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quinta-feira, julho 18, 2013

ÍNDIO NÃO QUER APITO!

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Dilma é alvo de desagravo e protestos em inauguração em Fortaleza

Presidente esteve em inauguração de estações de metrô na capital cearense, marcada por manifestações de grupos indígenas, médicos e estudantes; houve princípio de tumulto

18 de julho de 2013 | 14h 21
Pedro Venceslau - O Estado de S. Paulo

A inauguração de duas novas estações de metrô na capital cearense tornou-se um ato de desagravo à presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 18, enquanto, do lado de fora, índios protestavam contra o governo federal. Na tentativa de acalmar os ânimos, três líderes indígenas foram convidados a ficar na plateia para acompanhar a cerimônia, mas houve princípio de tumulto.
Em seu discurso, a presidente não fez menções aos atos, mas relembrou as manifestações de junho. "Democracia exige sempre mais democracia. Direitos sociais exigem mais direitos sociais. Tudo que fomos capazes de conquistar vai abrir caminho para querer sempre mais", disse.
Durante a fala das demais autoridades, ministros e o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), fizeram declarações de apoio a Dilma. "Teve muito barulho em junho, mas a poeira vai baixar e o trabalho vai aparecer", disse o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Antes do início da cerimônia, cerca de 150 índios já estavam em frente à estação. Ele pediam a demarcação de terras indígenas no Ceará e a manutenção do escritório da Funai no Estado. Dilma chegou ao local de metrô, vinda de outra estação e não passou pelos manifestantes. Bombeiros e estudantes também participaram do ato. Alguns carros de jornais e emissoras de televisão foram pichados. Em outro local, cerca de 300 médicos também aproveitaram a presença de Dilma na cidade para protestar.
Para evitar confusão, integrantes do governo permitiram que três líderes indígenas acompanhassem o evento e entregassem uma carta de reivindicações a um representante da Secretaria-Geral da Presidência.
Quando Dilma discursava, porém, parte dos manifestantes que estava do lado de fora teria forçado a entrada na estação e houve princípio de tumulto com a Tropa de Choque. Os líderes indígenas foram chamados às pressas para negociar com o grupo e conseguiram acabar com a confusão.
Gafe. 
Durante o discurso, a presidente cometeu uma gafe e esqueceu o nome do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB). Ela precisou pedir ajuda aos seus auxiliares.
Ao final da cerimônia, a presidente deixou o local de metrô, sem passar pelos manifestantes. Dilma também participa de outras agendas oficiais em Fortaleza nesta tarde.


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Equipe de Dilma tenta despistar manifestantes no CE

Segurança presidencial deixou para última hora a definição do trajeto para escapar de manifestações de médicos e índios em Fortaleza

18 de julho de 2013 | 9h 58
Ampliado às 11h27 - Pedro Venceslau - O Estado de S.Paulo
Fortaleza - Uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará preocupou a segurança da presidente Dilma Rousseff, que tem agenda na capital cearense na manhã desta quinta-feira, 18. Para escapar do protesto, a equipe presidencial deixou para última hora a definição do trajeto de Dilma em Fortaleza. Além de médicos, tribos indígenas também estão nas ruas para protestar.
Médicos participam de protesto em Fortaleza - Pedro Venceslau/AE
Pedro Venceslau/AE
Médicos participam de protesto em Fortaleza
Nesta manhã, cerca de 300 profissionais estão reunidos no centro da cidade, a poucas quadras de onde a presidente vai inaugurar uma estação de metrô. Em frente a uma das estações por onde Dilma deve passar, 150 índios, de seis tribos, se reuniam no fim desta manhã. 
Representantes do governo federal procuraram organizadores dos dois atos para pedir que a manifestação seja pacífica. 
Segundo Cauã Pitaguari, da tribo Pitaguari, integrantes da equipe presidencial chegaram a dizer que Dilma não iria mais ao local.  "A presidente está tentando 'driblar' [a manifestação]", disse.
Desde que anunciou o programa "Mais Médico" há algumas semanas, Dilma vem sendo alvo de protestos de organizações da classe médica. O programa prevê, entre outras medidas, a contratação de profissionais estrangeiros para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) e aumento em dois anos da graduação em medicina.
"Estamos protestando contra o pacote de maldades contra nossa categoria. 98% dos médicos do Basil não vão votar na Dilma e farão campanha contra ela no ano que vem", disse o presidente do sindicato, José Maria Pontes, organizador do ato. Ele garantiu que a manifestação será pacífica e proibiu que manifestantes cubram o rosto durante o protesto. Os médicos presentes vestem jalecos brancos e levam cartazes pedindo "fora, Dilma" e "fora, Padilha".
Os índios, por sua vez, pedem a demarcação de terras indígenas no Ceará e a manutenção do escritório da Funai no Estado.



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