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quarta-feira, março 07, 2007

CESTA BÁSICA: NEM TÃO "BÁSICA" !!!


Cesta básica acumula alta de 3,17% no ano;

O tradicional ‘cafezinho’ pesou no bolso do curitibano em fevereiro. Com aumento de 26,15%, foi o item que mais subiu na cesta básica da capital paranaense, seguido pela batata e pelo tomate. O resultado foi o aumento de 1,77% no custo dos alimentos no mês passado - a segunda alta consecutiva. Com isso, a cesta básica acumula elevação tanto no ano (janeiro e fevereiro), de 3,17%, quanto nos últimos 12 meses (8,85%).
Conforme divulgação feita ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), dos 13 itens que compõem a cesta básica de Curitiba, seis registraram aumento; seis, queda, e um item permaneceu estável. Em período de entressafra, o café foi o produto que mais pressionou o orçamento familiar, com alta de 26,15% - o preço médio do quilo passou de R$ 8,74 em janeiro para R$ 11,01 em fevereiro.
De acordo com o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, a alta do preço do café foi generalizada: 13 das 16 capitais pesquisadas pela entidade registraram aumento, sendo que a maior variação foi verificada em Curitiba. “O novo preço não deve se sustentar neste patamar. Em Curitiba, o café subiu muito mais do que em outras capitais”, apontou. Ainda segundo o economista, a alta foi verificada no varejo e não para o produtor. “Para o produtor, a alta foi de 6% a 7%.” (...) Outros produtos que ficaram mais caros em fevereiro foram arroz (alta de 3,13%), pão (1,44%) e óleo de soja (0,41%). Na outra ponta, tiveram queda de preços o leite (-12,90%) - depois da alta de 12,73% em janeiro, o que demonstra um realinhamento de preço -, a farinha de trigo (-4,13%), a banana (-1,59%), a carne (-1,46%), a manteiga (-0,92%) e o açúcar (-0,68%). Já o preço do feijão permaneceu o mesmo em fevereiro, na comparação com janeiro: R$ 1,89 o quilo, em média. (...) O levantamento divulgado ontem pelo Dieese mostra que o salário mínimo deveria ser de R$ 1.562,25 no mês passado, para suprir as necessidades básicas do trabalhador e da família. Para chegar a este valor, o instituto se baseou na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de fevereiro, realizada pela instituição em 16 capitais do Brasil. (Paraná Online).

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