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segunda-feira, abril 30, 2007

PF & "SANGUESSUGAS": O RETORNO (EM AMBULÂNCIAS?...)

PF planeja indiciar mais 9 no caso ‘sanguessugas’:

Nos próximos dias, o escândalo das sanguessugas vai voltar ao noticiário. A Polícia Federal prepara-se para indicar pelo menos mais nove congressistas, sob acusação de envolvimento com a máfia das ambulâncias. São parlamentares que, de acordo com a PF, injetaram no Orçamento do Ministério da Saúde emendas destinando dinheiro público para a compra de ambulâncias superfaturadas. Confirmando-se os novos indiciamentos, subirá para 42 o número de políticos –entre parlamentares e ex-parlamentares—acusados formalmente de envolvimento com a máfia das ambulâncias, comandada pela Planam, empresa de Mato Grosso, que tem como sócios Darci Vedoin e Luiz Antonio Vedoin, pai e filho. A grossa maioria dos novos políticos tratados como suspeitos pela PF pertence aos quadros de partidos do consórcio que dá suporte ao governo Lula no Congresso. Os dois nomes mais vistosos da nova leva de investigados são os do senador Magno Malta (PL-ES) e o do deputado Nélio Dias (PP-RN). Nélio é presidente do PP. Nessa condição, ele tem assento no Conselho Político, organismo que congrega os dirigentes dos 11 partidos que compõem a coalizão lulista. Reúnem-se periodicamente com Lula, no Palácio do Planalto. A exemplo dos outros acusados, os novos candidatos a indiciamento negam ter recebido propinas em troca de emendas orçamentárias. O caso de Magno Malta chegou a ser analisado pelo Conselho de Ética do Senado, na legislatura passada. Embora acusado de ter ganhado um carro da quadrilha, o senador foi inocentado por seus pares.
Por ora, figuram no rol dos indicados os seguintes políticos: 1) Benedito Dias (PP-AP), 2) Jonival Lucas (PTB-BA), 3) Neuton Lima (PTB-SP), 4) Edna Macedo (PTB-SP), 5) Nilton Capixaba (PTB-RO), 6) Ricarte de Freitas Júnior (PTB-MT), 7) Almeida de Jesus (PL-CE), 8) Júnior Betão (PL-AC), 9) Amauri Gasques (PL-SP), 10) João Correia (PMDB-AC), 11) Teté Bezerra (PMDB-MT), 12) Reginaldo Germano (PP-BA), 13) João Grandão (PT-MS), 14) César Bandeira (sem partido, ex-PFL), 15) Vanderlei Assis (PP-RJ), 16) Paulo Feijó (PSDB-RJ), 17) Celcita Pinheiro (PFL-MT), 18) Ney Suassuna (PMDB-PB), 19) Lino Rossi (PP-MT), 20) Marco Abramo (PP-SP), 21) Enivaldo Ribeiro (PP-PB), 22) Ildeu Araújo (PP-SP), 23) Benedito Dias (PP-AP), 24) Gilberto Nascimento (PMDB-SP), 25) João Batista (PP-SP), 26) Almerinda Carvalho (PMDB-RJ), 27) Agnaldo Muniz (PP-RO), 28) Dr. Heleno (PSC-RJ), 29) Almir Moura (sem partido-RJ), 30) Jefferson Campos (PTB-SP), 31) José Divino (sem partido-RJ), 32) João Mendes (sem partido-RJ), 33) Coronel Alves (PL-AP), 34) Josué Bengtson (PTB-PA).
A PF faz agora uma distinção processual. Trata separadamente os sanguessugas que foram barradas nas urnas de 2006 e os reeleitos. Pela lei, os detentores de mandato só podem ser processados e julgados no STF. Na semana passada, adotou-se no Conselho de Ética da Câmara um entendimento que sinaliza a falta de disposição do Congresso para remexer no baú de suspeições da legislatura passada. Decidiu-se que os congressistas reeleitos, ainda que suspeitos, não são passíveis de julgamento. Teriam sido “absolvidos” pelos eleitores. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

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