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quinta-feira, julho 05, 2012

DES-INDUSTRIALIZAÇÃO. O FIM ESTÁ PRÓXIMO [?]



"Vamos virar o jogo" da produção industrial, diz Dilma

O Estado de S. Paulo - 05/07/2012
 

Apesar da queda de 8,5% da atividade agropecuária no primeiro trimestre, a presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem a cerimônia do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar para dizer que confia na ajuda do setor no enfrentamento da crise. Dilma ainda prometeu "virar o jogo" ao ser questionada sobre a retração da produção industrial.
Em queda há nove meses, o indicador divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou em maio perda de 4,3% frente ao mesmo período do ano passado. Foi o pior resultado desde setembro de 2009, quando a produção caiu 7,6%, o que levou consultorias a revisar para baixo as projeções de crescimento para o Brasil em 2012.
Questionada pelo Estado sobre os números, a presidente respondeu, após a cerimônia: "Vamos virar esse jogo". Ela não quis comentar se o governo pretende lançar um novo pacote de medidas, como fez na semana passada, com o chamado PAC Equipamentos.
Durante a solenidade, Dilma procurou demonstrar que o governo está empenhado em garantir ao agronegócio condições para voltar a crescer.
"Podem ter certeza de que a agricultura familiar e comercial vão dar sua contribuição (no enfrentamento da crise), não só plantando, produzindo, mas investindo, comprando máquinas, equipamentos, melhorando cada dia mais a qualidade da produção no campo brasileiro", afirmou.
Recursos. O plano para a safra da agricultura familiar 2012/13 vai liberar R$ 18 bilhões para financiar custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Se for necessário mais de R$ 18 bilhões, porque a demanda foi maior, eles terão mais (recursos)", disse Dilma.
A presidente lembrou que, no auge da crise em 2009, quem comprava trator no Brasil era o programa Mais Alimento - linha de crédito do Programa de Agricultura Familiar que financia investimentos para a modernização da propriedade rural.
"Hoje, estamos fazendo e continuando uma política extremamente agressiva nessa área (de compras governamentais)", afirmou a presidente. "Estamos comprando tratores, continuamos fazendo isso com mais agressividade para enfrentar essa crise", acrescentou, destacando que o governo quer pequenos agricultores capazes de produzir com última geração de tecnologia.
A presidente destacou ainda que o governo sabe que tem três eixos fundamentais para a agricultura no País: assistência técnica, armazenagem e irrigação. Com relação à assistência técnica e extensão rural, a presidente lembrou que o governo lançará um órgão específico para essa área. "Vamos atender 450 mil famílias com assistência técnica e extensão rural", disse.
O Palácio do Planalto está empenhado em garantir ao agronegócio condições para voltar a crescer a partir deste semestre e evitar que o fraco desempenho do segmento no início do ano se repita em 2013.
Interlocutores da presidente Dilma Rousseff disseram ao Estado que a queda de 8,5% da atividade agropecuária no primeiro trimestre foi um baque. O tombo contribuiu para que a economia ficasse praticamente estagnada no início do ano.

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