PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

terça-feira, setembro 25, 2012

... A COLHEITA É OBRIGATÓRIA *



O julgamento e as urnas

Nas Entrelinhas
Autor(es): Paulo Silva Pinto
Correio Braziliense - 25/09/2012
 


A parcela da população que dá sinais de ser mais sensível ao que ocorre no Supremo são os próprios petistas, que respondem com desânimo e um discurso de vitimização. As duas coisas são ruins para o partido e para a democracia

A menos de duas semanas das eleições municipais, o julgamento do mensalão segue com força, sem economia nas palavras e nas condenações, enquanto os candidatos do PT mostram pouco fôlego nos prognósticos. O partido corre o risco de não levar nenhuma cidade importante do país, perdendo até mesmo duas grandes capitais que controla hoje: Recife e Fortaleza.
Para quem observa o Supremo Tribunal Federal e as pesquisas, a relação de causa e efeito se sugere inequívoca. Sobretudo quando se constata que a oposição não deixa de lembrar por um dia sequer nas campanhas as ligações do PT com o julgamento. É claro que o partido perde com isso. Difícil, porém, saber quanto. São, certamente, vários graus a menos daquilo que parece óbvio.
Na escolha do prefeito, a cabeça do eleitor mira a melhoria dos serviços públicos oferecidos no município. O contexto nacional, quando levado em conta, é subordinado a essa preocupação. Ao olhar para Brasília, ele pensa nas chances de seu candidato desfrutar por aqui de empatia que lhe permita conseguir verbas. Vem bem depois em ordem de atenção o escrutínio de um tribunal, ainda que seja o Supremo.
O compromisso dos candidatos com a ética é, para alguns, questão secundária, diluída na ideia de que todos os partidos são, no fundo, um pouco parecidos nesse aspecto. Mesmo admitindo-se que a honestidade importa para uma quantidade grande de pessoas, vai uma distância considerável até acreditar que todo esse grupo reprova um postulante a prefeito com base no que fazem alguns dos integrantes de seu partido. O efeito das condenações é indireto. Só não era em um caso, do candidato-réu João Paulo Cunha, devidamente substituído na disputa.
A parcela da população que dá sinais de ser mais suscetível ao que ocorre no STF são os próprios petistas. Eles aparentam ânimo bastante prejudicado diante dos desdobramentos do julgamento. Consideram as condenações injustas. E, em grande parte pela surpresa quanto aos resultados parciais, não sabem como reagir. Ou reagem mal, atacando a oposição por usar o tema. Acabam por ter de enfrentar, como tréplica, outra a acusação: a de que não apenas são vinculados aos réus, mas têm vergonha disso. Claro que a oposição exagera na dose, mas é difícil esperar o contrário a tão pouco tempo do primeiro turno.
O comportamento descrito acima vale sobretudo para os candidatos e suas equipes, mas não só para eles. Fazer política envolve vários aspectos emocionais, algo que os teóricos dificilmente admitem, tanto nas costuras de cúpula quanto nas relações dos militantes e eleitores com a legenda. No PT, essa força incomensurável tem raízes muito antigas, fincadas na época de seu surgimento, que ainda está presente. É um partido de militância grande e engajada. Embora ela não mostre o peso do passado, tendo perdido importância relativa após a profissionalização da máquina, segue com peso ainda significativo, que todas os outras legendas invejam. Essa militância parece desorientada e acuada diante do julgamento do mensalão.
A última vez em que esse aspecto emocional se mostrou tão determinante foi nos lances finais da eleição presidencial de 1989. O ataque baixo da campanha de Fernando Collor, hoje aliado dos petistas, ao levar à TV acusações da mãe de Lurian, primeira filha de Lula, teve pouca influência direta sobre o eleitorado, mas derrubou o ânimo do candidato e, um pouco, da base. Agora, 23 anos mais tarde, o problema afeta militância e candidatos.
Não é fácil reverter o desalento interno. Mas uma coisa é certa: a resposta a um problema de cunho emocional não pode ser na mesma moeda. A tendência é os petistas, da cúpula e da base, apoiarem-se cada vez mais, para si e para a sociedade, no discurso que já vem sendo formulado. Alguns argumentam que o partido é vítima de um golpe, pois a Justiça tem agido com severidade inédita no caso do mensalão. Apelar a essa ideia é tão fácil quanto ineficaz. Tende a prejudicar ainda mais o partido. E não vai ajudar em nada a consolidação das instituições. O PT já ajudou muito na construção da nossa democracia e tem mais a contribuir para ela.
----------
(*) Gálatas, 6:7.

Nenhum comentário: