27 de dezembro de 2012
O Globo
Manchete: O maior calor da história
Máxima registrada foi de 43,2 graus, a mais alta já medida no Rio, com sensação térmica de 50 graus
Mal começou o verão e o Rio teve ontem o dia mais quente desde que as temperaturas começaram a ser medidas na cidade, em 1915. A máxima, de 43,2 graus, foi registrada em Santa Cruz. Mas no Centro e em Copacabana, a sensação térmica foi de 50 graus. Ventos quentes vindos do Norte e a falta de chuvas e ar polar são as causas do aquecimento excepcional. O calor lotou praias e cachoeiras. No Aeroporto Santos Dumont, o sistema de ar-condicionado voltou a apresentar problemas, e os passageiros tiveram que apelar para os leques e abanadores improvisados. Um assalto na Praia do Leblon causou tumulto e medo de arrastão. (Págs. 1, 8 e 13)
Orçamento fica para fevereiro
Diante da ameaça da oposição de ir à Justiça, governo desiste de votar ainda este ano o Orçamento de 2013 e terá que editar medida provisória liberando recursos de 2012, além de decreto para garantir o mínimo de R$ 678. (Págs. 1 e 3)
Apagão: Galeão e bairros do Rio às escuras
Uma pane na subestação do Galeão deixou o aeroporto e a Ilha do Governador sem luz durante dez minutos, ontem à noite, segundo a Light. Mais cedo, faltou energia em bairros das zonas Norte e Oeste. O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, disse que a empresa está preparada para apagões. E revelou que a conta de luz cairá na revisão tarifária, em 2013. (Págs. 1 e 19)
Natal: Estradas tiveram 38% mais mortes
Apesar da queda de 9% no número de acidentes, o total de mortos em rodovias federais cresceu 38% neste Natal, em comparação com o do ano passado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. (Págs. 1 e 7)
Islã: Gays têm sua 1ª mesquita em Paris
Homossexuais muçulmanos abriram uma mesquita num pequeno espaço em Paris e esperam inaugurar uma maior em 2013. Eles enfrentam a resistência das principais instituições islâmicas do país. (Págs. 1 e 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Sem orçamento, Dilma vai usar MP para garantir gastos
Congresso votará proposta de 2013 só em fevereiro; medida provisória vai liberar verba para investimento
A presidente Dilma Rousseff vai editar medida provisória para evitar que os ministérios parem por falta de autorização de gasto diante da decisão do Congresso de adiar para fevereiro a votação do Orçamento de 2013. Pressionada pelo desempenho fraco da economia, a presidente quer iniciar o ano com foco nos investimentos. A MP permitirá a liberação de créditos suplementares e especiais referentes ao Orçamento de 2012.
Os ministros vão aproveitar os últimos dias deste ano para empenhar verbas com o pagamento de produtos e serviços. A liberação dos recursos poderá ocorrer em 2013 sem restrições, uma vez que se referem à lei orçamentária de 2012. A corrida para empenhar verbas no fim do ano já virou tradição no governo. Técnicos dos ministérios costumam trabalhar até as últimas horas do dia 31 para garantir as verbas. (Págs. 1 e Nacional A4)
Reeleição depende da economia, avalia PT
Preocupada com o pífio desempenho da economia, a presidente Dilma Rousseff inicia em janeiro a segunda metade de seu mandato com a tarefa de fazer o governo andar, recuperar a confiança dos investidores e unir a base aliada, informa a repórter Vera Rosa. A cúpula do partido avalia que a reeleição da presidente, em 2014, depende de um crescimento de pelo menos 4%. Dilma afirma que fará “o possível e o impossível" para atingir essa meta. (Págs. 1 e A4)
Kassab atinge 55% das metas, mas fala em 81% de eficácia
Apenas 123 das 223 metas propostas no início da atual gestão de Gilberto Kassab (PSD), ou 55,1% do total, foram concluídas, de acordo com o programa de objetivos anunciado em 2009. O prefeito afirma que o “índice de eficácia” chegou a 81%, mas o número engloba iniciativas não concluídas. Entre as principais promessas não completadas estão a construção de três hospitais, o fim do déficit de vagas nas creches, obras de drenagem emergenciais e 66 km de corredores de ônibus. (Págs. 1 e Cidades C1)
PIB cresce mais de 50% em 4 áreas metropolitanas
Estudo feito pela entidade americana Brookings Institution para orientar decisões de investimento destaca que o Brasil tem 13 das 300 principais regiões metropolitanas do mundo. Algumas delas têm se beneficiado da descentralização do crescimento econômico. Vitória, Recife, Curitiba e Baixada Santista lideram em alta do PIB per capita desde 1990, com taxas de mais de 50%. (Págs. 1 e Economia B1)
BC intervém e derruba o dólar
Com três leilões, o BC conseguiu reduzir a cotação do dólar para R$ 2,05, a menor desde 12 de novembro. A baixa, de 1,06%, foi a maior para um único dia desde 3 de agosto. (Págs. 1 e B5)
Locaute na Argentina
Protesto contra decisão de Cristina Kirchner de expropriar sede da Sociedade Rural paralisa venda de gado para abate. (Págs. 1 e Internacional A6)
Esportes: Estádio do DF será o mais caro da Copa
A reforma do Estádio de Brasília, que vai custar R$ 1,1 bilhão, será a obra mais cara da Copa de 2014. O governo divulgou o corte de cinco obras de transporte do pacote de investimentos de R$ 25,5 bilhões, entre elas o monotrilho do Morumbi. (Págs. 1 e E2)
Aviso de infecção por HIV será obrigatório (Págs. 1 e Vida A9)
Ex-reitor da UFRJ é inocentado pela CGU (Págs. 1 e Vida A10)
Celso Ming
Pedi e não recebereis
Há uma semelhança de comportamento entre o MST e os empresários. Ambos dizem que querem uma coisa, mas, na realidade, querem outra. (Págs. 1 e Economia B2)
Eugênio Bucci
Réveillon em Buenos Aires
A presença cada vez maior do governo argentino no mercado anunciante de mídia pode transformar o monopólio privado em governamental. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Fernando Reinach
As árvores e o canudinho
Tomar suco com canudinho tem mais a ver com o risco de desaparecimento das florestas do que eu imaginava. (Págs. 1 e Vida A10)
Notas & Informações
Rumo a um acordo EUA-Europa
Gigantes podem negociar acordo de integração econômica. Ao Mercosul, resta assistir a distância. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Mortes nas BRs cresceram 38% no Natal
O país registrou um aumento assustador no número de mortos nas rodovias federais, apesar da redução na quantidade de acidentes. Do dia 21 a 25, a Polícia Rodoviária contabilizou 222 óbitos, contra 161 no ano passado. No Distrito Federal, 9 pessoas perderam a vida (411 em 2012 até a noite de ontem, o que deve se tornar um recorde positivo em15 anos). Dos 25 mil brasileiros abordados nas BRs, 855 foram multados com base na nova lei seca — o que resultou numa receita de R$ 1,6 milhão.
PMs brasilienses vão usar câmeras para flagrar motorista alcoolizado. (Págs. 1, 8, 21 e 22)
Orçamento: Reajuste para BC, Incra e Receita só sai em março
Como não conseguiu votar o Orçamento ainda neste ano, o governo federal vai garantir os investimentos nos próximos dois meses por meio de medidas provisórias. Mas acabou prejudicando indiretamente oito categorias funcionais, que só terão aumento na folha de março. (Págs. 1 e 2)
Humilhou e foi racista? Agora, indenize!
Supermercado da Asa Norte é obrigado pela Justiça a pagar R$ 100 mil a uma ex-empregada por danos morais e discriminação racial. Sylvia Barcellos diz ter sido chamada de macaca e que, em função disso, se tornou depressiva. A direção da empresa pode recorrer da sentença. (Págs. 1 e 23)
Salário de servidor volta à internet
O ministro Joaquim Barbosa suspendeu a decisão que proibiu o GDF de colocar na rede os contracheques do funcionalismo público. A determinação deverá ser cumprida tão logo seja publicada no Diário Oficial da Justiça, o que deve ocorrer na edição de hoje. (Págs. 1 e 24)
IPEA: Nível de pobreza já é bem menor (Págs. 1 e 6)
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Valor Econômico
Manchete: Dívida externa de Estados e municípios preocupa o TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) deu um prazo de 60 dias para que o Ministério da Fazenda se manifeste a respeito dos riscos, tanto para as finanças estaduais quanto para as da União, de se aprovar operações de créditos para Estados e municípios que não apresentam capacidade de pagamento para arcar com as obrigações assumidas. Essa determinação consta de acórdão do TCU do dia 5 deste mês.
Na avaliação feita pela área técnica do TCU, a partir de levantamento encaminhado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em 2011 e 2012 foram dadas garantias da União para empréstimos de R$ 14,4 bilhões a Estados e municípios classificados como C e D, de acordo com a capacidade de pagamento. Do total, R$ 9,6 bilhões foram de operações de crédito externo, que sofreram análise mais detida do TCU. As operações de crédito interno, feitas com a Caixa e o Banco do Brasil, de R$ 4,8 bilhões, não foram analisadas. (Págs. 1 e A2)
Térmicas dão prejuízo à Petrobras
A operação das termelétricas para garantir a segurança do abastecimento de energia enquanto os reservatórios das usinas permanecem em níveis críticos está gerando prejuízo de R$ 240 milhões por mês à Petrobras. O cálculo é da consultoria Gas Energy, com base no volume e no preço do gás natural liquefeito (GNL) importado. A Petrobras é remunerada em US$ 12 por milhão de BTU pela operação das termelétricas, enquanto o preço do GNL no mercado é de US$ 18 por milhão de BTU. Na semana passada, acendeu sinal de alerta no setor elétrico, porque as chuvas de dezembro foram mais fracas que as esperadas. (Págs. 1 e B1)
Alckmin quer transportes como marca
Premido pela necessidade de dar a seu governo uma marca forte para defender em eventual reeleição em 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), apostará suas fichas em 2013 na área de transportes. Segundo a proposta orçamentária enviada à Assembleia Legislativa, aprovada na semana passada, as pastas de Logística e Transportes Metropolitanos terão forte aumento dos investimentos. Na primeira, eles aumentarão 68,5% em relação a 2012 e atingirão R$ 5,1 bilhões. Em Transportes Metropolitanos serão R$ 9,5 bilhões — somados o investimento previsto e os restos a pagar deste ano —, ante R$ 7,5 bilhões em 2012, com alta de 28%. Já as secretarias de Educação e Saúde, que detêm junto com a Fazenda os maiores orçamentos, investirão menos que no ano anterior. (Págs. 1 e A12)
Fotolegenda: O fator Abe
Shinzo Abe, novo primeiro-ministro japonês, é aplaudido no Parlamento, em Tóquio: ele prometeu agir com rapidez para recuperar a economia e agitou os mercados com comentários sobre valorização do iene, flexibilização monetária "ilimitada" e investimentos públicos de trilhões. (Págs. 1 e A9)
Teles vão ao STF por terceirização
Empresas do setor de telefonia e fornecedores de serviços de call center têm preferido fechar acordos em processos trabalhistas para evitar novos precedentes contrários à terceirização no Tribunal Superior do Trabalho (TST). As teles, ao lado de companhias de energia, levaram a discussão ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de reclamações. Pelo menos quatro liminares já foram concedidas contra decisões de segunda instância e do TST.
As concessionárias de serviços públicos entendem que a legislação permite expressamente a terceirização de atividades inerentes. Para o TST, porém, não é permitido o repasse a terceiros de serviços ligados à atividade-fim das empresas, como o call center. Uma súmula da Corte limita a terceirização à atividade-meio. “O TST, de uma forma retrógrada, não está aceitando a terceirização no país. Por isso, decidimos ir ao Supremo”, diz o advogado José Alberto Couto Maciel, que defende empresas de telefonia e de serviços de call center. (Págs. 1 e El)
Criatividade é saída para importar na Argentina
A Newsan fez nome na Argentina fabricando telas para televisores de plasma e câmeras JVC. Mas, no ano passado, a companhia de eletrônicos se ramificou numa direção surpreendente: criou uma empresa para pescar, congelar e exportar camarões e merluzas. A decisão não faz parte do plano estratégico da companhia. É uma artimanha para contornar as políticas macroeconômicas cada vez mais heterodoxas da Argentina.
No ano passado, o governo Cristina Kirchner, para conter a saída de dólares, adotou uma nova política de comércio que permite importações de produtos estrangeiros somente se elas forem igualadas por exportações. (Págs. 1 e B10)
Até polpa de tomate pode vir da China
As empresas de atomatados que fabricam molhos, purês, extratos e catchups - um segmento que movimenta, em média, R$ 2,6 bilhões anuais no país - terminam o ano na torcida para que nada de errado aconteça com a próxima safra de tomates industriais, a ser plantada entre fevereiro e maio e colhida entre junho e setembro. Em 2012, a colheita teve queda de quase 30%, ou 350 mil toneladas, para 1,2 milhão de toneladas.
Se houver nova quebra de safra, a indústria terá de importar polpa de tomate da China e do Chile, tradicionais fornecedores. Nos últimos meses, o produto subiu mais de 33%, de US$ 750 para US$ 1 mil por tonelada. (Págs. 1 e B12)
Confiança da indústria em alta
O índice de Confiança da Indústria da FGV avançou 1,1% entre novembro e dezembro, mantendo-se acima da média histórica de 60 meses, de 104,9 pontos, pelo terceiro mês consecutivo. (Págs. 1 e A2)
Baixo impacto de concessões
Os pacotes de rodovias, ferrovias e portos deverão elevar a taxa de investimento em 0,6 ponto percentual do PIB, nos cinco primeiros anos de execução, segundo Carlos Campos Neto, coordenador do Ipea. (Págs. 1 e A4)
Atraso do saneamento
O governo federal pode rever metas e prazos do Plano Nacional de Saneamento Básico, que prevê investimento de R$420 bilhões. Ele deveria ter sido iniciado em 2011, mas ainda não saiu do papel. (Págs. 1 e A4)
Teles reagem à Anatel
Recorrer à Justiça contra decisões da Anatel é prática corrente das operadoras de telefonia. Levantamento feito por advogados da agência mostra que 57% dos valores de multas aplicadas entre 2000 e 2012 estão suspensos judicialmente. (Págs. 1 e B3)
Corte na defesa agropecuária
A proposta de Orçamento de 2013 enviada ao Congresso prevê redução de 13% nos recursos destinados ao sistema brasileiro de defesa agropecuária — no qual estão alocadas, por exemplo, as ações contra a febre aftosa no rebanho bovino. (Págs. 1 e B12)
Forte queda do dólar
O dólar teve ontem a maior baixa em seis meses após o Banco Central surpreender o mercado com dois leilões de swap cambial em pouco mais de uma hora, logo no início do dia. A moeda fechou em queda de 1,35%, a R$ 2,050. (Págs. 1 e C2)
Ideias
Marcus André Melo
A fragmentação do poder impede a dominância de forças majoritárias — flagelo que assola as novas democracias. (Págs. 1 e A6)
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