"Aja ou saia. Faça ou vá embora", diz ministro da Defesa
Brasília - No discurso de transmissão de posse de cargo, o novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o tempo, agora, não é de “ouvir explicações” e citou o ex-primeiro ministro inglês, Benjamin Disraeli, ao prometer resultados quanto ao fim da crise aérea. “Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora”, afirmou. Segundo o ministro, as soluções para a crise partirão de negociações de forma integrada entre as autoridades. “Vamos enfrentar os problemas que estamos vivendo, enfrentá-los na perspectiva de uma grande união nacional para mostrar exatamente ao país, ao povo brasileiro, que é nosso comandante, e ao mundo que o Brasil veio para ficar e veio para ter voz, para definir prioridades e saber que é uma grande nação”, disse. “A história não registra e não grava boas intenções, a história registra o que fazemos e o que deixamos de fazer. Ela não aceita explicações”, afirmou. Priscilla Mazenotti Repórter da Agência Brasil, Foto Antonio Cruz/ABr.
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" Aja ou saia. Faça ou vá embora " , diz ministro da Defesa:
Jobim disse que é preciso fazer uma "revisão sistêmica" das instituições vinculadas com o ministério, como a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), por exemplo. "Não podemos deixar que haja mais comandos fora de regências. Isso aqui tem de funcionar como uma orquestra e o maestro sou eu, sob as ordens do presidente. A música e a composição são do presidente, eu executo e vamos trabalhar exatamente com o conjunto nesse sentido", disse. "O nosso compromisso é ter formas de solução e não formas de lamentação", acrescentou. Segundo o ministro, se for para garantir a segurança, as filas nos aeroportos podem continuar. "É uma questão de opções. Precisa ficar claro que, se for necessário que se prolonguem as filas para garantir a segurança, é o preço que pagamos" . Jobim, que amanhã (27) visita o local do acidente com o avião da TAM em São Paulo, disse que até a próxima segunda-feira (30) vai tomar decisões quanto ao enfrentamento da crise aérea. Segundo ele, entre essas decisões poderá estar a troca no comando da Infraero. "A tendência, eventualmente, pode ser esta", disse hoje em entrevista coletiva. Jobim disse que o novo presidente da Infraero deve ser um gestor e não descartou a possibilidade de ser um presidente civil em vez de militar. "Civil ou militar, não importa. O que interessa é ser gestor", afirmou. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, esteve presente na cerimônia de transmissão de cargos hoje no ministério da Defesa. Ele disse que está à disposição do ministro e do presidente da República. " Minha cabeça ainda é de militar. Eu não tenho vontade, eu cumpro as determinações que vierem e acabou-se. Ordem cumpre-se e pronto " , disse. Nelson Jobim também disse que pretende conversar com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, até o fim desta semana. "O fim de semana vai até domingo", brincou. (Agência Brasil ); Valor Online.
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