30 de agosto de 2010
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ação afirmativa privilegia ensino público e não raça
70% das universidades federais ou estaduais já adotam cota ou bônus; maioria beneficia a origem do estudante
Sete em cada dez universidades públicas já adotam algum critério de ação afirmativa segundo levantamento feito em 98 instituições federais ou estaduais.
Mesmo sem nenhuma lei federal que as obrigue, 70 dessas universidades têm programa de cota ou bônus no vestibular para alunos de escolas públicas, negros, índios e outros grupos.
O estudo, feito por instituto ligado à UERJ (Universidade Estadual do RJ), mostra que alunos da rede pública são os mais beneficiados e que cotas são mais utilizadas do que bônus.
Entre as universidades que dispõem de cotas raciais (a pesquisa não inclui faculdades ou centros), o critério é, em 85% dos casos, a autodeclaração. (Págs. 1 e C1)
Foto legenda: Professor com estudantes cotistas da Universidade Federal do Paraná
Assassinados no México eram da zona rural de MG
Juliard Aires Fernandes, 20, e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, os brasileiros já identificados entre os mortos da chacina no México viviam na área rural de Governador Valadares (MG).
Ambos deixaram o Brasil há cerca de um mês. Fernandes juntou dinheiro para a viagem trabalhando como auxiliar de obras no Rio. Santos trabalhava no sítio da família. (Págs. 1 e A13)
Recarga de celulares vira prêmio para atrair classe C
Bancos e redes varejistas oferecem minutos para aparelho pré-pago como programa de recompensa para clientes de baixa renda.
Empresas planejam distribuir mais de R$ 100 milhões em crédito em 2012 para consumidores C, D e E.
A fidelidade das classes A e B também será premiada, com programas para celulares pós-pagos. (Págs. 1 e B1)
Entrevista da 2ª Ricardo Hausmann: Países como o Brasil creem em um mundo de fantasia
"A sorte do Lula foi ter tido ótimo antecessor", diz Ricardo Hausmann, de Harvard, crítico das políticas externa e econômica atuais.
Houve avanços desde que o sr. escreveu sobre as barreiras ao crescimento do país?
A crise foi bem administrada. Mas o principal problema com países como o Brasil é que, quando as coisas começam a parecer bem, passam a crer em um mundo de fantasia. (Págs. 1 e A16)
Editoriais
Leia "Reforma possível", acerca de alterações desejáveis no sistema tributário do país; e "Em retirada", sobre a presença militar dos EUA no Iraque. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dilma 'senta na cadeira de presidente' antes da hora, acusa Serra
Tucano vê desrespeito e diz que 'quem decide quem vai sentar na cadeira é o povo'
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou a adversária Dilma Rousseff (PT) de ter sentado na cadeira de presidente antes da eleição e advertiu que essa atitude pode demonstrar falta de respeito com os eleitores. Foi uma referência à declaração de Dilma segundo a qual não está de "salto alto" com a liderança nas pesquisas, mas que pretende "estender a mão" a Serra num eventual governo do PT. "Essa declaração tem uma certa falta de respeito. É alguém sentando na cadeira (presidencial) a um mês da eleição. Quem vai decidir quem vai sentar na cadeira é o povo", disse o tucano. (Págs. 1 e Nacional A6)
Reação
A petista Dilma Rousseff disse que jamais se sentou na cadeira presidencial. Para ela, Serra não honra a biografia quando a acusa de conivência com o MST. (Págs. 1 e Nacional A6)
Lula lidera ofensiva para obter maioria no Senado
O presidente Lula deflagrou ofensiva na TV e nos palanques para garantir ampla maioria no Senado para um eventual governo de Dilma Rousseff (PT). Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas. Foi justamente no Senado que Lula sofreu suas derrotas mais importantes, como o fim da CPMF. Lula começou a lançar ataques diretos contra adversários. Na última sexta-feira, seu alvo foi Marco Maciel (DEM-PE). (Págs. 1 e Nacional A4)
Contrato de diretor da ECT será investigado
Se comprovado o vínculo do diretor de Operações da Empresa de Correios e Telégrafos, coronel Eduardo Rodrigues Silva, com a Master Top Linhas Aéreas (MTA) - ou com consultorias que prestam serviços para companhias do setor aéreo -, o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, avisou que recomendará a extinção dos contratos. Indicado ao cargo com apoio de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, o coronel presidia a MTA, que tem contrato de R$ 44,9 milhões com os Correios, como revelou o Estado. Hoje, a filha de Silva comanda a MTA. (Págs. 1 e Nacional A9)
Negócios: Empresas médias rumo ao topo
De energia a fast-food, passando por desenvolvimento de softwares e análise ambiental. Bancos de investimento, consultarias e fundos de participação indicam dez empresas de diferentes áreas que prometem crescimento acelerado nos próximos anos. (Pág. 1)
'Ele só queria ajudar o pai'
O brasileiro Juliard Aires Fernandes, um dos 72 imigrantes ilegais assassinados por traficantes mexicanos, queria arranjar trabalho nos EUA para ajudar a família, relatou ao Estado Rosângela Fernandes, sua prima. Ele morava em Santa Efigênia de Minas (MG). "Falamos para o Juliard não ir. Ele foi tentar a vida fora e, no fim, perdeu a vida", disse ela. (Págs. 1 e Internacional A10)
Ministério Público defende ortotanásia
O Ministério Público Federal passou a defender a legalidade da ortotanásia - pacientes terminais recebem só remédios contra a dor. (Págs. 1 e Vida A13)
Custo de capital de giro afeta indústria
O custo de despesas como água e salários representa 6,7% do preço dos produtos fabricados no Brasil, o triplo de países como Chile e Japão. (Págs. 1 e Economia H1)
Carlos A. Sardenberg: O Brasil deles é melhor
Ao contrário do que acontece por aqui, o caráter do Brasil como exportador de alimentos é visto no exterior como uma virtude global. (Págs. 1 e Economia B2)
Notas & Informações: A nova cena venezuelana
A combinação de crise e violência deve subtrair de Chávez o controle parlamentar absoluto. (Págs. 1 e A3)
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Valor Econômico
Manchete: 'Pacote' para alongar crédito sai após eleição
O governo já definiu algumas das medidas do pacote de incentivo a captações e aplicações financeiras de longo prazo. Logo após as eleições, vai isentar do Imposto de Renda as empresas que aplicarem em Letras de Crédito Imobiliário, equiparando pessoas físicas e jurídicas. Além disso, autorizará o BNDES a emitir Letras Financeiras e adotará estímulos à securitização do crédito imobiliário. Já as propostas para desoneração do Imposto de Renda nos títulos de longo prazo poderão ficar como sugestões para o próximo governo.
O programa de incentivo ao crédito de longo prazo compreende três eixos: definir qual o tamanho possível do BNDES no futuro e quais suas fontes de financiamento disponíveis; aumentar a oferta de crédito imobiliário, que cresce a taxas mais elevadas que a captação de poupança; criar um mercado de captação de recursos a partir da desoneração ou mesmo isenção do IR nos papéis de prazos mais longos. Pode-se optar pela desoneração conforme o prazo dos títulos ou, ainda, de acordo com o direcionamento dos recursos, como, por exemplo, isentar o que for investido em infraestrutura. (Págs. 1 e C10)
Foto legenda: Em busca da sustentabilidade
A PepsiCo iniciou o rastreamento ambiental das batatas usada nos produtos na América do Sul. No Brasil, começa a ser feito em 2011, diz Jorge Tarasuk, vice-presidente da empresa. (Págs. 1 e B14)
'Valor' premia campeãs setoriais
O anuário "Valor 1000" vai premiar hoje à noite, em São Paulo, as melhores empresas de 25 setores da economia, em cerimônia com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Além das campeãs setoriais, será anunciada a "Empresa de Valor 2010". Com 450 páginas, o anuário apresenta o ranking das 1.000 maiores companhias do país por receita líquida e circula amanhã para assinantes do Valor e venda em bancas. No conjunto, essas empresas tiveram queda de 1,1% na receita no ano passado, causada pelo freio que a crise internacional impôs aos negócios. Apesar disso, a rentabilidade sobre o patrimônio subiu de 13,9% em 2008, para 14,7% em 2009. (Pág. 1)
Aécio defende aproximação entre tucanos e PSB e PDT
Recusando-se a comentar a provável derrota do candidato tucano à presidência, José Serra, o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) começa a estruturar uma linha de ação para 2011 "que independa do resultado da eleição presidencial". O projeto de Aécio envolve aproximar seu partido do PSB dos irmãos Cid e Ciro Gomes, governador e deputado federal pelo Ceará respectivamente, e do PDT, já que a polarização entre petistas e tucanos deve permanecer. "Ainda vamos ter esta polarização por mais algum tempo. O que é necessário é criar no Congresso uma agenda de Estado que permita convergências e assim não cair no que chamei algumas vezes de 'armadilhas plebiscitárias."
Com 70% de intenções de voto para o Senado, Aécio inclui na agenda as reformas política e previdenciária e o que chamou de "refundação da federação": um pacto entre o Congresso e governadores que reduza a dependência econômica dos Estados em relação à União e assim permita maior autonomia política frente ao Palácio do Planalto. "Não podemos ter um Congresso tutelado." (Págs. 1 e A12)
Samsung vai fabricar telas de cristal líquido em Manaus
A coreana Samsung terá uma fábrica de telas de cristal líquido (LCD) no Brasil, no maior investimento nesse tipo de produto já feito por multinacionais de eletrônicos no país. O orçamento da nova estrutura, conforme apurou o Valor, vai ultrapassar os R$ 290 milhões, dinheiro que será aplicado nos primeiros três anos de operação, que será feita na Zona Franca de Manaus.
Os investimentos na produção de LCD foram os mais relevantes entre os 56 projetos industriais aprovados na semana passada pela Suframa. Juntos, eles somam US$ 985 milhões de um total de US$ 2 bilhões que receberam o sinal verde do órgão neste ano. (Págs. 1 e B1)
Disputa no FMI ameaça o Brasil
Brasil e outros países emergentes estão ameaçados de perder suas representações na diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois que os EUA tomaram medida que, na prática, reduz de 24 para 20 o número de membros da cúpula. Países europeus eram o alvo, mas Brasil, Argentina, Índia e Ruanda entraram na linha de tiro. (Págs. 1 e C1)
O grupo JBS estuda se desfazer de três unidades de abate de gado na Argentina (Págs. 1 e B14)
Tesouro espera receita extra com dividendos de estatais este ano (Págs. 1 e A2)
Guerra fiscal
Sentindo-se prejudicado pela perda de uma fábrica de motocicletas da Kasinski, o governo do Amazonas irá ao Supremo Tribunal Federal contra incentivo fiscal concedido pelo Rio de Janeiro. (Págs. 1 e A7)
Pequenas e médias empresas
Os negócios da Copa de 2014 não ficarão restritos às grandes companhias. Micro e pequenas empresas de vários setores poderão ser muito beneficiadas, diz José Carlos Pinto, da Ernst & Young. (Pág. 1)
Compras sustentáveis
Supermercados de Jundiaí (SP), inclusive Carrefour e Pão de Açúcar, passam a cobrar pelo uso das sacolas plásticas. A intenção é reduzir a produção de lixo. (Págs. 1 e B9)
Odebrecht avança nos EUA
A Odebrecht venceu concorrência para construção e exploração de um complexo empresarial, comercial e hoteleiro junto ao aeroporto de Miami (EUA). O projeto é avaliado em US$ 700 milhões. (Págs. 1 e B11)
Iesa em Navegantes
A Iesa Óleo & Gás vai construir uma unidade da fabricação de módulos para plataformas de petróleo no porto de Navegantes, em Santa Catarina. (Págs. 1 e B11)
STJ julga 'esqueleto' do Noroeste
O Superior Tribunal de Justiça deve julgar na quinta-feira recurso dos ex-controladores e herdeiros do banco Noroeste em ação de indenização milionária contra a PricewaterhouseCoopers. (Págs. 1 e C3)
Nova chance aos bancos
O Supremo Tribunal Federal suspendeu a tramitação das ações sobre a correção da poupança durante os planos econômicos, que agora serão julgadas no STF. (Págs. 1 e C5)
Resíduos sólidos
Governo espera regulamentar a Política Nacional de Resíduos Sólidos antes das eleições. "O setor produtivo precisa de regras claras para definir novos investimentos", diz Victor Bicca, do Cempre. (Pág. 1)
Capitalização cruzada
A União vai capitalizar a CEF e o BNDES com a transferência de ações da Petrobras em poder do Tesouro para os dois bancos. A medida pode aumentar o aporte de dinheiro vivo na capitalização da Petrobras. (Págs. 1, C10 e D3)
Lavagem de dinheiro
Relatório do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro (Gafi) aponta deficiência nas informações brasileiras. Situação é pior no Judiciário. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Sergio Leo
Queixas sobre perda de competitividade brasileira não serão atendidas integralmente com decisões do atual governo. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Luiz Werneck Vianna
Não se pode deixar de cogitar que é Lula, e não Dilma Rousseff, o candidato às próximas sucessões. (Págs. 1 e A10)
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Estado de Minas
Manchete: O drama dos mineiros a caminho da morte
Os dois jovens do Vale do Rio Doce assassinados por traficantes mexicanos pagaram R$ 24,5 mil cada um para entrar em território americano. Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, e Juliard Aires Fernandes, que na próxima semana completaria 20, saíram da zona rural em 3 de agosto em busca de um sonho. Amigos de infância, planejaram juntos a viagem que seria a mudança total de uma vida dedicada ao trabalho na lavoura. Não imaginavam que, 19 dias depois, morreriam antes de atravessar a fronteira com os Estados Unidos, na chacina que executou 72 imigrantes latino-americanos.
Duas mulheres do Vale do Rio Doce que teriam embarcado com os jovens executados estão desaparecidas
Foto legenda: Alírio Fernandes quer dar enterro digno ao filho, Juliard. O rapaz não teve a mesma sorte da tia, Maria da Glória, que já viveu nos EUA
Foto legenda: Antônio Ramos dos Santos e Maria Cardoso não sabem quando verão o corpo de Hermínio, o mais novo dos sete filhos
(Págs. 1, 19 e 20)
Anastasia a um passo de Hélio Costa
Pesquisa do Instituto EM Data revela que 39% dos eleitores pretendem votar no senador Hélio Costa (PMDB) para governador do estado. Ele é seguido de perto pelo governador Antonio Anastasia (PSDB), preferido por 32% dos mineiros. A tendência é de uma arrancada do tucano, considerando que 55% das pessoas pretendem votar no candidato que represente a continuidade. Além disso, mais da metade dos entrevistados (52%) aprovam a gestão do atual governo de Minas. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. (Págs. 1, 3 e 4)
Economia
Custo BH é atrativo aos novos negócios (Págs. 1 e 12)
Consumidor
Internet atrasada na segurança de dados (Págs. 1 e 14)
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