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segunda-feira, outubro 22, 2012

''A GENTE NÃO QUER SÓ'' ÍNDICES...



Competitividade baixa e ameaçada



Autor(es): Jorge J. Okubaro
O Estado de S. Paulo - 22/10/2012
 

Um interessante relatório divulgado recentemente por uma empresa internacional de consultoria trouxe elementos novos para se aferir a competitividade do Brasil e compará-la com a de outros países.
Estudos divulgados com regularidade nos últimos anos, como o              Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial e o Doing Business do Banco Mundial, não deixam dúvidas de que, no País, há muitas dificuldades para operar uma empresa e muitos obstáculos para o crescimento mais rápido da economia.
Sistema tributário complexo e peso excessivo dos impostos sobre a atividade econômica, infraestrutura precária, alto custo da folha de pagamentos, ambiente regulatório inconstante e gerador de incertezas e burocracia excessiva estão entre os fatores que reduzem a capacidade da economia brasileira de atrair capitais.
Ressalve-se, porém, que, apesar de apresentar esses e outros inconvenientes que podem afugentar o capital, o País oferece atrativos, como o potencial do mercado interno e a disponibilidade de j mão de obra de custo relativamente baixo, que têm assegurado o forte ingresso de investimentos estrangeiros. É claro que, se não houvesse tantos obstáculos, o fluxo seria muito mais intenso.
Além de enfatizar problemas conhecidos, o trabalho Competitive Alternatives, elaborado pela empresa de consultoria KPMG, compara a competitividade do Brasil com a de um grupo selecionado de países, entre os quais os frequentemente apontados como os mais promissores em termos de crescimento, como China, Rússia, México e índia, além dos mais desenvolvidos.
O principal critério para a comparação da competitividade desses países é o custo dos negócios.
O trabalho calcula quanto o custo nos demais países é maior ou menor do que nos Estados Unidos, tomados como referência. Há um índice geral de custos e outros específicos, envolvendo carga tributária, transportes, trabalho, entre outros itens. O estudo compara também custos das operações digitais das empresas, dos investimentos em pesquisa e " desenvolvimento e dos serviços corporativos. Tomando-se como critério de comparação o índice global, o Brasil é mais competitivo do que os países industrializados, mas perde para aqueles com os quais vem disputando mercados e investimentos, como os já citados.
Observe-se que              o estudo leva em conta vários fatores conhecidos que tornam a economia brasileira pouco competitiva, combinando-os de um modo inovador, mas trata basicamente de elementos mensuráveis, que de algum modo podem ser transformados em valores monetários. Há outros, porém, que não são conversíveis em moeda, mas, cuja importância para a determinação da competitividade de um país não pode ser ignorada.
O grau de preocupação e a eficácia com que governos e empresas lidam com a inovação estão ; entre esses fatores. A disponibilidade de infraestrutura, como energia, telecomunicações, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, também deve ser levada em conta. O padrão demográfico é outro fator, pois a participação | dos jovens na população total e | sua evolução indicam a disponibilidade presente e futura de mão de obra e a mudança do mercado de consumo.
Há, ainda, outro componente da competitividade que não pode ser mensurado no presente, mas que, com certeza, será determinante para o desempenho futuro de uma economia. Trata-se do nível de instrução e da habilidade da mão de obra.
Sobre essa questão, o estudo observa que o acesso à educação é cada vez mais facilitado na maioria dos países com grande : potencial de crescimento. “No entanto, à medida que a demanda por trabalhadores instruídos cresce mais depressa do que a capacidade do sistema educacional, surgem problemas tanto com relação à qualidade de ensino em certas áreas como a falta de preparo em outras”, adverte o relatório.
O problema não se limita aos países de rápido crescimento examinados no estudo da KPMG. Ele é particularmente grave nos países em desenvolvimento. Nestes, a geração de empregos é de importância capital para a redução da pobreza. Para o crescimento rápido de suas economias, porém, eles precisam criar empregos mais produtivos em quantidades crescentes, pois são estes que permitem o aumento rápido da renda - mas, em contrapartida, exigem profissionais mais qualificados.
Surge, então, um problema adicional, o de preparo desses trabalhadores. O quadro, em nível mundial, é preocupante. Relatório da Unesco mostra que, só nos países em desenvolvimento, 200 milhões de pessoas com idade entre 15 e 24 anos não completaram o ensino fundamental Destes, dos que estão empregados, mais de um quarto recebe menos de j US$ 1,25 por dia, renda que define a linha de pobreza.
Esses números mostram que a qualificação dos jovens para o mercado de trabalho significa bem menos do que assegurar-lhes acesso ao ensino superior.
Eles precisam de noções básicas de leitura, de escrita, de conhecimentos matemáticos que os habilitem para o trabalho. O problema não é de quantidade, não se trata apenas de estatística, mas sobretudo de qualidade.
Isso se aplica perfeitamente ao caso brasileiro. “Se o aluno não consegue entender o que lê, não faz um ensino médio ou profissionalizante satisfatório e, logo, não fica preparado para o mercado de trabalho” disse a este jornal a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Rebeca Otero.
Por isso, embora não se destine a nenhum país em particular, a advertência do Competitive Alternatives a respeito da incapacidade do sistema educacional tradicional de atender à demanda crescente do mercado por mão de obra treinada parece feita ao Brasil, que já sente a carência de profissionais qualificados.

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