Dilma pede tranquilidade ao PT sobre queda de popularidade
Em reunião com senadores, ela fez projeções otimistas para a economia
BRASÍLIA
Diante da preocupação dos aliados com as eleições do ano que vem por causa da má avaliação do governo, a presidente Dilma Rousseff traçou ontem, em reunião de duas horas e meia com senadores do PT, um cenário econômico otimista e pediu tranquilidade em relação à queda de popularidade.
Ela afirmou, de acordo com os presentes, que se concentrou na gestão nos dois primeiros anos de sua administração e que, agora, está na fase de colher resultados e de se dedicar mais à política. Dilma prometeu melhorar não só a relação com a bancada e o Congresso, mas também a comunicação, para divulgar as realizações de sua gestão.
Aos colegas petistas, Dilma afirmou que a economia vai crescer mais do que os analistas estão prevendo, que a inflação está sob controle, que a relação entre dívida e Produtor Interno Bruto (PIB) é histórica, elogiou o controle fiscal e citou a taxa de desemprego.
- O crescimento vai ser maior do que os analistas estão prevendo. Com certeza será mais do que 2012 (0,9%), pelo menos três vezes mais. Não vou ficar colocando isso para não gerar expectativa - disse Dilma, segundo relatos.
A presidente minimizou a preocupação dos senadores com a queda de popularidade de seu governo e com o impacto disso nas eleições.
O líder do PT, senador Wellington Dias (PI), mencionou a união de forças políticas contra o governo, em vários estados. Os senadores avaliaram que a expectativa de inflação e de um apagão na área de energia geraram pessimismo na população. Foi quando ela afirmou:
- O quadro não mudou, é circunstancial. É hora de termos calma, tranquilidade. Nosso maior ativo é o nosso governo. O melhor articulador político é o sucesso de nosso governo.
Foi discutido também na reunião a apreciação dos vetos presidenciais pelo Congresso a partir do dia 20. Os senadores alertaram que, com a nova prática, o governo terá que negociar melhor os projetos antes de enviá-los ao Legislativo e durante sua tramitação. Dilma concordou e prometeu ainda que será mais criteriosa na edição de Medidas Provisórias.
- Vai ter que ter uma reeducação. Hoje os parlamentares jogam confete para agradar suas bases, confiando que a presidente vai vetar. Eles fazem uma média com seus eleitores. E o Executivo também tem que fazer sua parte. Antes de enviar o projeto tem que discutir e também explicar por que está vetando - disse Wellington Dias, após a reunião.
Outro assunto foi o financiamento da saúde e o programa Mais Médicos. Ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PE) pediu mais verbas para a área e Dilma respondeu que não tem como fazer mais desonerações nem criar novos impostos. E voltou a defender o Mais Médicos.
adicionada no sistema em: 09/08/2013 04:14 |
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