25 de abril de 2011
O Globo
Manchete: Agentes da ditadura criam rede de arapongas
Direita armada está por trás de grampos e falsos dossiês de hoje
Com o fim da ditadura, militares e policiais que integravam a rede de terror que conspirou contra a abertura abriram empresas de vigilância, segurança e contrainformação e se envolveram em escutas ilegais. É o que revela o cruzamento de dados, a partir da agenda do sargento Guilherme do Rosário, morto no atentado do Riocentro.
Um exemplo é o coronel Roza, já falecido. Ele abriu a Newtork Inteligência e teve o nome ligado ao episódio do grampo do BNDES, durante a privatização do sistema Telebras. Wilson Pinna, agente aposentado da PF, foi exonerado da Agência Nacional do Petróleo, acusado de elaborar um falso dossiê contra um diretor do órgão. (Págs. 1 e 3)
Copa faz Dilma entrar em campo
Preocupada com o atraso nos preparativos para a Copa de 2014, a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com os 12 governadores envolvidos para criar parcerias que acelerem o trabalho. Hoje, ela se reúne com os ministros Orlando Silva (Esporte) e Wagner Bittencourt (Aviação Civil) para fechar o modelo de concessão dos aeroportos, um dos principais gargalos que ameaçam a competição. (Págs. 1 e 9)
O prefeito Eduardo Paes anunciará, hoje, Plano Diretor do Parque Olímpico para 2016. (Págs. 1 e 16)
William deseja Kate mais discreta que Diana
Fontes do Palácio de Buckingham confirmaram que o príncipe William pediu uma moratória de dois anos para que sua futura mulher, Kate Middleton, participe de uma agenda integral de compromissos da realeza. A ideia e preservá-la de uma superexposição na mídia como ocorreu com a princesa Diana. A inspiração do príncipe é o casamento sólido e discreto de sua avó, a rainha Elizabeth II. Pesquisa divulgada ontem mostra simpatia dos britânicos pelo sistema monárquico. (Págs. 1 e 23)
Contra crise, países buscam troca de informações
Com as dificuldades fiscais dos países ricos, a alta da inflação nas economias em desenvolvimento e a queda do dólar frente a diferentes moedas, presidentes, diretores e técnicos dos principais bancos centrais do mundo têm se reunido com frequência para trocar experiências. O objetivo é criar uma rede de informações para enfrentar os efeitos colaterais das medidas adotadas contra a crise de 2008. (Págs. 1 e 19)
Foto legenda: Sufoco no fim do feriadão
Os carros invadem o acostamento da BR-101, onde motoristas enfrentaram ontem um engarrafamento de nove horas, na volta do feriadão na Região dos Lagos. (Págs. 1 e 10)
Obituário: Morre na Índia o guru espiritual Sathya Sai Baba, aos 84 anos. (Págs. 1 e 15)
Segundo Caderno
Durante dois anos, o Ecad repassou dinheiro a um falsário, prejudicando compositores como Caetano Veloso, Mú Carvalho e Sérgio Ricardo. (Págs. 1 e Segundo Caderno)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Empregos crescem na faixa acima dos 50 anos
A ocupação no topo da pirâmide etária é a que mais aumenta, diz IBGE
Ter mais de 50 anos tornou-se uma boa notícia para quem procura emprego, informa Pedro Soares. É nessa faixa que o número de pessoas ocupadas mais cresce, segundo o IBGE.
De 2003 ao primeiro trimestre de 2011, os empregados com essa idade aumentaram 56,1% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O percentual é quase o triplo do aumento do emprego em geral (19,8%). (Págs. 1 e Poder A4)
Alckmin corta aula extra em escolas de idiomas
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) encerrou o programa que oferecia a alunos da rede pública aulas extracurriculares em escolas privadas de línguas. O modelo foi criado por seu antecessor, o também tucano José Serra.
Para a atual secretaria da Educação, os cursos em seus próprios centros de idiomas são mais baratos e serão ampliados. Os 80,8 mil alunos que eram atendidos pela rede particular estão sem aulas. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Papa faz apelo para a Europa acolher os que fogem da África
Durante celebração da Páscoa, o papa Bento 16 pediu que europeus "abram seus corações" e acolham com generosidade imigrantes ilegais que fogem dos conflitos na África do Norte.
O apelo foi feito após a entrada de imigrantes, vindos da Tunísia, ter gerado atritos políticos na Itália e na França. Há também hostilidade de parte da população dos países. (Págs. 1 e Mundo A14)
Volta do litoral tem lentidão até durante a madrugada
O retorno dos paulistanos no feriado pelo sistema Anchieta-lmigrantes teve trânsito lento em horário considerado alternativo, como a madrugada de domingo.
Estradas do litoral norte também ficaram paradas. Há relatos de que o trajeto de ônibus entre Ubatuba e São Paulo durou oito horas.
Já o sistema Ayrton Senna-Carvalho Pinto teve pouca lentidão. (Págs. 1 e Cotidiano C6)
Brasileiro preso nos EUA diz ser inocente e alvo de vingança
Preso no Arizona desde 2008, acusado de abusar dos filhos, o ex-modelo brasileiro Ricardo Costa diz ser inocente. A acusação, feita pela ex-mulher, a americana Angela Martin, foi represália pela separação, segundo ele. Ela não quis falar.
Costa está na solitária desde que recusou acordo assumindo a culpa. Sua fiança foi definida em US$ 75 milhões. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Foto legenda: Papa Bento 16 celebra a Páscoa para 100 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano. (Pág. 1 )
Eu odeio meus pais
Quando falta amor e respeito, as relações entre pais e filhos podem chegar a situações extremas.
Relatos de jovens ouvidos pela Folha envolvem violência e negligência, mas também há casos de má convivência e às vezes de intolerância mútua.
"O ódio desses jovens é um pedido de socorro", avalia promotor da infância e juventude. (Págs. 1 e Folhateen 6)
Editoriais
Leia "Impostos acelerados", sobre aumento na arrecadação federal, e
"Justiça com folga", acerca de horário de funcionamento do Poder Judiciário. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Construtora atrasa obra e eleva custo de imóvel em SP
Agora, além de pagar mais caro pela casa própria, comprador terá de esperar mais tempo para mudar
A euforia que tomou conta do mercado imobiliário nos últimos cinco anos fez o preço dos imóveis praticamente dobrar no período. Agora, além de pagar mais caro, o cliente terá de esperar mais tempo para se mudar. Levantamento da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio a pedido do Estado mostra que, no primeiro trimestre de 2007, 25% dos empreendimentos lançados na Grande São Paulo tinham entrega entre 30 e 45 meses, o máximo no setor. De janeiro a março de 2011, esse prazo já subiu para 40% dos lançamentos. Até então, a maioria dos imóveis era entregue em até 15 meses. Com a dilatação dos prazos de entrega, o custo das obras sobe e pode elevar ainda mais o preço dos imóveis. De acordo com o índice FipeZap, o valor do metro quadrado cresceu 82% entre janeiro de 2008 e janeiro deste ano. Parte da alta se deve a inflação do setor de construção civil, medida pelo INCC. (Págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)
Mudança no mercado
Eduardo Zaidan - Diretor do Sinduscon/SP
“As obras entregues com atraso foram contratadas com a cabeça de 2007” (Pág. 1)
Foto legenda: Lentidão na volta
O retorno do feriado foi mais difícil para quem veio do interior de SP. Mas as filas foram menores do que na ida. (Págs. 1 e Cidades C6)
Síria intensifica repressão e mais de 200 são presos
Depois da repressão que deixou ao menos 120 mortos, o regime sírio deflagrou uma onda de prisões para tentar sufocar a pressão contra o ditador Bashar Assad. Foram detidos mais de 200 ativistas. (Págs. 1 e Internacional A10)
Finanças pessoais
Comer fora custa até R$ 13 mil por ano
Os gastos em bares e restaurantes consomem boa parte do orçamento. Para quem mora sozinho, porém, fazer refeições em casa é menos vantajoso. (Págs. 1 e Economia B8)
Negócios: Redes regionais são novo alvo do varejo
Segmentos pouco consolidados e com potencial de expansão, como o de artigos para casa, aguçam apetite dos fundos de private equity e de grandes empresas do setor. (Pág. 1)
Em mensagem de Páscoa, papa pede diálogo na Líbia (Págs. 1 e Vida A22)
Identificado gene ligado a nascimento de prematuro (Págs. 1 e Vida A19)
Hospedagem em SP já está mais cara que em Tóquio (Págs. 1 e Economia B6 e B7)
Notas & Informações
Emigrar para competir
Indústrias brasileiras compram fábricas no exterior para enfrentar produtos importados. (Págs. 1 e A3)
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Valor Econômico
Manchete: Plano de reativação da Telebras fica no papel
Há um ano, o governo conseguiu balançar as estruturas do setor de telecomunicações ao anunciar a reativação da Telebrás para liderar uma grande empreitada de disseminação de acesso à banda larga no país. O lançamento do ambicioso Programa Nacional da Banda Larga (PNBL), que tinha a estatal de telefonia como a sua "espinha dorsal", causou fortes reações das teles privadas, que enxergaram na iniciativa o risco de um movimento reestatizante.
Um ano depois, o PNBL continua a ser apenas um plano, sem ter ligado até agora nenhuma residência à banda larga. Suas prioridades e estratégias, no entanto, passaram por uma guinada surpreendente. A realidade mostra que a Telebrás, que até o ano passado protagonizava as ambições de inclusão digital do governo, agora não passa de mera coadjuvante, sob risco até, segundo os mais pessimistas, de não ter mais papel algum. (Págs. 1 e B3)
Ações da AL devem brilhar em Nova York
A Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, prevê um ano muito bom para as ofertas de ações de companhias latino-americanas nos EUA. A perspectiva é atingir um recorde histórico em número de operações e em volume financeiro, superando os mais de US$ 9 bilhões da oferta de ADRs (recibos de ações) da Petrobras no ano passado.
"Este vai ser, sem dúvida, o melhor ano para as empresas latino-americanas em Nova York", disse ao Valor Scott Cutler, vice-presidente-executivo da Nyse Euronext. Diferentemente de 2010, quando o apetite do investidor americano pela região foi "saciado" pelo gigantismo da oferta da Petrobras, neste ano, ressaltou Cutler, deve haver um número elevado de ofertas. O sucesso da Arcos Dorados, franqueada do McDonald's, que captou US$ 1,3 bilhão, seria uma amostra. (Págs. 1 e D1)
Indústria vai reduzir investimento este ano
A indústria de transformação planeja investir menos neste ano do que em 2010, em decorrência das dificuldades impostas pela combinação da maior concorrência do produto importado, dos juros em alta e da carga tributária elevada. É o que mostra levantamento feito pela Fiesp com 1.220 empresas que planejam gastar 4,7% a menos.
Além de uma queda no volume a ser investido pela indústria de transformação, a pesquisa deste ano indica uma estratégia mais defensiva por parte dos empresários: o investimento será focado principalmente na redução de custos, aumento da eficiência e diferenciação dos produtos, e não em elevar a produção, diz o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho. (Págs. 1 e B2)
Foto legenda: Na rota do plástico
Maiores vendas de modelos híbridos e elétricos vão ampliar o uso de plásticos na fabricação de veículos. O grande entrave ainda são os preços, diz Francisco Satkunas, da SAE Brasil. (Págs. 1 e B9)
No primeiro degrau da classe média, C2 quer preço baixo
Operadora de caixa de um hipermercado, Leidiane Tavares, de 30 anos, é mãe solteira. Com renda mensal de R$ 800, paga aluguel, as contas da casa e sustenta o filho de 14 anos. Na semana passada, na véspera do feriado de Páscoa, estava na rua 25 de Março, ponto tradicional do varejo popular paulistano, em busca de ofertas para o filho. Por causa dele, Leidiane já tem em casa um notebook, internet e TV a cabo. Não pensa em comprar carro e quando vai ao supermercado quer preço baixo e promoções. Ela faz parte de um grupo, o C2, com renda familiar de R$ 933 e que ocupa 8,6 milhões de lares no país, segundo a Nielsen. O C2 emergiu da classe D e é maior do que a classe média tradicional, a C1, cuja renda é de R$ 1.391 por mês. (Págs. 1 e B1)
Bonificação reduz lucro do Makro
Os resultados da rede de comércio atacadista Makro no Brasil pioraram no ano passado por causa de uma mudança na forma como as verbas de bonificação (desconto que o comerciante obtém em compras da indústria) são contabilizadas. A modificação, classificada como "saudável" pelo presidente da empresa no país, Roger Laughlin, contribuiu para a retração da margem bruta de 13,9% para 12,9%. Em 2010, o Makro encerrou o exercício com lucro de R$ 38 milhões, 64% inferior ao resultado do ano anterior. Caso semelhante aconteceu em 2010 com o Carrefour, que teve perdas de € 550 milhões no balanço por causa da operação brasileira. (Págs. 1 e B4)
Agência chinesa contraria as grandes na avaliação de risco
A agência de classificação de risco chinesa Dagong Global Credit Rating atribui nota inicial para o Brasil apenas dois graus abaixo da dos Estados Unidos. Ela tem avaliações bem diferentes das feitas pelas três grandes agências ocidentais.
Na escala da agência chinesa, a classificação do Brasil é A- desde junho do ano passado. Já a nota dos EUA foi reduzida para A+. O rating concedido ao Brasil pelos chineses é melhor do que o Baa3 dado pela Moody's, BBB pela Fitch e BBB+ pela S&P. Para os EUA, as três grandes agências mantêm a nota "triple A", a mais alta. (Págs. 1 e A8)
Captações externas vão a US$ 19 bi
Empresas, bancos e governo brasileiros já levantaram US$ 19 bilhões neste ano no mercado internacional de títulos de renda fixa e empréstimos sindicalizados, segundo o Valor Data. Mais transações de grande porte estão por vir. A perspectiva negativa do rating dos EUA não alterou a disposição crescente dos investidores em comprar papéis de empresas brasileiras. Neste mês o mercado internacional continua aquecido e com muito apetite para o Brasil: US$ 4,7 bilhões já foram captados. Os bancos pequenos e médios, no entanto, têm dificuldades para captar. Os investidores temem o futuro dos bancos de crédito ao consumidor com o aperto promovido pelo Banco Central. (Págs. 1 e C1)
Perfil de Padilha, um petista militante de segunda geração (Págs. 1 e A12)
Com infraestrutura precária, o Iraque não consegue escoar toda a produção de óleo (Págs. 1 e A8)
Os rebeldes líbios não vão produzir petróleo por mais um mês (Págs. 1 e A8)
Regulamentação ferroviária
Propostas da Agência Nacional de Transportes Terrestres para o setor ferroviário provocam reação das concessionárias. As medidas mais polêmicas dispõem sobre metas por trechos e direitos de passagem. (Págs. 1 e A4)
Apoio à gestão governamental
A presidente Dilma assina nesta semana o decreto de criação do Fórum de Gestão Governamental. O grupo, liderado por Jorge Gerdau Johannpeter, já tem parcerias acertadas com a Funasa e o Ministério da Justiça, com foco no sistema penitenciário. (Págs. 1 e A7)
Putin versus Medvedev
A menos de um ano para as eleições da Rússia, a indefinição sobre quem será o candidato governista provoca especulações sobre um eventual rompimento entre Dmitri Medvedev e Vladimir Putin. (Págs. 1 e A9)
Competitividade sustentável
Aumenta a procura por certificações de práticas sustentáveis como ferramenta de competitividade. "É uma demanda da indústria na concorrência com os importados e também para tornar o produto nacional mais competitivo no exterior”, diz Marcos Borges, do Inmetro. (Pág. 1)
Indústria avança no campo chinês
O avanço da industrialização na China, que fez as terras cultivadas encolherem em 8,33 milhões de hectares nos últimos 12 anos, reduz a produção local de grãos, eleva a demanda e estimula os preços. (Págs. 1 e B13)
Grãos seguem sob pressão
Relatório do Conselho Internacional de Grãos indica que a produção mundial deve crescer em 78 milhões de toneladas nesta temporada, mas com estoques baixos e demanda aquecida, a oferta continuará restrita. (Págs. 1 e B14)
Avião de 'caça talentos'
O crescimento do mercado de defesa no Brasil agrava a falta de mão de obra especializada no segmento aeroespacial e leva empresas como Embraer e Helibras a investir na formação de pessoal. (Págs. 1 e D10)
Ideias
Sergio Leo
Ação da Abimac na OMC pode abrir caminho para uma verdadeira guerra comercial contra a China. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Jairo Saddi
É equivocada a percepção de que a regulação financeira é isenta de custos para os consumidores. (Págs. 1 e A11)
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