A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, setembro 03, 2007
PT; 'SOLO' OU 'UNIDO': ACORDA BRASIL!!!
Enquadrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ensaiou um recuo tático, amenizou seu discurso sobre a candidatura própria em 2010 e fez um gesto na direção dos aliados. Depois de três dias de debates e muitas negociações entre suas correntes, o 3º Congresso do partido aprovou ontem resolução política ambígua, que defende um concorrente petista à sucessão de Lula, mas, ao mesmo tempo, abre caminho para a construção de candidatura dentro da coalizão governista. O primeiro texto, aprovado por unanimidade no encontro, diz que o PT deve se colocar como "dirigente da condução do processo sucessório presidencial" . Destaca, ainda, que é necessário preservar a coalizão, mas " sem esquecer a defesa intransigente" dos interesses do partido. Uma hora depois, porém, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), pôs em votação um "adendo" à resolução, desidratando o baixo teor de confronto ali contido. A pedido do Palácio do Planalto e na tentativa de evitar um racha na aliança, os petistas encaixaram novo trecho sobre tática eleitoral, que já mencionava a necessidade de formular um programa para o próximo mandato. Apesar de manter o enunciado sobre a candidatura própria tanto nas eleições municipais de 2008 como na disputa presidencial, em 2010, o PT afirma agora que a decisão será submetida aos parceiros da coalizão, como Lula queria. "O PT apresentará uma candidatura a presidente a ser construída com outros partidos e, assim, formar uma aliança programática, partidária e social capaz de ser vitoriosa nas eleições de 2010 e impedir o retorno do neoliberalismo", diz o documento, que recebeu sinal verde do 3º Congresso. Lula havia pedido ao PT para não incluir a defesa da candidatura própria na resolução por avaliar que isso poderia desgastar ainda mais a relação com os aliados. Motivo: há, na base de apoio ao governo, outros postulantes à sua cadeira, como o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Filiado ao PMDB, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, também pode entrar no páreo. "Olhou para a frente, tem de ver a cara do Ciro, tem de ver a cara do Jobim e de outras figuras de outros partidos, que ainda vão surgir", disse o presidente ao Estado. "Eu quero subir em palanque, mas se houver na base dois, três, quatro ou cinco candidatos, o presidente fica em situação delicada." A solução meio-termo adotada pelo PT foi fruto de consenso entre as várias alas e agradou a Lula. "Deixamos o diálogo com os outros partidos aberto para avaliar o cenário até 2009 e construir a vitória em 2010", disse Berzoini. "Se partirmos do pressuposto de que o candidato obrigatoriamente é do PT, vamos dar uma mensagem que não é boa para quem quer construir aliança", completou. Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, a posição tomada pelo PT foi madura. "Foi uma boa resolução porque diz que o PT deve fortalecer a coalizão de governo, mas reconhece que o partido tem direito de pleitear sua liderança, assim como o PSB e o PMDB", afirmou Dulci.O Planalto também pediu cautela à cúpula do PT para não antecipar a sucessão de Lula. Detalhe: o partido não tem candidato natural. Os principais nomes preparados para a missão - como o do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e o do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci - foram abatidos por escândalos. Apesar de ter cedido ao desejo do Planalto em relação à candidatura própria, o PT também deu estocadas em Lula. Emprestou apoio, por exemplo, ao plebiscito que discutirá a reestatização da Vale do Rio Doce, quando o presidente não queria que o partido se envolvesse nessa campanha. Do ponto de vista prático, a consulta não terá efeito. Trata-se, no entanto, de importante sinal político.Além disso, o PT também aprovou, a contragosto de Lula, resolução pedindo a descriminalização do aborto. Embora o estoque de divergências entre Lula e o PT esteja abarrotado, um outro assunto que passou pelo crivo do 3º Congresso deixou o presidente animado: o apoio à proposta de Constituinte exclusiva para votar a reforma política. No ano passado, Lula reuniu juristas no Planalto para debater a idéia. Recebeu críticas, mas ficou convencido de que essa era a única forma de fazer a reforma política andar. Estadão.
2 comentários:
O Roberto Jefferson, é mais digno hojhe do que o PT inteiro. Ao confessar e revelar como funcionava os esquemas, coisa que já sabíamos pela nossa imaginação, Jefferson, se tornou mais crível, mais nobre.
O congresso do PT ao se contrapor ao que o bom senso recomenda, ao invés de admitir ou, ficar quieto, com a veemência dos culpados, tenta negar o ocorrido apesar de todas as waldomirianas provas e rastros deixados. Revela-se-nos um partido pior do que os outros. A ponto de até o plebiscito da entrega da Vale a preço de bananas, lhe incomodar. A apologia da semvergonhice feita pelo Lula pedindo aos petistas não se sentissem envergonhados, foi o pior do episódio. Quem é que faz pedidos como esses a não ser os sem vergonhas irrecuperáveis? Ou até nisso ele quer superar o FHC? Pobre País, quando se pensa que algo pode mudar, nova quadrilha surge para repartir o saque de suas riquezas.
Ivan
Caro Ivan! Duque Estrada, o autor de nosso Hino "sabia" com quem estava lidando ao escrever "deitado eternamente em berço esplêndido...". Pelo visto de nada adianta dizer "Acorda Brasil". Os noticiários nos informam que foi liberado parcela do 13º dos aposentados; "recursos" que têm semelhança/efeito político com os da Bolsa-família. Dá p'rá "acordar" com um barulho desse???
at.Medeiros,
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