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segunda-feira, outubro 29, 2012

6 DE NOVEMBRO. SANDY: UM DIA DE (fura)CÃO



Sandy abala até os planos de Obama

Sandy atrapalha corrida eleitoral


Correio Braziliense - 29/10/2012
 

Previsão de tempestades muda a agenda da campanha norteamericana, às vésperas da eleição. No Brasil, voos com destino aos EUA foram cancelados.

Chegada iminente de furacão muda agenda política e pode influenciar resultado do pleito. Presidente faz alerta
Às vésperas das eleições presidenciais, que serão realizadas em 6 de novembro, o cenário político perdeu força para o furacão Sandy. O fenômeno natural se aproxima da Costa Leste, com previsão de tempestades, inundações e cortes de energia prolongados, que podem atrapalhar o pleito. Ontem, o presidente Barack Obama visitou a Agência Federal de Situações de Emergência (Fema), em Washington, antes de participar de um evento na Flórida. O furacão alterou a agenda do candidato democrata, assim como os compromissos do republicado Mitt Romney, que transferiu a campanha do estado da Virgínia para Ohio, um dos poucos divididos, que vão decidir o resultado das eleições.
A corrida presidencial, até agora empatada, pode ser influenciada pelo furacão. De acordo com especialistas, os danos provocados por desastres naturais deverão ser debitados na conta de Obama, pois os eleitores costumam culpar quem está no cargo pelas adversidades. Uma pesquisa de Larry Bartels, da Universidade de Vanderbilt, e de Christopher Achen, da Universidade de Princeton, constatou que, desde 1896, secas ou inundações extremas custaram aos candidatos à reeleição 1,5 ponto percentual do total de votos. Eles afirmam que os estragos decorrentes de uma estiagem prolongada e de fortes tempestades podem ter sido decisivas nas eleições de 2000, quando o então vice-presidente Al Gore perdeu em sete estados para o republicano George W. Bush.
Romney, porém, não deve explorar essa situação, pois os especialistas afirmam que eleitores podem achar que ele se aproveita de um desastre para ganhar votos. Em setembro, por exemplo, os republicanos foram bastante criticados por atacar Obama depois de ataques contra missões diplomáticas americanas no Oriente Médio. Tanto democratas quanto republicanos têm a perder com o furacão, pois, como nos EUA o voto não é obrigatório, tempestades poderão afastá-los das urnas.
SeriedadeNo Fema, Barack Obama pediu à população para levar "muito a sério" o perigo do furacão. "Essa é uma tormenta grande e séria e minhas primeiras palavras para todos da Costa Leste são: é preciso considerar isso muito seriamente. Sigam as instruções das autoridades estaduais e locais, que vão lhes dar a melhor informação em termos de como enfrentar essa tormenta nos próximos dias", afirmou.
A chegada iminente do furacão levou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a ordenar cancelamento de centenas de voos, além da retirada preventiva de 375 mil pessoas. A evacuação incluiu as áreas de Coney Island e Red Hook (Brooklyn), Rockaway Beach e quase toda a costa de State Island. Nova York também suspendeu a rede de transporte público, incluindo o metrô, às 19h, antes que o Sandy avance entre Delaware e Nova Jersey.
Apoio revelado
No editorial de ontem, o jornal The New York Times manifestou apoio à reeleição do presidente Barack Obama. De acordo com o periódico, o governo democrata realizou a maior reforma do sistema de saúde desde 1965, evitou o agravamento da recessão econômica e evitou novos conflitos externos. "Apoiamos com entusiasmo um segundo mandato do presidente Barack Obama e expressamos esperança de que sua vitória seja acompanhada de um novo Congresso disposto a trabalhar a favor das políticas de que os americanos necessitam", disse o editorial.
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