29 de janeiro de 2013
O Globo
Manchete: Depois da tragédia...: Prefeitos agora fazem varredura em boates
Governantes prometem ser mais rigorosos na fiscalização de casas noturnas
Porto Alegre, Salvador, Manaus, Curitiba e Niterói, além dos governos do Distrito Federal e de Sergipe, anunciaram medidas para fechar estabelecimentos que não apresentarem condições mínimas de segurança
Após a tragédia de Santa Maria (RS), que resultou na morte de ao menos 231 jovens, governadores e prefeitos de várias cidades anunciaram que pretendem fazer uma varredura em todas as casas noturnas. Em Manaus, uma primeira vistoria levou ao fechamento de seis estabelecimentos. No Rio, a prefeitura admitiu que há casas noturnas em situação irregular, e o Corpo de Bombeiros disse que reforçará a fiscalização.(Págs. 1, 3 e editorial "O lado B do Brasil")
Câmara quer lei federal
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anunciou ontem a criação de uma comissão que vai elaborar proposta de unificação das leis de concessão de alvarás e prevenção de incêndios no país. Hoje, essas regras são feitas por estados e municípios. Para Maia, porém, o problema em Santa Maria foi de fiscalização.(Págs. 1 e 3)
Polícia prende quatro
Dois sócios da boate Kiss e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira foram presos preventivamente ontem pela polícia gaúcha, para não atrapalharem as investigações sobre as causas do incêndio. A suspeita é que os proprietários da boate podem ter ocultado provas, como as imagens do circuito interno de TV. (Págs. 1 e 9)
Museu do índio: Destinação do prédio é incerta
A destinação do prédio onde funcionou o Museu do índio, no Maracanã, é incerta. O imóvel, de cuja demolição o governo do estado desistiu, será restaurado pelo futuro concessionário do estádio. Os índios que vivem no local terão que sair. (Págs. 1 e 16)
De olho na inflação: BC atua e dólar recua para R$ 2
Após reduzir a conta de luz e adiar a alta da gasolina e do ônibus, o governo quer agir no câmbio para deter a inflação. Após o BC fazer leilão de US$ 1,8 bi, o dólar caiu 1,33%, a R$ 2,001, menor cotação em 7 meses. (Págs. 1 e 23)
Ambições Espaciais
A Coreia do Sul lança seu primeiro foguete ao espaço. 0 governo do Irã anunciou que enviou um macaco ao espaço e o trouxe de volta à Terra.(Págs. 1 e Ciência)
Custo do caos nas cidades
O trânsito virou um grande vilão para o homem, para o planeta e para a economia. Só a cidade de São Paulo perde em produção R$ 26,8 bilhões por ano.
A frota de carros cresceu mais que a população. (Págs 1 e Revista Amanhã)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Donos de boate são presos; Dilma pede a prefeitos mais fiscalização
Polícia suspeita que provas tenham sido adulteradas em casa noturna de Santa Maria (RS) • Nos depoimentos, ninguém admite ter acendido fogo de artifício • Em reunião em Brasília, presidente cobrou acompanhamento
Os proprietários da casa noturna Kiss Elissandro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e Luciano Bonilha, auxiliar do grupo, foram presos ontem. Eles são investigados pela polícia como responsáveis pela tragédia que deixou 231 mortos na boate em Santa Maria, na madrugada de domingo. Outros 75 estão internados em estado gravíssimo. Bonilha é acusado de acender o sinalizador conhecido como “sputnik” dentro da casa, o que teria provocado a tragédia. Segundo o delegado que investiga o caso, porém, ninguém assumiu o uso do artefato. A polícia suspeita que provas consideradas fundamentais para a investigação tenham sido adulteradas. Os donos da casa não forneceram as imagens do circuito interno de TV e teriam retirado os registros do caixa central antes da perícia, o que poderia mostrar se havia mais gente do que o permitido no local. O Ministério Público estudar acusar os quatro por homicídio com dolo eventual. Em encontro com prefeitos em Brasília, a presidente Dilma Rousseff pediu que a fiscalização de boates seja intensificada. (Págs. 1 e Cidades)
Câmara quer novas regras
Uma comissão será criada na Câmara dos Deputados para redigir novas regras de segurança que valham para edificações em todo o País. (Págs. 1 e C8)
Fifa diz que não admitirá mais atrasos em estádios
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse ontem que não admitirá mais atrasos nos estádios escolhidos para a Copa das Confederações, em junho. “Agora estamos trabalhando com o prazo de meados de abril e este é o limite, não há mais possibilidade de novo atraso”, avisou, em Brasília. Apenas dois dos seis estádios estão prontos (Fortaleza e Belo Horizonte). Estão atrasados os de Brasília, Salvador, Recife e Rio. (Págs 1 e Esportes E1)
Governo pode ampliar desonerações em R$ 15 bi
O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, disse ontem que o governo poderá abrir mais espaço para novas desonerações tributárias no Orçamento de 2013 antes de sua votação no Congresso. Ainda não há definição sobre volume, mas o governo já decidiu ampliar os cortes de tributos. Uma das propostas em estudo na área econômica seria abrir espaço para cortes de mais R$ 15 bilhões em impostos. (Págs. 1 e Economia B1)
Reforma vai reduzir atendimento no HC
O pronto-socorro do Hospital das Clínicas, em São Paulo, passará por reforma e o atendimento ao público será reduzido pela metade. As obras estão previstas para durar 1 ano. (Págs 1 e Vida A13)
Entenda projeto de cotas para universidades de SP (Págs 1 e .EDU)
Brian Palmer :: Mais rigor com a Coreia do Norte
As restrições econômicas impostas à Coreia do Norte pelos EUA são leves em comparação a outras nações, como Irã, Cuba e Síria. (Págs. 1 e Visão Global A12)
Notas & Informações
O horror de Santa Maria
Ninguém premeditou a tragédia. Mas a intenção de matar foi só o que faltou na receita. (Págs. 1 e A3)
Em uma manhã, 82 corpos são enterrados
Com a ajuda de militares e pedreiros voluntários, os corpos de 82 vítimas foram enterrados na manhã de ontem no cemitério de Santa Maria, relata o enviado especial Diego Zanchetta. A vítima mais velha tinha 27 anos. Pelo menos 20 pessoas deixaram o local em ambulâncias. (Págs. 1 e C4)
Perplexidade em palavras
Arnaldo Jabor: Outras virão
Sempre há uma série de erros não anunciados que acabam desembocando na catástrofe de Santa Maria. (Págs. 1 e C3)
Dilma Rousseff
Presidente da República
'Eles eram jovens. Eles tinham sonhos. Poderiam ser no futuro prefeitos ou prefeitas. Poderiam ser futuros cientistas, agrônomos. Mas eles, infelizmente, não tiveram a oportunidade de realizar seus sonhos.'
Manuel da Silva
Pai de Pedro e Marcelo Silva
'Eu não quero enterrar meu filho, por favor, eu não quero enterrar ele'
José Paulo Kupfer :: Onde está Wally?
Determinar quando acordará o “espírito animal” do empresário é a previsão macroeconômica do momento. Lembra o exercício de encontrar Wally. (Págs. 1 e Economia B4)
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Correio Braziliense
Manchete: Uma boate perigosa em cada esquina do Brasil
A tragédia de Santa Maria (RS) expõe de forma dramática um problema comum nas cidades brasileiras. Falhas gritantes de segurança, falta de equipamentos e superlotação provocaram a morte de 231 pessoas na boate Kiss. Os brasileiros ficaram horrorizados ao saber que centenas de pessoas tentaram fugir das chamas por uma porta de apenas dois metros de largura. O incêndio poderia acontecer em casas noturnas de qualquer ponto do país. A omissão do poder público na fiscalização e o desrespeito às normas básicas de funcionamento fazem da maioria desses estabelecimentos armadilhas para os frequentadores. Na área central de Brasília, 80% das casas não têm alvará. (Págs. 1, 2 a 11 e Visão do Correio, 18)
No país da negligência
A reação tardia do poder público
Primeiro, o minuto de silêncio. Depois, a cobrança aos prefeitos de todo o país. "A dor que eu presenciei é indescritível", disse a presidente Dilma. “Diante desta tragédia, temos o dever de assumir o compromisso de assegurar que ela jamais se repetirá". Responsáveis pelos alvarás das boates, eles aplaudiram. Resta saber se vão atender o apelo. (Págs. 1 e 3)
Quatro na cadeia
Integrantes da banda e donos da Kiss vão passar cinco dias presos. (Págs. 1 e 6)
Estado grave
Dos 127 feridos internados, 76 ainda têm alto risco de morte. (Págs. 1 e 7)
Impacto em 2014
A 500 dias da Copa, a imprensa internacional cobra segurança. (Págs. 1 e 11)
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Valor Econômico
Manchete: Plano prevê nacionalização da CSA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá aportar até R$ 4 bilhões para apoiar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em seu plano de aquisição dos ativos de aço do grupo alemão ThyssenKrupp no Brasil, a CSA, e nos EUA, a Calvert Steel, do Alabama. O Valor apurou com fontes próximas às negociações que uma proposta da CSN foi acatada pela direção do BNDES e bem-vista no governo. A ideia é fortalecer um grupo siderúrgico brasileiro e nacionalizar o controle da CSA, hoje dos alemães. A antiga CST e a Acesita já estão em poder da anglo-indiana ArcelorMittal, e a Usiminas, no ano passado, passou às mãos de argentinos e japoneses. Em ambos os casos, a CSN tentou comprar os ativos e foi derrotada.
A operação de venda da CSA e da laminadora americana, conduzida por dois grandes bancos de investimentos, está prevista para ser fechada neste trimestre. O aporte do BNDES é a forma de viabilizar o projeto de aquisição pelo grupo do empresário Benjamin Steinbruch. A CSN, segundo informações do mercado, está disposta a desembolsar US$ 3,8 bilhões pela ThyssenKrupp Steel Americas, holding que controla os dois negócios siderúrgicos. (Págs. 1 e B1)
Por inflação, BC volta a agir no câmbio
A preocupação com a inflação trouxe o Banco Central de volta ao mercado de câmbio, um mês após sua última intervenção, por meio de um leilão de rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais tradicionais. O impacto da atuação do BC derrubou a moeda americana ao menor patamar desde 2 de julho do ano passado e a cotação chegou a R$2,001, queda de 1,33%.
O mercado entendeu que a valorização do real frente ao dólar vai continuar. No mercado futuro, o contrato para fevereiro fechou indicando a moeda a RS 1,997 no vencimento. O leilão de ontem, que antecipou em cinco dias o vencimento dos swaps (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), sinaliza que o BC vai usar a política cambial como ferramenta para o controle de preços, em detrimento de seu uso como alavanca para as exportações. Indica, também, uma mudança para baixo nos limites da banda cambial informal seguida pela autoridade monetária. (Págs. 1 e C2)
Apesar do discurso, Evo segue política econômica ortodoxa
A Bolívia, presidida por Evo Morales, está se tomando um inesperado caso de sucesso econômico na América do Sul graças, em parte, à receita com a venda de gás, que permitiu maiores investimentos do governo e a ampliação de gastos sociais. Com isso, o PIB dos país cresceu 5,2% no ano passado, um dos maiores índices da região.
O discurso anti-imperialista e as estatizações remetem a Hugo Chávez, mas, ao contrário da Venezuela, Evo segue uma política econômica ortodoxa, com controle das contas públicas e superávit fiscal nominal. Isso elevou a confiança externa no país e permitiu à Bolívia vender no exterior US$ 500 milhões em títulos em outubro, a primeira operação do gênero do país em cem anos. (Págs. 1 e A9)
Instância administrativa veta a taxação de benefícios fiscais
As empresas ganharam mais um julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para impedir a tributação da restituição de ICMS dada como incentivo fiscal pelos Estados. Em decisão unânime, o órgão entendeu que o benefício é uma subvenção para investimento e, portanto, não sujeito ao pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
O caso envolve uma grande indústria de calçados que recebeu benefícios fiscais do Ceará e da Bahia. A empresa foi autuada pela Receita Federal por não recolher o IR e CCSL. A companhia alegou que os recursos dos incentivos seriam utilizados em investimentos. (Págs. 1 e E1)
Concorrência acirrada no turismo on-line
A demanda por viagens, hotéis e pacotes de viagem cresce em ritmo tão acelerado que as agências tradicionais oferecem cada vez mais serviços pela internet, enquanto as empresas on-line abrem lojas físicas para atrair consumidores que resistem a comprar pelo computador. O resultado é uma intensificação na concorrência entre grandes companhias do setor, como Decolar.com, Hotel Urbano e CVC. Neste ano, os negócios de turismo on-line devem movimentar mais de R$ 11 bilhões no Brasil, segundo previsão da consultoria E-consulting.
As empresas projetam crescimento expressivo neste ano, entre 26% e 35% em relação a 2012. 0 potencial do mercado ainda é enorme. Estima-se que só 15% das passagens aéreas sejam vendidas pela internet no país. (Págs. 1 e B4)
Receita mineral
Os royalties pagos pela indústria da mineração mais que triplicaram nos últimos seis anos, para R$ 1,8 bilhão no ano passado. A expectativa do governo é mais do que dobrar essa receita com as mudanças no novo código de mineração.(Págs. 1 e A2)
Arrecadação aduaneira é recorde
A arrecadação aduaneira — vinculada ao comércio exterior — aumentou 20% no ano passado, para o recorde de R$ 93 bilhões. Ainda assim é apenas 9% do total de impostos arrecadados em 2012.(Págs. 1 e A3)
Crédito sustentável
Condicionar o crédito rural na Amazônia a produtores que estejam em dia com as exigências fundiárias e ambientais ajudou a impedir o desmatamento de mais de 2.700 km2 de floresta entre 2008 e 2011.(Págs. 1 e A4)
Desaceleração industrial
O consumo industrial de energia caiu 3,2% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2011, a maior redução durante todo o ano passado. Também foi a maior queda frente ao mês anterior, com retração de 3,1%. (Págs. 1 e A4)
Guerra da soja
Favorecidos por vitórias na Justiça, ainda não definitivas, produtores rurais criticam apoio de federações estaduais da agricultura à proposta de acordo da Monsanto para suspensão da cobrança de royalties da soja RR.(Págs. 1 e B14)
Terra Lima assume a Brasilprev
Miguel Cícero de Terra Lima vai substituir Ricardo Flores na presidência da Brasilprev, braço de previdência complementar do BB. Terra Lima é diretor comercial e de marketing da Brasilprev há três anos. (Págs. 1 e C16)
Ideias
Delfim Netto
Câmbio relativamente desvalorizado e estável foi importante no processo de desenvolvimento da maioria dos países. (Págs. 1 e A2)
José Eli da Veiga
Se a atual crise elétrica se deve a alguma falta, é de democracia e de transparência no planejamento energético. (Págs. 1 e Ali)
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