeiros EPFR Global, num momento em que a moeda e a bolsa
do país estavam em queda. Os fundos de ações brasileiros registraram a
saída líquida de US$ 89 milhões no período.
O mercado de dívida brasileira oferece exposição ao estável crescimento
doméstico e ao baixo nível de déficit público. São fatores que ajudam a
compensar o impacto da crise na Europa e da desaceleração na China, os
dois maiores causadores da recente liquidação de posições nos mercados
emergentes. (Págs. 1 e B11)
Senador boliviano alega perseguição e pede asilo ao Brasil (Págs. 1 e A10)
Varejo se ajusta à queda da renda na União Européia (Págs. 1 e B11)
Copersucar prevê mais um ano difícil, diz o CEO Paulo Roberto de Souza (Págs. 1 e B14)
Esforço poupador
Pesquisa
da Fundação Getulio Vargas mostra que, em abril, o esforço dos
consumidores para poupar foi recorde. O percentual de pessoas que
afirmaram ter guardado parte dos rendimentos foi de 26,9%, o mais alto
desde setembro de 2005. (Págs. 1 e A3)
Soros na banda larga
Com
aporte de R$ 500 milhões, só em 2012, de fundo do megainvestidor George
Soros, a holding Quattro Sunrise, formada por duas pequenas empresas,
prepara-se para disputar o mercado de banda larga de 4G. (Págs. 1 e B2)
Embraer e Telebras em satélites
Embraer
e Telebras assinaram acordo para criação da Visiona Tecnologia
Espacial, que será responsável pela compra do Satélite Geoestacionário
Brasileiro. O equipamento vai atender o governo, o programa nacional de
banda larga e transmissões de defesa. (Págs. 1 e B3)
Teva ainda busca ativos no Brasil
A
farmacêutica israelense Teva, maior fabricante mundial de genéricos,
voltou a analisar ativos no Brasil. Após tentar comprar a goiana Geolab,
no início do ano, agora a companhia negocia com Prati-Donaduzzi, do
Paraná. (Págs. 1 e B6)
Turismo musical ganha força no país
Ainda
longe dos resultados obtidos nos EUA e Europa — o turismo musical rende
mais de 1,4 bilhão de libras por ano ao Reino Unido —, a entrada do
Brasil no circuito mundial de shows atrai turistas e divisas, do país e
do exterior, às cidades dos eventos. (Págs. 1 e D5)
Negócio com inidôneas gera crédito
Tribunal
de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo valida créditos de ICMS de
contribuintes que compraram mercadorias de fornecedores irregulares. Mas
cabe ao contribuinte comprovar sua boa-fé e que a venda ocorreu de
fato. (Págs. 1 e E1)
Portos
Ampliação
e melhoramento dos acessos aos portos brasileiros — seja das cargas,
por rodovias e ferrovias, ou a movimentação dos próprios navios — são
alguns dos principais desafios para aumentar a competitividade do país e
deverão consumir 65% dos investimentos no setor até 2030. (Págs. 1 e
Caderno especial)
Ideias
Cristiano Romero
O governo anuncia nos próximos dias medida para estimular a renegociação de dívidas bancárias até R$ 100 mil. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Martin Wolf
Os líderes alemães terão de escolher entre o naufrágio da zona do euro ou uma mudança de curso. (Págs. 1 e A13)
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