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segunda-feira, outubro 29, 2012

ELEIÇÕES 2012, 2014 E O CLAMOR DAS URNAS



PSDB tende para Aécio e PSB avança

PSDB aposta na renovação para 2014


Autor(es): Por Raymundo Costa | De Brasília
Valor Econômico - 29/10/2012
 

Para o PSDB, encerradas as eleições municipais, é hora de repensar e - em alguns Estados - "refundar" o partido. A perda de São Paulo para o PT reforça o plano de renovação do partido com vistas à eleição presidencial de 2014. Atualmente, o futuro do PSDB aponta para o senador mineiro Aécio Neves, neto e herdeiro político de Tancredo Neves, que lidera o segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais.
Já o PSB do governador Eduardo Campos (PE) ganhou força para 2014 por ter sido o partido que mais avançou, sobretudo pelo desempenho nos grandes municípios. A fatia do eleitorado administrada pelo partido passou de 7,6 milhões de pessoas para 15,3 milhões nos últimos quatro anos.

Aécio Neves visitou cinco cidades nesse segundo turno, nem sempre para apoiar os candidatos do PSDB
Para o PSDB, o fim das eleições municipais é a hora para repensar e - em alguns Estados - "refundar" o partido. Os tucanos se mantiveram como a segunda força em número de prefeitos, embora tenham diminuído em número de votos no país. Entraram também em currais eleitorais do PT no Norte e Nordeste. Mas perderam a Prefeitura de São Paulo, o maior reduto de votos do PSDB nas últimas eleições. Um desastre que só reforça os planos de renovação de quadros, do discurso político-programático e do projeto de retomada da Presidência da República.
Atualmente, o futuro do PSDB aponta para o senador mineiro Aécio Neves, neto e herdeiro político de Tancredo Neves, o presidente que morreu antes de tomar posse, depois de se eleger indiretamente no Colégio Eleitoral e por fim a 21 anos de ditadura militar no país, em 1985.
Aécio não é apenas um nome a mais na disputa. Além da liderança que exerce sobre o segundo maior colégio eleitoral brasileiro, Minas Gerais, carrega na bagagem a marca do drama de Tancredo, cujo martírio comoveu o país. É um bom produto de marketing.
O projeto do PSDB para retomada do poder tem cinco etapas. A primeira delas é o realinhamento político-programático. do partido. Não se trata de um resgate dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. A oportunidade passou, poderia ter acontecido em 2002 e 2006, mas o ex-presidente foi "escondido" pelo partido nas duas campanhas. Em 2010 o Plano Real era já uma lembrança desbotada na memória do eleitor.
O desafio do PSDB é achar um discurso anti-PT sem necessariamente ser anti-Lula e tudo o que o ex-presidente representa para a população, especialmente os mais pobres. 
Um espaço, aliás, que vem sendo ocupado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, um nome, a exemplo de Aécio, também com pedigree político: é neto do mítico Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, morto em 2005.
"Terminado o processo eleitoral, vamos repensar ou pensar no que fazer", diz o presidente em exercício do PSDB, o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman (SP). "Vamos analisar o resultado não só do ponto de vista quantitativo, como também qualitativo, e as razões do que aconteceu". Segundo Goldman, "só uma coisa é certa: continuamos na oposição e vamos escolher um candidato para vencer em 2014".
A segunda etapa é a massificação desse novo discurso, por meio dos programas partidários. São 10 minutos de rádio e TV e 40 inserções comerciais em cada semestre. No que depender do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afastado temporariamente por motivo de doença, "pelo menos o perfil do candidato" deve ser exibido já no programa do primeiro semestre de 2013. O figurino de Guerra tem as medidas exatas de Aécio.
O terceiro passo é a pré-escolha do candidato. No fim do primeiro ou início do segundo semestre de 2013. Essa é a posição de Guerra, de Aécio e de seu grupo mais próximo de deputados, como o secretário-geral Rodrigo de Castro e o presidente do diretório mineiro, Marcus Pestana.
Pelo cronograma, a quarta etapa é a costura de alianças, no primeiro semestre de 2014. A quinta e última etapa será o processo eleitoral propriamente dito.
"O Aécio é um mestre na administração do tempo", diz Pestana. "O doutor Tancredo (Neves) já dizia que o candidato não pode ficar no sereno por muito tempo". Já nessas eleições municipais, o pré-candidato Aécio visitou cidades em 20 Estados, no primeiro turno, e outras cinco no segundo turno, nem sempre para apoiar nomes do PSDB. "Essa eleição deixou muito clara a disposição do Aécio em liderar a oposição", diz Rodrigo de Castro.
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Até a indicação será preciso atravessar 2013 e metade de 2014. Em política, é muito tempo. E as dificuldades não são pequenas. O PSDB precisa administrar São Paulo: a derrota de Serra deixa Geraldo Alckmin encurralado pelo PT e com "as barbas de molho" e as atenções divididas. "É um resultado realmente ruim para a gente por projetar no futuro uma pressão maior em São Paulo. Tira a estabilidade do nosso principal eixo", diz Rodrigo.
Serra vai esperar a poeira assentar antes de decidir o que fazer. O senador Álvaro Dias, do Paraná, defende a realização de primárias ou de prévia para a escolha do candidato. O PSDB já recadastrou 100 mil filiados e espera concluir o trabalho em meados de 2013. Uma comissão técnica do Senado aprovou, em caráter terminativo, um projeto que prevê primárias no país. Mas a senadora Marta Suplicy (PT-SP) recorreu ao plenário.
Serra deixou a prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo, em 2006, para atender uma missão partidária. O PSDB não tinha outro nome competitivo para manter o governo do Estado. Serra não queria concorrer agora em 2012. Mas sua candidatura foi necessária para caracterizar efetivamente o PSDB na disputa. O acordo tácito era que, eleito, cumpriria todo o mandato.
Serra, segundo as avaliações mais secretas do PSDB foi vítima de um possível fim de ciclo tucano em São Paulo. É uma situação que está sendo avaliada e recomenda o "realinhamento político-programático". É dado como certo que o fato de ter deixado a prefeitura antes do fim do mandato, em 2006, e a desaprovação do governo Gilberto Kassab foram bastante para a derrota. Mas no PSDB Serra não é considerado "um morto político".
Ninguém com cerca de 30% dos votos de São Paulo - o que Serra teve no primeiro turno - pode ser considerado "morto politicamente", diz tucanos de todas as plumagens.
"Morte políticas", nos termos considerados pelos tucanos, não são muitas. Casos lembrados: Cristiano Machado, abandonado em 1950 pelo PSD - vem daí o termo "cristianização" de um candidato -, na disputa com Getúlio Vargas; Carvalho Pinto, que em 1974 perdeu a eleição para o Senado para Orestes Quércia, o primeiro sinal de que a ditadura militar estava se esgotando; e Laudo Natel, quando, em 1978, perdeu para Maluf a convenção da Arena que indicou (o que era praticamente uma nomeação) o candidato da sigla ao governo do Estado no Colégio Eleitoral.
Nem mesmo Paulo Maluf (PP-SP), cuja morte política foi várias vezes decretadas, após denúncias de corrupção, temporada na cadeia e a descoberta de dinheiro seu no exterior. Ele ainda tem influência sobre parte do eleitorado paulistano. Tanto que foi procurado para uma aliança "envergonhada" pelo PT.
Antes de ser contado o último voto das eleições, Serra já fazia avaliações sobre o seu futuro político. O tucano pode ser candidato ao Senado, em 2014, na vaga do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), outro nome que os tucanos consideram em fim de ciclo. Pode também ser candidato a deputado federal. Mas Serra já foi secretário de Estado, deputado federal, senador e ministro. O cargo que lhe falta - e ele ambiciona - é a Presidência da República. É ainda um problema para Aécio, apesar da maioria atual do mineiro no PSDB. Entre os dois ficaram mais do que mágoa das disputas nas quais se envolveram nos últimos anos.

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