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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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quarta-feira, outubro 31, 2012
AMARGO REGRESSO *
DERROTA
Petistas comemoram o resgate do partido
Pochmann é visto como o homem que virou a página do PT local
bruna.pinto@rac.com.br
Diante da derrota nas urnas, o partido assumirá a postura de oposição ao governo do futuro prefeito Jonas Donizette (PSB) na Câmara — o PT conseguiu eleger quatro vereadores — e se articulará para evitar um racha na bancada, como ocorreu no último mandato.
Pochmann chegou no comitê por volta das 19h junto com a vice, Adriana Flosi, pouco antes de 100% das urnas estarem apuradas. Ele acompanhou o processo em sua casa. Discursou aos militantes e estava um pouco emocionado. No caminho, telefonou para Jonas e afirmou ter dito que o PT assumirá papel de fiscalizador de seu governo e de suas propostas feitas durante a campanha.
Logo após o resultado da pesquisa boca de urna, do Ibope/EPTV, o clima no comitê era de derrota. Aos poucos, o local encheu de petistas que demonstraram apoio ao candidato, mas poucos políticos apareceram.
Pochmann disse que não se sente derrotado diante de sua projeção durante a campanha — ele começou com 1% nas primeiras pesquisas — e acredita no resgate do PT campineiro. “Se observarmos como nós começamos e como nós saímos dessa eleição, não pode dizer que é uma derrota, nós saímos mais ampliados dos que éramos.”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que indicou seu nome para a disputa, a presidente da República, Dilma Rousseff, ministros e políticos nacionais subiram no palanque para anunciar o apoio ao petista. No entanto, um “passado negro” do PT com o governo Izalene, mal avaliado pela população, e a presença na sua campanha de pessoas ligadas à ex-prefeita pode ter sido mais forte do que os apoios que recebeu e os projetos apresentados. “Ainda é preciso avaliar melhor, ainda é muito cedo para dizer se erramos.”
O presidente do PT de Campinas, Ari Fernandes, disse que a candidatura de Pochmann serviu para virar a página da história do partido na cidade. Uma página, segundo ele, que começou com o assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos (PT), em 2001, e prosseguiu com as divergências internas do partido que, segundo ele, resultaram em dificuldades no governo de Izalene. “Mas acho que nós fomos muito além do que, politicamente, esperávamos. A militância está com a moral em alta.” Fernandes disse que é preciso assumir os erros do PT no passado, mas virar, definitivamente, a página.
Entrevista
Pochmann diz que não vai abandonar o papel de político
Correio Popular — O senhor está decepcionado?
Marcio Pochmann
Eu, possivelmente, volto para a universidade (Unicamp, onde é professor de Economia) porque eu tenho uma opção profissional. Obviamente, não vou abandonar a política, tenho um papel de cidadão e ao mesmo tempo uma contribuição que espero dar para que Campinas seja uma cidade melhor do que temos atualmente.
Jonas nos atacou em relação ao passado. Desde o início, eu disse que é necessário virar uma página da história do PT de Campinas, para que a gente pudesse construir uma nova página, que está aberta e precisa ser escrita. Não acho que se escreva uma história com o passado, que precisa ser analisado. Se houve erros, eles não podem ser repetidos.
Eu discordo. O Jonas foi muito mais agressivo do que nós. A novidade das questões que nós trouxemos contra ele foi muito mais em relação ao trabalho infantil. Em relação à privatização da saúde, em relação à participação dele no PSDB, tudo isso nós havíamos feito no primeiro turno. Eu não entendo que possa ser essa explicação por nós não termos a maior parte dos votos. Nós fomos exitosos, nós saímos de 28% para uma coisa acima de 48%, nosso crescimento foi acima de 50%. O Jonas cresceu 25%. Nós fomos felizes nesse resultado.
Imediatamente, vou assumir minhas funções na universidade. Não vou abandonar o papel político que essa candidatura me abriu. Vou ver o melhor encaminhamento, ter uma conversa dentro do partido.
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