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terça-feira, outubro 23, 2012
ÓBVIO ULULANTE
Em Belém, apoio de Lula racha PSOL
Belém: apoio de Lula a Edmilson racha PSOL |
Autor(es): Paulo Celso Pereira |
O Globo - 23/10/2012 |
Ex-presidente grava programa de TV e provoca críticas de corrente do partido; PSTU abandona a aliança
BRASÍLIA
Boa parte dos candidatos à prefeitura lutou para conseguir um vídeo com o ex-presidente Lula declarando apoio à campanha. Pois foi justamente um vídeo de um minuto com esse teor que provocou um racha no PSOL. Disputando contra o deputado Zenaldo Coutinho, candidato do PSDB à prefeitura de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) passou a exibir na TV o apoio de Lula.
O PSTU, que integrava a aliança de Edmilson, e setores do PSOL anunciaram o rompimento com a candidatura, mantendo a pregação do "voto crítico" para derrotar o tucano. A última pesquisa Ibope, divulgada sábado, apontou 51% das intenções de voto para Zenaldo Coutinho, e 42% para Edmilson.
No PSOL, a Corrente Socialista dos Trabalhadores, que tem o ex-deputado Babá como liderança, divulgou nota afirmando que todos os limites foram ultrapassados e que Lula estaria usando o tempo do partido para iludir os trabalhadores e o povo pobre. A assessoria de Lula afirmou que ele foi procurado e fez a gravação.
- De forma nenhuma podemos aceitar que nosso partido, construído com dificuldade, venha a aceitar qualquer apoio do PT, muito menos declaração de voto de Lula. Não podemos aceitar apoio de um partido de mensaleiros - diz Babá.
Lula, que apoia o PSOL em Belém, faz campanha em Macapá contra o candidato do partido, em favor do prefeito Roberto Góes, do PDT - preso na Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, que investigou desvio de verbas públicas.
Os principais alvos das críticas no PSOL são o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o presidente da legenda, deputado Ivan Valente (SP). No Amapá, o problema do PSOL é com o apoio do DEM à campanha de Clécio Luís, adversário de Roberto Góes. Pesquisa Ibope de ontem indica que a disputa está empatada tecnicamente: Góes com 45% e Clécio, 41%.
Para o senador Randolfe Rodrigues, um dos grandes defensores das alianças, as críticas vêm de um grupo minoritário:
- A maioria é contrária a esse manifesto. A CST (corrente) corresponde a menos de 10% do partido. Não acho muito responsável num enfrentamento contra a direita esse posicionamento - afirma o senador.
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