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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

NADA A TEMER...

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PMDB e PT de SP rejeitam saída de Temer da vice em 2014

Especulações de que cúpula nacional petista daria lugar para Eduardo Campos (PSB) na chapa presidencial desagrada direções estaduais

08 de fevereiro de 2013.

Gustavo Porto e Daiene Cardoso, da Agência Estado

As especulações sobre a possibilidade de a cúpula nacional do PT desalojar o vice-presidente Michel Temer da chapa presidencial em 2014 em favor do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) e entregar a candidatura ao governo de São Paulo ao peemedebista desagradam as direções estaduais do PMDB e do próprio PT. Embora líderes nacionais do partido da presidente Dilma Rousseff defendam que a aliança nacional em torno de sua reeleição prevaleça sobre os projetos estaduais, o PT paulista avisa que não abrirá mão de uma candidatura própria no Estado. Na mesma linha, o PMDB deixa claro que também terá um candidato próprio à sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB) e que ele não será o vice-presidente.
Veja também:

"Temer não tem disposição alguma em ser candidato a governador", argumenta o presidente estadual do PMDB, deputado estadual Baleia Rossi, afilhado de Temer e um dos políticos mais próximos ao vice-presidente da República. Segundo Rossi, as especulações sobre a candidatura de Temer em São Paulo não têm "nenhum fundo de verdade". "Reafirmamos total apoio à manutenção do Temer como vice da Dilma. (A candidatura de Temer em São Paulo) não é uma coisa que o PMDB pense", disse Rossi. Os peemedebistas acreditam que os "boatos" visam desestabilizar a atual aliança federal.
Para o deputado, os possíveis candidatos a governador pelo PMDB são o atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que já colocou publicamente sua pré-candidatura, e o deputado federal Gabriel Chalita, cotado também para assumir um ministério no governo Dilma. "Claro que Chalita é um nome importantíssimo do partido para o governo, pois sua candidatura (a prefeito) na capital foi extremamente importante para o PMDB", lembrou Rossi.
Ao contrário da disposição do comando nacional do PT, o discurso de lideranças paulistas do partido ignora a candidatura de Temer. Os ministros Guido Mantega (Fazenda), Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardozo (Justiça), sendo este último com menor força, são os nomes já postos. "O Mantega hoje é o principal nome do PT", disse uma liderança do partido. "Se a economia estiver bem, o Guido tem força", completou.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, um dos nomes cogitados para a disputa em 2014, já comunicou ao partido que não deixará a prefeitura para se lançar ao governo estadual. Ele afirma que, se a decisão fosse hoje, apoiaria a candidatura de Mercadante. "Acho o Padilha um excepcional quadro, o Mantega tem perfil, mas minha tendência hoje seria sugerir o Mercadante", defendeu.
No entanto, o prefeito - que é um dos petistas mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - enfatiza que, embora a sigla ainda esteja trabalhando para construir um nome forte em São Paulo, a aliança nacional e a reeleição da presidente Dilma em 2014 é a prioridade. "A eleição da Dilma vai orientar o resto (disputa em São Paulo)", reforçou.
No entanto, segundo uma outra liderança do PT em São Paulo, o partido está mobilizado em favor de uma candidatura própria. "A (cúpula) nacional quer São Paulo para compor a tática, mas se for no voto dentro do partido não passa. Hoje o partido está mobilizado (em torno da candidatura própria)", disse.
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