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sexta-feira, setembro 21, 2012
''... E POR FALAR EM SAUDADES, ONDE ANDA VOCÊ?''
PT e PRB assinam carta pró-Lula
PT convoca aliados para defender Lula |
Autor(es): JULIA DUAILIBI |
O Estado de S. Paulo - 21/09/2012 |
Seis partidos da base governista, incluindo o PT e o PRB do candidato a prefeito de SP Celso Russomanno, emitiram ontem nota de desagravo a Lula e com ataques a PSDB, DEM e PPS, após a oposição ameaçar pedir apuração sobre suposta relação do ex-presidente com o mensalão. A nota foi antecipada pela repórter Julia Duailibi no estadão.com.br. A manifestação, organizada no momento em que o petista Fernando Haddad oscilou negativamente em pesquisa, ataca o que chama de "forças conservadoras" e "práticas golpistas". A ideia do desagravo partiu do próprio Lula, informa Vera Rosa
PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB de Russomanno unem-se a petistas e dizem que "forças conservadoras" adotam "práticas golpistas" ao usar mensalão
Seis partidos da base governista emitiram ontem nota em desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com ataques ao PSDB, DEM e PPS, após a oposição ameaçar ingressar com pedido de investigação sobre acusações de que o petista seria o chefe do mensalão. Capitaneada pelo PT, a manifestação foi organizada no momento em que o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, oscilou negativamente em pesquisa de intenção de voto.
Na nota, os presidentes do PT, PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB atacam o que chamam de "forças conservadoras" que estariam dispostas a "qualquer aventura" e falam em "práticas golpistas". Citam 1954, "quando inventaram um "mar de lama" para afastar Getúlio Vargas", e 1964, "quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura".
A manifestação menciona reportagem da revista Veja do fim de semana passado, na qual declarações atribuídas ao empresário Marcos Valério, operador do mensalão, envolvem diretamente Lula com o esquema. Após a divulgação da reportagem, a oposição disse, em nota, que cobrará do Ministério Público a investigação dos fatos assim que terminado o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Para os presidentes dos partidos governistas, a oposição quer "confundir" a opinião pública. "Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 (a do mensalão) um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula", afirmaram.
A confecção da nota foi divulgada num momento em que o embate eleitoral entre PT e PSDB aumentou, principalmente em São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou que o candidato do PSDB, José Serra, distanciou-se de Haddad, com quem estava tecnicamente empatado no segundo lugar, atrás de Celso Russomanno (PRB). O tucano oscilou positivamente um ponto e tem agora 21% das intenções de voto contra 15% do petista, que oscilou negativamente dois pontos.
Nas últimas semanas, a campanha de Serra usou inserções no rádio e na TV para ligar Haddad a réus no processo do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Em ato de campanha do tucano na terça-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu engajamento na "recuperação moral" do País, referindo-se ao processo no STF.
A estratégia dos tucanos suscitou cobranças entre petistas, para que houvesse uma reação por parte da campanha de Haddad, que deveria politizar mais o debate e apontar também questões éticas no campo adversário.
Assinaram a nota de ontem os presidentes do PT, Rui Falcão, do PSB, Eduardo Campos, do PMDB, Valdir Raupp, do PC do B, Renato Rabelo, do PDT, Carlos Lupi, e do PRB, Marcos Pereira. PRB, PMDB e PDT têm candidatos próprios em São Paulo: Russomanno, Gabriel Chalita e Paulinho, respectivamente.
O Estado apurou que o presidente do PT telefonou para os integrantes das demais siglas para pedir que assinassem o documento. Todos os partidos que subscreveram o texto têm cargos no governo federal. Na segunda-feira, a Executiva do PT convocou os militantes para "uma batalha do tamanho do Brasil" em defesa do PT e de Lula.
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(*) Vinicius de Moraes,
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