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terça-feira, março 19, 2013
''-- PAPAI EU QUERO ME CASAR! -- Ó MINHA FILHA VOCÊ DIGA COM QUEM!!! '' *
19/03/2013 | |
De Dilma para Francisco
Presidente diz que Pontífice deve levar em conta as "opções diferenciadas" dos indivíduos
Deborah Berlinck
Fernando Eichenberg
Enviados especiais
ROMA
Não se sabe ainda o que a presidente Dilma Rousseff dirá hoje ao Papa Francisco no breve encontro previsto após a missa inaugural de pontificado no Vaticano, mas ontem ela não se conteve em mandar um recado: aconselhou a Igreja Católica a respeitar as escolhas individuais.
Ao contrário da maioria dos chefes de Estado latino-americanos, que têm apenas festejado a eleição de um Papa originado do continente, a presidente não se privou de mostrar alguns pontos de discordância com a Igreja Católica. Dilma disse que o Papa Francisco não pode ficar somente na defesa dos pobres, mas deve levar em conta as demandas do mundo moderno pelo respeito às liberdades de cada um.
Para ela, o Papa tem "uma missão a cumprir".
- É uma postura importante (a Igreja para os pobres). É claro que o mundo pede hoje, além disso, que as pessoas sejam compreendidas, que as opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas - disse ontem, após ter percorrido a exposição do pintor renascentista italiano Ticiano (1485-1576), na Scuderie Quirinale.
A presidente não esclareceu quais seriam as "opções diferenciadas das pessoas", nem se poderiam ser uma referência a diversidades sociais e/ou religiosas. Entre os temas atuais de sociedade contestados pela Igreja Católica estão o homossexualismo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto. No âmbito religioso, o Vaticano não tem digerido o crescimento de outras igrejas no mundo, como a evangélica.
Dilma apontou o aspecto "multirreligioso" no Brasil, mas reconheceu que a maioria da população "professa a religião católica".
Sobre a possibilidade de que um Papa latino-americano influencie as políticas no Brasil em relação à lei do aborto ou ao casamento entre homossexuais, ela disse não acreditar que a eleição de Francisco vá favorecer os que apoiam estas questões.
- Não me parece que seja um tipo de Papa que vai defender esse tipo de posição. Pelo menos vocês (a imprensa) dizem isso.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, manifestou ao longo dos últimos anos opiniões contrárias ao casamento gay e ao aborto, dentro dos preceitos defendidos pela Igreja Católica.
"Ele É Latino-americano!"
A presidente destacou, ainda, a importância de um Papa argentino para o continente latino-americano, definindo como "uma honra em qualquer hipótese". E foi lacônica ao ser perguntada sobre a expectativa frustrada dos brasileiros ao não verem o gaúcho dom Odilo Scherer ser eleito Papa, uma possibilidade apontada por vários vaticanistas antes do conclave.
- Acho essa pergunta um tanto estranha - respondeu, após um breve silêncio, completando. - Ele é latino-americano!
Em relação ao ressurgimento das denúncias de que Bergoglio teria sido cúmplice do regime militar da Argentina, nos anos 1970-80, no contexto de uma ampla conivência da Igreja Católica argentina, Dilma apontou a diferença no caso brasileiro.
- Acho que a Igreja brasileira foi extremamente combativa contra a ditadura em geral.
À tarde, após seu encontro com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano, ela voltou a falar sobre a preocupação da Igreja com os pobres, mas desta vez sem fazer ressalvas sobre outros temas com chances de criar polêmica:
- Acho que um Papa preocupado com a questão dos pobres no mundo tem um papel especial. E acho que cumpre aí com os princípios básicos que inspiraram o cristianismo e inspiraram Cristo.
Dilma teve um encontro ainda ontem, no início da noite, com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano.
Pela manhã, ela tentou, mais uma vez, sair do Hotel Excelsior, onde está hospedada, escondida da imprensa, que a esperava no saguão. Mas acabou surpreendida ao ser descoberta pelos jornalistas na exposição de Ticiano.
Na visita à mostra, em que foi guiada pelo diretor do museu, demorou bastante diante do quadro "A Punição de Marsia" (1570-76, do acervo do Museu Nacional de Kromeriz, na República Tcheca), que encerra o percurso. A tela integra uma série de obras inspiradas em temas mitológicos pintadas por Ticiano. Dilma anunciou que levará ao Brasil uma exposição de Lorenzo Lotto (1480-1556), pintor da Escola de Veneza.
Na cerimônia desta manhã no Vaticano, José Graziano representará não somente a FAO, mas também o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que lhe pediu para transmitir ao novo Papa o respaldo da organização mundial para a "erradicação da fome e da miséria no mundo".
- São Tomás de Aquino costumava dizer que Deus é como o primeiro motor, que coloca em movimento todas as engrenagens do mundo. Se nós não conseguirmos superar essa fome, não conseguiremos atingir os outros degraus, que são a igualdade das mulheres, a erradicação do analfabetismo - disse Graziano.
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(*) Cancionismo do folclore brasileiro.
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