Nervosismo com bancos derruba bolsas na Europa
LONDRES - Nesta quinta-feira, 20, véspera de feriado, a movimentação nas bolsas européias refletia o nervosismo de investidores europeus, que continuam de olho em dados sobre o
desempenho de grandes bancos, em meio às
contínuas incertezas sobre as conseqüencias da crise no mercado de crédito imobiliário nos Estados Unidos.
Na Europa, as principais bolsas abriram em queda no início dos pregões. O índice FTSE da bolsa de Londres operava em baixa de 0,78% às 8h30 (5h30 no horário de Brasília). Em Frankfurt, o índice Dax operava em baixa de 0,58% enquanto a bolsa de Paris recuava 0,96%. Após um dia de quedas nos principais mercados internacionais, puxadas pela expectativa de redução no preço das commodities, as bolsas da Ásia apresentaram um resultado misto nesta quinta-feira. Após chegar a acumular perdas de 6,5% durante o pregão, a maior queda desde junho do ano passado, a bolsa de Xangai fechou em alta de 1,1%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, fechou em queda de 3,47%. A bolsa de Tóquio não funcionou nesta quinta-feira por causa do feriado nacional. A queda de mais de US$ 6 no preço do barril de petróleo derrubou as ações das empresas de energia na quarta-feira, 19, e desanimou os investidores. Nesta quinta, os diretores dos principais bancos britânicos se reúnem com autoridades do Banco da Inglaterra (Banco Central da Grã-Bretanha) para discutir maneiras de injetar ânimo no sistema financeiro do país após uma semana de grande volatilidade nos mercados. O encontro acontece um dia depois que as ações do Halifax, um dos maiores bancos e maior fincanciador de empréstimos do país, caíram mais de 17%. As perdas aconteceram em meio a fortes rumores de que a instituição havia solicitado fundos de emergências ao Banco da Inglaterra. Numa atitude sem precedentes, a instituição se apressou em desmentir os boatos. Segundo o analista da BBC Tim Bowler, a Autoridade de Serviços Financeiros, (FSA, na sigla em inglês), órgão que regula o setor financeiro na Grã-Bretanha, está investigando se os boatos foram espalhados propositalmente para diminuir o valor das ações. A instituição disse que "não toleraria" que operadores do mercado financeiro voltem a criar "falsos rumores" com obejetivo de fazer lucros. Ainda segundo Bowler, a principal expectativa em torno do encontro desta quinta-feira é de que o Banco da Inglaterra injete mais dinheiro no setor bancário, medida que está sendo tomada por bancos centrais de outros países. BBC Brasil. 2003.
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