Sexta-feira, 9 de novembro de 2012 às 21:32
Presidenta Dilma Rousseff durante 16ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Sudene. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
No encerramento da 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), nesta sexta-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço das ações de enfrentamento da estiagem desde abril, e destacou a ação coordenada entre os diversos entes federativos envolvidos. Para Dilma, os governos foram capazes de reconhecer as obras emergenciais e as estruturantes que deverão resolver a situação de forma definitiva.
“Eu considero que nós fomos capazes de elencar as medidas que eram consideradas emergenciais e urgentes. E medidas que nós temos certeza que são aquelas fundamentais para que a gente, em definitivo, supere essa fase em que a seca possa se abater sobre nós de uma forma que nos deixe sem defesas, que são as obras estruturantes. (…) Entendemos que esse país não tem mais o direito deixar que a seca se transforme em flagelo. (…) Nós não vamos deixar que o Nordeste volte atrás. Vamos usar essa seca para avançar mais. Nós vamos resolver estruturalmente o problema da seca.”, disse.
Para a presidenta, a situação deverá continuar sendo acompanhada, e novas prorrogações de benefícios, como o Bolsa Estiagem, poderão voltar a acontecer. Uma nova avaliação deve ser feita em dezembro. Outro ponto destacado por Dilma é a distribuição de milho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que deverá ser aumentada, com preços subsidiados, para pequenos produtores.
“Estaremos atentos para a necessidade de prorrogar [os benefícios]. Nós vamos, em dezembro, fazer uma avaliação bastante apurada. Esses dois benefícios que construímos, porque era preciso ter uma ordem de prioridade. A primeira questão era proteger o agricultor que perdesse renda e sua família, e junto garantir carros-pipa”, afirmou.
Mais investimentos
Durante a reunião, ainda foi anunciado o investimento de R$ 1,8 bilhão na construção e ampliação de adutoras, barragens, sistemas de abastecimento e outros empreendimentos. Ao todo, são 77 obras que vão aumentar a oferta de água em municípios do Nordeste e norte de Minas Gerais.
Os termos para o início dos trabalhos foram assinados pelos governadores durante a reunião. Os investimentos serão disponibilizados pelo Ministério da Integração Nacional (R$ 1,06 bilhão para 33 obras); Ministério das Cidades (656,2 milhões para 22 obras); e pela Fundação Nacional de Saúde (R$ 108 milhões para 22 obras). Estados e municípios executarão os empreendimentos e a supervisão será feita pela Caixa Econômica Federal.
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