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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
CPI do Cachoeira aprova convocação de Cavendish e Pagot para depor
Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília
Eduardo Knapp/Folhapress
Convocação do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish foi aprovada pela CPI
Os integrantes da CPI do Cachoeira aprovaram nesta quinta-feira (5) a
convocação do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente e sócio da
Delta Construções S.A, para prestar esclarecimentos sobre as atividades
da construtora com o esquema de corrupção, chefiado pelo contraventor
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que envolvia políticos e
empresários.
Também foi aprovada a convocação do ex-diretor do Dnit (Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e de
mais cinco testemunhas: Adir Assad, Andréa Aprígio, Paulo Vieira de
Souza, Paulo Moreira Lima e Raul Filho. As datas dos depoimentos ainda
não foram definidas.
A maioria dos convocados tem relação com a empresa Delta: Pagot se
colocou à disposição da comissão para contar o que sabe a respeito dos
contratos do órgão com a construtora; Adir Assad é o dono da empresa
Rock Star, que recebeu recursos da Delta; e Paulo Vieira de Souza, mais
conhecido como Paulo Preto, é ex-diretor da Dersa (que tinha contratos
com a Delta).
Paulo Preto ganhou notoriedade depois que a então candidata do PT em
2010 à Presidência, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede
Bandeirantes, citou um desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de
José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto em
empreiteiras e depois desaparecido.
Foto 13 de 25 - "Redescobri
Deus. Se cheguei até aqui, é porque readquiri a fé", afirmou o senador
Demóstenes Torres (sem partido-GO), durante depoimento ao Conselho de
Ética do Senado, em 29 de maio. Pedro França/Agência Senado
Já os demais são pessoas ligadas a Cachoeira: a ex-mulher dele, Andréa
Aprígio, e o atual prefeito de Palmas (TO), Raul Filho, que foi flagrado
em vídeo com o bicheiro discutindo troca de favores.
Além disso, foi convidado a falar à CPI Paulo Moreira Lima, juiz que se
afastou do caso Cachoeira depois que recebeu ameaças. Também foi
aprovada a convocação dos ex-donos da Sigma, José Augusto Quintella e
Romênio Marcelino Machado. Segundo reportagem da revista Veja, a Sigma
era usada em operações da construtora como uma espécie de "caixa para
quitar faturas em que a própria Delta preferia não aparecer como
devedora".
A oposição pediu que fosse incluído na lista o ex-tesoureiro da
campanha do PT de 2010, o deputado federal José de Filippi (SP). O
requerimento tem como base reportagem da revista IstoÉ, que aponta que o
petista teria pedido ao Pagot ajuda com doações para campanha a
empresas com contratos com Dnit. O pedido foi rejeitado por 17 votos
contra 10.
"Não convocar José de Filippi é adotar dois pesos e duas medidas e
desmoralizar a CPI", afirmou o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PR).
Na reunião, foram aprovadas ainda as quebras de sigilos bancário,
fiscal e telefônico de 13 empresas e 27 pessoas, incluindo aquelas que
já tinham oferecido seus dados à CPI, como os governadores Marconi
Perillo (Goiás) e Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e o jornalista Luiz
Carlos Bordoni e sua filha Bruna Bordoni. No caso das pessoas físicas,
também serão requisitadas a quebra de sigilo de SMS e a cópia de
relatórios das estações de rádio base, que informam quem mandou a
mensagem.
Anteriormente, as convocações de Pagot e Cavendish foram adiadas por
insistência do relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), que optou por
focar as investigações nas relações da Delta na região Centro-Oeste e
teve apoio da maioria dos membros da comissão. No entanto, o assunto só
voltou a pauta hoje depois da persistência dos deputados da oposição.
A decisão sobre proposta de uma comissão de parlamentares visitar
Carlinhos Cachoeira na prisão foi adiada por falta de acordo e só deve
ser votada a partir de agosto.
A ordem dos trabalhos de hoje foi definida pelo relator Odair Cunha
(PT-MG), que sugeriu a votação em blocos: primeiro as convocações,
depois as quebras de sigilo e, por fim, outras providências para
auxiliar o andamento dos trabalhos da CPI. Entre elas está o pedido de
esclarecimento para mais de 30 empresas que receberam recursos da
Alberto & Pantoja e Brava Construções –indicadas pela Polícia
Federal como empresas fantasma de Cachoeira– prestarem esclarecimento.
Os parlamentares também irão solicitar ao Banco Central o envio de
servidores técnicos para auxiliar nas análises de cruzamento de dados
fiscais e bancários recebidos pela comissão.
Outro pedido aprovado requer ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) uma
apuração das possíveis relações entre o juiz Leão Aparecido Alves e
Cachoeira. O juiz alegou razões de "foro íntimo" para não comandar o
processo contra o contraventor.
A expectativa é que os trabalhos da CPI sigam até o dia 12 de julho.
Desta forma, novos depoimentos podem ficar para depois do recesso
parlamentar --de18 de julho a 1º de agosto. Segundo Paulo Teixeira,
vice-presidente da CPI, os trabalhos vão continuar durante a campanha
eleitoral no segundo semestre. (Com Agência Brasil)
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