A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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terça-feira, maio 04, 2010
ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''MINHA GAROTA; MINHA MÃE-MÃE!!!" *
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OS CINCO ELEMENTOS
Virou moda, principalmente entre os simpatizantes do PT, comparar a eleição deste ano com a de 1994, quando o maior cabo eleitoral da disputa foi o então recém-lançado Plano Real. Com enorme popularidade e 100% associado à imagem de Fernando Henrique Cardoso, o plano econômico que derrubou a inflação também aniquilou as pretensões petistas. Lula teve dificuldade para formar um discurso viável de oposição e acabou perdendo no primeiro turno. Agora, de acordo com a tese (ou esperança) de alguns, os papéis estariam invertidos: o cabo eleitoral que esbanja popularidade é o próprio Lula, engajado na campanha de Dilma Rousseff. Quem teria dificuldade para formar um discurso viável, portanto, seria o PSDB e seu candidato, José Serra. O final, de acordo com esse raciocínio, tende a ser favorável a Dilma. Faz sentido?
É natural que analistas, estudiosos e mesmo nós, jornalistas, tentemos buscar semelhanças entre eleições. O exercício é quase irresistível, pois o que sempre está implícito nesse tipo de comparação é a sedutora promessa de antecipação do resultado da eleição. Fácil: se as circunstâncias de 2010 são semelhantes às situações de alguma eleição passada, o desfecho de 2010 só poderá ser parecido com o do passado.
O problema é que teses simples e apetitosas como essa costumam desmoronar com a mesma facilidade com que aparecem. Ainda que pescar semelhanças entre eleições possa parecer um exercício bem mais divertido, listar diferenças relevantes entre elas dá resultados bem mais promissores. Faltam seis meses para o dia da votação e, sem muita dificuldade, já é possível listar pelo menos cinco grandes elementos inéditos da atual disputa, o que a torna incomparável com qualquer outra. Alguns desses elementos são óbvios, já eram esperados há tempos. Outros, nem tanto. Listei esses cinco elementos para o consultor político Gaudêncio Torquato e pedi alguns comentários. Veja o que ele disse:
Primeiro Elemento: É a primeira eleição em 20 anos sem a presença de Lula entre os candidatos
“Se o Lula fosse candidato, já estaria eleito. Depois de disputar cinco eleições seguidas, Lula virou ponto de referência. Quando ele estava na disputa, o alinhamento já era automático, contra ou a favor, e o eleitor já nem olhava mais os currículos. Agora, sem Lula, isso muda. Suspeito que o eleitor ficará mais atento, vai comparar os perfis, vai se debruçar de forma mais apurada sobre as credenciais de cada um.”
Segundo Elemento: É a primeira vez que uma mulher disputa a Presidência de forma competitiva
“Este é um fato extraordinário: a condição feminina será examinada. O que Dilma disser terá sempre maior repercussão, pois como ela é mulher há mais vigilância. É por isso que, neste instante, ela está sendo muito observada. Querem ver se ela passa no teste, o que não ocorre com seu adversário. Eu diria que, a princípio, Serra leva vantagem nisso. Mas, por outro lado, se ela não escorregar muito, poderá despertar uma vontade nova no país, a vontade de experimentar uma mulher no poder.”
Terceiro Elemento: É a primeira vez que um presidente extremamente bem avaliado tenta fazer o sucessor
“Lula é o maior cabo eleitoral do país e isso ajuda muito a Dilma. Com mais de 70% de aprovação, Lula é o dono da flauta. E quem é dono da flauta dá o tom da orquestra, o tom da eleição. Lula não vai apitar para toda orquestra, claro, mas para boa parte da orquestra.”
Quarto Elemento: É a primeria vez que a classe média vai para a eleição na condição de grupo majoritário do país
“Eu formularia assim: pela primeira vez, um contigente de 30 milhões de eleitores terá o direito de votar a paritr de um patamar superior ao que estava na última eleição. É a turma que subiu da classe D para a classe C. O cara foi promovido, virou classe média. Não quer dizer que todos irão votar automaticamente na Dilma, mas esse fenômeno vai fazer diferença, principalmente no Nordeste, onde há a cultura do voto de gratidão: o sujeito vota naquele que melhorou sua vida.”
Quinto Elemento: É a primeira vez que o PMDB entra na disputa unido em torno de um peemidebista, o pré-candidato a vice de Dilma, Michel Temer
“Isso também é inédito. O PMDB hoje tem menos de 10% de racha. Nem Ulisses Guimarães conseguiu isso. É um partido capilarizado e eu acho que isso vai somar de verdade. Uma amostra dessa força foi quando Lula botou aquele balão de ensaio de lista tríplice. Nem isso quebrou a unidade do PMDB.”
(Nota: No fim de 2009, quando o noticiário associou o nome de Michel Temer à Operação Castelo de Areia, investigação da PF sobre a construtora Camargo Corrêa, Lula disse que o PMDB deveria apresentar uma lista tríplice de pré-candidatos a vice para que Dilma pudesse escolher, mas a ideia não prosperou).
Petistas buscam inspiração em Marta Suplicy para tornar Dilma popular
Os responsáveis pela campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência usam o exemplo de Marta Suplicy para mostrar que dá para transformar a ex-ministra em uma candidata popular. “Nas primeiras campanhas da Marta ela saía para a rua com a Luiza Erundina (ex-prefeita de São Paulo pelo PT, hoje deputada federal pelo PSB) e se dava mal. Era uma socialite, não uma política. Mas isso mudou. Hoje a Marta abraça o povo, beija criança, ficou popular. Com a Dilma vai ser assim também”, diz um dos dirigentes da campanha de Dilma. “Ela é disciplinada e até julho estará bem melhor.” Dilma vem cometendo várias gafes, usa um vocabulário considerado sofisticado e técnico demais e se mostra pouco confortável ao microfone. Até o presidente Lula mostrou preocupação e a aconselhou a treinar entrevistas. Ela foi orientada a fazer discursos mais curtos e usar palavras compreensíveis a todos.
Dilma é conhecida pela dedicação e é de se supor que o treino melhore seu discurso. Mas na comparação com a ex-prefeita de São Paulo há uma diferença essencial. Antes de entrar para a política, Marta Suplicy já tinha uma carreira como comunicadora. Foi um dos destaques do programa TV Mulher, da Rede Globo, onde falava sobre sexo, um tabu na época. Dilma não tem esse traquejo, é uma técnica com pouca intimidade com câmeras e plateias. Mesmo assim, os petistas não demonstram preocupação. “Ela tem conteúdo, sabe todos os números do governo. Nós precisamos apenas melhorar a forma como ela comunica isso”, diz o dirigente da campanha. “O problema é quando acontece o contrário. Na eleição de 2002 para o governo de São Paulo, nosso candidato (José Genoino) era melhor de discurso. Mas ele dançou porque não conhecia o Estado como o Alckmin. O Alckmin é sem graça, mas dominava o assunto, sabia tudo sobre o Estado”.
Na estratégia petista, Dilma deve evitar polemizar com o candidato tucano. “Ela tem que parar com esse negócio de bater boca com o Serra, parar de chamá-lo de biruta de aeroporto. Quem deve mostrar que Serra é o anti-Lula é o PT, não ela. A candidata tem que falar sobre seu programa de governo”, diz o dirigente petista. A inexperiência como candidata faz com que ela se deixe pautar pela agenda do tucano. “Ele disse que vai criar um Ministério da Segurança? Ela não tem que comentar. Tem que dizer: ‘isso é proposta do meu adversário, não vou comentar. Minhas propostas são essas’”, diz o petista.
Enquadrar Dilma não é o maior problema da campanha. O difícil é segurar o presidente Lula, que estaria falando mais do que deve. “O que ele fala tem muita força, é nossa bomba atômica. Não podemos ficar usando o Lula à toa”, diz. A coordenação da campanha ainda se concentra em fazer Dilma ficar conhecida. “Muitos eleitores não sabem que ela é candidata. Dos que sabem, boa parte não a associa ao Lula.” Nessa conta, dizem os petistas, até mesmo o noticiário mais incômodo ajuda, pois cola nela o carimbo de “mulher do presidente”.
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REVISTA ÉPOCA.
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(*) Baseado em Cascata e Cascatinha (personagens televisivos).
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