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quarta-feira, novembro 17, 2010
DILMA PRESIDENTE/PMDB [In:] ... SURPRESA ???
Base de Dilma racha e o PMDB faz bloco na Câmara
Com base governista rachada, PMDB lidera bloco parlamentar para isolar PT |
Autor(es): Isabel Braga e Gerson Camarotti |
O Globo - 17/11/2010 |
Antes mesmo do início do governo, já começou na Câmara a briga na base da presidente eleita, Dilma Rousseff. Comandados pelo PMDB, cinco partidos governistas anunciaram a formação de um bloco parlamentar com 202 deputados - que, como avisou o líder Henrique Alves (PMDB), também vai pedir espaço na composição do Ministério de Dilma. O PT classificou a iniciativa de "hostil" e tenta formal um bloco para reagir à pressão dos aliados. Petistas criticam tentativa de pressionar Dilma; coalizão pode ter 202 deputados O governo Dilma Rousseff nem começou e a briga por espaço já desencadeou a primeira crise entre PT e PMDB. Ontem, um grupo de cinco dos dez principais partidos da base de Dilma, capitaneados pelo PMDB, anunciou a formação de um bloco parlamentar em 2011. Desde já, no entanto, avisou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), o bloco também atuará em conjunto para defender o espaço e os interesses das legendas na composição ministerial. O PT reagiu ao megabloco, com seus líderes classificando a iniciativa de "gesto hostil" e criticando qualquer tentativa de pressionar a presidente Dilma na formação do Ministério. Segundo Henrique Alves, o megabloco será formado pelo PMDB, PP, PR, PTB e PSC, e terá 202 deputados na próxima legislatura. No fim da noite, porém, o líder do PP na Câmara, João Pizzolatti (SC), negou ter negociado com o PMDB. Mas, como os demais partidos, defendeu a manutenção e o respeito ao espaço atual ocupado pelas legendas no governo Dilma. Se o PP, de fato, não fizer parte do acordo, o bloco perderá 42 deputados e terá apenas 160. O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiu com surpresa à formação do bloco, dizendo que só soube pela imprensa. Ele defendeu o fato de a presidente Dilma montar seu Ministério sem pressões. - Vamos nos colocar contra pressões da seguinte natureza: quem está fica onde está. É deselegante com quem ganhou o governo. A presidente Dilma não pode ser pressionada a ter um prato pronto, um prato feito - disse Vaccarezza. - Se é um bloco para defender posições, tudo bem, é natural. Se for para burlar resultado eleitoral, aí é hostilidade. Mas não acredito que estejam com este ânimo. - Vou conversar com o líder do PMDB para saber qual o objetivo. Mas isso não combina com uma coalizão. Para quem é aliado, isso é muito estranho! O vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que já sabia da intenção de formar o megabloco, mas condenou o que considerou um movimento brusco por parte de aliados. Além da ação imediata na defesa dos espaços de governo, o bloco poderá influenciar na ocupação de cargos da Mesa Diretora, como a Presidência, e os comandos das comissões, numa tentativa de isolar o PT. Henrique Alves negou essa intenção: - Defendemos a eleição de um presidente de consenso. Entre ospartidos de esquerda ainda não há definição sobre blocos. O líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), disse que seu partido, PDT e PCdoB conversam sobre a recriação do bloquinho: |
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