PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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quarta-feira, dezembro 19, 2007

GOVERNO LULA [in:] "ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO..." (*)


“Ao sucesso de 2007 e a um 2008 melhor ainda”. O presidente Lula que ergueu a taça de champanhe na noite desta terça-feira (18), propondo um brinde aos aliados, em nada fazia lembrar o presidente de seis dias atrás. O aborrecimento proporcionado pela extinção da CPMF deu lugar ao otimismo.
Lula reuniu em torno da mesa de jantar do Palácio da Alvorada os presidentes e os líderes dos partidos associados ao consórcio governista. Falou aos convivas ao final do repasto. Agradeceu o “apoio” dos partidos, minimizou o infortúnio do imposto do cheque, festejou o “sucesso” do governo e assegurou que não haverá nenhum pacote de fim de ano. “Alguém pode imaginar que estou triste, mas não estou”, disse Lula, referindo-se à derrota da madrugada de quinta-feira (13) passada, no Senado. Referiu-se à extinção da CPMF com uma naturalidade que contrasta com as declarações que fizera nas pegadas da votação. “Democracia é assim, a gente ganha e perde”. Nada de ataques à oposição. Lula desdisse o ministro da Fazenda. Algo que já vai se tornando rotineiro. Guido Mantega anunciara para esta semana um pacote de cortes de gastos e elevações de alíquotas de tributos. Em sentido contrário, o presidente declarou durante o jantar do Alvorada:
1. “Não vamos adotar nenhum pacote para penalizar os setores produtivos da economia”;
2. “O governo não vai fazer nada agora. Qualquer medida que tiver de ser adotada, só em 2008, sem pressa. O Orçamento não será votado nesse ano. Não tem razão para pressa”;
3. “As coisas vão acontecer com naturalidade. O governo vai encontrar o caminho sem adotar medidas que possam caracterizar descontrole da administração”;
4. “Não faremos nada que comprometa o controle fiscal. O superávit será mantido. Nem as obras do PAC nem os programas sociais serão afetados.”
O repórter recuperou o teor do discurso do presidente em contato com dois deputados e um senador que estiveram no Alvorada. Os congressistas começaram a chegar por volta das 20h. Serviram-se de salgadinhos, uísque, vinho e refrigerantes. Lula só sorveu água mineral. Do início ao fim.
Os convidados foram acomodados na grande mesa retangular da residência presidencial às 21h. Jantaram salada verde, peixe e filé mignon. Para o acompanhamento, dois tipos de arroz branco –com e sem castanhas do Pará. Lula discursou antes da sobremesa –doces variados e frutas frescas. Os convivas começaram a deixar o Alvorada às 22h30. Durante o jantar, só falaram, além do anfitrião, o coordenador político do Planalto, ministro José Múcio; e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Múcio esquivou-se de tratar de CPMF. Limitou-se a informar aos presentes que estará sempre "à disposição de todos". E cobriu de elogios o antecessor Walfrido dos Mares Guia, ausente. Temer, escalado para exprimir o sentimento de todos os partidos da coalizão, enalteceu o poder de aglutinação que Lula exerce sobre os aliados. Ao dirigir-se à mesa apinhada de políticos, Lula sabia que suas palavras vazariam. Daí o timbre moderado. Antes de chegar ao Alvorada, Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, e o ministro José Múcio haviam se reunido, em segredo, com a fina flor oposicionista do Senado. Dera-se na casa de José Agripino Maia (RN), líder do DEM. Lá estavam também Sérgio Guerra (PE) e Arthur Virgílio (AM), presidente e líder do PSDB, respectivamente. Embora a oposição já houvesse decidido que não se meteria a retardar a votação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), marcada para esta quarta-feira (19), o líder ‘demo’ e os tucanos fizeram “exigências” a Jucá e Múcio.
Cobraram: 1) o abrandamento do discurso belicoso de Lula; 2) o compromisso de que não haverá nenhum pacotaço tributário. Ao chegar ao Palácio da Alvorada, Jucá e Múcio repassaram a Lula detalhes da reunião. Depois, ao discursar, o presidente soou macio. Não chegou a dizer que não haverá elevação de tributos. Mas cuidou de afirmar que não planeja “penalizar os setores produtivos.” O que, por ora, basta à oposição. A despeito de ter voado de Montevidéu para Brasília horas antes do jantar, Lula exibia um cenho descansado. Fez menção ao encontro do Mercosul, que motivara sua presença na capital uruguaia. Defendeu o ingresso da Venezuela no bloco econômico. Lembrou que os negócios com o país de Hugo Chávez resultam em superávit favorável ao Brasil “de quase US$ 4 bilhões”. Uma cifra que, segundo disse, pode aproximar-se dos “US$ 6 bilhões” depois que Chávez rompeu com a Colômbia. O presidente desfilou pelos salões do Alvorada um paletó ornado com motivos andinos na lapela. Presente que recebera de Evo Morales, na Bolívia, na véspera de sua chegada a Montevidéu. Antes de erguer a taça do brinde, o presidente festejara o resultado da pesquisa Datafolha que revelou que 20 milhões de brasileiros migraram das classes “D” e “E” para a classe “C” nos últimos cinco anos. “Compartilho o sucesso com vocês”, disse o presidente aos “aliados”.
Folha Online. Escrito por Josias de Souza. 1912.
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(*) "... que tudo se realize no ano que vai nascer, muito DINHEIRO no bolso, SAÚDE (sic) prá dar e vender". (Canção popular de "reveillon").

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