PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quinta-feira, maio 31, 2007

O FLAUTISTA E OS RATOS (IRMÃOS GRIMM)


XÔ! ESTRESSE: OU NECESSARIAMENTE, "XÔ, XÔ!!!"




[Chargistas: Angeli, Zope, João Bosco, Lute].

31 DE MAIO: DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA O TABAGISMO

Ref:World Health Organization (2003). World Health Report 2003. Chapter6; Neglected epidemic: three growing threats . Último acesso: novembro 2006; Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ultimo acesso novembro de 2006; Ministério da saude. Secretaria de Assitencia à Saude . Instituto da incidência e mortalidade por Câncer, Rio de janeiro, Inca, 2002; American Cancer Society. Guide to Quit Smocking .

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Renan entrega documentos à Corregedoria e admite falta de recibos, diz advogado. O advogado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Ferrão, entregou hoje ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), documentos que comprovariam a origem do dinheiro utilizada pelo seu cliente para o pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso --com quem Renan tem uma filha. (...) O senador apresentou sua defesa ao Senado, mas não mostrou todos os documentos que comprovariam os pagamentos e a origem dos recursos. G.Guerreiro, Folha Online.
Ésper se filia ao PTB e quer ser vereador. O estilista e apresentador de televisão Ronaldo Ésper anunciou na quarta-feira (30) que vai se filiar ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Ésper, detido em janeiro de 2007 após ser acusado de furtar vasos do cemitério do Araçá, em São Paulo, quer ser candidato a vereador na capital paulista nas eleições de 2008. O PTB é presidido nacionalmente pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, que em 2005 denunciou o esquema do mensalão e teve o mandato cassado pela Câmara. Ésper, que ainda responde na Justiça pelo suposto furto dos vasos do cemitério, já havia anunciado a disposição de concorrer a um mandato de vereador na Câmara paulistana durante as eleições municipais de 2008. G1, Roney Domingos, SP.
Tuma já descarta investigação. Se depender do corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma(DEM-SP), e do novo presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), não será investigado pelas denúncias de que pagou com dinheiro de Cláudio Gontijo, funcionário da empreiteira Mendes Júnior, uma ajuda de custo para a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos. “Fiz uma primeira análise dos documentos contábeis entregues pelo senador Renan e eles têm consistência, são muito fortes”, informou Tuma. O corregedor precisou de apenas algumas horas para concluir pela inocência de Renan. Leonel Rocha, Correio Braziliense.

OPERAÇÃO NAVALHA "et. al.": ENQUANTO ISSO NO SENADO ... (II)

´Não vai ter investigação no Conselho de Ética´, diz ACM.

A apresentação de documentos sobre a movimentação financeira do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) nesta quarta-feira fortaleceu a disposição do Senado de não abrir processo contra ele no Conselho de Ética da Casa. Segundo o senador Antônio Carlos Magalhães , "não vai ter investigação no Conselho de Ética". A análise geral é de que a instauração de uma investigação interna por quebra de decoro ficaria condicionada ao surgimento de novos fatos. "Não tem nenhuma coisa concreta para abrir (um processo no Conselho de Ética)", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), negando que haja um acordo para "blindar" o presidente da Casa. Na terça-feira, o PSOL apresentou no Conselho de Ética uma representação contra Renan com base em reportagem da revista Veja, segundo a qual Cláudio Gontijo, funcionário e suposto lobista da construtora Mendes Júnior, seria o responsável pelos pagamentos de pensão alimentícia à ex-apresentadora de TV Mônica Veloso, com quem o peemedebista tem uma filha de três anos. Na manhã desta quarta, o advogado de Renan Calheiros apresentou ao corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (DEM-SP), recibos, extratos bancários e declaração de imposto de renda do parlamentar para provar que os recursos saíram da conta do senador. "Do que pude ver, tem muita coisa consistente, inclusive dois recibos", afirmou Tuma, recorrendo ao direito de não revelar detalhes da documentação por conta do segredo de justiça pelo qual corre o processo. Politicamente, tanto representantes do governo quanto da oposição querem evitar a exposição da Casa, mas também não estão dispostos a jogar o colega da fogueira. "Amanhã, qualquer um pode ser acusado. Quem acusa, tem o ônus da prova", disse a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), referindo-se à ex-apresentadora. "Sem provas, não dá para abrir uma investigação", acrescentou. Somente o senador Jefferson Péres (PDT-AM) defendeu publicamente o afastamento de Renan. Contra ele, no entanto, há um conjunto extenso de parlamentares tratando do assunto com mais cautela e solidariedade. Reuters, Estadão.

OPERAÇÃO NAVALHA "et al.": ENQUANTO ISSO, NO SENADO...

Senado confirma aumento a parlamentares. (*)

O Senado aprovou nesta quarta-feira (30) o aumento salarial dos deputados e senadores e ainda do presidente da República, do vice e dos ministros. A aprovação foi simbólica e discreta, sem alarde. O reajuste agora vai à promulgação do Congresso Nacional. Segundo a secretaria-geral do Senado, basta apenas a assinatura do presidente do Casa, Renan Calheiros (PMDB -AL), sem a necessidade de sessão porque se trata de um decreto legislativo, para que os aumentos sejam promulgados. O que, segundo a secretaria, deve ocorrer ainda nesta semana. Após isso, a promulgação é publicada no Diário Oficial do Congresso.O projeto já havia sido votado pelos deputados. Os salários subirão em 28,5%. O reajuste é retroativo a 1º de abril. A proposta aprovada eleva os salários dos parlamentares de R$ 12.847,20 para R$ 16.512,09. Já o salário do presidente da República sobe de R$ 8.885,45 para 11.420,21. O vice-presidente e os ministros, que ganham hoje R$ 8.362,00, passam a receber R$ 10.748,43. Segundo os parlamentares, esses reajustes representam a correção da inflação entre dezembro de 2002 e março deste ano. Com essa votação, o Congresso tentar pôr fim à polêmica do aumento salarial depois da tentativa dos parlamentares de reajustar os próprios salários em 91% no fim do ano passado. Pressionados, os deputados recuaram e decidiram aplicar a correção da inflação. Um deputado custa atualmente, de R$ 93 mil a R$ 105 mil mensais, dependendo do estado que representa. Além do salário mensal de R$ 12.847,20, um deputado recebe um décimo terceiro salário, além de R$ 15 mil de verba indenizatória (para pagar escritório político onde foi eleito, combustível, jantares, viagens, entre outras coisas), R$ 3 mil de auxilio-moradia, R$ 50.815,00 de verba de gabinete para contratar funcionários, R$ 4.268,00 para telefones e correios, e mais dois salários de R$ 12.847,00, um no início do ano e outro no final, como ajuda de custo. Somando os benefícios e dividindo os três salários extras por 12 meses, os deputados custam, mensalmente, R$ 89 mil por mês. Acrescentam-se ainda o gasto com passagens aéreas. Os deputados de Roraima têm direito a R$ 16,5 mil por mês em passagens, o maior valor na Câmara. Os parlamentares do Distrito Federal podem usar até R$ 4,1 mil, o menor valor, enquanto os de São Paulo, por exemplo, utilizam até R$ 9,3 mil. Ou seja: um deputado de Roraima chega a custar, por mês, R$ 105 mil, enquanto o paulista, R$ 98 mil, e o da capital, R$ 93 mil. Já os 81 senadores têm direito, cada um, além do salário, a R$ 3 mil de auxilio-moradia, R$ 48 mil para contratar assessores, R$ 34 mil para secretários, R$ 15 mil de verba indenizatória, R$ 733,00 para uso da gráfica e R$ 500,00 para telefone residencial. Assim como os deputados, recebem também décimo terceiro salário, e outros dois salários, um no início e outro no fim do ano para ajuda de custos, além de 25 litros de combustível por dia, com carro e motorista, e quatro passagens de ida e volta para seu estado. Leando Colon, G1, Brasília.
____________________
(*) Essa decisão (notícia) é tão aviltante que não havia como "destacar" em vermelho "apenas" alguns detalhes.

OPERAÇÃO NAVALHA/RF: A DEVASSA OU OS DEVASSOS? (*)

Receita Federal devassa patrimônio de suspeitos da máfia das obras.

A Receita Federal já iniciou uma devassa nas contas dos principais envolvidos na Operação Navalha, entre eles o dono da Construtora Gautama, Zuleido Veras, apontado como chefe do esquema. Ao todo, 60 das pessoas citadas e investigadas pela operação da Polícia Federal - acusadas de fraudes em licitações públicas - estão tendo os seus rendimentos submetidos ao pente-fino dos fiscais da Receita. Logo depois de executar os mandados de busca e apreensão, duas semanas atrás, a PF recolheu e catalogou os documentos dos 48 presos e mais 12 envolvidos nas escutas telefônicas e enviou o material aos mesmos auditores do fisco que também já investigam 200 acusados nas operações Hurricane e Têmis. As três operações (Navalha, Hurricane e Têmis) contabilizam, portanto, 260 contribuintes que se transformaram em alvos da fiscalização da Receita. Fontes ouvidas pelo Estado informaram que cruzamentos de dados preliminares dos acusados de chefiar a máfia das obras apontam a existência de fortes indícios de irregularidades do ponto de vista fiscal. Os dados, segundo uma fonte que teve acesso às informações, mostram que havia uma 'festa'. O Estado apurou que a Receita teve de reforçar as equipes que trabalham na fiscalização dos envolvidos nas operações anticorrupção deflagradas pela PF nestes últimos dois meses. Somente depois de concluído o procedimento de fiscalização é que os auditores fazem o auto de infração dos impostos devidos.Esses autos são encaminhados ao Ministério Público com o pedido para que os fraudadores sejam responsabilizados criminalmente. Tradicionalmente, as fiscalizações da Receita, no rastro das operações policiais anticorrupção, se transformam, a partir da aplicação de pesadas multas, na iniciativa com retorno mais eficiente no curto prazo. Um exemplo desse retorno é a Operação Sanguessuga, que não teve ninguém punido pelo Judiciário, mas multou, só a Planam, em R$ 12 milhões por sonegação de impostos. A Planam era a empresa de Luiz Antonio Vedoin que, segundo a CPI dos Sanguessugas, pagava propinas a parlamentares para fazer a venda privilegiada e superfaturada de ambulâncias com verbas públicas para as secretarias de Saúde dos municípios. O escândalo do mensalão rendeu pelo menos R$ 18 milhões em multas aplicadas pelo fisco. O esquema previa ajuda financeira a parlamentares aliados para votarem com o governo. O Supremo Tribunal Federal ainda investiga 40 acusados de envolvimento no esquema. Três deputados foram cassados por conta do escândalo: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).No caso dos Homens da Alerj, um escândalo de 2004 envolvendo deputados e ex-deputados da Assembléia do Rio, houve multas de R$ 3,4 milhões por sonegação. Adriana Fernandes, BRASÍLIA, Estadão.
____________________________
(*) Não confundir com "Os Devassos" (filme), cujo enredo "vis a vis" a trama da Operação Navalha é "estória da carochinha".

OPERAÇÃO NAVALHA: "ORA! E NÃO É QUE É?!"


Lago admite envolvimento de sobrinhos.

O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), negou ter recebido propina da construtora Gautama, apontada como a central do esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos, desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal (PF). Mas admitiu a possibilidade de que os seus sobrinhos, Alexandre Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, tenham participação no esquema. Alexandre e Francisco foram presos durante a investigação sob suspeita de terem recebido R$ 240 mil de propina em nome do tio. Após prestar depoimento à ministra do Superior Tribunal Justiça (STJ) Eliana Calmon, Lago disse lamentar as acusações de participação de seus sobrinhos, e que há "evidências de irregularidades" que precisam ser apuradas. "Foi profundamente lamentável. Havendo a constatação disso, nós esperamos que, além das relações com a Justiça, que seja uma lição. Há evidências de irregularidades que têm que ser apuradas. Estou triste com tudo isso." Indagado por jornalistas se teria recebido dinheiro da Gautama, o governador do Maranhão declarou ter uma vida "honrada e limpa". "Todo o meu patrimônio é um apartamento em que eu e minha mulher moramos e uma caminhonete financiada em 36 meses. Sou um homem de vida limpa, fui um profissional que tive êxito, fui prefeito de São Luís três vezes. Se tivesse amor ao dinheiro e fosse desonesto, teria tido oportunidades. Exijo que examinem minha vida", declarou. Segundo o advogado José Edurado Alckmin, que defende Lago, além desses bens, o governador do Maranhão possui também em seu nome uma casa em São Luís, no valor de R$ 20 mil, comprada por ele, em 1976, para que a ex-sogra morasse. O advogado informou também que Lago vai encaminhar à ministra Eliana Calmon, relatora do inquérito que apura o esquema de corrupção, seus extratos bancários com declaração de bens e o carnê do automóvel que está pagando. No depoimento, segundo Alckmin, o governador ficou surpreso ao ouvir gravações telefônicas feitas pela PF durante as investigações em que seu nome é citado por um dos sobrinhos. "Ele ficou absolutamente surpreso. Claro que já tinha conhecimento dos fatos, mas se surpreendeu. Jamais autorizou alguém a atuar em nome dele." O advogado reiterou que a prisão de Lago não chegou a ser pedida pelo Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, à ministra do STJ. Segundo Alckmin, Eliana Calmon apenas fez uma "observação técnica" em que decidiu não decretar a prisão do governador, o que, também de acordo com o advogado, poderia ter sido decidido por ela, mesmo sem um pedido formal do Ministério Público. Após um breve intervalo para o almoço, a ministra vai ouvir, ainda nesta quarta, o ex-Procurador-Geral do Maranhão Ulisses César Martins e o ex-Ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. G1, Mirella D´elia, Brasília; foto video-matéria.

OPERAÇÃO NAVALHA: RENAN "by" RENAN [NEM COM "MADALENA"?]

Renan mantém sigilo sobre documentos e diz que deseja viver "calvário" sozinho.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira que preferiu manter sob sigilo os novos documentos de sua defesa encaminhados à Corregedoria do Senado para preservar a identidade de pessoas que não têm envolvimento no caso. Ele é acusado de envolvimento com o lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Júnior, que arcaria com o pagamento de pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso --com quem Renan tem uma filha. Renan disse que deseja viver sozinho o "calvário" a que foi submetido depois de ser acusado de utilizar recursos da empreiteira Mendes Júnior para o pagamento dessas despesas. "Meu advogado entregou hoje as últimas respostas que precisavam ser entregues porque dependiam de movimentações bancárias, sigilos fiscais. Não é importante envolver outras pessoas. Esse calvário eu prefiro viver sozinho", disse. Ele disse estar "tranqüilo" em relação à representação por quebra de decoro protocolada pelo PSOL no Conselho de Ética do Senado. "A questão do Conselho de Ética eu estou absolutamente confiante na verdade. A verdade vai preponderar." O PSOL quer apurar se o senador utilizou recursos da empreiteira para o pagamento de pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha de três anos fora do casamento. O presidente do Senado disse que não vai emitir opinião sobre a representação do PSOL. Segundo Renan, cabe ao país e aos senadores julgarem sua conduta. "Com todo o respeito que tenho ao PSOL, eu não tenho nada o que falar. Essa avaliação não é minha, é do país, dos senadores. Eles é que têm que decidir se tudo foi suficientemente respondido", afirmou. O senador reiterou que já apresentou todas as explicações necessárias para comprovar que utilizou seus próprios recursos nos pagamentos a Mônica Veloso. "Não há nada que não tenha sido respondido, nenhum documento que não tenha sido fornecido", afirmou. O advogado de Renan, Eduardo Ferrão, encaminhou hoje à Corregedoria do Senado o restante da documentação que comprovaria os pagamentos de Renan à jornalista. No início da semana, Renan encaminhou documentos à Corregedoria, mas não conseguiu comprovar que usou seus próprios recursos para pagar pensão de R$ 8.000 à jornalista antes de dezembro de 2005 --quando o senador ainda não havia reconhecido a paternidade da filha. O senador mostrou que, desde fevereiro de 2006, desconta em seu contracheque pensão mensal de R$ 3.000 à jornalista. "Não há nada que não tenha sido respondido ou explicado. Não há nenhum documento que não tenha sido fornecido", afirmou. Ao ser questionado se teme que seu nome apareça em novas gravações telefônicas reveladas pela Polícia Federal na Operação Navalha, Renan foi enfático. "Você acha que alguém com a responsabilidade de exercer um cargo de presidente do Senado poderia estar temendo gravação ou algo semelhante que pudesse funcionar nessa direção? Eu disse na tribuna do Senado que responderia por qualquer coisa". Folha Online, Brasília, Gabriela Guerreiro.

quarta-feira, maio 30, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] CLINTON & MONICA "AND" RENAN & MÔNICA





[Chargistas: Glauco, Amorim, Tiago, Marco Jacobsen].

CCJ & INTERNET: DISCUSSÃO DE MARCO REGULATÓRIO

Planalto tenta brecar linha-dura para internet.
Depois de quase 15 anos de acesso público à internet, o Brasil pode ganhar o primeiro marco regulatório da rede no País. Entra em discussão e pode ser votada hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a nova versão do substitutivo ao projeto de lei 76/2000, elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para disciplinar a internet brasileira e punir crimes virtuais. O texto foi mudado depois de uma enxurrada de reclamações, mas a polêmica continua. Durante a sessão de hoje, o governo federal deve pedir vistas do projeto para impedir a votação. No ano passado, a proposta de Azeredo causou furor nos internautas ao sugerir a obrigatoriedade da identificação com CPF e RG para todos os que quisessem usar serviços interativos online, como baixar músicas ou mesmo enviar e-mails. A idéia foi reescrita e outras 39 alterações foram feitas. Novidades, no entanto, garantem a controvérsia. Os provedores de acesso à internet agora deverão guardar por três anos os registros com identificação dos clientes, além de data e hora em que acessaram a rede. O novo texto também obriga provedores a encaminhar denúncias às autoridades sobre possíveis condutas ilegais dos usuários e dá amparo legal para que "profissionais habilitados" de segurança da informação interceptem dados ou invadam redes em legítima defesa. "Simplificando, isso quer dizer que teremos quase um Big Brother virtual, já que os provedores terão de monitorar seus clientes e dedurá-los. Também veremos a atuação de ciberjusticeiros, pessoas que se sintam lesadas por alguma coisa na internet e podem querer revidar no esquema olho por olho", diz o advogado Ronaldo Lemos, criador e diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio. "Os países do primeiro mundo regulamentaram primeiro a internet do ponto de vista civil, para depois estabelecer penas criminais. O Brasil segue o caminho inverso." As empresas fazem coro às reclamações. "A internet precisa de dinamismo, mas essa lei pode engessá-la", diz Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. "Até podemos manter as informações dos clientes por três anos, mas não queremos ter esse papel de vigiar os internautas." O senador Eduardo Azeredo, no entanto, diz que seu projeto é urgente e que não há motivo para novas audiências públicas. Para ele, as pessoas que criticam não entenderam o projeto. "A lei vai ajudar a disciplinar a internet e punir outros crimes tecnológicos como clonagem de cartão de crédito e celular." Ele prevê a criação de 11 tipos de crimes - entre eles, a difusão de vírus eletrônico, o acesso indevido a dispositivo de comunicação e a manipulação indevida de informação eletrônica. "O projeto está muito bom. Ouvi reclamações sobre os supostos ciberjusticeiros. Se um senador propuser outra idéia, ouvirei com atenção. Só espero que a proposta seja votada rapidamente." A polêmica não deve passar tão rapidamente. Mesmo as partes reescritas não agradaram muito aos internautas. O cadastro com CPF e RG caiu, mas o novo documento prevê a divulgação de "dados aptos à identificação do usuário e da conexão, quando da ocorrência de crime". O projeto também criminaliza atividades de "acessar rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização do legítimo titular, quando exigida". Isso valeria para computadores, iPods, celulares, tocadores de DVDs e até conversores de sinais da TV digital. "É tudo muito vago", diz Thiago Tavares, presidente da Safernet, associação contra crimes na internet. "Que dados devem ser divulgados? Que autorização será necessária? Todo mundo pode virar criminoso com essa lei. É um cheque em branco para a polícia prender quem quiser." br.tecnologia.yahoo. As informações são de O Estado de S. Paulo.

LULA [In:] RENAN "BY" RENAN ["Bye-bye"?]


Para Lula, ‘destino do Renan só depende do Renan’.

Poucos políticos têm mais interesse em preservar Renan Calheiros (PMDB-AL) do que Lula. O presidente do Congresso é, hoje, um dos mais valiosos e úteis aliados do Planalto. A despeito disso, o presidente da República afirma, em privado, que a capacidade do governo de socorrer o amigo é limitada. Nesta terça-feira (29), em conversa com um auxiliar, Lula disse: “O destino do Renan só depende do Renan”. De acordo com o raciocínio de Lula, não há articulação capaz de socorrer o senador se ele próprio não for capaz de contrapor às acusações que permeiam o noticiário um lote de explicações convincentes. Lula afirma, em tom de lamento, que vigora na política brasileira o fenômeno da inversão da prova. Na Justiça, compara, cabe ao acusador provar a desonestidade do acusado. Na política, é o acusado quem tem de provar que é inocente. “É injusto”, diz o presidente, “mas é assim”. Lula disse que fará o que estiver ao seu alcance para ajudar Renan. Em público, já declarou que considera o senador inocente, até prova em contrário. Mas afirma que qualquer esforço será vão se Renan não for capaz de se autodefender. A posição do presidente é compartilhada pela cúpula do PMDB. A direção do partido de Renan concluiu que, do ponto de vista institucional, não há o que fazer para acudir o presidente do Congresso. Por ora, a única articulação em curso é patrocinada isoladamente pela bancada de senadores do PMDB. O movimento é comandado por Roseana Sarney (MA), líder do governo no Congresso, e por Romero Jucá (RR), líder de Lula no Senado. Arma-se para esta quarta-feira (30) uma reunião na casa de Roseana, para prestar solidariedade a Renan e tentar esboçar um plano de apoio a ele. Entre os líderes partidários no Senado, governistas e oposicionistas, há enorme boa vontade com Renan. Mas há também uma avaliação quase unânime de que o discurso que ele leu no plenário, na segunda (28), foi capenga. Deixou sem explicação a origem do dinheiro repassado a Mônica Veloso antes de dezembro de 2005, quando Renan reconheceu formalmente a paternidade da filha que teve com a jornalista. A situação do presidente do Congresso tornou-se mais delicada depois que o PSOL protocolou contra ele uma representação no Conselho de Ética do Senado. Avalia-se que Renan talvez não consiga se livrar do constrangimento de ter que depor diante do conselho nas próximas semanas. Nesta terça, o próprio Renan reconheceu a um grupo de jornalistas que não tem como provar todas as transferências feitas a Mônica Veloso. Depois, em reunião com um grupo de líderes, informou que seus advogados preparam explicações adicionais. Acha que estarão prontas para divulgação até esta quinta-feira (31). Alguns dos líderes deixaram o gabinete de Renan ruminando o receio de que as novas justificativas não serão suficientes para aplacar o cerco da imprensa. “Se as provas existissem, o Renan as teria exibido no discurso”, disse um dos líderes ao blog. Para complicar, os problemas de Renan não se limitam aos meandros financeiros de sua relação extraconjugal. Há o contencioso da Operação Navalha. Mesmo amigos do senador consideram que têm sido pífias as reações dele à acusação de que estaria vinculado aos interesses da quadrilha das obras públicas. Acham que ele teria de desqualificar publicamente Zuleido Veras, o dono da investigada Gautama. Algo que talvez não tenha condições de fazer sem arrostar o risco de uma retaliação. “O Renan faz, nos dois casos, a defesa possível”, disse ao blog um grão-peemedebista. “O discurso do Senado foi curto, estudado. O problema é que a imprensa cobra dele bem mais do que o possível”. No Congresso e no Planalto, pronuncia-se uma expressão sintomática: “Fato novo”. Há um temor coletivo e reverencial de que, afora toda a encrenca que já assedia Renan Calheiros, surjam novas revelações que comprometam irremediavelmente o seu mandato. Escrito por Josias de Souza, Folha Online. Foto Antônio Cruz, ABr.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Apuração do MPE liga empresários e autoridades de Mauá ao PCC. Investigações da Polícia Civil sobre uma quadrilha acusada de usar postos de gasolina e revendedoras de carros para lavar dinheiro do tráfico de drogas para o Primeiro Comando da Capital (PCC) na região do ABC indicam que o grupo tinha contatos e influência entre empresários e integrantes da prefeitura e da Câmara de Mauá. O esquema de lavagem foi denunciado na semana passada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que pediu o indiciamento de 18 pessoas. Estadão, Eduardo Reina .
Violência deixa Brasil em 83º no ranking da 'paz global'. O Brasil ocupa uma constrangedora 83ª posição no Índice de Paz Global (Global Peace Index - GPI). Trata-se do primeiro estudo que classifica 121 países de acordo com seu "grau de paz". Um dos fatores que mais pesou negativamente sobre o Brasil foi seu elevado grau de violência urbana. Elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o levantamento foi monitorado por um conselho de personalidades internacionais, como o Dalai Lama, o arcebispo Desmond Tutu, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e o economista Joseph Stiglitz. O índice foi lançado com o objetivo de servir como uma referência para o debate da reunião de cúpula do G-8, que ocorrerá no fim da próxima semana na Alemanha. G1, Ag.Estado.
Livro de Paulo Coelho vai virar filme do produtor de ‘300’. Após levar a HQ de Frank Miller para a tela, o produtor de “300” Gianni Nunnari já tem um novo projeto a caminho. Desta vez, Hollywood vai se render à literatura do escritor brasileiro Paulo Coelho. (...) Com mais de 5 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, “Onze minutos”, publicado em 2003, conta a história de Maria, uma prostituta brasileira que vai à Suíça em busca de uma vida melhor. O livro é considerado o mais picante do autor. G1.
Heloísa Helena sugere que Renan se afaste até o fim dos esclarecimentos. (...) "Só a CPI pode identificar a triangulação do 'propinódromo'. É a comissão parlamentar de inquérito que está autorizada a quebrar sigilos, por exemplo", afirmou Heloisa Helena. Em tom irônico, a ex-senadora rebateu as afirmações de que as acusações envolvendo Renan teriam cunho exclusivamente pessoal, como afirmaram alguns parlamentares. "Não tenho tempo de analisar as normas e rotina do clube dos homens e seus amores clandestinos, portanto isso não me interessa".
ACM deixa InCor de Brasília e passa bem. Depois de ser submetido a uma série de exames no InCor (Instituto do Coração) de Brasília, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) passa bem. ACM sentiu-se mal na tarde desta terça-feira no Senado e chegou a cair no chão em frente ao seu gabinete. O senador foi atendido por médicos da Casa Legislativa e seguiu para exames de rotina no InCor. (...) Em abril, o senador foi internado no InCor do Hospital das Clínicas, em São Paulo, com insuficiência cardíaca. Ele é cardiopata, portador de insuficiência cardíaca congestiva, em decorrência de um infarto, ocorrido em 1989. Antes disso, o senador ficou internado no mesmo hospital para se recuperar de uma pneumonia e disfunção renal. direitodoestado.com.br
Renan diz que não renuncia e entrega documentos a corregedor. BRASÍLIA (Reuters) - Em conversa informal com jornalistas nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não cogita afastar-se do cargo para se defender da suspeita de que teve despesas pessoais pagas por um suposto lobista. "Não tenho por que me afastar ou me licenciar porque não há nenhuma acusação contra mim", disse Renan na conversa.
O presidente do Senado calcula ter convencido a maioria dos senadores com o discurso que fez segunda-feira, quando afirmou que teria utilizado apenas recursos próprios para pagar aluguel residencial e pensão alimentícia à ex-apresentadora de TV Mônica Veloso, com quem teve uma filha em 2004. br.noticias.yahoo.

RABINO HENRI SOBEL [In:] "É MELHOR ACENDER UMA VELA DO QUE AMALDIÇOAR A ESCURIDÃO"


Aliviado, Sobel se prepara para reassumir o rabinato da Congregação Israelita Paulista.

Embora ainda conviva com o peso da vergonha, o Rabino Henri Sobel recebeu com alívio a notícia de que poderá cumprir uma pena alternativa por ter sido acusado de furtar gravatas em uma loja de grifes nos Estados Unidos. Seus advogados negociaram com a promotoria norte-americana um acordo pelo qual prestará 100 dias de serviços comunitários a duas instituições sociais. Diante desse novo quadro, Sobel disse ao Jornal da Globo que já prepara a sua volta ao rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP) para junho deste ano. Sobel foi preso em março. Dois meses depois da detenção, o rabino afirma que não se recorda de tudo o que aconteceu. “Não me lembro os detalhes. Lembro-me daquilo que aconteceu depois, do meu depoimento na delegacia, em Palm Beach (Flórida, EUA). Mas o fato em si escapa completamente à minha consciência”, afirmou ao JG. O rabino mantém a tese de agiu sob a interferência de remédios. “Acredito naquilo que os médicos dizem, que foi uma overdose, uma dosagem exagerada de remédios. E isto mexeu com a minha química cerebral e mudou o meu comportamento”, afirmou. Apesar de jogar a culpa na medicação, Sobel admite que errou. “Não importa. Eu fico profundamente aborrecido, constrangido com aquilo que aconteceu. Aquilo jamais deveria ter acontecido. Ainda mais uma figura pública! Como explicar o inexplicável? Espero me arrepender. Não vou apagar aquilo que aconteceu, mas vou realmente tentar superar através de boas ações, de bons exemplos para compensar os maus exemplos”. Sobel está aliviado com o acordo obtido com a Justiça norte-americana. “Está definitivamente arquivado. Mas existem condições estipuladas a serem cumpridas. Serviços de 100 dias dedicados a uma entidade social sem fins lucrativos. Também um acompanhamento psicológico, visando à fiscalização dos remédios que eu tomava antes contra insônia e o estresse. Ainda estou tomando, mas em doses bem menores”. Durante a penalidade imposta pela Justiça o rabino vai se preparar para reassumir o CIP. Ele está esperançoso em recuperar a imagem arranhada nos EUA. “É preciso olhar para frente. Existe um ditado hebraico: ‘é melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão’. Eu pretendo acender muitas velas ainda. Eu volto à ativa daqui a pouco, em meados de junho, quando eu pretendo reassumir a presidência do rabinato da Congregação Israelita Paulista. Espero através do meu serviço social, pastoral e ecumênico dar novos exemplos e conquistar nova credibilidade”. Para Sobel, não é só à sociedade que ele está devendo explicações. “Eu preciso me redimir perante a mim mesmo e perante a sociedade que está me apoiando. Mas, principalmente, eu preciso me redimir perante Deus”, afirmou o rabino. “O perdão? Eu acho que o perdão mais importante antes de pedir perdão a Deus, é perdoar a si mesmo. Algo que eu pessoalmente tenho muita dificuldade em conseguir. Eu sou muito intolerante comigo mesmo. Ainda não cheguei a me perdoar”, emendou. Ao ser questionado sobre o fato de ter ou não consciência de que tinha feito algo errado, Sobel disse que rabinos, como humanos, podem errar. “Na hora das perguntas e respostas eu estava plenamente consciente dos erros. Não quero falar algo banal, mas rabino também comete erros, rabino também é humano. Isto não justifica, muito pelo contrário. Isto condena”, afirmou. O rabino admitiu que se sentiu humilhado ao ser detido e levado para uma cela. “Me senti profundamente humilhado, indigno de ser aquilo que eu sou. Mas olhando em retrospecto, e a cena não sai da minha cabeça, foi importante como uma lição de aprendizagem”. Sobel ainda permanece constrangido em falar da acusação de furto, de um vídeo gravado na loja onde o furto ocorreu. “Me mostraram as gravatas. Aí, eu reconheci o crime. Então, através de uma lógica A-B-C deu pra tirar conclusões. É muito dolorido falar sobre o crime dois meses depois. Nunca mais! Nunca mais! Aprendi uma lição”. O rabino já escolheu as entidades que serão beneficiadas com seus serviços sociais. “Uma entidade é o Lar das crianças da CIP, onde abrigamos 220 crianças, na maioria não judias, e a outra chama-se Unibes, também uma entidade exemplar da comunidade judaica”, disse. Sobel ainda falou sobre o dinheiro que levava no bolso, com o qual pagou a fiança. Ele admitiu ter US$ 3 mil. “Felizmente eu tinha o dinheiro, que foi confiscado na hora de entrar na delegacia. Mas esse dinheiro estava no meu bolso. E, portanto, eu tive condições de pagar. Três mil dólares. Eu não precisava furtar gravatas, pois poderia ter comprado dez vezes, ou seja 30 gravatas”. G1, Jornal da Globo; foto video-matéria.

OPERAÇÃO NAVALHA/GAUTAMA: LOBISTA OU LÔBOS?

Lobista da Gautama afirma que Renan o chamou para almoço.

Em diálogos captados pela Polícia Federal, o lobista da Gautama Sérgio Sá diz que foi convidado para um almoço na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que a Eletrobrás ficaria nas mãos de Renan e do senador José Sarney (PMDB-AP), "o que para nós é muito bom". Preso pela PF, Sérgio Sá teria tido também uma audiência no gabinete de Renan. Confirmadas essas informações, o lobista seria o sexto preso na ação a ter contato com o presidente do Senado. Renan já admitiu conhecer o dono da Gautama, Zuleido Veras, e trocou diversas ligações com o superintendente da Caixa Econômica Federal Flávio Pin, acusado de facilitar liberação de recursos para o esquema de fraude a licitações comandado pelo empreiteiro. Três funcionários do governo de Alagoas, segundo interceptações telefônicas, também teriam proximidade com Renan. Segundo a investigação da PF, Sérgio Sá esteve envolvido no suposto pagamento de propina feito pela Gautama, no valor de R$ 100 mil, endereçado ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Em 19 de fevereiro deste ano, Sá conversa com uma pessoa identificada como Ênio. O lobista diz que ele e sua mulher haviam sido convidados pelo presidente do Senado para um almoço em sua casa. No mesmo diálogo, Sá diz que tinha havido muitas mudanças no sistema Eletrobrás, mas que o sistema passaria a ser controlado 100% pelos dois senadores do PMDB. Uma semana antes dessa conversa, no dia 13 de fevereiro, Sá teve uma série de diálogos monitorados pela PF com o advogado baiano Cândido Sá. Por volta das 11h, Sá diz para Cândido ir a Brasília para uma audiência com Renan. Cândido chega a Brasília logo após às 15h. Por volta das 17h25, Sá recebe uma ligação de uma pessoa identificada como Marlene. Ela pede o telefone de Cândido e diz que o senador já estava esperando por eles. Em seguida, Sá liga para Cândido e diz que já está no gabinete do senador. No inquérito da Operação Navalha, a PF afirmou que Sérgio Sá auxiliou o dono da Gautama a resolver no Ministério de Minas e Energia e na Eletrobrás um "impasse" que estaria dificultando a liberação de recursos para obras no Piauí. Numa conversa com o então presidente da Companhia Energética do Piauí, Jorge Targa, no dia 27 de fevereiro deste ano, Sá fala sobre questões burocráticas que precisavam ser resolvidas. Minutos depois, Sá liga para um homem e pede ao interlocutor que diga ao "senador que ele está precisando falar com o senador ainda hoje de noite". Sérgio "manda pedir para o senador ligar para ele agora, pois não está conseguindo falar no celular dele". A PF não identificou a qual senador Sá se referiu. Leonardo Souza, Andréa Michael, da Folha de S.Paulo, em Brasília.

ELOISA, ÉTICA & PSOL [In:] "VOCEIS PENSAM QUI NÓIS FUMOS EMBORA" (*)


Conselho de Ética deve ter ´boa vontade´ para julgar Renan.

Depois de três meses em que existiu apenas no papel, o Conselho de Ética do Senado será instalado nesta quarta-feira. A reunião foi convocada por iniciativa do senador Romeu Tuma (DEM-SP), que é corregedor do Senado e presidirá a sessão como membro nato e mais velho do colegiado. O objetivo formal desse primeiro encontro é apenas o de eleger presidente e vice do conselho, mas as denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também poderão ser discutidas já. Encarregado de fazer investigação prévia sobre a acusação de que Renan teria despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, Tuma considera essencial que o presidente do Senado comprove com documentos a defesa que apresentou em plenário e, assim, se livre de eventual processo por quebra de decoro parlamentar. O corregedor explica que o presidente do Conselho de Ética poderá determinar que a corregedoria continue uma investigação preliminar e apresente seu relatório antes de abrir o processo. O senador não descarta a possibilidade de pedir que Renan apresente algum documento para comprovar seu discurso em plenário, mas avalia que terá de ouvir testemunhas. O PSOL ingressou na terça-feira com representação no Conselho de Ética contra Renan, por quebra de decoro parlamentar. Em reunião sob o comando da presidente da legenda, ex-senadora Heloísa Helena (AL), o partido sugeriu ainda que ele se afaste da presidência do Senado até que sejam concluídas as investigações sobre sua eventual ligação com a Construtora Gautama e o suposto recebimento de recursos de lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Junior para pagamento de despesas pessoais. Pelo regimento, a representação do PSOL já basta para o Conselho de Ética abrir processo por quebra de decoro - que pode resultar na perda de mandato. Cotado para assumir a presidência do Conselho de Ética com mandato de dois anos, por acordo com o PMDB de Renan, o senador Sibá Machado (PT-AC) diz que o caso do peemedebista não será discutido nesta quarta. “Faremos uma sessão de instalação e mais nada. Não trataremos de assunto algum”, afirma o petista que, se sair vitorioso, assumirá o comando do conselho logo após sua indicação. Por tradição, a presidência do conselho tem ficado sempre com o PMDB, na condição de maior bancada do Senado. Com Renan na berlinda, no entanto, os líderes aliados se reuniram e acharam melhor ceder o comando ao PT. Para o posto de vice-presidente, o PMDB quer eleger Wellington Salgado (MG). A escolha deve favorecer o presidente do Senado. Dos 15 membros do conselho, 4 pertencem ao PMDB, 2 são tucanos, 3 pertencem ao PT e outros 3, ao DEM. Três outros partidos têm um representante cada - PDT, PTB e PSB. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) diz que ninguém quer arquivar o caso Renan sem esclarecer os fatos. Mas o clima geral, tanto nos partidos da base governista quanto na oposição, é de boa vontade com Renan. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou o presidente do Senado na terça-feira em almoço oferecido no Itamaraty a um visitante do Vietnã. Renan entendeu o gesto como apoio. Casagrande adverte que considera o relato de uma revista “muito pouco para se manter uma acusação” contra o presidente do Senado, embora Renan tenha admitido não ter como comprovar a origem de parte dos recursos. No Senado, há quem sugira que Renan se licencie da presidência do Senado até que o caso seja esclarecido. Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a alternativa da licença do cargo não existe, já que não está prevista no Regimento Interno. “Pode-se licenciar temporariamente do mandato, mas não da presidência do Senado”, disse Demóstenes, ao lembrar que a licença é de no mínimo quatro meses, durante os quais o suplente do senador responderá pelo mandato. Renan disse que não tem nenhuma intenção de licenciar-se da presidência para se defender de denúncias de irregularidades. “Não, porque não há nenhuma acusação contra mim”, afirmou, em resposta a uma pergunta sobre eventual pedido de licença. Ele não quis estender o assunto, argumentando que já apresentou sua defesa no plenário. “Falei tudo o que eu tinha de falar. Falei ao Senado, falei ao País.” Apesar de ter dito, em discurso no plenário do Senado na segunda-feira, que só usou “recursos próprios” para pagar o aluguel e a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso, no valor de R$ 12 mil mensais, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, admitiu na terça-feira que não dispõe de comprovantes dos pagamentos feitos antes do reconhecimento da paternidade - 21 de dezembro de 2005. Isso significa que ele não tem como desmentir que a empreiteira Mendes Júnior tenha pago essas despesas nos anos de 2004 e 2005 - o que complica sua situação no Conselho de Ética do Senado. “Por que ia haver (comprovantes de) depósitos se a relação não era oficial? Como ia haver depósitos se a relação não era oficial? Como ia haver depósito da minha conta para a dela?” Em seguida, acrescentou: “Só houve depósito (bancário) quando eu assumi a paternidade. Eu efetuava os pagamentos. Não tem dinheiro público, o dinheiro era meu.” Segundo o advogado Pedro Calmon, que representa a jornalista, Mônica buscava mensalmente o dinheiro da pensão e do aluguel no escritório da Mendes Júnior. O dinheiro, de acordo com o advogado, era deixado por Cláudio Gontijo em um envelope com as iniciais dela, “MV”. Calmon afirma que o valor era de R$ 12 mil. Depois do reconhecimento da paternidade, o advogado admite que o senador passou a fazer depósitos bancários para sua cliente. Na defesa ante os senadores, feita antes de um eventual questionamento no Conselho de Ética do Senado ou até de uma convocação por CPI, Renan não reagiu à informação de que Gontijo deixaria à sua disposição o flat número 2.018 no hotel Blue Tree, em Brasília. O discurso ignorou também as denúncias de doações de campanha de Gontijo para Renan, parentes e um afilhado. Ele ainda manteve a posição de não comentar questões relativas a seu irmão, o deputado Olavo Calheiros, citado em conversas grampeadas na Operação Navalha. Além de ser suspeito de manter relações com o lobista Cláudio Gontijo, Renan também é citado em grampos da Operação Navalha - que investiga um esquema de fraudes em licitações de obras públicas - e foi acusado pelo jornal O Globo de utilizar ´laranjas´ para ocultar que é dono de propriedades rurais em Alagoas. Estadão. Foto www.alagoas24horas.com.br.
_________________________
(*) Ói Nóis Aqui Traveis [Geraldo Blota E Lourival Peixoto; Adoniran Barbosa]. "Voceis pensam que nóis fumos embora/ Nóis enganemos voceis/ Fingimos que fumos e vortemos / Ói nóis aqui traveis/ Nóis tava indo/ Tava quase lá/ E arresorvemo/ Vortemos prá cá/ E agora, nóis vai ficar fregueis/ Ói nóis aqui traveis". www.vagalume.

BANCO MUNDIAL & ROBERT ZOELLICK: "E AGORA JOSÉ???"


'Sub-do-sub-do-sub' é indicado à presidência do Banco Mundial.

O presidente norte-americano, George W. Bush, escolheu Robert Zoellick, ex-representante de comércio dos EUA e ex-subsecretário de Estado americano, para ser o novo presidente do Banco Mundial, informou uma autoridade do governo americano nesta terça-feira (29). O anúncio da escolha deve ser feito nesta quarta-feira (30). Zoellick tem um histórico com o presidente Lula e com o Brasil. Em 2002, ainda candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou de sua importância, chamando-o de "sub-do-sub-do-sub" dentro do governo americano e dizendo que se negaria a negociar com ele a entrada do país na Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Na época, Lula disse que negociaria somente com o "companheiro Bush". Em 2003, porém, o então representante do comércio dos EUA foi recebido pela atual administração. Ainda em 2003, em artigo no jornal britânico "Financial Times", Robert Zoellick criticou a posição brasileira nas negociações sobre comércio mundial em Cancún, no México. No artigo, ele atacou especialmente a retórica brasileira e de outros países em desenvolvimento, que consideraram o impasse das conversas como uma vitória. Na época, em tom duro, ele afirmou que os Estados Unidos não esperariam os países em desenvolvimento e continuariam a firmar acordos bilaterais de livre comércio. O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, recebeu "reações positivas" de outros países sobre a escolha de Bush, segundo uma fonte. Zoellick vai substituir Paul Wolfowitz, que renunciou depois de acusações de nepotismo. Ele conseguiu um aumento de mais de US$ 60 mil no salário de sua namorada, Shaha Ali Riza, que foi transferida para o Departamento de Estado americano, mas permaneceu na folha de pagamento do Banco Mundial. Wolfowitz, que renunciou ao cargo após forte pressão dos funcionários e do conselho de executivos da instituição, deixará o Banco Mundial no dia 30 de junho. A expectativa é que Zoellick assuma a presidência logo depois. Por ser um dos principais financiadores da instituição, os EUA geralmente têm a prerrogativa de indicar quem comandará o Banco Mundial. (G1, Com informações da AFP e da EFE; foto-video matéria).

OPERAÇÃO NAVALHA [In:] LAGO PISCOSO!


Rondeau e dois governadores depõem hoje.

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon ouve nesta quarta-feira (30) o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e os governadores Teotonio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, e Jackson Lago (PDT), do Maranhão. Ulisses César Martins dos Santos, ex-procurador do Maranhão, e o deputado distrital Pedro Passos Júnior (PMDB) também receberam intimação da ministra. Eles foram convocados a prestarem esclarecimentos sobre suposto envolvimento no esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal (PF). Eliana Calmon é relatora do inquérito que apura o caso. Os depoimentos começam nesta manhã e foram marcados de acordo com os pedidos dos intimados. Os dois governadores serão os primeiros ouvidos, seguidos pelo ex-procurador e pelo ex-ministro. A previsão é que os depoimentos durem até duas horas, também a pedido dos depoentes. Segundo a assessoria do STJ, apenas o deputado distrital Pedro Passos, que também foi convocado a dar explicações sobre o caso, não telefonou para o tribunal demonstrando interesse em prestar depoimento. Por isso, ele não deve ser ouvido nesta quarta. O DVD com quase 600 grampos telefônicos produzidos pela Polícia Federal será usado como guia pela ministra na audiência em que ela tomará os depoimentos dos dois governadores e do ex-ministro. Para a PF, as gravações indicam suposto envolvimento dessas autoridades com o esquema da Construtora Gautama para licitações irregulares. Os federais suspeitam que Alexandre Lago, sobrinho de Jackson Lago, recebeu R$ 240 mil. E Rondeau teria ficado com R$ 100 mil, dinheiro que teria sido levado ao gabinete dele pela executiva da empreiteira, Fátima Palmeira. Um diálogo que a Navalha pegou foi entre o empreiteiro Zuleido Veras, dono da Gautama, e Ivo Almeida Costa, assessor de gabinete do então ministro Silas Rondeau. Eles conversam sobre Tereza Freire Lima, funcionária da Guatama. Zuleido informa que “o negócio” vai chegar por ela. A PF incluiu ainda no arquivo das escutas uma conversa de Fátima Palmeira com Alexandre, sobrinho de Lago. Dois diálogos do governador Teotônio também fazem parte do lote de grampos. São duas conversas com Adeilson Teixeira Bezerra, secretário de Infra-Estrutura de Alagoas. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo" (...) G1, com agências. [Jackson Lago, governador do Maranhão; Foto: Fábio Motta/Agência Estado].

terça-feira, maio 29, 2007

XÔ ESTRESSE [In:] "FIO" MARAVILHA II





[Chargistas: Angeli, RonaldoJC, Heringer, Sponholz].

GAUTAMA: "NÃO ME CONVIDARAM, PRÁ ESSA FESTA POBRE" (*)

Divulgada lista de parlamentares presenteados pela Gautama.

A lista da construtora Gautama com pessoas que seriam presenteadas tem 38 deputados federais e ex-deputados, 18 senadores e ex-senadores, três ministros de Estado, cinco ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e, pelo menos, 23 governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos. Esses foram os políticos que a Folha conseguiu identificar após obter a lista da empreiteira de Zuleido Veras, empresário preso pela PF (Polícia Federal) acusado de fraudar licitações de obras públicas e de pagar propina a políticos e funcionários públicos. Ao todo, a lista enumera 225 pessoas, algumas citadas apenas pelo primeiro nome. Exemplo: os governadores, prefeitos, ex-governadores e ex-prefeitos podem ser 35 ao todo, mas a Folha identificou 23. Para a PF, a simples menção na lista não significa que o nomeado seja suspeito. Trata-se apenas de um ponto de partida, que precisaria ser ligado a evidências, provas e depoimentos para ter valor na investigação. Há uma menção a um ministro da Saúde, mas não há citação de qual foi esse ministro ou do presente recebido. A PF avalia que a lista apreendida se refere ao final de 2006. Na opinião da PF, a lista é semelhante a elaboradas por empresas em festas de final de ano. A Folha apurou que, entre os brindes, haveria canetas, gravatas e bebidas, como uísque. O documento ao qual o jornal teve acesso não indica quais presentes foram dados aos listados. Também aparecem catalogados como deputados e senadores vários políticos que não conquistaram novo mandato ou que estão em outras posições hoje, caso do atual ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Geddel já disse não ter relação com Zuleido e que não tem controle sobre brindes que chegam ao gabinete no fim do ano. Os três ministros de Estado que estão na lista são Geddel, Alfredo Nascimento (Transportes) e Paulo Bernardo (Planejamento). Jaques Wagner aparece contabilizado como ministro de Estado. Ele chefiou a pasta das Relações Institucionais, mas é hoje governador da Bahia. O ex-ministro Silas Rondeau, que deixou o cargo na semana passado após suspeita de recebimento de propina, também consta da lista. Os ministros do TCU que integram a lista são: Walton Alencar Rodrigues (presidente), Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Guilherme Palmeira e Benjamin Zinler.
A Folha optou por não publicar a lista com prenomes que não pôde identificar. Há diversas pessoas com apenas o primeiro nome que aparecem contabilizadas como secretários de Estado e assessores.
Abaixo, segue a parte da lista com nomes identificados pelo jornal.
Deputados federais e ex-deputados: Benedito de Lyra (PP-AL); Jonival Lucas Jr. (ex-deputado pelo PTB-BA); Pedro Novaes (PMDB-MA); Gastão Vieira (PMDB-MA); Átila Lins (PSB-PI); Jutahy Jr. (PSDB-BA); Paulo Magalhães (DEM-BA); Olavo Calheiros (PMDB-AL); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Marinha Raupp (PMDB-RO); Paulo Lima (ex-deputado pelo PMDB-SP); Vicentinho (PT-SP); Professor Luizinho (PT-SP); Jorge Bittar (PT-RJ); José Borba (PMDB-PR); Ricardo Barros (PP-PR); Eduardo Cunha (PMDB-RJ); Almerinda Carvalho (ex-deputada pelo PSB-RJ); José Chaves (PTB-PE); Luiz Piauhylino (ex-deputado pelo PDT de Pernambuco); Maurício Quintela (PR-AL); Eduardo Campos (PSB-CE); Iberê Ferreira (ex-deputado federal pelo PSB-RN); José Carlos Machado (DEM-SE); Gervásio Oliveira (ex-deputado pelo PMDB-AP); Milton Monte (PR-SP) Humberto Michiles (ex-deputado pelo PL-AM) Welington Roberto (PR-PB)Ivan Paixão (ex-deputado federal do PPS-SE) João Leão (PP-BA) Wilson Santiago (PMDB-PB) Celcita Pinheiro (ex-deputada do DEM-MT)Osvaldo Reis (PMDB-TO) Márcio Reinaldo (PP-MG)ACM Neto (DEM-BA)Albano Franco (PSDB-SE) Pedro Passos (deputado distrital do PMDB) Carlos Wilson (PT-PE)
Senadores e ex-senadores: José Sarney (PMDB-AP); José Agripino (DEM-RN); Teotônio Vilela (PSDB-AL); Renan Calheiros (PMDB-AL); Romero Jucá (PMDB-RR)Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)Sérgio Guerra (PSDB-PE); João Ribeiro (PFL-TO); Roseana Sarney (PMDB-MA)Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA)Almeida Lima (PMDB-SE); Fernando Bezerra (ex-senador pelo PTB-RN); Waldir Raupp (PMDB-RO); José Jorge (DEM-PE); Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA); Jonas Pinheiro (DEM-MT); Romeu Tuma (DEM-SP); João Tenório (PSDB-AL) .
Ministros de Estado: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional); Alfredo Nascimento (Transportes); Paulo Bernardo (Planejamento) .
Ex-ministro: Silas Rondeau, ex-ministro das Minas e Energia .
Ministros do TCU: Walton Alencar Rodrigues (presidente da entidade); Augusto Nardes; Aroldo Cedraz; Guilherme Palmeira; Benjamin Zinler.
Governadores, ex-governadores, prefeitos e ex-prefeitos Jarbas Vasconcelos (PMDB), ex-governador de Pernambuco e atual senador Marcone Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás Ronaldo Lessa, ex-governador de Alagoas (PDT) Amazonino Mendes, ex-governador do Amazonas (DEM) Eduardo Braga (PMDB), governador do Amazonas; Paulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM); Eraldo Tinoco, ex-vice-governador da Bahia (DEM); João Alves, ex-governador de Sergipe (DEM); Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (PT); Luiz Caetano, prefeito de Camaçari (PT); Marcelo Miranda (PMDB), governador de Tocantins; Joaquim Roriz (PMDB), ex-governador do Distrito Federal e hoje senador; José Reinaldo Tavares, ex-govenador do Maranhão; Antonio Imbassahy, ex-prefeito de Salvador; Agripino Lima, prefeito de Presidente Prudente; Iris Rezende, ex-governador de Goiás; André Puccinelli, governador do Mato Grosso do Sul (PMDB); Alcides Rodrigues, governador do Goiás (PP); Waldez Góes, governador do Amapá (PDT); Jackson Lago, governador do Maranhão (PDT); Oswaldo Dias (PT), ex-prefeito de Mauá; Marcelo Déda, governador de Sergipe (PT); Jaques Wagner, ex-ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia.
Outros Alexandra, ex-mulher do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares. [KENNEDY ALENCAR; da Folha de S.Paulo, em Brasília].
____________________
(*) Brasil [Cazuza/George Israel/Nilo Roméro]. Não me convidaram/ Pra essa festa pobre/ Que os homens armaram pra me convencer/ A pagar sem ver/ Toda essa droga/ Que já vem malhada antes de eu nascer/ Não me ofereceram/ Nem um cigarro/ Fiquei na porta estacionando os carros/ Não me elegeram/ Chefe de nada/ O meu cartão de crédito é uma navalha/ Brasil/ Mostra tua cara/ Quero ver quem paga/ Pra gente ficar assim/ Brasil/ Qual é o teu negócio?/ O nome do teu sócio?/ Confia em mim (...)".
N.B.: Essa canção continua no "hit-parade" nacional.

GOVERNADORES & EMPREITEIRAS: JACKSON LAGO/(PDT-MA); "THE NUMBER ONE"


Empreiteiras bancaram 11,42% das campanhas dos governadores.

Empreiteiras, construtoras, empresas de engenharia e congêneres bancaram 11,42% da receita declarada oficialmente pelos 27 governadores em suas campanhas eleitorais em 2006 - R$ 25.319.217,00 de R$ 221.564.164,12, segundo levantamento feito pelo Estado nas contas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O recordista, em termos proporcionais, é o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), investigado pela Polícia Federal na Operação Navalha, que teve bancado pelo setor 35,40% do dinheiro que arrecadou. A Construtora Gautama, também objeto da investigação da PF, não consta, porém, da sua lista de financiadores. Dos Estados com maior eleitorado, o governador com mais apoio da área foi o do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), com 24,63%. Da lista de contribuições legais dadas a Lago no ano passado, constam a da CEM Construções e Estruturas Metálicas, de São Luís, que doou R$ 400 mil em 24 de novembro, depois do segundo turno da eleição, e a da Dimensão Engenharia e Construções, que deu R$ 250 mil, três dias depois. “Não há nenhuma ligação com o governo, hoje não tem como direcionar uma licitação, são concorrências nacionais”, defende José Raimundo Pinheiro Neto, chefe da Assessoria de Comunicação Social de Lago. Ele exemplifica com a licitação para construção da estrada de Barreirinhas a Parnaíba, ganha pela Sucesso, a mesma empreiteira que fizera trecho anterior. “As relações da Sucesso são mais com o grupo Sarney.” Já Cabral Filho recebeu apoio de empresas de projeção nacional, como a Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que em quatro doações somou R$ 700 mil. Outros contribuintes de destaque foram CBPO (R$ 600 mil) e OAS (R$ 800 mil). Por intermédio de sua assessoria de imprensa, Cabral Filho informou que não comentaria o assunto. Proporcionalmente, o segundo governador com mais contribuições de empreiteiras foi Waldez Góes (PDT), do Amapá, com 33,63% - R$ 828.950,00 de um total de receitas de R$ 2.464.650,00. O terceiro colocado é o petista Binho Marques, do Acre, com 30,18%. Seu companheiro de partido Jaques Wagner, da Bahia, aparece com 20,75%. Das contribuições para o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), 19,8% foram de empreiteiras. Esse índice foi de 9% na campanha do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O financiamento privado de campanhas no Brasil é objeto de polêmica, justamente pelas relações que pode ajudar a estabelecer entre financiadores, com interesses particulares, e financiados, que, em tese, deveriam representar toda a sociedade. Uma das propostas da reforma política, em discussão há anos no Congresso, é precisamente que o Estado passe a financiar os partidos nas eleições, com dinheiro público, sem interferência de interesses particulares.“Não entendo por que não se proíbe que contribuições de campanha sejam dadas por empresas que participem de licitações ou que possam vir a ser concessionárias de serviços do Estado”, diz o cientista político Jairo Marconi Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio Janeiro (Iuperj). “É uma coisa banal. Desde 1905, nos Estados Unidos, é proibido que empresas doem diretamente a candidatos. Muitos países fazem isso.” Nicolau reconhece que há algumas dificuldades legais para a medida, mas considera a situação atual absurda. “No Brasil, as doações podem ser em valores muito altos, não há limites.” Para ele, “na pior das hipóteses”, as empresas doadoras deveriam se submeter a uma espécie de quarentena em relação aos negócios públicos. “Ou isso (a contribuição de campanha) é retrospectivo ou é prospectivo”, analisa. “Ou o doador recebeu algo ou quer receber algo. É assim que a opinião pública encara essa situação.” Empreiteiras e empresas de ônibus, porém, deveriam, em sua opinião, ser simplesmente proibidas de participar de negócios públicos. “Isso é um ponto muito fraco do nosso sistema político”, critica. “O caixa 2 não dá para controlar, é dinheiro ilegal, mas as contribuições legais deveriam ter algumas restrições.”Em outros países, lembra Nicolau, só pessoas físicas podem fazer doações eleitorais. Estadão, Wilson Tosta, RIO . Foto G1.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Brasileira fica em segundo lugar no Miss Universo 2007. A brasileira Natália Guimarães, de 22 anos, ficou em segundo lugar no concurso de Miss Universo 2007, que foi vencido pela japonesa Riyo Mori, de 20 anos. A cerimônia aconteceu no Auditório Nacional da Cidade do México, nesta segunda-feira (28). G1, SP. [N.B.: nos anos 50, essa notícia teria "parado" o país; hoje, outras "param"!].
Última semana para recorrer às perdas com Plano Bresser. Termina na próxima quinta-feira (31) o prazo para os brasileiros que tinham caderneta de poupança em 1987 pedirem ressarcimento das perdas provocadas pelo Plano Bresser. O pacote econômico alterou o indexador da poupança na primeira quinzena do mês de junho de 1987. A medida alterou a forma de rendimento da caderneta de poupança e muitas instituições financeiras aplicaram o indexador que rendia menos, o que resultou em rendimento menor para os aplicadores. A operação permitiu grandes ganhos aos bancos nos últimos 20 anos, segundo a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novaes. Segundo a advogada, o consumidor precisa "lutar" na justiça por uma indenização que lhe é de direito. Folha de Londrina.
Justiça condena Delúbio a pagar R$ 164,6 mil. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado nesta segunda-feira (28) a devolver R$ 164,6 mil aos cofres públicos, valor referente ao período em que recebeu o salário de professor da rede pública de Goiás, mesmo estando afastado da função. A decisão foi dada pela 3ª Vara de Fazenda Pública de Goiás. O ex-tesoureiro tem 30 dias para recorrer.Delúbio foi amparado por licenças remuneradas de 94 a 98 e de 2001 a 2005, que indicavam que ele iria trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego). G1, SP.
ACM confirma versão de Renan sobre pagamentos. O senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) afirmou na tarde desta terça-feira que viu os documentos que comprovariam os dois pagamentos do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no valor de R$ 50 mil para Mônica Velloso, com quem tem uma filha de três anos. O dinheiro seria usado para ser aplicado num fundo para garantir educação e cultura à menina. ultimosegundo.ig.com.
Friboi compra empresa americana e vira líder mundial em carne. O maior produtor e exportador de carne bovina da América Latina, o grupo JBS-Friboi, anunciou nesta terça-feira (29) a compra da norte-americana Swift Foods por US$ 1,4 bilhão. A companhia informou que a aquisição cria a maior empresa do mundo de alimentos de origem bovina. A Swift Foods é a terceira maior processadora de carne bovina e de porco dos Estados Unidos, com vendas anuais de aproximadamente US$ 9 bilhões. G1, Reuters.
ACM passa mal no Senado. O senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) passou mal nesta terça-feira (29) no Senado e foi levado para o Instituto do Coração (Incor) do Distrito Federal. Segundo senadores, ACM disse que se sentiu mal no plenário, e decidiu deixar o local. Ao chegar na porta de seu gabinete, ACM contou que, em razão da pressão baixa, perdeu o controle das pernas e teria caído no chão. G1, Leandro Colon, Brasília.
PSOL e senador furam blindagem partidária e complicam Calheiros. Protegido pela boa vontade dos grandes partidos, presidente do Senado, sofre golpes inesperados. Suspeito de ligações ilícitas com empreiteiras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encenou uma peça de teatro segunda-feira (28), ao admitir relações extraconjugais, na esperança de salvar o mandato. O sucesso do espetáculo dependia da atuação dos coadjuvantes. Aos senadores, cabia dizer que a desconfiança havia se desfeito depois do discurso. A elite política, encarnada nos grandes partidos (PMDB, PFL, PSDB e PT), seguiu o roteiro. Mas Calheiros não contava com duas inesperadas entradas em cena que fragilizaram sua encenação e sua situação. André Barrocal – Carta Maior.

RENAN CALHEIROS & MÔNICA VELOSO: O(S) FATO(S) E AS VERSÕES!


Advogado de jornalista nega versão de Renan Calheiros.

O advogado da jornalista Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho, negou em entrevista ao Jornal Nacional a versão de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, de que teria criado um fundo de R$ 100 mil para a educação da filha de 3 anos que teve com ela fora do casamento. O senador deu a declaração em pronunciamento no Senado nesta segunda-feira, 28, no qual tentou se defender das acusações que recaem sobre ele. Segundo o advogado, os R$ 100 mil, pagos em duas parcelas, em dinheiro vivo, seria uma forma para compensar a queda no valor da pensão de R$ 12,5 mil para R$ 3 mil, depois do reconhecimento da paternidade. "Não existe um fundo para educação ou para cultura da menina. O pagamento foi feito para complementar os valores de pensão alimentícia". Calmon disse também que Gontijo entregava envelopes de dinheiro à jornalista, mensalmente, no escritório da empreiteira Mendes Júnior: "Quem fazia era o Cláudio Gontijo e era rigorosamente da forma que foi relatada pela revista Veja". Ao contrário do que o senador disse, o advogado desmentiu que sua cliente fosse amiga de Gontijo: "A minha cliente nunca tinha visto Cláudio Gontijo. Não tinha relação de amizade nenhuma com Cláudio Gontijo. Foi apresentada pelo senador Renan Calheiros". O discurso em que Renan se defendeu durou cerca de 20 minutos. A defesa do presidente do Senado tinha por objetivo antecipar as explicações que ele dará no Conselho de Ética na quarta-feira, dia 30. Renan foi acusado em reportagem da revista Veja, segundo a qual Gontijo teria pago uma pensão mensal de R$ 12 mil para a filha de três anos do senador, entre outros benefícios, que somariam R$ 16,5 mil mensais. Estadão. (foto matéria e-paulolopes.blogspot).
http://e-paulopes.blogspot.com/2007/05/mnica-veloso-candidata-musa-da-atual.html

RENAN CALHEIROS: PAPÉIS & PALAVRAS!



Papéis de Renan não comprovam despesas.



Os documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda-feira (28) não comprovam a origem do dinheiro de alguns gastos citados por ele em seu discurso no plenário da Casa. Ele discursou para se defender da denúncia, divulgada na edição desta semana da revista "Veja", de que teve contas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. O lobista, Cláudio Gontijo, teria pago, segundo a revista, a pensão mensal e o aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento. Renan afirma ter pago cerca de R$ 8 mil mensais como "assistência à gestante" por determinado período, mas, nos papéis entregues nesta segunda, não há nenhuma menção a esses valores. Renan diz que seus rendimentos eram suficientes para pagar essas despesas. Embora não tenha apresentado nenhum documento comprovando a sua origem, Renan disse, por meio de sua assessoria, que, se necessário, poderá mostrá-los. Em seu discurso, nesta segunda, o presidente do Senado disse que pagou os R$ 8 mil mensais até dezembro de 2005, quando reconheceu a paternidade da filha que tem com a jornalista. A menina nasceu em julho de 2004, conforme consta no documento do cartório que atesta o reconhecimento da paternidade, que faz parte dos papéis levados pelo senador ao plenário. No discurso, Renan, aliás, não especifica quando começou a pagar essa "assistência". Os documentos mostrados em plenário também não citam o fundo de R$ 100 mil que Renan disse no discurso ter feito para "despesas futuras" com sua filha. E não traz nenhum comprovante dos pagamentos do aluguel de uma casa para a mãe de sua filha entre 15 de março de 2004 e 14 de março de 2005 e de um apartamento entre março e novembro daquele ano. Segundo a assessoria do senador, embora não tenha apresentado documentos, Renan garante a existência do fundo. Sobre os aluguéis, a assessoria argumenta que Renan não tem recibos porque os contratos não estavam no nome dele. Os valores desses aluguéis, aliás, não foram revelados pelo senador durante o discurso. Na papelada anexada ao discurso, constam os contra-cheques de fevereiro a dezembro de 2006 que comprovam o desconto de R$ 3 mil do salário mensal de R$ 12,7 mil. Renan também entregou cópias de dois cheques, um de dezembro de 2005 e outro de janeiro de 2006, no valor de R$ 3 mil, para a jornalista Mônica Veloso, como pagamento da pensão referente àqueles meses. Renan entregou ainda declarações do Imposto de Renda que citam os R$ 3 mil mensais pago a partir de dezembro de 2005. Nesses documentos, aliás, não há nada sobre os R$ 8 mil de assistência à gestante e os R$ 100 mil de fundo "futuro". O presidente do Senado mostrou ainda a declaração do seu Imposto de Renda do exercício de 2005, referente a 2004, que consta a propriedade da Fazenda Novo Lago, comprada, segundo o documento, por R$ 120 mil em 2003. Com isso, ele nega que tenha usado "laranjas" para encobrir a propriedade da fazenda. G1, Leandro Colon, Brasília.

RENAN CALHEIROS: NA-VAL[H]A OU NA CALHA? (*)


Renan diz que lobista é ´amigo´ e nega ajuda financeira.
Emocionado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insistiu que pagou as despesas da filha de 3 anos com a jornalista Mônica Veloso com recursos próprios e pediu desculpas ao lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior - a quem se referiu como amigo -, por ter sido exposto apenas pelo "cumprimento do dever de amizade". Segundo o senador, o fato de Gontijo trabalhar para a Mendes Junior não tem nenhuma relação. "Era a pessoa para fazer interlocução com as partes; tinha amizade com a mãe da criança", contou. Renan fez questão de ressaltar: "não nego nem renego minhas amizades". Gontijo teria feito os pagamentos à jornalista porque Renan desejava "manter discrição sobre o caso", segundo a assessoria do senador. Renan também pediu desculpas, pelo constrangimento, aos senadores, aos filhos e à mulher Verônica que, segundo ele, insistiu em estar presente no Senado na tarde desta segunda-feira, 28, durante sua defesa em plenário. Segundo ele, sua declaração de Imposto de Renda está à disposição de todos para provar o que diz. Com o nascimento da criança, Renan disse que começou a pagar uma pensão de R$ 3 mil. "Foram cheques do nominais à mãe e que estão registrados minuciosamente", destacou. A partir de fevereiro de 2006, os pagamentos foram descontados em folha do Senado Federal. "Os documentos comprovam o que estou dizendo. Nunca misturei o público com privado. Tudo esta declarado no meu Imposto de Renda", defendeu-se. Ele disse ainda que criou um fundo de R$ 100 mil para custear futuras despesas com educação e cultura da criança. "Não quero misturar essa tentativa de escândalo aos casos de corrupção que estão sendo investigados. Confesso que tive uma relação e que tive uma filha. Como todos os casos de paternidade não programado. Não fugi a esse calvário, assumi como pai minhas responsabilidades", explicou. O discurso de Renan durou cerca de 20 minutos. A defesa do presidente do Senado tinha por objetivo antecipar as explicações que ele dará no Conselho de Ética na quarta-feira, dia 30. Renan foi acusado em uma reportagem da revista Veja desta semana, segundo a qual Gontijo teria pago uma pensão mensal de R$ 12 mil para a filha de três anos do senador, entre outros benefícios. Renan disse ainda que lamenta que a vida pública tenha se resumido a isso. "Aqui neste Senado, onde sempre tratamos de temas sérios", argumentou. Pesam ainda sobre o senador a suspeita de fazer uso de "laranjas" para ocultar bens e diversas referências ao seu nome nas gravações da Polícia Federal durante as investigações da Operação Navalha. O senador rebateu acusações na imprensa, segundo as quais ele e seu irmão Olavo são acusados de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici, Alagoas, fazendo uso de "laranjas". Renan diz que a Fazenda Novo Largo consta de sua declaração de Imposto de Renda e chamou as acusações contra ele de "falso escândalo que a nação acompanha estarrecida". Em um ritual sem precedentes, senadores e líderes partidários formaram fila para abraçar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após discurso. A sessão foi interrompida a pedido do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para que os colegas cumprimentassem Renan. Veja abaixo as acusações contra o presidente do Senado:
Operação Navalha - As conversas gravadas pela PF apontam que o ex-secretário de Infra-estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra, junto com outros acusados de integrar o esquema de fraudes em licitações de obras, articulavam para que Renan pressionasse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a liberar recursos para obras fraudadas. Em conversa com Enéas Alencastro, representante do governo de Alagoas em Brasília, Adeílson diz que se encontrou no dia anterior com Renan e afirma que o senador pediu para que ele conversasse com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB). Adeílson e Enéas tratam sobre uma obra que deve ser licitada para o Estado, mas que pode ser compartilhada com municípios. Os dois citam Marco - não identificado - para "brigar para ir tudo pro Estado". Adeílson então diz que se encontrou no dia anterior com "ele (Marco), Olavo (deputado Olavo Calheiros, do PMDB, irmão de Renan) e com Vanderlei para conversar sobre esses problemas". Enéas responde então que é para "tocar a parte da gente, e se depois Renan decidir com Dilma, com quem for, decidir que a prefeitura entra, nós estamos habilitados e aí a gente senta com eles em pé de igualdade, não senta na mão deles". "Na sexta-feira, tive uma conversa muito boa com o governador. Essa semana a gente deixa a inadimplência de lado", diz Enéas. Para concluir a conversa, Adeílson diz: "O senador me pediu para gente sentar, nós dois, evidentemente levar isso ao governador, e ver o que acrescenta nas obras estruturantes pra botar logo no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento)".
Relação com lobista - A revista Veja publicou na última sexta-feira que de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, teria pago pensão mensal de R$ 12 mil para uma filha de três anos que o senador tem com a jornalista Mônica Veloso. Renan argumenta que o dinheiro da pensão vem de rendimento de atividades agropecuárias, que recebeu uma herança. Renan dirá ainda no pronunciamento que pediu a Cláudio Gontijo para fazer os pagamentos porque desejava "manter discrição sobre o caso", segundo a assessoria. "É intolerável que, de uma turbulência circunscrita à minha mais íntima privacidade, se queira extrair ilações desarrazoadas e conclusões perversas", acrescentou Renan em nota oficial distribuída na sexta. O processo de reconhecimento de paternidade vinha sendo conduzido na Vara de Família do Distrito Federal, sob segredo de Justiça. "Laranjas" - Já o jornal O Globo diz que Renan e seu irmão Olavo são acusados de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici, Alagoas. Dimário Cavalcante, primo de Renan, alega que vendeu ao senador a Fazenda Novo Largo, que não consta da declaração de bens entregue pelo senador à Justiça Eleitoral. A suspeita é de que Renan use "laranjas" para esconder ser donos de fazendas em Alagoas. Dimário, segundo O Globo, teria procurado o Ministério Público para denunciar o senador em 2005 depois de ter descoberto que, pelo menos em documentos públicos, aparecia como dono de uma fazenda em Murici sem nunca ter adquirido a propriedade.
Segundo ele, seu nome foi usado para que a família Calheiros recebesse indenizações milionárias do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentro do plano de recuperação ambiental da região, na Estação de Murici, que pertence à Mata Atlântica. As suspeitas de fraude interromperam o processo. Estadão, com Reuters, (colaborou Nélia Marquez). [Após 20 minutos de discurso, Renan é cumprimenado por Collor, foto Celso Junior-AE].
______________________
(*) Vala: valeta para a "estrutura" das construções. Calha: condutor de águas ["de março", de abril, de outubro...].