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segunda-feira, maio 05, 2008
ELEIÇÕES & SUCESSÃO PRESIDENCIAL: "ALIADOS & OPOSIÇÃO" [Leia-se: PSDB]
A percepção do tucanato está escorada em números. Pesquisas feitas sob encomenda da maior legenda da oposição atestam uma súbita ascensão do prestígio da ministra Dilma Rousseff. O índice de intenção de votos da chefe da Casa Civil, que oscilava entre 2% e 3%, já roça a casa dos 10%. Dilma escalou os dois dígitos mesmo depois de ter sido pendurada nas manchetes dos jornais em notícias que a associam à confecção do dossiê anti-FHC. Subiu mesmo sem ter sido formalmente apontada como candidata oficial. Atribui-se a escalada à superexposição da ministra. Que foi tonificada pelo fato de Lula tê-la levado à vitrine do PAC. Exibiu-a em oito pa©mícios. Num deles, montado em Belo horizonte, a própria ministra, ao discursar, chamou pelo verdadeiro nome –“comício”— o ato que se pretendia administrativo. Feita a constatação, alguns dos grão-duques que compõem a cúpula do PSDB passaram ruminar duas preocupações: a falta de unidade interna do partido e a ausência de um discurso sólido para se contrapor, até 2010, à mensagem oficial. Avalia-se que a disputa entre os presidenciáveis tucanos José Serra e Aécio Neves, se mal administrada, pode custar caro à legenda. O PSDB for às urnas de 2002 e 2006 trincado. Nas duas ocasiões, foi surrado por Lula. Imagina-se que, reincidindo no erro, o partido flertará, de novo, com o insucesso. As pesquisas feitas por encomenda do tucanato indicam que Serra mantém a condição de favorito. Coleciona índices superiores a 35%. Aécio tampouco caiu. Permanece ao redor dos 15%. O problema do PSDB é encontrar um discurso que lhe permita converter intenções de voto em votos. Para usar expressão cunhada por Aécio, falta ao tucanato uma novidade que possa ser vendida ao eleitor na fase “pós-Lula.” Estima-se que a disputa de 2010 será marcada pelo signo da continuidade. O que dá ao candidato de Lula uma vantagem que não pode ser negligenciada. Parte dos operadores tucanos já se deu conta de que xingar programas sociais como o Bolsa Família não dá votos. Ao contrário. Tira. De resto, a venda da estabilidade da moeda como um feito da era FHC já não surte efeitos eleitorais. Combinada a um ambiente externo benfazejo, a estabilidade transformou-se, sob Lula, em transferência de renda. A classe “C” engordou. Escorada num mercado interno emergente, a economia cresce a despeito da crise que rói a economia dos EUA. O aumento do consumo das famílias (13,4%) levou mais comida à geladeira. Numa atmosfera assim, tão favorável, o eleitor já não quer saber se o Plano Real foi concebido por um grupo de economistas escalados por FHC. A prosperidade como que empurrou a estabilidade para dentro da biografia de Lula. Na próxima campanha, pode-se continuar martelando os defeitos da gestão Lula: o descontrole nos gastos públicos, a falta de reformas estruturais, a carência de investimentos em infra-estrutura... Mas o velho e bom “choque de gestão” não é algo que os milhões de brasileiros que creditam a Lula o fato de terem saído da miséria decodifiquem com naturalidade. Para seduzir esse eleitor, que mantém a popularidade do presidente nas alturas, o PSDB terá de levar ao palanque de 2010 um sonho novo.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 05.05.
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