Hackers roubam dados de 50 mil PMs no Rio
SEGURANÇA /
Telefone, endereço, CPF e e-mails dos militares foram exibidos em rede social pelos piratas cibernéticos. Internautas criticaram ação policial em manifestações na capital fluminense
Dados pessoais de 50 mil policiais foram publicados numa página da rede social Facebook por um grupo de hackers que invadiu o site oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). O arquivo de 8.900 páginas, cotendo telefones, endereços, CPFs e e-mails, foi disponibilizado para download na quinta-feira. No sábado, a PMERJ conseguiu retirar a lista do ar.
No mesmo dia, o grupo intitulado de Anoncyber & Cyb3rgh0sts afirmou que pode colocar as informações novamente no ar. "A polícia não aguentou a pressão? Infelizmente, a PM tirou o nosso download do ar. Estou pensando" no melhor momento para publicar novamente".
A página da rede social, com mais de 5 mil curtidas, faz várias críticas ao trabalho da polícia fluminense, principalmente durante os protestos de rua. "Vocês acharam que poderiam vender a nossa segurança para os traficantes e sair impunes? Vocês realmente acharam que poderiam sair matando pessoas inocentes e sair impunes? Boa sorte!", afirmam os hackers em uma das postagens. Vários usuários da rede social criticaram a ação do grupo nos comentários. Na página, há diversas postagens incentivando o uso de coquetéis molotovs durante os protestos.
Policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática investigam quem são os responsáveis pela divulgação da lista. Invasões semelhantes também foram registradas recentemente nos sites do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro,da Assembleia Legislativa, da Câmara de Vereadores e do Departamento Estadual de Trânsito do Rio (Detran-RJ). Vários grupos ligados aos Black Blocs reivindicaram a autoria da invasão. Por meio de nota, a Polícia Civil informou apenas que os procedimentos estão sendo tomados.
Protesto
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a ser alvo de protestos. Durante homenagem a Raul Seixas, na tarde de sábado, no Rock in Rio, a banda Detonautas puxou um grande coro contra o político.
Logo no início do show, o vocalista Tico Santa Cruz mandou o recado. "Ditadura não, revolução". Ele cobriu o rosto, numa alusão aos Black Blocs. "Tenho certeza de que, se Raul Seixas estivesse vivo, ele estaria nas ruas se manifestando com todo o povo brasileiro", afirmou o cantor. Logo em seguida, a multidão gritou palavrões contra o governador Sérgio Cabral.
No sábado, um grupo de-manifestantes realizou um protesto no centro do Rio de Janeiro. Foi ò primeiro ato após a aprovação da lei que proíbe a utilização de máscaras nos atos públicos. Não houve confronto com policiais. CL projeto de lei foi proposto pelos deputados Domingos Brazão e Paulo Melo. A nova legislação foi aprovada depois que jo-" vens com rostos cobertos cometeram atos de vandalismo contra lojas e o patrimônio público.
Em junho, o prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foi alvo de ataques. Um grupo de manifestantes ateou fogo na sede do legislativo estadual. Vidraças e móveis foram quebrados. O prejuízo chegou a R$ 2 milhões. A polícia abriu inquérito para tentar identificar os responsáveis pela ação".
adicionada no sistema em: 16/09/2013 03:47 |
2 comentários:
Eu acho que essa galera da zona sul esta sendo injusta com o Cabral, pois nao tem noçao das necessidades do povo!!
Sr. David! Obrigado por vossa manifestação e comentário neste blogue. Nós, não moradores do Rio, tomamos conhecimento dos fatos via mídia, portanto, não temos condições de opinar a respeito do "clamor das ruas" (primavera de junho e atos contínuos) a partir, dos "anonimous" ou dos "black blocs". Att.
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