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quarta-feira, junho 12, 2013
... E DEPOIS DA COPA?
'A Copa vai gerar 3,6 milhões de empregos', afirma Aldo Rebelo
Autor(es): Almir Leite |
O Estado de S. Paulo - 12/06/2013 |
Para ministro, maior dificuldade é convencer que o Brasil tem condições de realizar grandes eventos
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não se abala quando escuta alguém dizer que ainda há muito para o Brasil fazer até a Copa do Mundo. A um ano de a bola rolar, ele defende que todos os preparativos estão bem encaminhados, seja em relação aos estádios, ao entorno deles e mesmo aos aeroportos, considerados o calcanhar de aquiles do País. Aldo, ao Estado, diz que a maior dificuldade é convencer os eternos pessimistas e críticos contumazes de que o Brasil tem condições de realizar grandes eventos como o Mundial. E garante que a Copa das Confederações vai mostrar os ajustes que o País tem de fazer até 2014. ESTADO – A um ano da Copa, qual o seu balanço em relação aos preparativos do Brasil? ALDO REBELO – No sábado, teremos a abertura da Copa das Confederações, o teste definitivo da preparação do País para a Copa. Esse evento-teste para a Copa 2014 vai se realizar de acordo com o que o governo se comprometeu a fazer e de acordo com a expectativa da Fifa. O mesmo vai acontecer em relação à Copa. O Brasil estará pronto, com razoável antecedência, para sediar o maior evento esportivo do planeta. ESTADO – Balanço divulgado recentemente pelo próprio governo dava conta de que apenas 25% das obras para a Copa estavam concluídas. Vai dar tempo de aprontar tudo? ALDO REBELO – Temos obras relacionadas diretamente com a realização do torneio e obras que, mesmo sendo importantes, não têm reflexos diretos sobre os jogos, a recepção às delegações e aos turistas. Já temos seis estádios prontos e os outros seis serão inaugurados até dezembro deste ano. No entorno dos estádios, as obras, ou estão prontas, ou estão em fase avançada. A Fifa já certificou dezenas de centros de treinamento para serem usados pelas seleções. Nossos aeroportos estão em reforma e terão capacidade de atendimento dobrada em relação à expectativa de demanda durante a Copa. O sistema de telecomunicações terá as condições exigidas para o enorme volume de transmissão durante a Copa. Outras obras, tratadas como obras para a Copa, são coisas que estavam previstas e são necessárias não em função torneio, mas por causa das exigências do desenvolvimento do País. E o governo está fazendo o esforço máximo para que fiquem prontas. ESTADO – Qual a principal dificuldade neste momento em termos de organização da Copa? ALDO REBELO – Os mais pessimistas, ou os que criticam sempre, diriam que a nossa maior dificuldade é com o time que vai disputar a Copa. Lembro que até a seleção de 1970 viajou para o México meio desacreditada. Eu não penso assim, eu acho que temos condições de ganhar a Copa em 2014. Fora isso e fora a dificuldade de convencer alguns setores que o Brasil e os brasileiros têm capacidade de realizar grandes eventos, não vejo grandes obstáculos pela frente. ESTADO – Qual o aspecto que o senhor considera mais positivo? ALDO REBELO – O aspecto mais positivo da nossa preparação, não só para a Copa, mas para a Copa das Confederações e os Jogos Olímpicos de 2016, na minha opinião, é o reflexo que esses eventos terão no aprofundamento da promoção social que o Brasil vive nos últimos anos e no processo de desenvolvimento econômico. Um levantamento da empresa Ernest & Young indica que a preparação da Copa movimentará R$ 142,39 bilhões adicionais na economia nacional de 2010 a 2014, gerando 3,63 milhões de empregos e R$ 63,48 bilhões de renda para a população. Além disso, os trabalhadores estarão mais qualificados, a qualidade do trabalho das nossas empresas ficará mais conhecida no mundo todo, as oportunidades de negócios no Brasil serão expostas à bilhões de pessoas e nossa infraestrutura turística será ampliada.
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