Blatter minimiza atrasos nos estádios
Leonardo Maia
Tiago Rogero
Rio
Quando Joseph Blatter entrou na sala do Copacabana Palace para a entrevista coletiva, com atraso de 1h13, faltavam pouco mais de 48 horas para o início da Copa das Confederações. E ele admitiu: os estádios não estão 100% prontos,
Mas o suíço, presidente da Fifa desde 1998, garantiu já ter visto cenários piores. E assegurou: "Na hora do pontapé inicial, tudo estará pronto."
"Já fui a competições em que, uma hora antes do jogo de abertura e da chegada das autoridades, ainda havia pintores fazendo retoques. Muito trabalho ainda vai ser feito de última hora", reconheceu o presidente da Fifa, "Não é uma surpresa que operários ainda estejam trabalhando. Muita coisa ainda não foi acabada, mas vai acabar."
Ao lado de Blatter na coletiva não estava o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marin.
O presidente da Fifa preferiu se sentar entre o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o presidente em exercício do comitê organizador da Copa das Confederações, o marfinense Jacques Anouma (que não disse uma palavra sequer durante o evento). Marin ficou entre Rebelo e o CEO do COL, Ricardo Trade.
O ministro do Esporte se irritou com uma pergunta sobre o entorno do Maracanã, ainda recebendo retoques antes do primeiro jogo do estádio na Copa das Confederações, no domingo, entre México e Itália.
"O estádio foi entregue. Houve dois jogos-teste com pleno sucesso, dentro da mais absoluta tranquilidade e segurança", disse. Rebelo ao responder sobre uma "maquiagem" que estaria sendo feita no entorno do Maracanã. "Se aquilo que se está fazendo lá é chamado de maquiagem no seu país, então sinceramente eu tenho pena das pessoas de lá. De que país você é?", perguntou o ministro. O jornalista, que havia feito a pergunta em inglês, respondeu: "Sou brasileiro."
Premiação. No discurso de abertura, lido e sem improvisos, o presidente da CBF e do COL deixou claro estar ansioso para que o foco da imprensa deixe de ser a organização e infraestrutura dos estádios e se volte para a bola. "Daqui a dois dias, os senhores da imprensa deixarão de falar dos preparativos para falar do que mais interessa: o futebol", disse Marin.
O cartola afirmou que a premiação para jogadores e comissão técnica, em caso de conquista, já está definida. Mas ele não quis revelar o valor, "por uma questão de ética e elegância". Prometeu revelar após a Copa das Confederações, se o Brasil for campeão, mas só "com a concordância" dos jogadores.
"A coisa mais importante para eles é conquistar o título. Eu posso garantir, e sou amigo do Felipe Scolari: o que menos os preocupa é a premiação", disse.
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