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quinta-feira, dezembro 27, 2012

BRASIL CARINHOSO: IMAGINE SE, INDIFERENTE ...



IPEA: Nível de pobreza já é bem menor

Miseráveis serão menos de 1% da população, diz Ipea


Autor(es): DIEGO ABREU e RENATA MARIZ
Correio Braziliense - 27/12/2012
 

Pesquisa do instituto aponta redução na quantidade de pessoas em situação de extrema pobreza até o fim de 2013, mas especialistas acreditam que o dado está distorcido

A taxa de pessoas em condições de extrema pobreza no Brasil deve ser reduzida a um patamar inferior a 1% da população até o fim de 2013. Essa é a estimativa de um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento mostra que a ação Brasil Carinhoso, iniciativa lançada pelo governo federal em maio, está colaborando para a queda do índice de crianças que vivem em situação de extrema pobreza.

O Brasil Carinhoso garante às famílias cadastradas no programa Bolsa Família uma renda per capita mínima de R$ 70 nas casas em que há crianças com idade de até 15 anos. Segundo a projeção do Ipea, se a ação tivesse sido implantada em 2011, a taxa de pobreza da população de até 15 anos, que hoje é de 5,9%, estaria no patamar de 0,8%. Já o índice referente à população em geral teria caído de 3,4% para 0,6%.

Especialistas alertam, no entanto, que o valor usado pelo governo para classificar os casos de extrema pobreza é defasado e coloca o Brasil em situações semelhantes à de países africanos. O valor de R$ 70 per capita é considerado baixo para que a família tenha as mínimas condições de vida. 
O economista e sociólogo Marcelo Medeiros, pesquisador na área da pobreza, considera positivo o incremento nos programas de transferência de renda no país, mas critica os critérios usados para definir a pobreza. “A linha é baixa demais, fazendo com que os números da classe média, por exemplo, sejam inflados. Boa parte da classe média brasileira seria considerada pobre nos Estados Unidos exatamente porque nossa definição é equivocada”, afirma Medeiros.

De acordo com ele, a retirada de milhões da miséria já era esperada, com base nos primeiros programas de transferência de renda desenhados ainda pelo governo Fernando Henrique Cardoso, em meados da década de 1990. “O desafio agora é reduzirmos a desigualdade, que vem caindo de forma mais lenta que em períodos anteriores. Revisar os critérios de definição de pobreza, até para corrigir valores dos benefícios, é um dos caminhos para isso", diz Medeiros.

De acordo com o presidente do Ipea, Marcelo Neri, é fundamental que os programas sociais tenham como alvo as crianças brasileiras, uma vez que, segundo ele, os investimentos na primeira infância são os que resultam em maiores ganhos para um país. “No Brasil, a política social é muito curativa e pouco preventiva: deixa o problema se formar e depois tenta lidar com ele. Atuar na infância é tentar fazer com que a pessoa tenha uma vida digna desde o primeiro momento”, destacou Neri, em entrevista coletiva ontem.

Projeções

Autor do estudo, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael Osório, observou que os patamares de crianças em situação de extrema pobreza não tiveram redução expressiva nos últimos anos. Ele alertou, porém, que, desde o lançamento do Brasil Carinhoso, as projeções começaram a mudar, pois as famílias passaram a receber a quantia suficiente para deixarem a condição de miséria.

“Antes, você tinha uma família com renda 20 e precisava receber 50. E, de repente, a gente pagava só 20 para ela. Ou seja, dobrava a renda dela, mas não tirava da pobreza. Agora, estamos olhando quanto falta para essa família chegar na linha da pobreza extrema e estamos dando para essa família, com o Brasil Carinhoso, se ela tiver crianças de até 15 anos, exatamente o quanto ela precisa para chegar nessa linha”, explicou Osório.

O diretor do Ipea ponderou que os índices revelados pela nota técnica intitulada “O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso: uma análise do potencial de redução da pobreza extrema” não passam de uma simulação. Portanto, segundo ele, não há como garantir que as taxas serão inferiores a 1% em 2013. “Se o Brasil Carinhoso tivesse sido introduzido em 2011, com certeza a gente já poderia estar colhendo os frutos de um melhor desenho de benefícios no Programa Bolsa Família.”

Para Rafael Osório, a redução do índice de pobreza extrema entre as crianças significa um investimento para o futuro do país. “O destino das pessoas está lançado na fase da vida de 0 a 6 anos. A primeira coisa que precisam ter é a segurança alimentar e nutricional. É um investimento que vai se pagar daqui a 30 ou 40 anos, mas ele vai ter um retorno mais alto do que qualquer outro que a gente possa fazer hoje”, afirmou.

O governo ressalta a importância do programa social, que foi ampliado no mês passado, quando passou a atender a crianças até 15 anos, e não apenas até 6 como era antes. “Com a ampliação do Brasil Carinhoso em novembro, 16,4 milhões de brasileiros saíram da miséria em 2012. A meta do governo federal é superar a extrema pobreza até 2014”, frisou a assessoria de imprensa do MDS. Atualmente, segundo informações do ministério, há 2,5 milhões de pessoas no país em situação de extrema pobreza.

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