27 de fevereiro de 2013
O Globo
Manchete: Novo retrato do Brasil - Salário de domésticas é o que mais sobe no país
Aumento chegou a 6% em janeiro, enquanto oferta de empregos no setor encolheu.
Só nas 6 principais regiões metropolitanas do país, 88 mil domésticas desapareceram do mercado no mês passado. Desde 2003, renda da categoria aumentou 53% acima da inflação, o dobro da média dos trabalhadores.
Os serviços de domésticas estão cada vez mais caros para as famílias. O salário delas registrou em janeiro o maior aumento no país, de 6%, segundo o IBGE, superando os trabalhadores da indústria (1,5%) e do comércio (4%). Na construção, houve queda de 0,9%. A remuneração maior das domésticas veio acompanhada de queda de 5,9% nos empregos do setor. Só no mês passado, 88 mil empregadas desapareceram do mercado em São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Para especialistas, com o mercado aquecido, muitas profissionais migraram para atividades como prestação de serviços e comércio.
Consignado dispara
O brasileiro recorreu ao crédito com desconto em folha para fechar as contas em janeiro. Ele cresceu 33%. (Págs. 1 e 23)
Polêmica em praia militar
O Ministério Público Militar pedirá ao Exército detalhes sobre contrato que privatizou a praia que fica no Forte de Copacabana, onde hoje funciona o Aqueloo Beach Club, balada de música eletrônica frequentada por ricaços. A OAB vê violação à Constituição e à Lei de Licitação. (Págs. 1, 12 e 13)
2014 já começou: Cid dá apoio a Dilma e critica PSB
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), reafirmou seu apoio a Dilma Rousseff em audiência ontem no Planalto e saiu com promessas e afagos da presidente. Cid endossou as críticas do irmão Ciro e disse que se o PSB deseja ter candidato próprio em 2014 deveria sair já do governo.(Págs. 1 e 3)
O ‘ambientalista’ Blairo
Ganhador do “motosserra de ouro” o senador Blairo Maggi (PR) deve ser eleito hoje presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado. (Págs. 1 e 8)
Alô, alô, inflação: Barcas sobem, apesar do serviço
No mesmo dia em que usuários das barcas voltaram a enfrentar fila e confusão, a agência que fiscaliza o sistema autorizou o aumento da passagem, de R$ 4,50 para R$ 4,80. (Págs. 1 e 14)
Agronegócio: frete aumenta até 70%
Com a safra recorde, o combustível mais caro e a nova legislação, o preço do frete rodoviário dos produtos subiu, só na última semana, entre 20% e 70%. (Págs. 1 e 25)
Reajuste de tarifa da Ampla é adiado
Após acordo com o governo, a Ampla adiará de março para junho a alta de 18% da conta de luz, que anularia a redução feita por Dilma. O adiamento alivia a inflação. (Págs. 1 e 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Tesouro deve injetar até R$ 8 bilhões no BNDES
Ação teria sido definida após queda de 9,55% no lucro do banco; não foi decidido como recurso será liberado
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve receber capitalização de R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões do Tesouro Nacional no segundo semestre, informam Irany Tereza e Vinicius Neder. Em negociação desde o ano passado, a injeção de recursos ganhou consenso no governo com a queda de 9,55% no lucro do banco (R$ 8,183 bilhões), anunciada anteontem. Os repasses do Tesouro serão empréstimos e servirão para criar uma alternativa ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de recursos da instituição. Uma parte da capitalização seria incorporada ao patrimônio líquido, que fechou 2012 em R$ 52,2 bilhões. A discussão é como isso será feito. As opções vão desde transferência de ações de estatais até redução no repasse dos dividendos. (Págs. 1 e Economia B1)
Megapacote
O ministro Guido Mantega (Fazenda) apresentou a investidores em Nova York plano de US$ 235 bilhões em concessões de infraestrutura. (Págs. 1 e B1)
MP pede a TCU para investigar compra feita pela Petrobras
O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União representação contra a Petrobras sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O MP considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos e pede ao TCU que apure a responsabilidade da companhia. À época, a presidente Dilma Rousseff presidia o conselho de administração da empresa. (Págs. 1 e Economia B3)
Sob ataque da oposição, Dilma afaga o PMDB
Pressionada pela movimentação de Eduardo Campos (PSB) e sob ataque da oposição, Dilma Rousseff lança ofensiva para reforçar a aliança com o PMDB para 2014. O primeiro passo será sua presença na convenção do PMDB, sábado. O PSDB vai antecipar a convenção que escolherá o senador Aécio Neves (MG) como presidente do partido. (Págs. 1 e Nacional A4)
Ciro Gomes fala em ‘banquete corrupto’
Ciro Gomes (PSB) voltou a atacar o governador Eduardo Campos (PE) e criticou o que chamou de “banquete fisiológico, clientelista, quando não corrupto” dos partidos da base. (Págs. 1 e A6)
Cardeais do Brasil podem se unir por nome conservador
Ao menos quatro dos cinco cardeais brasileiros podem votar em um nome conservador para suceder a Bento XVI, informa José Maria Mayrink. O escolhido deve ser o arcebispo de Milão, Angelo Scola. O pontífice falará hoje a milhares de pessoas na Praça São Pedro e percorrerá o local pela última vez como papa. Ele poderá manter o nome Bento XVI, mas será chamado de “papa emérito”. E também não usará sapatos vermelhos, trocados por marrons. (Págs. 1 e Vida A14 e A15)
Análise: Gilles Lapouge
O significado da saída
A partir de 2013, todos os papas futuros terão “perdido para sempre o carisma da natureza sagrada do pontificado”. (Págs. 1 e A16)
Impasse político na Itália faz mercados despencarem
Diante do fracasso em se formar consenso para nomeação de um primeiro-ministro, os principais partidos italianos se lançaram em guerra declarada pelo poder e levaram instabilidade à Europa, informa o enviado especial Jamil Chade. Ontem, as bolsas desabaram e os políticos reconheceram que a fase de incertezas políticas poderá levar meses para ser superada. (Págs. 1 e Internacional A10)
Governo dificulta criação de sindicatos (Págs. 1 e Economia B4)
Eliana Cardoso
Câmbio e estrutura produtiva
Dilma erra nos remédios. Insiste em agravar o desequilíbrio fiscal. Tenta intervir para desvalorizar o câmbio, dá meia-volta e instaura incertezas. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Antero Greco
Todos por um
O Corinthians pagará parte da conta pela tragédia na Bolívia. Os torcedores violentos também devem sentir sobre si o peso da lei e quitar a deles. (Págs. 1 e Esportes E2)
Roberto Damatta
Fantasmas
Entre nós, como fica provado pela política, são os velhos e os mortos que controlam a vida. Até que alguém descubra que fantasmas são ficção. (Págs. 1 e Caderno 2 D10)
Boa saúde: Lacunas na saúde pública viram potenciais negócios (Págs. 1 e Estadão PME)
Notas & Informações
Maus tempos no BNDES
O resultado de 2012 reflete os equívocos da política econômica e os critérios impostos ao banco. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Justiça barra supersalários. Agora é a vez do 14º e do 15º
Por 15 a 0, conselho do TJ torna sem efeito a lei que eleva vencimento de servidores do Tribunal de Contas do DF a R$ 31 mil, bem acima do teto do funcionalismo do Distrito Federal. Hoje, parlamentares devem votar o fim de pagamentos extras no Congresso. (Págs. 1, 4, 31 e Visão do Correio, 24)
Sai o bispo de Roma, surge o papa emérito
Enquanto a imprensa monta no Vaticano a estrutura para a transmissão do conclave, a Igreja Católica revela os detalhes da renúncia de Bento XVI, que continuará a ser chamado de Sua Santidade mesmo após deixar o comando da Igreja, amanhã. Os cardeais serão convocados na sexta-feira para a eleição. (Págs. 1 e 27)
Demissões: Desemprego assombra as domésticas
A categoria perdeu 67 mil postos de trabalho em janeiro. Patrões temem a lei que aumenta os benefícios. (Págs. 1 e 8)
Crise: Comediante é esperança da Itália
Esquerda rejeita Berlusconi e tenta formar governo com apoio de partido liderado por ator. Impasse derruba bolsas. (Págs. 1, 22 e 26)
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Valor Econômico
Manchete: Mantega anuncia corte de tarifas para conter inflação
Os produtos industriais que tiveram alíquotas de importação elevadas no ano passado e depois registraram reajustes de preços exagerados terão as tarifas reduzidas pelo governo. “Estou avisando. Nós estamos monitorando e algumas tarifas nós já vamos baixar. Tem gente que está abusando”, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao Valor PRO. O ministro participou de evento em Nova York sobre infraestrutura, organizado pelo Valor.
No ano passado, o governo elevou as tarifas de importação de mais de cem produtos de setores que sofriam com a entrada de bens de vários países a “preços absurdamente baixos”, segundo Mantega. Agora, a ideia é baixar as alíquotas para alguns deles, mas o ministro não citou especificamente nenhum. Ele disse que há casos em que a alta de preços pode ser justificada por movimento internacional das cotações. (Págs. 1 e A3)
Ferrovias terão subsídios de R$36 bilhões
Para tirar do papel o ambicioso programa de concessões de ferrovias, que deverá acrescentar dez mil quilômetros de trilhos à malha atual, o governo prevê a necessidade de entrar com um subsídio em torno de 40% de todo o investimento planejado. Tomando como base o investimento anunciado de R$ 91 bilhões, isso significa que cerca de R$ 36 bilhões sairão do Tesouro ao longo dos 35 anos de duração dos contratos, mesmo que indiretamente. Esse montante foi apontado nos estudos que balizam as concessões e estão em fase final de elaboração, segundo o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. (Págs. 1 e A4)
Custos das térmicas serão redistribuídos
O governo prepara mudanças na forma de repasse do custo de acionamento das usinas térmicas para não onerar demais as contas de energia — principalmente residenciais — em 2014. Uma ideia é jogar a maior parte desse custo para os consumidores livres, que estão descobertos por contratos de longo prazo e recorrem com frequência ao mercado à vista, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Também deverão assumir uma parcela maior as usinas geradoras com obras atrasadas. Elas precisam comprar a energia que haviam se comprometido a produzir. No mercado já se fala em impacto de pelo menos 7% nas contas de luz caso as térmicas permaneçam ligadas a plena carga durante todo o ano. (Págs. 1 e A5)
Corte de juro bancário perde fôlego
Esgotou-se a margem para os bancos públicos forçarem novas quedas dos juros no sistema bancário, segundo um dirigente de uma instituição financeira federal. A informação foi publicada com exclusividade no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.
O Banco do Brasil e a Caixa discutem como manter os juros mais baixos vigentes caso se confirme um cenário em que o Banco Central promova um aperto monetário. Eventuais reduções de juros nos bancos federais dependerão de ganhos de eficiência. Dados divulgados ontem pelo BC mostram a interrupção, em janeiro, na tendência de queda nos juros bancários, um processo iniciado com o corte das taxas pelas instituições federais, atendendo determinação da presidente Dilma Rousseff para ampliar a competição no mercado de crédito. (Págs. 1 e C1)
Gávea e Goldman investem em empresa de torres de telefonia
A Gávea Investimentos, gestora fundada pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, uniu-se ao banco americano Goldman Sachs para investir no mercado de torres de telefonia móvel para operadoras de celular. Batizada de Cell Site Solutions (CSS), a companhia deve receber investimentos de até US$ 300 milhões, sendo metade de cada sócio.
A nova empresa será comandada por Raymond Ward, executivo que foi presidente da American Tower, uma das principais companhias do segmento no país. A prestação de serviços para as operadoras de telefonia se tornou um filão para as gestoras de fundos de “private equity", que compram participações em empresas. (Págs. 1 e B2)
Anvisa quer coibir venda de remédio sem receita
Dois anos depois de impor a obrigatoriedade de apresentação de receita médica para a compra de antibióticos, a Anvisa volta a discutir com o setor privado a ampliação das restrições para a compra de medicamentos, desta vez envolvendo os remédios com tarja vermelha, cuja receita é obrigatória por lei, mas na prática não é exigida nas farmácias.
A mudança tem o apoio de boa parte da indústria que, no entanto, defende uma revisão na lista de remédios com tarja vermelha. Já a Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias vê o debate com reservas. A venda de antibióticos nas grandes redes recuou 17% no primeiro ano após a obrigatoriedade da receita e subiu 6% no segundo ano. (Págs. 1 e B15)
Inovação ganha crédito centralizado
A presidente Dilma Rousseff pretende lançar em março o programa de apoio a inovação que coordenará o financiamento ao setor privado por meio do BNDES e da Finep. “Quero fazer com a inovação o mesmo que fizemos com o Bolsa Família", disse Dilma, referindo-se ao modelo centralizado de financiamento que será anunciado. O pacote de inovação será divido em seis editais, um para cada setor beneficiado: petróleo e gás, etanol, energias renováveis, defesa e aeroespacial, saúde, tecnologia da informação e comunicações. Estimado em R$ 27,5 bilhões, o programa poderá, conforme avaliação de um assessor da Presidência da República, ultrapassar os RS 30 bilhões. (Págs. 1 e A7)
PE abre novas áreas à indústria
Pernambuco desapropria antigos canaviais em troca de dívidas tributárias das usinas e oferece esses espaços para atrair investimentos industriais ao Estado. Em cinco anos, o governo pernambucano já recuperou o equivalente a R$ 246 milhões. (Págs. 1 e A2)
Superávit primário
Favorecido pelo aumento da arrecadação de tributos em janeiro, o superávit primário do governo central (incluídos o Tesouro, BC e Previdência) somou R$ 26,1 bilhões no mês passado, melhor janeiro desde 1997. (Págs. 1 e A6)
Disputa pela CSA entra na reta final
Os grupos interessados nos ativos de aço da ThyssenKrupp no Brasil e nos EUA apresentaram suas propostas firmes na sexta-feira. A escolha, que deve ser anunciada no fim de março, ainda dependerá da aprovação da Vale e do BNDES. (Págs. 1 e B16)
Monsanto suspende royalties
A Monsanto vai suspender a cobrança de royalties pelo uso da soja transgênica com a tecnologia Roundup Ready até que à justiça decida sobre a validade da patente da companhia no Brasil. (Págs. 1 e B19)
Inflação dos alimentos
A contribuição dos alimentos no combate à inflação será “limitada” em 2013 e o IPCA do grupo alimentos e bebidas deve ficar "no mesmo nível de 2012, de 9% a 10%", prevê conselho de ministros reunido ontem para discutir a política de estoques públicos. (Págs. 1 e B20)
Mais dinheiro no campo
O Valor Bruto da Produção das 25 principais cultura agrícolas do país deverá alcançar R$ 280,9 bilhões em 2013, segundo projeção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O valor é 15,2% superior ao de 2012. (Págs. 1 e B20)
Ideias
Cristiano Romeno
Já há quem defenda a substituição do sistema de metas de inflação por uma meta de PIB nominal. (Págs. 1 e A2)
Martin Wolf
Se adotasse as “transações monetárias imediatas” antes, o BCE poderia ter evitado o pânico que elevou os spreads. (Págs. 1 e A13)
Com sócio asiático, MPE passa a fabricar trens para monotrilhono Rio, diz Adagir Abreu (Págs. 1 e B14)
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