06 de novembro de 2012
O Globo
Manchete: Curto-circuito - Pressão estatal ameaça investimento em energia
Novas regras fazem empresas perder R$ 19 bilhões em valor de mercado
Pacote do governo limitou indenizações quem não renovar concessões e rentabilidade das companhias pelos próximos anos
As novas regras para o setor elétrico, que obrigam as empresas a reduzir margens para baratear a conta de luz em até 20% em média, podem afetar investimentos. Num cenário de perda de rentabilidade, as companhias passam por uma verdadeira prova de fogo: em dois meses, perderam R$ 19 bilhões em valor de mercado. Só ontem, os papéis da Eletrobras caíram 8,21%, a maior queda do Ibovespa. Se não renovarem suas concessões, estas empresas terão prejuízos. Se renovarem, terão receitas menores. (Págs. 1, 19 e 20)
Eleições nos EUA: Cenário imprevisível em país polarizado
Após US$ 2 bilhões em gastos e 318 dias de campanha, o presidente Barack Obama e o seu rival Mitt Romney chegam hoje empatados à eleição mais polarizados dos últimos 30 anos. Mas o ligeiro favoritismo de Obama em alguns estados decisivos levou o republicano a estender a campanha até hoje, visitando Ohio e Pensilvânia, numa estratégia de última hora. O presidente, por sua vez, deve jogar basquete, como fez na última eleição. (Págs. 1, 26 a 32 e Míriam Leitão)
Ohio, terra de carros e centro da disputa (Págs. 1 e 28)
Artigos
Robert Samuelson: Ataques em vez de propostas
Campanha foi desligada dos problemas reais que o vencedor enfrentará. (Págs. 1 e 31)
Roberto Abdenur: Plano irreal para a região
Mitt Romney deveria reconhecer que, na América Latina, Brasil é indispensável. (Págs. 1 e 31)
Mercadores da miséria: A nova indústria da seca
Recursos do Garantia Safra, programa federal destinado a pequenos agricultores atingidos pela estiagem, estão sendo desviados para comerciantes, secretários municipais e servidores da prefeitura de Cedro (CE), constatou operação conjunta da CGU, do Ministério Público e da Polícia Federal, numa nova versão da indústria da seca. (Págs. 1 e 3)
Bolsa Família não foi bom cabo eleitoral
O PT, partido que em tese mais se beneficiaria do programa federal, teve apenas 31% de suas vitórias nas eleições municipais deste ano concentradas em cidades com alta cobertura do Bolsa Família, mesmo percentual do DEM. (Págs. 1 e 4)
Depois do mensalão: Condenado pede controle da mídia
Condenado pelo STF por formação de quadrilha e corrupção ativa, o ex-ministro José Dirceu escreveu no blog que a regulação da mídia é uma das prioridades do PT em 2013. Outra é “desconstituir a farsa do mensalão". (Págs. 1 e 6)
Internet: Direito autoral e a polêmica na rede
Especialistas e artistas defenderam, em debate, que distribuidores de conteúdo devem reconhecer e remunerar os direitos autorais na rede. (Págs. 1 e 25)
A saga dos Kaiowas
Conflito por terra mobiliza os índios de Mato Grosso do Sul. Governo monta força-tarefa para resolver litígio com fazendeiros locais. (Págs. 1 e Revista Amanhã)
Guerra: Índios assinam carta ameaçando resistir até à morte.
Livres e rumo aos museus
Obras apreendidas como o quadro sem título de Manabu Mabe, que pertence a Salvatore Cacciola, podem ser liberadas pela Receita Federal para exposição. (Págs. 1 e Segundo Caderno)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Futuro dos EUA está nas mãos de 8 Estados indecisos
Pesquisas de opinião mostram democrata Barack Obama e republicano Mitt Romney empatados no dia da eleição
O democrata Barack Hussein Obama II, 51, e o republicano Willard Mitt Romney, 65, chegam ao dia da eleição presidencial dos EUA tecnicamente empatados, segundo as pesquisas.
No sistema americano, porém, são delegados nomeados pelos Estados que decidem quem chega à Casa Branca — o vencedor não é necessariamente quem tem mais votos da população.
Por isso, os candidatos se concentraram em oito Estados ainda indecisos.
Os outros 42 Estados tendem para um lado ou para o outro, como Nova York (tradicionalmente democrata) e Texas (republicano).
O medo de uma apuração confusa, como ocorreu em 2000, é grande nesses locais em que a votação promete ser apertada. (Págs. 1 e Especial)
Entenda a eleição
1. O Colégio Eleitoral, grupo de 538 delegados escolhidos por votação popular, é quem elege o presidente;
2. O Número de delegados é proporcional à população de cada Estado;
3. O candidato presidencial vencedor em cada Estado recebe todos os votos dos delegados daquele Estado.
Patrícia C. Mello/Ohio
Campanhas focaram gasto no Estado que pode decidir eleição. (Págs. 1 e Especial, 7)
Raul Juste Lores/Boston
Romney transitou da moderação ao conservadorismo. (Págs. 1 e Especial, 5)
Sérgio Dávila/Análise
Há cinco motivos para o presidente ser reeleito hoje. (Págs. 1 e Especial, 3)
J.P. Coutinho/Opinião
Gostaria muito que republicano ganhasse a eleição 'plebiscito’. (Págs. 1 e Ilustrada E10)
Valério não precisa de proteção já, diz procurador-geral
O procurador-geral, Roberto Gurgel, afirmou não haver motivo para dar, no momento, proteção especial a Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão.
O presidente do STF, Ayres Britto, disse que revelações dele não levarão à redução de sua pena. (Págs. 1 e Poder A4)
Calote em crédito bancário sobe 39% no 1º semestre
No primeiro semestre deste ano, os empréstimos com mais de 360 dias de atraso, que os bancos são obrigados a registrar como prejuízo, somaram R$ 38 bilhões. O valor representa alta de 46% (ou 39%, se descontada a inflação) em relação a igual período de 2011. (Págs. 1 e Mercado B1)
Editoriais
Leia “Trégua na China”, acerca de economia no país asiático, e “Questão de prioridade”, a respeito de projetos de lei a serem votados pelo Congresso. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Pesquisa dá ligeira vantagem a Obama
Em busca do segundo mandato, democrata é favorito para vencer as eleições de hoje nos EUA na disputa com o republicano Mitt Romney
O presidente Barack Obama é o favorito para vencer as eleições de hoje nos EUA na disputa com Mitt Romney. A vantagem do democrata está no Colégio Eleitoral, onde seu caminho para alcançar a metade dos 538 delegados tem menos obstáculos que o do republicano. De acordo com a média das pesquisas calculada pelo site Real Clear Politics, Obama tem 48,5% das intenções de voto e Romney, 48,1% - ou seja, dentro da margem de erro. Nos EUA, o presidente é eleito no Colégio Eleitoral. Ao vencer em um Estado, o candidato leva todos os seus delegados. Obama será julgado pelo eleitorado pelos resultados de sua política econômica e pelo grau de confiança que conseguiu atrair. Hoje também ocorrem as eleições legislativas. Toda a Câmara e um terço do Senado serão renovados. (Págs. 1 e Caderno Especial)
Análise: David Brooks
Estado de espírito nos EUA mudou em quatro anos. (Págs. 1 e H8)
A eleição no mundo virtual
Barack Obama tem 13 milhões de assinantes para seus e-mails, 5 vezes mais que Mitt Romney, mas suas mensagens caem mais na caixa de spams. (Págs. 1 e H5)
Procurador-geral diz que não há motivo para dar proteção especial a Valério
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que, por enquanto, não há motivo para conceder proteção especial ao empresário Marcos Valério. “A notícia que me foi transmitida foi de que não havia nada que justificasse providência imediata”, disse. Gurgel confirmou que o empresário disse, em seu novo depoimento, ter informações sobre o esquema de corrupção. Para o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, a redução da pena de Valério, condenado a mais de 40 anos, é “viável”. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)
Meta de superávit não será atingida este ano
O ministro Guido Mantega (Fazenda) informou ontem que a meta cheia de superávit primário do setor público, de R$ 139,8 bilhões, não será cumprida este ano. (Págs. 1 e Economia B1)
MEC quer reduzir abstenções no Enem
Ministério fará estudo para tentar reduzir o número de candidatos que se inscrevem e faltam no exame (27,9% este ano). O custo com os faltosos foi de R$ 90,4 milhões. (Págs. 1 e Vida A14)
Líderes do PCC devem ser levados para Mossoró
Presídio federal é o que tem mais vagas entre as 300 que serão oferecidas hoje ao governo do Estado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para abrigar chefes do PCC. (Págs. 1 e Cidades C1)
Chefe do PCC, ‘Piauí’ será o 1º a ir a prisão federal (Págs. 1 e Direto da Fonte, D2)
Ilan Goldfajn
Sustos encomendados
Seria ótimo um fim de ano sem maiores turbulências. Mas, diante das dificuldades da economia mundial, é provável que tenhamos novos sustos. (Págs. 1 e Espaço Aberto, A2)
Tutty Vasques
Fraldas, em vez de fraudes
Aloizio Mercadante comemorou o parto do Enem como se fosse o pai da criança. Não disfarçou a alegria por não estar falando de fraudes. (Págs. 1 e Cidades C6)
Dora Kramer
Nome a zelar
Se algo é capaz de mobilizar os petistas na reação ao vigor das sentenças do STF é a preservação do nome do partido e nada mais. (Págs. 1 e Nacional A6)
Notas & Informações
Por que torcer por Obama
Será bom para o Brasil e para o mundo se os americanos reelegerem o presidente. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: O mundo quer Obama. Os EUA decidem hoje
O país vai às urnas dividido. Pesquisas apontam empate técnico entre democrata e republicano
Se dependesse do restante do planeta, inclusive do Brasil, o presidente Barack Obama estaria reeleito com 81% das preferências. Israel é o único país em que o democrata seria derrotado por Mitt Romney. Mas, nos Estados Unidos, a história é outra: nenhum instituto aponta com certeza a vitória de um ou de outro. Por isso, a disputa pelo comando da nação mais poderosa do mundo se acirrou ainda mais na reta final. Até nesta terça-feira, dia da eleição, os dois estão em campanha lutando pelo voto dos americanos. Em discurso na Flórida, ontem, Romney se mostrou confiante. “Esta nação iniciará uma mudança para um amanhã melhor”, anunciou. Em Wisconsin, ao lado do roqueiro Bruce Springsteen, Obama deu o troco.“Você pode ver o cabelo grisalho na minha cabeça mostrando o que é lutar por mudança”, disse.
Bush, um fantasma que assombra o colega Romney.
Eleitores de 33 estados vão renovar um terço do Senado. (Págs. 1 e 16 a 19)
Delação premiada: Valério só terá benefício se revelar mais
Apenas pelo que falou até agora, o empresário não seria incluído no programa de delação premiada, diz o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Já o presidente do STF, Ayres Britto, vê chance de Valério ter redução de pena. (Págs. 1 e 2)
O Planalto se rende ao Rei do Baião
Luiz Gonzaga foi o grande homenageado na entrega da Ordem do Mérito Cultural, ontem, pela presidente Dilma. Uma exposição de xilogravuras no palácio também vai marcar a memória do sanfoneiro. (Págs. 1, 5 e Diversão & Arte, capa)
Mãe denuncia filha que pediu “cola”no Enem (Págs. 1, 8 e Visão do Correio, 14)
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Valor Econômico
Manchete: Racionado, crédito atende só a 38% das vendas de veículos
Os bancos mantêm sob controle rigoroso a expansão do crédito para a compra de veículos, porque a inadimplência no setor é a grande responsável pela piora dos resultados dos balanços em 2012. De um ano para cá, houve queda nítida na parcela de automóveis comprados com algum tipo de financiamento.
No terceiro trimestre, os financiamentos de veículos responderam por 38% das vendas totais, ante 45% no mesmo período do ano passado. Em setembro, a fatia financiada caiu para 34,9%, em comparação com 43,2% no mesmo mês do ano passado. Foi o menor percentual desde 2007. (Págs. 1 e C1)
Empresários preferem Mitt Romney
A eleição presidencial de hoje nos Estados Unidos, em empate técnico entre os dois candidatos, tem um peso enorme para as empresas americanas. Decepcionados com o presidente Barack Obama, a maior parte da comunidade dos negócios investe no desafiante Mitt Romney.
A reeleição de Obama, na opinião de executivos, significaria impostos mais altos para empresas e pressão de reguladores. Eles dizem que Obama não entende o papel das empresas e não hesita em repreendê-las em público. Uma vitória de Romney, que se define como amigo das empresas, tem probabilidade maior de trazer alívio fiscal e contenção da regulação governamental. (Págs. 1, A12 e B10)
Elétricas terão grandes baixas nos balanços
As empresas do setor elétrico sujeitas à renovação das concessões terão de efetuar baixas contábeis bilionárias, que reduzirão o patrimônio líquido e comprometerão a distribuição de dividendos. Isso porque os valores fixados para a indenização de seus ativos não depreciados ou amortizados são muito menores que os registrados como ativo financeiro ou imobilizado nos balanços. No caso da Eletrobras, a empresa esperava R$ 30 bilhões em indenização, mas terá direito a R$ 14 bilhões.
Apesar de questionar o montante, a estatal traça planos para se adaptar ao novo cenário, no qual prevê corte de R$ 8,5 bilhões na receita anual. Entre as medidas em estudo está a venda de participações em suas distribuidoras. (Págs. 1 e B1)
Copersucar compra a americana Eco-Energy
Num lance ousado e em sua primeira aquisição de outra empresa fora do Brasil, a Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do Brasil, assumiu o controle da trading americana Eco-Energy, que detém 9% do mercado de etanol dos Estados Unidos. O valor do negócio não foi divulgado.
Segundo o CEO da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, as duas empresas terão operação compartilhada, mas continuarão independentes. A meta é dobrar o faturamento da Eco-Energy em três anos, para cerca de US$ 6 bilhões. A receita prevista para a Copersucar - que terá dois dos três assentos no conselho da Eco-Energy - é de US$ 7,5 bilhões na atual safra de cana. (Págs. 1 e B14)
Dilma deverá dar mais uma pasta ao PMDB e abrigar PSD
A presidente Dilma Rousseff fará mudanças pontuais no ministério em 2013, com dois objetivos: abrigar o PSD de Gilberto Kassab, que apoia o governo, e ampliar a fatia do PMDB. O plano é fazer as alterações em fevereiro, depois das eleições das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado.
Dilma decidiu não mexer na atual correlação de forças em seu governo. Por isso, os entrantes deverão tomar os lugares de ministros considerados técnicos, sem filiação partidária. É o caso de Marco Antônio Raupp, da Ciência e Tecnologia, que deve ser substituído por Gabriel Chalita, pemedebista de São Paulo ligado ao vice-presidente, Michel Temer. A ideia também é destinar uma pasta relevante ao PSD. Uma das citadas é a Secretaria de Aviação Civil, responsável pelo programa de concessões de aeroportos. (Págs. 1 e A7)
G-20 ainda confia nos emergentes para uma retomada da economia global (Págs. 1 e A16)
BNDES enquadra pedido de R$3 bi da MMX para expansão de Serra Azul (Págs. 1 e B8)
Furto de energia custa R$ 8 bi
Estudo mostra que o furto de energia elétrica no país causará um prejuízo de R$ 8 bilhões ao sistema elétrico em 2012. No total, são 25 mil GWh desviados, equivalentes ao consumo da cidade de São Paulo durante um ano. (Págs. 1 e A4)
Caminhões engrenam reação
A indústria de caminhões começa a dar os primeiros sinais de reação. As vendas em outubro alcançaram o maior patamar em sete meses, com alta de 47,4% sobre o fraco resultado de setembro, e as empresas começam a retomar a produção normal. (Págs. 1 e B8)
JBS avança no setor de frangos
Após estrear no mercado brasileiro de carne de frango com o arrendamento da Doux Frangosul, em maio, a JBS anuncia a aquisição da avícola Agrovênero, de Santa Catarina, por R$ 128 milhões. (Págs. 1 e B13)
AGCO moderniza fábrica e amplia linha
A fabricante americana de máquinas agrícolas AGCO — dona das marcas Massey Ferguson e Valtra, entre outras — reinaugura neste mês sua fábrica de colheitadeiras em Santa Rosa (RS). (Págs. 1 e B14)
Austrália condena agência de risco
A Justiça australiana condenou a Standard & Poor’s (S&P) por erro na avaliação de risco de derivativos que causaram prejuízo de US$ 16,5 milhões a pequenas cidades do país. (Págs. 1 e C8)
STJ isenta vendas à Zona Franca
Decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) equipara as vendas feitas à Zona Franca de Manaus como exportações e, portanto, isentas do recolhimento de PIS e da Cofins. (Págs. 1 e E1)
Juízes pedem mais 28,86%
Juízes federais e trabalhistas farão paralisação amanhã e quinta-feira por aumento salarial de 28,86%. O salário inicial da categoria é de R$ 21,8 mil. Pedem, ainda, adicional de função quando assumirem atividades extras e adicional por tempo de serviço. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Delfim Netto
Mais eficiente seria atacar os problemas que até agora se opõem à apropriada implementação da Lei dos Portos. (Págs. 1 e A2)
Zhang Monan
Mesmo coma recente valorização, o yuan está dentro de uma banda cambial equilibrada, apropriada à balança comercial. (Págs. 1 e A15)
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