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sexta-feira, outubro 19, 2012

EMBRAER, SANTOS DUMONT e 'ÍCAROS' TECNOLÓGICOS



Prêmio

Embraer é a grande campeã na gestão de pessoas em 2012


Autor(es): Virgínia Silveira
Valor Econômico - 19/10/2012

A Embraer, comandada por Frederico Fleury Curado, foi a melhor empresa na gestão de pessoas em 2012, escolhida em pesquisa feita pela Aon Hewitt em parceria com o "Valor".

A trajetória profissional do engenheiro chefe da Embraer, Emílio Matsuo, resume bem o sentimento de orgulho que predomina no ambiente da terceira maior fabricante de jatos regionais do mundo. "Essa paixão e amor pelo que a gente faz é o nosso principal diferencial. Poucas empresas têm em sua organização pessoas tão comprometidas, capazes e determinadas quanto a Embraer ", garante o executivo.
No topo da carreira, Matsuo é considerado pelo diretor-presidente Frederico Fleury Curado um dos dez melhores engenheiros aeronáuticos do mundo. Em seu currículo, acumula a experiência de ter participado ativamente de todos os projetos de aeronaves da Embraer, desde o pequeno Turboélice Xingu, na década de 1970, até o maior avião da história da empresa, o cargueiro KC-390, ainda em fase de desenvolvimento.
Com 35 anos de organização, Matsuo, hoje autoridade máxima em conformidade e excelência técnica internamente, diz que nunca se sentiu e nem agiu como um empregado, mas como dono do negócio. "Dessa forma, quero ver o sucesso da minha empresa e procuro estar sempre trabalhando para criar produtos e otimizar processos", ressalta.
Foi assim, por exemplo, com o projeto da aeronave turboélice de treinamento EMB-312 Tucano, um dos maiores sucessos de vendas da Embraer na área de Defesa, com mais de 600 unidades produzidas para 13 países. "Nosso diretor de engenharia, na época, queria que o Tucano pudesse ser pilotado como um jato, com apenas um manete. Até então, os turboélices eram operados com três", lembra. O desafio foi cumprido com sucesso.
"A gente sente que, de certa forma, está participando de algo que vai além dos portões da fábrica e que é muito importante para o desenvolvimento do país", afirma Jackson Schneider, vice-presidente executivo de pessoas da Embraer. O resultado pôde ser comprovado ontem, com o anúncio da empresa como "A Melhor na Gestão de Pessoas de 2012", prêmio concedido pela revista "Valor Carreira".
A Embraer foi a grande campeã entre os 30 destaques escolhidos por meio de pesquisa feita pela Aon Hewitt em parceria com o Valor. Schneider conta, inclusive, que costuma brincar com os executivos da empresa que esse orgulho de estar participando do processo de desenvolvimento de uma tecnologia extremamente avançada e estratégica para o Brasil é como um salário adicional.
Isso também ficou bastante evidente durante o terceiro Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação (Seti), evento interno criado para reconhecer e compartilhar os trabalhos que contribuem para a evolução da companhia. A edição mais recente, realizada no início do mês, registrou o reconhecimento de 12 novas patentes.
Uma das novidades apresentadas, segundo Schneider, foi a de um sistema de controle eletrônico embarcado, que permite ao piloto fazer uma aproximação para pouso mais íngreme do que o normal - e, assim, diminui o trajeto da aeronave em baixa altitude sobre áreas urbanas. A ferramenta, resultado de uma invenção dos engenheiros Reneu Luiz Andrioli Jr, Fabrício Reis Caldeira e Lauro Rocha Borges, também reduz o ruído e a emissão de gases.
O Seti é apenas um dos exemplos que o presidente Frederico Curado faz questão de citar quando afirma que o ambiente corporativo saudável, onde existe o reconhecimento pelo trabalho, é um dos principais fatores de atração e retenção de talentos para a companhia. "O Brasil enfrenta um problema de carência de engenheiros, mas a Embraer tem sido privilegiada nesse aspecto. Não temos nenhuma dificuldade para contratar pessoas e grande parte disso se deve a esse orgulho de trabalhar com um produto e uma tecnologia muito atraentes", afirma.
Além disso, Curado também destaca a existência de um plano de carreira bem estruturado e uma política de remuneração competitiva em relação ao mercado. De acordo com o executivo, uma das principais portas de entrada de engenheiros na Embraer é o Programa de Especialização em Engenharia (PEE), que forma uma média de cem profissionais por ano. Atualmente, o programa possui três turmas, com mais de 160 engenheiros em treinamento. Desde a primeira turma em 2001, o PEE já formou cerca de 1.200 engenheiros.
Realizado em parceria com professores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele oferece o título de mestrado profissional em engenharia aeronáutica, reconhecido pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do Ministério da Educação (MEC). Estruturado em três fases com duração de cinco a seis meses cada, o PEE oferece fundamentos de aeronáutica, especialização e projeto do avião.
Como empresa globalizada, com linhas de manufatura em quatro países diferentes (Brasil, Estados Unidos, China e Portugal), o desafio de contratar e reter pessoas tem sido superado com bastante tranquilidade, segundo o presidente da companhia. "É muito mais fácil para nós atrair do que perder talentos", garante. Nos últimos 12 meses, por conta do crescimento da demanda dos novos projetos, especialmente na área de Defesa, a Embraer contratou 320 engenheiros - são 4 mil no total dentre os 18 mil funcionários. As mulheres engenheiras já representam mais de 12% da força de trabalho na empresa.
A grande disponibilidade de mão de obra altamente especializada oriunda do cancelamento do programa Space Shuttle da Nasa (Agência Espacial Americana) foi um dos principais fatores para que a Embraer instalasse em Melbourne (Flórida), nos Estados Unidos, uma unidade dedicada à produção de jatos executivos e um centro de engenharia e tecnologia. "Conseguimos recrutar esse pessoal com certa facilidade", diz Curado. Na fábrica americana trabalham hoje cerca de 1.200 funcionários.
Em Portugal, a questão da mão de obra também foi determinante para a companhia escolher a instalação de duas novas fábricas em Évora, na região do Alentejo, onde vai produzir estruturas de fuselagem e componentes em materiais metálicos e compósitos. Para atrair a Embraer para essa região, essencialmente agrícola, o Estado e a prefeitura local decidiram, há três anos, investir pesado na montagem de escolas técnicas, equipadas com laboratórios de última geração. "Conseguimos contratar cerca de cem funcionários que se formaram nessas escolas, que acabaram se tornando um polo de geração de mão de obra especializada".
A Embraer, segundo o executivo, também foi chamada pelo governo local para opinar na grade curricular dessas instituições. "Nossa qualificação tende a ser mais exigente do que a do restante da indústria. Em alguns casos, como fizemos na China, levamos o profissional para fazer um estágio "on the job training" na nossa fábrica no Brasil", afirma.

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