Salário não dá para pagar tudo, diz Ana Júlia
Após ter nomeado “por erro administrativo” a cabeleireira como assessora, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), afirmou que suas necessidades pessoais continuarão a ser pagas pelo estado, uma vez que, segundo ela, é direito de todo chefe do Executivo. De acordo com a governadora, seu salário não seria suficiente se tivesse de pagar por todos os serviços dos quais necessita.“Quem pagava o barbeiro do ex-governador? Quem pagava a cabeleireira da ex-vice-governadora? A diferença é que nós queremos fazer de forma transparente. Fizemos consulta ao Tribunal de Contas do Estado, e a lei diz que o estado é responsável por serviços de caráter pessoal do chefe do Executivo. Meu médico quem trata é o estado, meu tratamento, a casa onde moro... É natural. E todos os chefes de Executivo do Brasil têm. Eu tenho de governar o estado adequadamente preparada. Imagine se eu for, com o meu salário, comprar tudo?”, diz a petista, que ganha salário bruto de cerca de R$ 12 mil.[O G1 consultou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para saber se a governadora pode pagar os serviços pessoais, como os de beleza, com dinheiro público. A assessoria de imprensa informou que o governo fez uma consulta sobre o tema, mas que ainda não há decisão final. Ao comentar as acusações feitas pela oposição de que cometia nepotismo em seu governo por empregar um irmão e um ex-marido, a governadora destacou que grande parte das críticas são decorrência de que ela é “mulher e de esquerda”.“Eu considero isso (acusação de nepotismo) uma tentativa de queimação, preconceito. Uma visão preconceituosa, machista, porque eu sou mulher e de esquerda. Senão todo mundo ia achar normal”, afirmou. Veja abaixo os principais trechos da entrevista, a 12ª da série dos governadores ao G1:
G1 - A sra. se machucou durante a campanha eleitoral e ainda está mancando. Como está a recuperação? Ana Júlia - Não está sendo muito fácil essa recuperação. Fiz exames, radiografia, não foi muito bom o resultado. Talvez eu tenha de fazer uma nova intervenção cirúrgica. Esse problema já tem dez meses e meio. Mas antes de decidir sobre a nova cirurgia, vou fazer vários exames para saber se tenho alguma infecção, enfim. G1 - Isso prejudica as questões da administração? Ana Júlia - Não, quem se prejudica sou eu, minha saúde. Mas eu vou cuidar dela... Eu tenho que cuidar da perna, fazer fisioterapia. O que é uma coisa chata é que às vezes as pessoas não entendem que não tenho tempo de receber as pessoas, tenho duas horas de fisioterapia por dia.
G1 - Na campanha eleitoral a sra. recebeu o apoio do deputado Jader Barbalho. Essa aliança foi muito criticada pela oposição... Ana Júlia - Bom, alianças políticas se fazem com partidos políticos, e o PT fez aliança com PSB, PC do B, PMN e PRB. No 2º turno, o PMDB decidiu nos apoiar. O mesmo PMDB que dois anos antes fazia parte do governo do PSDB e PFL, que apoiou a eleição do sucessor, do Almir Gabriel, e apoiou o ex-governador Simão Jatene. O PSDB criticou esse mesmo PMDB. Então, eu acho que quem criticou não tem moral para criticar nada.
G1 - Mas a sra. sempre criticou Jader Barbalho... Ana Júlia - Ele foi o deputado federal mais votado do Pará, entendeu? Ele é que resolveu nos apoiar, não fui eu que fui apóiá-lo. É uma grande diferença. Fiz críticas realmente a ele e faria de novo na mesma situação. Mas ele é presidente de um partido político que nos apoiou.
G1 - Uma questão que provocou polêmica foi a nomeação de uma cabeleireira e de uma esteticista para o seu governo. O que aconteceu? Ana Júlia - Não gerou polêmica. Foi um erro administrativo, reconhecido, corrigido, um equívoco. Foram nomeadas por orientação da Casa Militar. Havíamos solicitado que fossem exoneradas, demorou três semanas, mas elas não receberam um centavo. A forma de contratação foi equivocada. G1 - E esses serviços continuarão sendo prestados? Ana Júlia - Continuarão, como eram para os outros governantes. Quem pagava o barbeiro do ex-governador? Quem pagava a cabeleireira da ex-vice-governadora? A diferença é que nós queremos fazer de forma transparente. Elas recebem por serviço prestado. Fizemos consulta ao Tribunal de Contas do Estado, e a lei diz que o estado é responsável por serviços de caráter pessoal do chefe do Executivo. Meu médico quem paga é o estado, meu tratamento, a casa onde moro... É natural, absolutamente natural. E todos os chefes de Executivo do Brasil têm. Eu tenho de governar o estado, tenho de estar bem, adequadamente preparada. Imagine se eu for com o meu salário comprar tudo? Tô ferrada. Mas isso para nós já passou... G1 - A sra. também é questionada por nepotismo... [CONTINUA...]
Mariana Oliveira, G1. Foto André Porto, G1.
4 comentários:
EU MORRO DE VERGONHA DESSA GOVERNADORA!!!
O Pará é tão lindo e está nas mãos de uma barbie! Isso é um insulto a minha inteligência.
Essa pat não faz nada e o q eu faço pra mostrar o meu repúdio a isso?
fiz uma comunidade
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39830773
valeu!
Laura, boa tarde! Desculpe-me pelo título, mas outro não me veio "à cabeça" senão esse, ao ler a entrevista da Governadora. Contudo, o ego-político não fica restrito à ela. Temos uma Deputada estadual que levou para a Capital (Curitiba) em sua "bagagem" sua cabeleleira, justificando que era "imprescindível" manter uma boa imagem, enquanto "mulher pública" ('sic') e que ela não conseguiria "abrir mão" de uma profissional - que de tanto tempo - se tornara sua amiga.
Não sei se v. tem visto um "link" que nominei de "O poder emana do povo". Nele eu posto os desmando do Poder em "nome do povo" que à cada eleição renova a Procuração aos seus "representantes" ('sic'2), não-raro, em troca de "um vale-qualquer-coisa". Tanto que, ultimamente, tenho me referido à Câmara "dos" Deputados (com aspas), pois é DELES mesmo!!!
abs.
Prof. Medeiros.
Em tempo: Não "morra de vergonha". Os "homens" passam o "Pará" fica.
Entrarei em tua comunidade no "orkut".
at.
Em tempo2: "desmandos"...
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