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terça-feira, novembro 06, 2012

''YUAN'': SE SUBIU TEM QUE DESCER...



Yuan em alta



Autor(es): Zhang Monan
Valor Econômico - 06/11/2012

Em 26 de outubro, a taxa de câmbio do yuan em relação ao dólar no mercado a vista atingiu o limite superior de sua faixa de flutuação pelo segundo dia consecutivo de negócios. A alta começou quando a banda de flutuação do yuan-dólar foi ampliada para mais ou menos 1%. Agora, a taxa chegou a seu recorde desde a reforma cambial de 1994.
Com poucos sinais de melhoria dos fundamentos econômicos, uma rápida valorização da moeda é uma evolução potencialmente perigosa para a China - em parte devido ao risco de uma reversão abrupta e dolorosa.
A valorização do yuan no mês passado pode ser atribuída a uma maior liquidez mundial desde o início do terceiro trimestre, à medida que as autoridades monetárias passaram a reagir à crise da dívida soberana na zona do euro e à estagnação da produção. De fato, segundo o Morgan Stanley 1, as autoridades monetárias em 16 dos 33 países que o banco monitora - sendo sete de dez bancos centrais de países avançados e nove de 23 bancos centrais dos mercados emergentes - cortaram seus juros de referência ou baixaram seus requisitos de reservas mínimas.
Após duas rodadas de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), os balanços patrimoniais do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, autoridade monetária dos EUA) cresceram para €3,2 trilhões (US$ 4,1 trilhões) e US$ 2,9 trilhões, respectivamente. O novo programa de "Transações Monetárias Diretas" (OMT, na sigla em inglês), do BCE no mercado secundário de títulos soberanos, e o programa "QE3", do Fed, sem data para terminar, prosseguem nessa tendência, ao passo que o Banco do Japão expandiu seu programa de compra de ativos pela oitava vez.
A autoridade monetária de Hong Kong precisou injetar liquidez em seu sistema bancário em quatro ocasiões nos últimos meses para estabilizar a taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, o que indica que o dinheiro especulativo internacional está indo para o continente
As repercussões da mais recente rodada de flexibilização quantitativa dos países desenvolvidos começam a manifestar-se nos países emergentes, onde quase um ano de saídas de capital de curto prazo deu lugar a uma nova onda de fluxos de entrada de curto prazo. Tendo em vista a persistente queda dos rendimentos de títulos do governo dos EUA e o fato de as cotações das ações das companhias americanas terem atingido um limite de alta, devido à lenta recuperação da economia real, mais dinheiro deverá fluir para os mercados de commodities e para países emergentes que proporcionam maiores rendimentos. Dada a adoção, pela China, de uma política monetária estável, tornou-se mais atraente manter yuans em carteiras de ativos.
De fato, durante a valorização do yuan ao longo dos últimos 30 dias, o Banco do Povo da China, autoridade monetária do país, não promoveu intervenções significativas para recomprar dólares dos bancos comerciais - uma decisão raramente vista nos últimos anos. Isso indica que a valorização do yuan foi guiada principalmente pela arbitragem de curto prazo de fundos estrangeiros.
Outro motivo para a valorização é a banda do yuan em relação ao dólar, que desde outubro de 2011 flutua de forma cada vez mais ampla. Como resultado, enquanto o yuan teve fraco desempenho em relação ao dólar na primeira metade do ano (desvalorizando-se temporariamente), o chamado "abismo fiscal" dos EUA no fim do ano, aliado à QE3, enfraqueceu o dólar a partir do início do terceiro trimestre, com a taxa de câmbio caindo para o nível do início do ano.
Ainda há necessidade, no entanto, de ficarmos vigilantes. Enquanto o mercado interno e o de fora do continente continuarem separados, o início da permissão para saldar em yuans a conta de comércio possibilita que o mercado de câmbio em Hong Kong (CNH) coexista com o mercado interno (CNY), o que deixa espaço significativo para arbitragem. Tendo em vista que os índices de retorno real e previsto do yuan são maiores do que os índices reais de retorno de outras moedas, a divisa chinesa tornou-se uma operação positiva de carregamento em relação às estrangeiras, reforçando a tendência de manter ativos em yuans e passivos em moedas estrangeiras.
Como a China ainda tem controles de capital em vigor, não é fácil para os investidores estrangeiros colocarem seu dinheiro no mercado CNY. Portanto, a maior parte do influxo estrangeiro de curto prazo chegou pelo mercado CNH. De fato, a Autoridade Monetária de Hong Kong precisou injetar liquidez em seu sistema bancário em quatro ocasiões nos últimos meses - mais de US$ 14,4 bilhões de Hong Kong (US$ 1,86 bilhão) - para estabilizar a taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, o que indica claramente que o dinheiro especulativo internacional entrando está na verdade indo para o continente.
Mesmo com sua recente valorização, o yuan está dentro de uma banda cambial equilibrada que é apropriada a sua balança comercial; ainda assim, a economia da China não poderia arcar com uma valorização acentuada do câmbio. Por sorte, isso parece improvável. De fato, as taxas dos contratos a termo de moeda sem entrega e com entrega (NDF) indicam desvalorizações de 1,75% e 2,35%, respectivamente.
Na verdade, o yuan poderia voltar a ter vendas a descoberto - mais provavelmente por meio do mercado CNH. No início de dezembro de 2008, a crise mundial levou a um fluxo de saída de capitais mundiais da China e a taxa de câmbio do yuan caiu para seu limite mais baixo por quatro dias consecutivos - um recorde desde a reforma cambial em julho de 2005. Então, a partir de 30 de novembro de 2011, a taxa de câmbio aproximou-se do limite mais baixo da banda de flutuação por sete dias, causando pânico no mercado. Esses eventos não estão distante.
Afinal, a taxa de câmbio de uma moeda não é apenas determinada pelos fundamentos econômicos. Sempre haverá fluxos estrangeiros de curto prazo que podem aumentar a volatilidade da moeda. O yuan, depois de sua recente valorização acentuada, poderia acabar se revelando um alvo preferencial para vendas a descoberto. (Tradução de Sabino Ahumada e Sergio Blum).
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