PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, novembro 23, 2012

BRASIL/NOVA CLASSE MÉDIA [In:] AS MENTIRAS DE PINÓQUIO



A ainda frágil ascensão da nova classe média



Valor Econômico - 23/11/2012
 

O crescimento da classe média brasileira nos últimos anos, alardeado como uma conquista da série "nunca antes na história deste país", é na verdade um fenômeno que aconteceu em toda a América Latina e Caribe a partir do ano 2000, revela o estudo "Mobilidade econômica e a ascensão da classe média latino-americana", que acaba de ser divulgado pelo Banco Mundial. Algo semelhante aconteceu em outros países emergentes como a Rússia, onde a classe média é atualmente mais da metade da população; e na China, onde cresceu oito vezes em uma década.
Uma combinação de estabilidade econômica, crescimento e redução da desigualdade foi a responsável pelo aumento de 50% da classe média na América Latina e Caribe, entre 2003 e 2009, segundo o estudo do Banco Mundial. A classe média passou de 103 milhões para 152 milhões de pessoas nesse período e passou a constituir 30% da população do continente. No mesmo espaço de tempo, o percentual de pobres na população caiu de 44% para 30,5%, praticamente igualando-se à classe média. Pela primeira vez na história há quase tantas pessoas da classe média na América Latina (152 milhões) quanto na pobreza (158 milhões) depois de décadas de persistente desigualdade. Na década anterior, o número de pobres era duas vezes e meia maior.
Mas entre os pobres e a classe média está a maior fatia da população, 37,5% do total, que o Banco Mundial qualificou de vulneráveis, grupo com risco elevado de cair na pobreza, mas que pode, porém, ascender, caso as condições adequadas se apresentem. A classe alta representa apenas 2% da população.
O Banco Mundial usou a renda per capita como critério de classificação. Os pobres ganham até US$ 4 por dia; os vulneráveis, de US$ 4 a US$ 10; a classe média, de US$ 10 a US$ 50; e a elite, acima disso. Os vulneráveis têm mais de 10% de chance de voltar à pobreza.
As famílias latino-americanas que ascenderam vivem, tipicamente, nas cidades, têm um chefe com maior escolaridade e emprego formal, e encolheu de 3,3 para 2,9 pessoas, de 1999 a 2009.
Para os economistas do Banco Mundial, o crescimento econômico, traduzido na elevação da renda per capita média, foi o principal responsável pela redução da pobreza e aumento da classe média neste século na América Latina e Caribe. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita da América Latina e Caribe aumentou a taxas anuais de 2,2% entre 2000 e 2010, depois de ter crescido apenas 1,2% nos anos 1990 e encolhido 0,2% na década de 1980. Neste século, a desigualdade de renda diminuiu em 12 dos 15 países da região pesquisados.
Já os especialistas brasileiros afirmam que a redução da desigualdade é o que principalmente explica o que ocorreu no Brasil. O Banco Mundial reconhece em parte essa influência e vê uma "clara associação" entre crescimento mais rápido do PIB e maior mobilidade de renda.
A diretora do Banco Mundial para o Brasil, América Latina e Caribe, Deborah Wetzel, disse que o país é um dos que apresentaram maiores mudanças e foi responsável por 40% do crescimento da classe média na América Latina. Mas as estatísticas apresentadas pela instituição são menos favoráveis que as feitas pelo governo brasileiro. Em setembro, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) divulgou que a maioria da população brasileira já era classe média. Estudo apresentado pela SAE registrou que, nos últimos dez anos, a classe média saltou de 38% para 53% da população brasileira, enquanto a baixa recuava de 49% para 28%; e a alta aumentava de 13% para 20%.
Para o Banco Mundial, porém, a maior parte da população brasileira está na zona cinzenta dos vulneráveis, que representam aproximadamente 38% e somados aos pobres (28%) constituem dois terços da população. A classe média chega a 32%; e a classe alta, cerca de 3% (Valor, 14/11). As contas divergem principalmente por causa dos critérios diferentes para classificar as classes sociais. A classificação brasileira para classe média engloba parcela da população que o Banco Mundial considera na faixa dos vulneráveis.
Mais importante do que uma disputa em torno de critérios, porém, é conclusão de que essas conquistas ainda são frágeis e podem ser revertidas pela persistência da crise internacional. Não basta tirar a população da pobreza. É preciso garantir que ela não volte a essa condição. Não se pode esquecer que um terço da população pelos dois critérios ainda está na pobreza.
------

Nenhum comentário: