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segunda-feira, outubro 11, 2010
ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR'' e também a ITAMAR
Itamar sobre Lula: ‘Os mitos também são derrubados’
Alan Marques/Folha
Eleito à sombra do prestígio de Aécio Neves, Itamar Franco será o terceiro ex-presidente da República com assento no Senado a partir de 2011.
Além dele, já frequentam a Casa José Sarney e o desafeto Fernando Collor. Entre os ex-presidentes vivos, só FHC ficou de fora.
Em 2002, Itamar foi de Lula, contra José Serra. Hoje, vai de Serra, contra Lula.
Em entrevista à repórter Eliane Cantanhêde, Itamar explicou por que refuga Dilma Rousseff:
“Ela tem um discurso monotemático. Se fosse uma estudante, seria uma aluna boa para decorar as lições, não para fazer cálculos...”
“...Ela vem com um discurso preparadinho que o presidente ensinou. Já o Serra tem pensamento próprio. Mas, se não mudar o discurso, vai perder”.
Como assim? Serra “tem de parar de elogiar ou de ser condescendente com o Lula...”
“...Imagine o cidadão que está em casa ouvindo isso: ‘Puxa, se o candidato da oposição elogia tanto o presidente, para que mudar?’.
Ante o argumento de que a megapopularidade de Lula o converteu em muro contra o qual não convém bater, Itamar pespegou:
O Lula “tornou-se um mito, mas mitos e muros também são derrubados”.
Ex-mandatário de um Brasil pós-impeachment, Itamar restituiu ao seu tempo a estética que a falta de ética da era Collor roubara da Presiedência.
Afora a honestidade pessoal, teve a coragem de acomodar FHC na pasta da Fazenda. Um sociólogo que recrutou os técnicos que deram à luz o Plano Real.
Ao olhar para trás, Itamar inquieta-se com o bordão de Lula: “Nunca antes na história desse país”. Acha que Serra tem de se insurgiu contra a falácia.
“Ele tem de mostrar que o Lula não é dono do Brasil e não inventou o Brasil. Do jeito que as coisas vão, o Lula vai dizer que quem abriu os portos foi ele, não d. João 6º...”
“...Tudo é ele, é ele. Por que não dizer o que o Real fez pelo país? Por que não dizer que o pãozinho custava um preço de manhã, outro preço à tarde, outro preço à noite?”
Como está a sua relação com Fernando Henrique Cardoso? “Não está. Mas se eu defendo escondê-lo? Não defendo...”
“...Apesar das minhas desavenças com ele, acho um absurdo escondê-lo. Se não aparece, batem nele de qualquer jeito. Então ele deve aparecer, rebater, xingar”.
E a relação com Collor, como anda? “Prefiro falar da chuva”. Como imagina o Senado com três ex-presidentes?
“Eu fico olhando o Sarney dizer que o melhor presidente que ele já teve foi o Lula, e penso: sim, senhor, hein, presidente Sarney!”
Para Itamar, o grão-tucano Aécio Neves, patrono de seu retorno, “é a maior liderança nacional”.
Mais do que o Lula? “Mais do que o Lula, porque o Aécio é democrata”. E Lula não é democrata? “Não”, diz Itamar, categórico.
Por que não? “Um presidente que vai a Minas dizer que não pode ter senador de oposição, que zomba da imprensa, que zomba da Constituição, não é democrata”.
Como se vê, do alto de seus 80 anos de idade, Itamar está de volta à liça. Cumpre o destino dos ex-presidentes no Brasil.
Tomado por sua biografia, Itamar tem muitos ensinamentos a ministrar. Sobretudo numa quadra em que a ética é espancada diuturnamente. Porém...
Porém, o ideal seria que gente como Itamar, no estágio mais maduro de sua existência, não precisasse retornar aos baixios da política para se fazer ouvir.
O Brasil parece ter reservado aos seus ex-presidentes dois tipos de papel, ambos constrangedores.
Alguns, como Itamar e FHC, incomodados com Lula 'Nunca Antes' da Silva, viraram cultores de amarguras e ciúmes.
Outros, como Sarney e Collor, aderem a um Lula que antes os chamava de “ladrões”.
Perguntou-se a Itamar que sugestão daria a Lula, na bica de se tornar, também ele, um ex-presidente zumbi.
E Itamar, fugindo dos conselhos: ”O Lula gostou do poder, mas ele vai ver o que é bom depois, quando deixar o poder...”
“...Não se pode acostumar com os palácios, os aviões, os helicópteros, com o sujeito que carrega a sua mala, porque isso não é o dia a dia do homem simples, que nós todos somos...”
“...O Lula deve saber que, um dia, tudo isso acaba. O poder não é eterno. Nós já tivemos no Brasil um grande presidente [Getúlio Vargas] que era também o ‘pai dos pobres’ e que depois foi derrubado, não é?”
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Escrito por Josias de Souza às 18h47
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